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224a – Homossexualidade - nosso papo 01
Contribuindo.... lá vai minhas observações:
Estamos efetivamente preparados para encarar a homossexualidade dentro de nossas famílias?
R- Como quase todas as possiveis situações a quais não estamos acostumados, dizemos que estamos preparados mas na verdade é o discurso que queremos que os outros ouçam, acho que as familias espíritas não estão preparadas, não só para o homossexual, como para o soropositivo, como para o portador de necessidades especiais.(lembrando que não são todas)
Como a DE é recente e provavelmente fomos criados em religiao católica trazemos ainda a opiniao forte católica, para nossos lares e casas espiritas, já ouvi homens conceituados do espiritsmo baiano, perguntar em reunião nas casas espírtas "estão chegando homossexuais o que vamos fazer? como se eles fossem trazer o fim da DE para todos, imagina se fosse na família deles? seria um desastre pelo tamanho preconceito, acho que nós espiritas precisamos estudar muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito e nos desfazer de valores arcaicos carregados de preconceitos para que qualquer necessidade que chegue à nossa familia ou casa espirita seja baseada no amor e na compreensão como ensinou Jesus.
Em um curso que fiz no centro que frequento, ouvi um palestrante contar algo que me chamou atenção, ele conta que certa vez uma mãe procurou ele visivelmente aflita, ela trabalhadora da casa espirita há anos, e falou desesperada: Fulano, minha filha é homossexual o que eu faço?
E ele respondeu:
Que benção Deus te deu, hein? E à sua filha também.
Ela interpelou e perguntou:
Como?
Por que diz isso?
E ele continuou:
Pq o sofrimento dela será minorizado por vc ser espírita e irá compreendê-la, imagine se esse espirito tivesse nascido em um lar de pessoas não esclarecidas ou de religioes atrasadas que condenam,ferem e não compreendem a sexualidade humana?
Acho que a história já diz muita coisa, causou-me forte reflexão essa colocação, e creio que deve servir para todos nós.
Qual deve ser a postura do espírita perante o familiar homossexual?
Compreensão, amor, apoio, esclarecimento.
3 - E quando esse familiar for nosso filho ou filha, nossa postura deve mudar? Se sim, em que sentido e por que?
Imagino que a mesma coisa e por ser nosso filho colocaria tudo acima em dobro. devemos educar os nossos filhos para serem homens e mulheres dignos, honestos, amaveis, respeitosos, educados e todos os valores espirtas que temos no código deixado no O ESE no trecho do "Homem de bem" se eles conseguirem ser um "verdadeiro homem de bem" nossa missão foi alcançada, não importando a orientação sexual, a esposa dele, ou marido dela, a profissão deles enfim nada disso importará se em um mundo tão difícil termos feito a diferença deixando um espírito esclarecido e consciente para minorizar as dores do planeta!
Em quais obras espíritas podemos encontrar referências à homossexualidade? E o que podemos aprender nessas obras?
Acho que o O Evangelho é livro de conduta, o Livro dos Espírtos livro de esclarecimento, o Livro dos Mediuns livro de renovação se nossa base foi o pentateuco tudo estará esclarecido!
Especificas sobre o assunto tem se, várias algumas com conceitos equivocados inclusive! Por não conhecer muitas não creio interessante recomendar.
(Glauber)
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1 - Estamos efetivamente preparados para encarar a homossexualidade dentro de nossas famílias?
Muitas vezes fico pensando no que é ser preconceituosa? Quando não aceitamos pessoas de outra cor tenho a convicção que sei o que é preconceito, mas quando falamos de homossexualidade aí preciso de ajuda para poder entender. Para mim é dificil de ver esta relação homem/homem - mulher/mulher com naturalidade, acredito que aqui estamos para melhoramos nossas condutas com objetivo de evoluir.Quando entramos para homossexualidade não estamos infringindo as leis de Deus? prejudicando nossa evolução? Gostaria de ajuda para poder lidar e entender este assunto. Acredito que tenho preconceito, pois ainda não procurei ler e nem saber o que pensam as pessoas que convivo dentro da casa espírita. Nunca discutir este assunto e gostaria muito que vocês me ajudassem a formar melhor uma opinião.O que digo sempre para minha filha é que seje qual for a esclha de cada um devemos sempre respeitar. Aceitando ou não.
