Educar
830a – Tema: Encurtamento da infância e suas consequências - conclusão
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Tema: Encurtamento da infância e suas consequências
Conclusão
Oi, Lindinhas e Lindinhos, tudo certinho com vcs?:))
Desculpem-me o atraso na postagem da conclusão.
As crianças são espíritos reencarnados, ou seja, não estão em um corpo físico pela primeira vez. São herdeiros de si mesmos, espíritos imortais que trazem consigo, ao nascer, as marcas das experiências já vividas em outras reencarnações. Marcas estas que são como um novo ponto de partida para os reajustes necessários e para novos aprendizados.
Partindo daí, podemos entender a infância como sendo período fértil para a assimilação de valores os mais diversos e, consequentemente, nossa responsabilidade como pais, educadores e participantes da comunidade, de maneira geral, deve ser voltada ao aproveitamento dessa facilidade de assimilação, para a construção de um mundo melhor.
A educação, por definição, constitui-se na base da formação de uma sociedade saudável. Só educando chegaremos ao crescimento real do ser humano e a principal função dos pais é educar, auxiliar tanto no aspecto formal, mas principalmente no âmbito moral.
A questão 208 , de O Livro dos Espíritos, diz que: o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação; isso é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será culpado.
A questão 582, também se refere ao fato de que este dever implica, mais do que o homem pensa, sua responsabilidade para o futuro.
Mas, o ser humano não convive somente em família, em realidade sobrevive em grupos e isto é inerente à condição humana. "O homem não foi feito para viver só. " - está no Livro dos Espíritos.
A questão 767 : É contrário à lei da Natureza o insulamento absoluto? _A resposta dos Espíritos é clara : _Sem dúvida, pois que por instinto os homens buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-se mutuamente._
Sabemos que o ser humano é essencialmente resultado da educação, carregando os fatores genéticos , históricos e vivências como consequência das suas experiências anteriores, mas é na infância e na juventude , momentos importantes para o Espírito em crescimento, que se lhes fixam os caracteres, os hábitos e se delineiam as possibilidades de enriquecimento para o futuro.
Sabemos que o desenvolvimento do senso crítico, ante essa vivência dentro do mundo, é de fundamental importância para que nossos filhos saibam discernir o que é bom do que é ruim, o que lhes fará bem e aquilo que não lhes trará bem algum. E este somente ocorrerá mediante um processo real de efetiva educação do ser.
E educação real se constrói com bons exemplos, ou seja, antes de darmos o exemplo, devemos ser o exemplo.
Inserido ainda nesse contexto, verificaremos que a conversa aliada à educação é fundamental para que nossas crianças raciocinem perante tudo que a elas chega
Sabemos que a sociedade em que vivemos é formada por espíritos ainda imperfeitos, e cada qual, no seu momento de compreensão quanto à verdadeira essência que somos. Vivemos num mundo multicultural, onde temos espíritos encarnados nos mais variados estágios evolutivos e como tal verificamos na sociedade pessoas com diferentes raízes, raça, língua, condição social , entendimento, compreensão, mas que podem coexistir, quando pensamos e aceitamos uma sociedade hibridizada, que se ajuda mutuamente a evoluir, a progredir a caminhar na busca da real felicidade.
Não podemos, pois, esconder nossos filhos do que ocorre no mundo nem das influências que esse mundo traz para eles; no entanto, é nosso dever, através do diálogo, da orientação, da educação, os conduzir para a percepção para a busca de coisas melhores, programas educativos, diversão saudável, consumir sem excessos, aprender a dizer sim e não, etc; enfim lhes dando a orientação necessária para que saibam bem utilizar todas as questões, influências do meio que a sociedade nos disponibiliza em nosso processo educativo.
Educar, como diz o educador uruguaio Luiz Perez Aguirre, é modificar as atitudes e as condutas. É atingir os corações, os estilos de vida, as convicções. Para transformar a realidade é necessário trabalhar o cotidiano em toda a sua complexidade, ou podemos dizer é nos trabalhar para que mais do que conhecer e ter simples conteúdo intelectual é assimilar os ensinamentos e transmiti-los como nossa postura e exemplo de seres inseridos na sociedade, inseridos no mundo. Educar-nos deve ser um estado de espírito o qual deve permear todas as nossas atitudes no dia-a-dia.
Deixamos, abaixo, dois textos para nossa reflexão.
Semana paz e luz
beijocas mineiras com carinho no coração
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A importância da infância
Qual a utilidade da infância para o Espírito que retorna à Terra através da reencarnação?
Por que, como seres humanos, temos uma infância tão longa, comparada a todos os animais irracionais?
A resposta a estas perguntas tem nuances muito interessantes e importantes para nossa vida.
Primeiramente precisamos compreender que esse ser pequenino, que os genitores conduzem em seus braços carinhosos, não passa de milenário viajor da evolução para o Criador.
Sim, exatamente: um Espírito imortal que volta ao orbe terrestre com objetivos muito claros, envolvendo a autossuperação, a reestruturação do caráter moral e abrilhantamento intelectual.
