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226a – Tema: Violência Doméstica - nosso papo sobre - com textos

Bom dia para todos!

Esse tema acerca da violência doméstica é realmente muito interessante. Muitas vezes fico a observar os tipos de violência existentes dentro de um lar. Com o tempo os dividi em duas categorias: violência física e vioência simbólica. Violências fisicas sao aquelas onde ocorre uam agressão ao corpo fisico do individuo. Violencias simbolicas a meu ver sao aquelas onde o individuo pode ser violentado em suas crenças religiosas, seus principios morais, em sua form ade perceber o mundo. Violencia simbolica seria então qualquer tipo de desrespeito a individualidade de alguma pessoa. Acredito que a violencia simbolica seja a mais comum e a mais dificil de ser erradicada, pois muitas vezes ela se mascara de discursos do tipo: "Eu so quero o melhor para aquela pessoa...". Somente Deus sabe o que é o melhor para cada um de nós, somos instrumentos que são usados para o auxilio de nosso proximo. Portanto não devemos ter a pretensão de querer moldar aqueles que nos cercam a nossa propria vontade. Precisamos aprender a amar e respeitar as pessoas pelo que elas são, lembrando sempre que somos seres individuais e unicos, que possuimos caracteristicas proprias e particulares, e que Deus, nosso Pai nos ama pelo que somos.


abraços e fiquem com Deus

Andreza

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Pois é, Andreza, concordo com vc nas suas definições, só acho que essa violência que vc chamou de simbólica, na verdade é bem real, e eu acho que às vezes agride muito mais do que a violência física propriamente dita, pois atinge a alma! Inclusive, a LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 (a chamada Lei Maria da Penha) considera formas de violência doméstica justamente a "violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação" e a "violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria."

E devemos ficar bem atentos a isso, pois isto ocorre infelizmente, dentro dos lares, na maioria das vezes longe dos olhares alheios, e estende-se para os ambientes de trabalho (o que as pessoas chamam de assédio moral - vejam o site e divulgem, pode ser que alguém esteja precisando: http://www.assediomoral.org/ ) e escolar.

Inclusive sobre a violência escolar, selecionei um texto que achei interessante para compartilhar com vcs (disponível no site: http://www.clicfilhos.com.br/site/display_materia.jsp?titulo=Bullying:+viol%EAncia+na+escola ).

Bullying violência na escola

Por Rosana Maria Cesar Del Picchia de Araújo* Katia A. Kühn Chedid**
Humilhação, intimidação, ameaça. Diariamente, estudantes de todas as idades são vítimas desse tipo de violência moral na escola. Os agressores são seus próprios colegas. Como lidar com essa situação?

O bullying, ou violência moral, é um problema que sempre esteve presente nas escolas e ultimamente tem sido fonte de preocupação de pais e professores do mundo inteiro. Estima-se que em todos os países do mundo cerca de 5% a 35% de crianças e jovens em idade escolar estejam envolvidas, de alguma forma, com atos de violência moral nas escolas.

O bullying acontece entre jovens e crianças de todas as classes sociais e não está restrito a nenhum tipo determinado de escola. Por violência moral, entende-se maus-tratos, opressão, intimidação e ameaças que ocorrem de forma intencional e repetida. Isso inclui gozações, apelidos maldosos e xingamentos que magoam profundamente a criança e podem causar sérios prejuízos emocionais, como perda de auto-estima e exclusão social.

Mas, é claro que esporadicamente algumas crianças fazem brincadeiras inofensivas e se utilizam de palavras e comportamentos não adequados durante suas brincadeiras e isto nem sempre pode ser caracterizado como bullying. Este deve conter uma vítima e um agressor, apresentando sinais característicos para identificá-los, e é preciso avaliar a intensidade e o significado dessas atitudes. A observação constante e a parceria entre escola e família são cruciais para a eliminação de tais comportamentos.

Como identificar?

Por meio da observação e discussão sobre o comportamento dos alunos individualmente, os professores podem identificar os alvos e os agressores. As vítimas são alunos frágeis, que se sentem desiguais ou prejudicados e que dificilmente pedem ajuda. Eles podem demonstrar desinteresse, medo ou falta de vontade de ir a escola, apresentar alterações no rendimento escolar, dispersão ou notas baixas. Além disso, podem ter sintomas de depressão, perda de sono e pesadelos. Normalmente recebem apelidos, são ofendidos, humilhados, discriminados, excluídos, perseguidos, agredidos e podem ter seus pertences roubados ou quebrados.

Os agressores normalmente acham que todos devem fazer suas vontades e foram acostumados, por uma educação equivocada, a ser o centro das atenções. São crianças inseguras, que sofrem ou sofreram algum tipo de agressão por parte de adultos. Na realidade, eles repetem um comportamento aprendido de autoridade e pressão. Tanto as vítimas, quanto os agressores necessitam de auxílio e orientação.Os demais alunos são os observadores da violência. Eles convivem com ela e se calam ou são ignorados em suas observações por pais e professores. Temem tornarem-se alvos e podem sentir-se incomodados e inseguros.