PAZ,AMOR E LUZ. Bons estudos e que Jesus nos ajude com esse tema.
(Tania)
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1 - Estamos efetivamente preparados para encarar a homossexualidade dentro de nossas famílias?
R. Ouvi a seguinte observação dia desses : Seriamos hipocritas se dissessemos que aceitamos com grande tranquilidade, todas as quebras de paradigmas no inicio causam sofrimento, resistencia e indignação, talvez aceitemos quando está distante da nossa realidade mas quando está dentro de casa toma a conotação de "problema".
Logo pensei : É verdade ,mas como pais deviamos nos preparar para as escolhas futuras dos filhos , relacionamentos, profissão, religião, filosofia de vida , então porque não se preparar também para a possibilidade deles escolherem uma opção de relacionamento diferente dos padrões estigmatizados pela sociedade, desde que haja respeito e moralidade não vejo porque seria um problema.
Acho que indignação devemos ter com as coisas que afetam os valores derivativos do amor , como a desonestidade, a promiscuidade, a infidelidade, a hipocrisia, a mentira, mas o que vir pelo amor deve ser compreendido sempre.
Mas geralmente as pessoas não vêem com esta racionalidade e as emoções se sobrepoem revelando ainda nossos instintos animais...
2 - Qual deve ser a postura do espírita perante o familiar homossexual?
R. Normal, com respeito e educação.
3 - E quando esse familiar for nosso filho ou filha, nossa postura deve mudar? Se sim, em que sentido e por que?
R. Com respeito, com carinho, e ambos os lados tentando dialogar e compreender a cada um as suas razões .
4 - Em quais obras espíritas podemos encontrar referências à homossexualidade? E o que podemos aprender nessas obras?
R. Podemos aprender que ante as criaturas de Deus todas tem o direito as escolhas e temos que respeitar sem interpor as nossas opiniões, os nossos desejos, a nossa vontade,
sabendo conviver com cada um, estabeleceremos rapidamente paz.
Livros:
"Vida e Sexo" - Espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier
"Sexualidade à Luz da Doutrina Espírita" - Américo Domingos Nunes Filho
"Sexo e Obsessão" - Espírito Manoel Philomeno de Miranda - Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Sexo: Sublime Tesouro de Eurípedes Kühl.
Vídeo (www.virtual.espiridigi.net - seção Multimídia > vídeos):
Revista Informação
- Atitude Mental
- A Influência Espiritual
- Perturbação Espiritual
Programas Espíritas
- Terceira Revelação - 15 - Emoções Perturbadoras
- Terceira Revelação - 16 - Sexualidade
- Terceira Revelação - 20 - Influência dos Espíritos
- Terceira Revelação - 37 _ Prece
Assista, entre os esclarecedores vídeos disponíveis no site Rede Visão (www.redevisao.net), a TV Homossexualidade - Abordagens com a visão de vários oradores e estudiosos do Espiritismo.
abraços
Paty Bolonha
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Olá...desejos de paz e luz de nosso amorável Jesus a tds! Quanto a minha opinião, a respeito do tema proposto, a homossexualidade,nunca li algo espirita específico mas certa vez, participando de um estudo da doutrina,o dirigente esplanou que, o espirito poderia reencarnar com características e aspectos de encarnações anteriores que teve muito vezes como homem ou mulher,tendo por vezes dificuldade de pensar e agir a sexualidade da atual encarnação.Por outro lado, temos a fisiologia hormonal genéticamente desequilibrada, distúrbios psiquicos e tantas outras desarmonias! Na antiguidade grego-romana, a homossexualidade era vivida normalmente,o homem poderia ser realmente amado e despertar esse amor em seus iguais masculinos superiores na inteligência e na perfeição fisica( o culto a força fisica), a mulher era tida como ser de procriação e serviçal,sómente as da aristrocracia tinham algum valor:o interesse estratégico politico. Somos irmãos em evolução multimilenar, e acredito que a familia foi e sempre será, lugar abençoado para o aprendizado.Hoje em nosso tempo terreno,a homossexualidade é vista como desvio,problema,despudor,etc, Deus de tempos em tempos,envia lições a todos seus filhos deste planeta, e particularmente,acho que a homossexualidade é uma delas,enviada a fim de fazer o que estamos fazendo,pensando,trocando aprendizados,e sem culpa pois estamos conhecendo esta lição e sentindo-a de diversas maneiras! A doutrina espirita nos auxilia,portanto sendo todos irmãos, devemos respeitar e ajudar qualquer irmão em dificuldades,talvez o que tenha a sua sexualidade homossexual resolvida´, não necessite de ajuda, mas sim aquele que acusa,ignora-o e o desrespeita!Amor incondicional...´perdoa-nos Pai,ajuda-nos na compreenção das diferenças!Luz e Paz a tds!