Este ser passa sempre por um processo de esquecimento do passado, recebendo a nova existência como uma nova oportunidade. É um verdadeiro começar de novo.
Renasce desprotegido, totalmente dependente, inspirando cuidados e amor a todos que estão ao seu redor.
Para não lhe impor uma severidade muito grande, Deus lhe dá todo o toque da inocência.
Essa inocência não é uma superioridade real sobre o que era antes. Não, é a imagem do que deveria ser.
E a bondade e beleza dos desígnios Divinos não param por aí, pois não é apenas por esse ser que o Criador lhe dá esse aspecto. É também e, principalmente, por seus pais, cujo amor é necessário para sua fragilidade.
Esse amor seria notoriamente enfraquecido frente a um caráter impertinente e rude, ao passo que, ao acreditar que seus filhos são bons e dóceis, os pais lhes dão toda afeição e os rodeiam com os mais atenciosos cuidados.
Ainda há uma segunda razão, uma segunda utilidade para o período conhecido como infância.
O Espírito, encarnado para se aperfeiçoar, é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento.
A criança é verdadeira esponja a sorver tudo o que acontece à sua volta.
Através dos exemplos que recebe, molda sua nova personalidade com características saudáveis ou não.
O que virem como usual no comportamento dos progenitores e tutores, tomarão para si com facilidade muito grande.
Imitarão o palavreado, os gestos e as atitudes frente a esta ou aquela situação.
É desta forma que aqueles que estão encarregados de sua educação desempenham um papel fundamental.
Assim, eis a séria advertência do Espiritismo aos pais e educadores:
Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus, que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se.
Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho.
Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios, e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas.
Façam como o bom jardineiro, que corta os brotos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore.
Redação do Momento Espírita com base nos itens 383 e 385 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb; no cap. XIV, item 9 do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb e na pt. 1, do livro Desafios da educação, pelo Espírito Camilo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
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A EDUCAÇÃO
É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam. Para uma sociedade nova são necessários homens novos. Por isso, a educação desde a infância é de importância capital.
Não basta providenciar a instrução da criança. Ela deve aprender a seconduzir como ser consciente e racional. Isto é tão necessário como saber ler, escrever e contar.
É entrar na vida, armado, não só para a luta material, mas, principalmente, para a luta moral.
Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, são precisos, por vezes, a perseverança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser capaz.
Essa tarefa, no entanto, não é tão difícil quanto se pensa, pois não exige uma ciência profunda. Grandes e pequenos a podem realizar, desde que se compenetrem do alvo elevado e das conseqüências da educação.
Bonita lição foi a ocorrida em um supermercado. A jovem mãe tinha cerca de 27 anos e o menino, uns 2. Ele se mostrava birrento, teimoso e violento.
Ela, forte, serena e irredutível.
O local era uma prateleira de supermercado recheada de chocolates. O menino parecia uma fera. Queria, porque queria, cinco. Ela, firme, dizia que ele poderia levar apenas um.
Foi uma aula de maternidade. O menino gritava, chorava tão forte e doído que parecia estar apanhando.
Batia os pés, rolava no chão, ameaçava derrubar a prateleira toda. Tudo inútil.
Sem usar de violência física ou erguer a voz, a mãe o obrigava a escolher.
"ou leva um só ou não leva nenhum. Vai ter de escolher."
A voz não era de quem tem raiva. Era de quem guarda certeza do que está fazendo. Mais ou menos 15 espectadores observavam o acontecimento, aglomerando-se no corredor do supermercado.
Foram dez minutos dolorosos, no final dos quais o pequeno aceitou sua derrota. Os gritos e os pontapés foram diminuindo. Por fim, ele parou com a manha, aceitou a mão da mãe e saiu do supermercado com sua única barra de chocolate.
O resto ficou lá, na prateleira. Perdeu o supermercado. Venceu a mãe. Venceu a educação.
Desde que o mundo é mundo, crianças querem porque querem, certas coisas.
Muitos pais cedem, ou para não enfrentar o incômodo da birra, ou porque temem os olhares de eventual desaprovação de quem os observa.
Os que não educam os seus filhos, os verão sofrer na vida, fazer sofrer a outros e perder a chance de progresso.
São fabulosos os pais que proíbem, sem raiva, e dão o necessário, sem dar demais.
A nossa sociedade tem mentalidade de supermercado. Oferece mil prateleiras com tentações e incita os imaturos a consumir mais do que precisam.
Por isso mesmo, são dignos de aplauso os casais que educam seus filhos para não consumir demais, a fazer escolhas, a crescer, a amadurecer.
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Os espíritos que habitam os corpos dos nossos filhos vêm coabitar conosco para que os ajudemos a vencer os seus defeitos e os preparemos para os deveres da vida.
Estudemos, desde o berço, as tendências que a criança trouxe das suas existências anteriores. Apliquemo-nos a desenvolver as virtudes e aniquilar os vícios.
Que não nos detenham a fadiga, nem o excesso de trabalho.
Auxiliemos a transformação social. Transformemos a face do mundo, pelo caminho da educação.
(Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto de autoria ignorada e o cap. 54 do livro Depois da morte, de autoria de Léon Denis, ed. FEB)
Conclusão