Saiba o que fazer

Para evitar o bullying é essencial promover a orientação, conscientização e discussão a respeito do assunto. Nem toda briga ou discussão deve ser rotulada como bullying para não cairmos no extremo oposto, da tolerância zero, que não vai permitir que estas crianças e jovens, que estão em fase de desenvolvimento, aprendam a viver harmoniosamente em grupo. A diferença entre um comportamento aceito e um abuso às vezes é muito tênue e cada caso deve ser observado e analisado segundo sua constância e gravidade.

Uma pesquisa feita recentemente em Portugal com 7.000 alunos mostrou que o local mais comum deste tipo de ocorrência são os pátios de recreios (78% dos casos) e os corredores (31,5% dos casos). Nestes locais há menos vigilância e as crianças não estão agindo de forma orientada, o que facilita comportamentos inadequados. Isso indica que os professores e funcionários da escola devem estar atentos em todos os momentos.

Os alunos devem criar regras de convivência e discuti-las com a equipe pedagógica, buscando soluções e respeitando as diferenças de cada um. Os pais devem ser ouvidos e orientados a colocar limites claros de convivência e ajudar sempre que souberem de algum problema - sem aumentar ou diminuir a informação recebida.

Quando identificado um autor e uma vítima, ambos devem ser orientados. Seus pais devem ser alertados e estar cientes que seu filho, agressor ou agredido, precisa de ajuda especializada. O comportamento dos pais diante deste comunicado é muito importante, não se deve cobrar o revide, nem intimidar ou agredir. Este é um momento de aprendizado para todos e mostrar como controlar-se, manter a calma e evitar comportamentos de violência é imprescindível.

No Brasil, a Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência) começou a desenvolver, no Rio de Janeiro, um projeto com o patrocínio da Petrobrás, em 11 escolas públicas e particulares. O objetivo deste estudo é ensinar e debater com professores, pais e alunos formas de evitar que o bullying aconteça. Para mais informações, visite o site www.abrapia.org.br



* Rosana Maria Cesar Del Picchia de Araújo é mestre em Educação e Ciências Sociais pela PUC/SP e doutoranda em Educação e Ciências Sociais pela PUC/SP

** Katia A Kühn Chedid é Orientadora Educacional, formada em Pedagogia pela PUC-SP e especializada em Psicopedagogia.
www.katiachedid.com.br





Infelizmente acho que isso tudo é um reflexo do desrespeito à Lei Divina de amor ao próximo, e aí as pessoas tornam-se incompreensivas e violentas. Acho que devemos perdoar sempre, mas também creio que para tudo há um limite e se a situação chega num ponto insuportável, devemos fazer algo para acabar com ela, afinal, como nos disse Emmanuel:

"Em muitas ocasiões, terás renascido em consangüinidade com parentes rudes e, às vezes, cruéis, unicamente por amor a eles, de modo a auxiliá-los na transformação necessária, com as tuas demonstrações de tolerância e paciência, devotamento e humildade. Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes determinados – e isso acontece freqüentemente entre pais e filhos – notas, no íntimo, que a tua consciência se reconhece plenamente quitada para com eles, sem que esses mesmos familiares, após longo tempo de convivência, demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa que sigam a estrada que melhor se lhes adapte ao modo de ser, porque as Leis da Vida não te obrigam a morrer, pouco a pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor."

Coloco aqui esta maravilhosa mensagem na íntegra, que particularmente me ajudou bastante em um momento complicado com minha família:



LIGAÇÕES FAMILIARES
Emmanuel



Quanto possível, esforça-te – mas esforça-te de verdade – para viver em harmonia com os parentes que te pareçam menos afinados com os teus pontos de vista.

No Plano Físico, não nos achamos vinculados com alguém, nos laços da consangüinidade, sem justa razão de ser.

Aqueles que alimentam ódio e aversão, quando desejosos de melhoria, são induzidos por Benfeitores da Vida Sublimada, a se reencarnarem juntos, a fim de apagarem as labaredas de discórdia que lhes atormentam a vida íntima, através de provações atravessáveis em comum.

Se os propósitos desse ou daquele familiar te parecem claramente opostos aos ideais superiores que abraças, abençoa-o com os teus melhores pensamentos e não lhe barres os passos no caminho das experiências que se lhe fazem precisas.

Não desprezes teus pais ou teus filhos por serem desorientados ou doentes, porque talvez tenhas sido, em existências já transcorridas, a causa direta ou indireta dos desequilíbrios ou enfermidades que patenteiam.

Em muitas ocasiões, terás renascido em consangüinidade com parentes rudes e, às vezes, cruéis, unicamente por amor a eles, de modo a auxiliá-los na transformação necessária, com as tuas demonstrações de tolerância e paciência, devotamento e humildade.

Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes determinados – e isso acontece freqüentemente entre pais e filhos – notas, no íntimo, que a tua consciência se reconhece plenamente quitada para com eles, sem que esses mesmos familiares, após longo tempo de convivência, demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa que sigam a estrada que melhor se lhes adapte ao modo de ser, porque as Leis da Vida não te obrigam a morrer, pouco a pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor.