(Leonor)
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Este tema é mesmo provocador. Eu preciso estudar mais a respeito Li as mensagens que chegaram e gostei muito do que lí. Estamos falando de mudanças de postura e de compreenção aos "diferentes" de todo e qualquer padrão. Tambem vou procurar as sugestões de leitura da Paty.
Gostaria de contribui e colocar algumas observações recolhidas aqui e ali. Caso esteja errado por favor me corrijam
Ouço muitas vezes jovens declarando suas dúvidas quanto à sua opção sexual. Parece que há procura de um "modelo" externo onde se identifique aquilo que "existe" dentro do ser. Isto ocorreria no momento do desenvolvimento da personalidade. Depois de uma exploração de seus sentimentos e desejos acontece uma opção por um modelo de comportamento. Uma vez que acontece elas se perpetuam como coisa definida. Chamo a atenção disso pq cabe aos pais e pessoas que sofrem de dúvidas quanto à sua sexualidade, que existe um espaço de tempo para o diálogo, para se que se comprreenda melhor e exatamente aquilo que é "dúvida", aquilo que é "modelo" (sendo que geralmente existe comparação com a figura do pai e da mãe). Isto não é anormal, e sim natural do desenvovimento.
Então fica o conselho de se buscar o diálogo. De buscar a compreenção de sentimentos internos (ter a abertura até de ser influenciação - todos nós estamos expostos). Ainda que parece chato, repetimos que seja qual for a opção sexual, nenhuma delas é garantia de paz interior.
A capacidade de dialogo enre os entes da família é a chave. Saber ouvir e saber falar. Lembrar qua a caridade começa em casa. Saliento a importancia do Evangelho no Lar.
Obrigado a todos
Abraço fraterno
Nelson
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Prezada Tânia,
é bastante compreensível o seu estado de dúvida e exitação diante
da questão da homossexualidade.
Não interprete este texto como dirigido à sua pessoa.
Não, de forma alguma. Ele apenas
serve-se da oportunidade para enfoque de caráter geral. Por favor,
lembre-se deste detalhe, porque as colocações aqui expostas
visam um todo coletivo e especialmente aos irmãos dirigentes
desse todo representado pelas casas espiritas do Brasil.
Ainda que a Codificação nos tenha trazido a mensagem de que
"A Verdadeira Moral é a Lei do Amor", passados 150 anos
ainda não foi possível assimilar tal realidade.
O fato é que o nosso ambiente doutrinário segue tendo como
moral um conjunto de regras herdado da antiga religiosidade,
aquela que exatamente Allan Kardec não desejava para
o desenvolvimento da Doutrina Espírita.
Questões umas aceitáveis e outras discutiveis são colocadas
como primordiais, enquanto a essência é encoberta ou
passa por reducionismos.
Vamos lembrar um pouco a figura de Jesus. Quando foi, por
exemplo, que Jesus deu destaque a questões da
sexualidade humana? Houve dois episódios. Um, quando
surpreendeu a uma mulher contando-lhe detalhes da sua
vida sem a recriminar, junto a um poço em Samaria. Apesar
daquela mulher levar uma vida desregrada e contrariar os
hábitos da época, inclusive morando com um homem que
não era seu marido, Jesus simplesmente falou-lhe de
amor, da sua mensagem.
O outro fato é o mais comentado, quando livrou a mulher
adúltera do apedrejamento que a o Antigo Testamento
da Bíblia prescreve.
