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238b – TEMA: A Família na Sociedade Atual - conclusão

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
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Temas destinados à Família e à Educação no Lar


TEMA: A Família na Sociedade Atual
Conclusão

Ois, Gente Linda, esperamos que tudo na paz 🙂
Muito legal a participação da semana, que nos trouxe muitas e muitas reflexões. É bom quando há essa interação, pois é ela quem abre os horizontes e enriquece o tema 🙂
Independentemente do progresso e da teconologia, verificamos que a família é ou continua a ser a célula máter da sociedade.Se hoje vivemos uma crise social grande é porque, em algum momento, dentro do processo educativo familiar deixou-se de passar valores humanos, éticos e morais. Educando-se e vivenciando-se a questão mais materialista do que espiritual, sem uma correlação equilibrada entre ambas.
Nesse passo, inicia-se a questão em como estamos nos educando ou nos re-educando e em como estamos educando nossos filhos dentro da família e qual está sendo o papel desta família em nos transformar e em transformar nossas crianças em homens valorosos, honestos, bons, íntegros, mesmo que eles não tenham do mundo o reconhecimento, a fortuna, a glória. Hoje, a maioria dos pais querem que os filhos se saiam bem nos estudos, que tirem as melhores notas para que tenham um futuro melhor. Mas qual será o futuro deste filho se não tiver carinho, atenção, educação real e amor?!
Estamos, todos nós, inseridos na sociedade e nela formamos grupos: nas escolas, na faculdade, na rua, nos locais de trabalho, nos clubes, nas Casas Espíritas ou nos templos religiosos que elegemos; no entanto, a célula básica da sociedade é a família.
Assim, quaisquer problemas, conflitos ou desajustes, quaisquer aspectos negativos que ocorram dentro da célula básica da sociedade, que é a família, refletirá nos filhos, que por sua vez acarretará o caos familiar e , como consequência dele, o caos social.
A sociedade, pois, é o reflexo do individuo, que tem por primeira convivência os membros familiares e vai, então, refletir o equilíbrio ou o desequílibrio ocasionado pelo que existe dentro da célula familiar, que se estruturada sobre bases concretas - alicerçadas na educação moral, na afetividade, na vivência com Jesus e no amor - acarretará uma estrutura familiar fortalecida ou, se assim não estiver baseada, acarretará uma estrutura familiar caótica. E gostemos nós ou não - porque tal assertiva implica em necessárias verificações mais profundas em nós mesmos e na nossa vivência/conduta familiar - certo é que ela - a família - é quem comanda a forma de existência da coletividade.
Lendo e revendo alguns materiais aqui, encontramos um texto antigo da Paty Bolonha, que deixamos abaixo, para finalizarmos nosso tema dessa semana.

PRESTEM ATENÇÃO EM MIM

Com as amigas a conversar
D. Olivia comentava
Que Joãozinho seu filho
Era criança difícil
Pra não dizer impossível
E só sabia reclamar ,

Na hora da refeição
Tivesse o que tivesse
Bolo, bolacha ou pão
Pra tudo o menino dizia :
NAÃO !

Com as empregadas
Gritava, esperneava, mandava
Como se fossem escravas.

Embirrava, batia o pé
Não queria tomar banho,
Não queria tomar café,
Não queria fazer lição ,
Nem brincar lá fora,
Nem ver televisão,
E a tudo dizia :
NAÃO !

A Escola não conseguia o menino controlar,
A Professora , a diretora ninguém conseguia compreender ,
E a psicologia dizia para não repreender.
Só que na conversa o Joãozinho parecia não entender.

Era uma correria pedindo para ajudar ,
Pois o menino não queria sentar,
Não queria estudar ,
Não queria cantar ,
Não queria silenciar ,
Ficava jogado no chão ,
E pra tudo dizia :
NAÃO .

A noitinha chegavam o pai e a mãe cansados de mais um dia
E lá estava o garoto, pulava, corria, subia e descia.
Com toda a sua energia.

O pai lia o jornal e comentava a noticia ruim.
A mãe olhava e não via o que ao seu redor acontecia.,
Pensava na novela, no cabelo, no trabalho , enfim .
E o olhar do menino parecia apenas dizer :
- Por favor olhem pra mim !

Todo dia a mesma coisa ,
Uma chuvarada de reclamações ,
O pai culpava a mãe , a mãe culpava a empregada, a empregada culpava a escola.
De opiniões uma porção,
Mas ninguém lembrava de perguntar ,
A ele mesmo : ao João .

Mas um anjo guardião ,
Fez a mãe cair em sí ,
E perguntar ao menino
O que o deixava assim,

Um pouco assustado ,
E com medo até
João Pequenino não queria falar
Afinal a mãezinha nunca viera lhe perguntar.

Mas o Anjo assoprou
Pro pequeno João falar.
Que essa era a hora
Para a mamãe despertar.

- Maezinha querida , não tenho nada não
Só o que quero é um pouco da sua atenção.
- Mas João , falou a mãe
Eu tenho que trabalhar .

- Eu sei mamãe que o trabalho é importante pra todos ,
O seu dinheiro faz falta , mas não precisa parar .
É só com qualidade o _amor _ você saber dar.

- Quando chegar a tardinha , faça comigo a refeição , eu te confesso mâezinha que quando estou ao seu lado o feijão com arroz fica bom.

E quando eu fizer traquinagem , não tenha medo de me castigar , pois assim tenho certeza que estás a me notar .
E sou importante para você.
Com conselho ou até com palmada teu ensinamento é precioso e me ensina a viver.

Não quero ter o seu carinho trocado por brinquedos ou presentes caros enfim.
Só quero a proteção, a paciência em me ensinar a fazer as boas escolhas , prestem atenção em mim.
No teu abraço sentirei o teu calor e
quero o meu pãozinho por ti temperado com amor ,
E se não puder estar comigo em todo o tempo,
Me leva em teu pensamento , e também em teu coração ,
Pois mãezinha querida , Deus deu os filhos aos pais para que estes sejam os principais responsáveis em dar-lhes boa educação.

O anjo bondoso então , deixou a mãe com o filho, e uma sensação de alivio comovente.
Pois sabia que estava plantada uma boa semente.
Mãe e Filho prometeram que a partir dalí tentariam ser diferentes ,
O garoto não demorou para mostrar o filho amado e educado que todo pai e mãe queriam ter do seu lado.

Todos foram felizes nessa estória até o fim . E João aprendeu também a dizer _SIIM_.
Mas lembrem-se papais e mamães nas birras ou nas alegrias tudo o que as crianças querem é dizer :
- Prestem atenção em MIM .

(Paty Bolonha - 2005 - texto recebido direto da autora. Ao utilizá-lo, respeite a autoria e o texto)

Dia cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração
Equipe Educar - CVDEE
Contato: http://www.cvdee.org.br/contato.asp

Conclusão