Uma criança terna e inesquecível que retorna ao Mais Além, nos primeiros tempos da infância, quase sempre é um coração profundamente dedicado ao teu progresso espiritual que apenas regressou ao teu convívio doméstico, a fim de acordar-te, para as realidades da alma, através da saudade e da afeição.

Se não tens a devida força para carregar os compromissos que assumes diante de uma pessoa, com que partilhaste as alegrias do sentimento, nunca abandones a criança ou as crianças que houverem nascido de semelhante união.

Educa ou reeduca os pequeninos, sob a tua responsabilidade, enquanto na infância tenra, facilmente amoldável aos teus princípios de natureza superior, mas diante dos familiares erguidos à condição de adultos, respeita-lhes a liberdade de caminhar no mundo, conforme as suas próprias escolhas, porque nem todos conseguem trilhar o mesmo caminha para a união com Deus.


CALMA - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER


Abraços a todos... E que Deus nos dê sempre coragem, paciência e resignação em todos os momentos de nossas vidas! E que nós não percamos nunca nossa fé e esperança em dias melhores!

Adriana
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Concordo com voce Adriana. Quando utilizei a noçaõ de violência simbólica minha intenção foi apenas diferenciar o tipo d eviolência que faz uso da força fisica e aquela violencia que nos agride de forma muito mais profundo, e que muitas vezes nos atinge no amago de nosso ser, podendo estar presente como um tipo de marca ate mesmo em nosso corpo perispiritico. O simbolica significa que ela atinge os simbolos que usamos para nos expressar, para convivermos em grupo. A violencia psicologica, a moral,a escolar e muitas outras, são todas partes dessa violencia simbolica, que alem de ser a mais comum, é a que mais nos machuca.

abraços e fiquem com Deus
Andreza
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Bom dia! A todas perguntas reduzi em uma só.

Eu tirei o significado da palavra "violência" de um texto "Da violência de nossos dias" na internet.

"Violência" é um ato que viola a integridade de um indivíduo, que não lhe permite a reação e que, portanto, transforma-o em mero objeto, numa coisa qualquer a que se pode fazer o que se quiser.

Infelismente, essa palavra hoje em dia está sendo usada em todos sentidos, até contra a natureza.

Há poucos dias vi nos noticiários a babá que matou uma criança, espancando-a, e a outra criança como ficará no passar dos tempos, que também era maltratada ou será uma criança traumatizada ou violenta.

Uma violência física marca o corpo, a violência moral, marca o corpo e marca a parte psicológica para sempre, porque traumatiza, e hoje em dia ambas são comum.

E sobre o ponto de perdoar, no meu ponto de vista, devemos orar muito por essa pessoa, pois se alguém convive com uma pessoa de instinto violento, quem sabe se não existe algum débito de vidas passadas e agora se encontraram para resgatar esses débitos, o melhor é perdoar.

Eu sei de um caso em que o marido foi casado, separou-se da mulher e vive com essa pessoa e ele é violento, o que pode ela fazer senão perdoá-lo e continuar até um dia Deus os separar aqui neste plano, não adianta querer fugir do problema, se esse problema tem um propósito nesta vida.

Denunciar! O que adianta, um dia eles se encontram e pode ser pior, como acontece em muitos casos.

Como já sabemos,não estamos neste Planeta por acaso, temos uma missão a cumprir.

Eu sei que muitos casos de violência, os adultos já trazem de sua adolescência em convívio com seus pais, porque falta estrutura religiosa, moral, espiritual nas famílias, e se não conscientizarem da realidade, a tendência é piorar.

O que nós espíritas podemos fazer é orar por todos.

Abaixo transcrevi um trecho que tirei do site "Idéia Espírita", "Violência Doméstica".

"A violência doméstica é uma prática que teima em perpetuar-se ao longo dos tempos, ultrapassando fronteiras, culturas e civilizações diversas, afetando todas as classes sociais.

Confirma-se hoje que crianças, submetidas a um ambiente familiar carente de afeto e tranquilidade, tendem a reproduzir esses padrões comportamentais.

Aprendem precocemente a não respeitar os adultos, porque eles, próprios não se respeitam a si mesmos e, consequentemente, não o sabem fazer relativamente ao outro.

Numa sociedade violenta que não respeita os valores do indivíduo e de cidadania, a mulher, culturalmente relegada para um plano secundário é a primeira a sofrer e, com ela, os mais frágeis em idade e personalidade.

E se as denúncias tendem a aumentar relativamente à agressão física, devido a uma maior sensibilidade social, escondem-se, infelismente, nos lares os sofrimentos de cariz psicológico, já que esses não deixam rasto visível, ficando remetidos ao silêncio da alma, onde se gravam indelevelmente.

Muitas mulheres suportam abusos de poder, negligências, ausência de diálogo e de afeto, chantagens emocionais, pedidos de desculpa eternamente repetidos e nunca cumpridos, sentindo-se presas no seu mundo de violência, passando facilmente de vítimas a acusadas... E fazem-no, convictas de que estão a proteger os seus filhos, ignorando que somente prolongam a espiral da violência e do crime, mantendo-os na melhor escola alguma vez inventada. - O LAR.

Paz para todos.

Noemia

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Conclusão