Se prestamos atenção na vida de Jesus e em seus
ensinos, o que aparece com destaque, a essência, é a
Mensagem do Amor.
Mas, as antigas religiões cristãs não prestaram atenção
nisso e preferiram construir regras de certo e errado
e ainda anatematizar a sexualidade como pecado, coisa
do Diabo, até que na década de 60 começaram a mudar um
pouco suas prédicas.
Bom, veio o Consolador, a grande mensagem de
renovação e esperança. Em qual livro da Codificação a
gente encontra recomendações explícitas sobre sexualidade?
O enfoque está inserido na questões do prazer, onde
revolucionariamente
em termos de literatura espiritual para a época
há aceitação dos prazeres, com alertas
sim em torno dos abusos. E a castidade forçada, que era
um trunfo "religioso" daquele tempo foi criticada
como manifestação de egoismo.
O primeiro grande problema do nosso meio doutrinário,
em relação à sexualidade, não é em relação à
homossexualidade.É mesmo em relação à heterossexualidade,
tida, apresentada e comentada como algo a ser
sublimado o quanto possível. O que se percebe, na
prática, é uma tolerãncia a sexualidade devido ao aspecto
reprodução humana.
O que se vê é que, se possível fosse, a sexualidade como prazer seria
afastada como um obstáculo a ser demolido. E ainda estamos
nos referindo à heterossexualidade. O que pensar então
da homossexualidade? Os horrores que são falados e escritos
por tantos dos nossos fóruns e casas.
Mas, e a Verdadeira Moral, a Lei do Amor?
Não é ensinada como moral.
É até muitas vezes confundida com comércio
espiritual, no qual a pessoa faz o que considera-se ser caridade
para herdar um lugar melhor no outro lado e fugir do Umbral.
A sexualidade é vista em nosso meio como algo de espíritos
inferiores. Claro que pode ser. E o será enquanto o ser humano
não se orientar pela Verdadeira Moral em sentido amplo: a Lei
do Amor, inclusive na sexualidade, seja ela hetero ou homo.
Alguém que diga que não tenha vida sexual, em nosso meio será
tido como um espirito evoluído. Será mesmo?
O que é que caracteriza um espirito superior?
Vamos a alguns exemplos de características de um
espirito superior encarnado:
* Sendo ofendido por alguém, ao invés de ressentimento, raiva
ou ódio sentirá compaixão. Vai orar por aquela pessoa, com todo amor.
Mesmo que tenha sido ferido fisicamente.
* Diante do assassino brutal que aparece na TV, que foi capaz de
arrastar uma criança até a morte e que estava presa à porta
do veículo, terá a sua alma visitada por um imenso espírito de
amor e compaixão. E se pudesse estar frente a frente com o
assassino, tocar-lhe-ia o ombro, carinhosamente, chamar-lhe-ia
de irmão e se ofereceria para assistência espiritual. Teria os olhos
expressivos de amor a tocar a alma do assassino.
Chocante, não? A qual distância estamos diante de possibilidades
dessa natureza?
Mas, não é isso o que a gente vê nas obras de André Luiz, quando os
espiritos missionários cobrem de vibrações de amor os piores
assassinos, visando suas transformações?
Melhor a gente ganhar consciência da distância a que ainda estamos
de atos espontâneos e verdadeiros de Amor irrestrito.Não somos
espíritos superiores, somos espiritos que nascemos em um mundo
de expiações e provas.
Somente na consciência desse estado é que poderemos seguir
adiante, porque só é possível melhorar o que se sabe
carente de melhoria. Capas e máscaras não ajudam, atrapalham!
Ainda temos muito a aprender na escala das vibrações do amor.
Será que efetivamente por isso é que Jesus não ficou a condenar
a sexualidade, porque ela faz parte do aprendizado do amor?
Será que pela mesma razão é que Allan Kardec não se fixou
tanto em sexualidade e até veiculou idéias até avançadas
para aquele tempo?
Estar a caminho do aprendizado e da descoberta do amor
é dificil.É difícil porque implica em transformações
estruturais e que se chocam com todo um passado condicionado
às guerras, ao ódio.
Então, mais fácil ficar em torno de
regrinhas de falsa moral, que podem ser pregadas e repregadas
e que dão um ar de superioridade a quem prega, aquela
mesma superioridade dos fariseus denunciados por Jesus
como "os que colocam pesados fardos nas costas dos outros,
fardos que eles mesmos não tocam nem com os dedos".
Está em doloroso engano quem imagina que reprimir sexualidade,
seja ela hetero ou homo, estará com isso evoluindo. Estará,
sim, fugindo de uma oportunidade de aprendizado e descobertas.
A sexualidade em si, seja hetero ou homo, nada tem de
condenável ou a ser evitado.
O grande problema é que as pessoas estão na cabeça
e no coração com uma sexualidade suja, objeto, sem afeto
e sem amor. Pensam que isso resume a sexualidade.
Condenam nos outros, indistintamente, o que realmente está
nelas mesmas. É o que a Psicologia chama de projeção.
Para evoluir, necessário será descobrir a sexualiade afeto,
sentimento, amor. E será apenas depois disso é que a mesma
energia que está presente na sexualidade, seja hetero ou
homo, irá se transmutando para outras formas de
manifestação. Nunca antes!!!
Enquanto o que houver for fuga, condenação da sexualidade
como exercício de falsa moral, apenas irá sendo adiada
a grande oportunidade de transformação..
É uma longa estrada. Não se trata de uma pequena escada
com a qual muitos desejam alcançar o céu e
conviver com os anjos. Asas artificiais não deram certo
nem na Mitologia.
Queremos ter uma visão espirita da sexualidade. Vamos ler
"Sexo e Destino" de André Luiz e "Vida e Sexo" de Emmanuel,
ler com olhos abertos a uma nova atenção, senão lemos com
olhos antigos e viciados. E ai lemos e não lemos. Dar um
desconto para o tempo no qual as obras foram escritas. E
contextualizá-las. Como contextualizar?
A Espiritualidade continua atenta e cuidando dessa questão.
Na atualidade, temos as obras psicografadas por
Francisco do Espirito Santo Neto, especialmente na
tarefa dos espiritos Hammed e Lourdes Catherine.
Divaldo é um apóstolo e tem todos os méritos possíveis
em outras áreas. Mas, em termos de sexualidade não
é a fonte cristalina, porque ai, indiscutivelmente, há
fatores anímicos (que de forma alguma retiram o
briho do restante de sua obra).
Paz e Luz,
Edson Nunes
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Edson,
Parabens pela sua clareza de raciocínio em apontar tantos pensamentos e idéias a nós.Concordo com tudo, principalmente com nossa incapacidade de ter "os olhos expressivos de amor a tocar a alma do assassino". É preciso realmente procurar a "essencia" nos ensinamentos do Cristo. Obrigado por procurar nos chamar a atenção ao lugar comum das idéias de nosso tempos.
Fiquei curioso de saber a divergencia de pontos de vista na obra do Divaldo com a de Chico Xavier. A mim nunca ocorreu tal questão. Não sei se lhe ocorreu mas reparei que citou autores como André Luiz e Emmanuel, em contra partida com o Divaldo. Seja qual for a divergencia e vou procurar encontra-la, penso que a opinião de um "apostolo" tem de ser considerada para ponderação. Como tudo.
Poderia me ajudar fornecendo a editora de "Francisco do Espirito Santo Neto"?
Abraço fraterno
Nelson
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Prezada Leonor,
comovente e profundo o seu apelo ao entendimento e à fraternidade,
em meio à constatação de que de fato ainda persistem fatos humanos
cujas origens possam estar sob o véu do tempo.
E, à guisa de contribuição, enumero alguns pontos para reflexão.
a) No âmbito científico a questão da homossexualidade está
resolvida, definitivamente, desde a década de 90, quando após
décadas de estudos e pesquisas médicas e psicológicas, e
confirmando atos uniformes em todos os países laicos e
democráticos, a OMS - Organização Mundial de Saúde retirou
a homossexualidade da relação do Codigo Internacional de
Doenças.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia baixou
Instrução proibindo os profissionais da área de anunciar ou
proceder à realização das anteriormente chamadas terapias de
reversão da homossexualidade. Desde então, qualquer psícólogo
que desobeça à Instrução é para ser denunciado e processado
pelo Conselho Regional da sua circunscrição.
b) No aspecto histórico, como inclusive é possível deduzir das
suas próprias anotações, o que houve na Grécia não foi
exatamente uma aceitação da homossexualidade, e sim um
lamentável ufanismo machista em torno da guerra, com os
relacionamentos sexuais entre o mesmo sexo (exclusivamente
o masculino) foi usado como tática militar, ao mesmo tempo
em que se reafirmava a discriminação história da mulher como
mero objeto. Com data marcada para acontecer e fazendo
parte da "educação" do jovem, os relacionamentos entre homens,
após tão estranha demarcação, já passavam a ser severamente
reprimidos.
Abraço fraterno,
Paz e Luz,
Edson Nunes
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Edson Querido, brilhante resposta ,
Pensando cá com meus botões comecei a refletir em quanto pior é a sexualidade reprimida , e não somente nas questões homo mas também nas questões hetero.
Quantas pessoas vivem infelizes por não conseguirem expressar aquilo que realmente sentem em questão de sexualidade, gostos e desgostos,
Casais que se desfazem por não terem compreensão um ao outro e que não tem coragem de dialogar sobre isso, aceitando imposições como forma de sacrificio até que não mais suporte e se deflagre uma doença física, uma traição por insatisfação sexual, a negação total ao parceiro que ama, culminado na separação.
Ouvimos frequentemente - "Ah , eu ainda o amava mas não suportava o jeito que me queria ...
" Nossa separação aconteceu porque ela não queria mais sexo e toda noite dizia que estava com dor de cabeça , mas eu a amo apesar de tudo..."
E o que preocupa mais ainda , o número de doenças que estão aparecendo em decorrencia de problemas sexuais reprimidos e que já existem estudos demonstrando que são psicosomatizadas, daí serem localizadas justamente nos orgãos reprodutores e sensuais como útero, ovário, mama, etc.
Nós mulheres e homens devemos ter consciência de que a sexualidade quando feita com amor e respeito uma ao outro ,é saudável tanto fisicamente, mentalmente, emocionalmente, e espiritualmente.
Se todos nós pudessemos observar no ato sexual a energia envolvida teriamos certeza de que como qualquer ação nossa envolve energias boas e energias deletérias, por isso é importante ver como sendo um ato de amor, ter pensamentos bons, aproveitar para trocar energias com o parceiro, dialogar sobre os prazeres que cada um sente e o que gosta ou não gosta, o ambiente, enfim fazer deste momento um momento sagrado para o casal .
Olha eu falo isso, porque tenho uma visão muito boa para identificar bioenergias e quando estou com meu esposo , quando estamos bem sintonizados a energias que nos envolvem é azul-violeta ou púrpura , já quando estamos com as antenas mal sintonizadas as energias são desencontradas , escuras, e as vezes amarelas quando um de nós está "morno" e sem vontade.
O sexo não precisa ser visto como um ato promiscuo, se há amor pode e deve ser muito puro e salutar.
Abraços
Paty Bolonha
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Prezado Nelson,
quero cumprimentá-lo pelo alto espírito de busca de entendimento
e fraternidade. Não apenas em torno da questão que está sendo
analisada, mas de forma geral, esta predisposição é
indispensável para a busca de uma melhor integração humana.
Aproveito para algumas anotações.
a) Após décadas e mais décadas de estudo e pesquisa, a
Psicologia abandonou o uso da expressão opção sexual, seja
para a homo ou a hetero sexualidade.
A constatação é de que há orientações sexuais distintas,
podendo apenas ocorrer fases de conflito movidas por fatores
diversos.
Uma análise histórica e clínica da homossexualidade, por
exemplo, deixa claro que a identidade homossexual é
mantida no ser em que pese a educação que recebe para
ser heterossexual e todo o meio social contrário a ela.
b) Há, no entanto, que se distinguir entre orientação homossexual
e atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo
levados a efeito por coerção. A isso não se pode chamar
homossexualidade. De igual forma, quando o homossexual é
constrangido a relacionamentos com o sexo oposto isto
também não pode ser tido como heterossexualidade.
Abraço fraterno,
Paz e Luz,
Edson Nunes
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Paty, Paz e Harmonia.
Muita boa sua colocação, tenho muita dificuldade com esse tema. Acredito que não estou preparada para enfrentá-lo em minha família.Ainda não consigo entender se realmente os padrões são estigmatizados pela sociedade. Não é esse padrão que devemos seguir para nossa evolução? O homossexualismos
é correto perante a espiritualidade? Não temos que vencer nossas tendências e assim caminharmos para nossa evolução? Não sei se vai entender mas para mim que ainda não consegui lidar com esta preferência não acho que seje correto.E quando digo que não concordo aí sou preconceituosa , nunca deixei de respeitar ninguém por isto.Por ser espírita
tenho que ter outra visão e lendo e estudando vou conseguir achar uma explicação que me mostre que essas diferênças fazem parte da vontade de Deus, não sei se escolhi um termo certo. Estou cheia de dúvidas e precisando de ajuda. Conto com voçês.
Beijos
(Tania)
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Edson, Paz e Luz.
Estou aqui tentando dizer algo e tenho dificuldades, pois fiquei chocada com seu esclarecimentos. Não aceitarmos nem a heterossexualidade nunca nem me passou pela cabeça, também na casa espírita que frequento não vejo esse posicionamento tão forte.Todas suas palavras me fizeram refletir, ainda tenho dúvidas e me preocupo
com casa espíritas que tem o sexo só para reprodução humana ou fazem do prazer um obstáculo a ser demolido, isto é como você disse muito chocante.
Vou procurar ler as obras sobre o asunto e lê muito para melhor compreender
a homossexualidade.
Eu escrevi mais dúvidas que tinha junto ao comentário da Paty e parece que houve um problema técnico e ainda não apareceu; Se puderes me ajudar com minhas dúvidas, agradeço.
Beijos.
(Tania)
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E você, querida Patricia, beneficia a todos nós com ponderações
das mais recomendadas.
As situações que você recorda são muito frequentes. E como
buscar um melhor equacionamento, a partir da maioria dos
casais e que é constituída por pessoas heterossexuais?
Não será anatematizando a sexualidade e rotulando-a de
instinto inferior.
Na medida em que nos ajustemos, com abertura e
dedicação, às nossas realidades, somente assim iremos
tornando-as cada vez mais ideiais no caminho da
evolução espiritual.
Humildade! Como é essencial, e desde que não somos humildes,
termos abertura para despertar esta maravilhosa energia
em nossas almas.
Assim, ao invés de vestirmos a capa da santidade e angelitude
às quais ainda não chegamos, e que forçadamente
representam na verdade uma enorma arrogância,
será objetivo e construtivo que possamos viver a nossa
realidade atual com a inspiração do Amor - e a sexualidade
não deve ficar alijada desta integração.
Paz e Luz,
Edson Nunes
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Prezada Paty,
muito sinceras e humanizadas as suas respostas.
Quanto à literatura indicada, como alguém diretamente envolvido
na questão, deixo meu depoimento de validação para
"Vida e Sexo", como obra doutrinariamente esclarecedora. As
demais ainda não conheço, exceto "Sexo e Obsessão", que
entra em choque com os conteúdos de "Vida e Sexo", expondo
de forma deficiente e parcialmente negativa a questão da
homossexualidade, fato que somente pode ser atribuído a uma
interferência animica, que por sua vez de forma alguma anula
outros conteúdos de profundo alcance da lavra mediúnica
do nosso querido e apostolar Divaldo Franco.
Também ainda não tive oportunidade de conhecer as outras
fontes como a revista e os videos. A nossa grande esperança,
prezada irmã, é que chegará o tempo, e que seja o mais breve
possível, no qual se cumpra em nosso meio espirita a previsão
de André Luiz em "Sexo e Destino", de que chegaria o tempo
no qual a dignidade da homossexualidade seria reconhecida
no mesmo nível da heterossexualidade. E o inusitado é que
fora do nosso meio e em diversos países a previsão de
André Luiz já foi concretizada.
Abraço fraterno,
Paz e Luz,
Edson Nunes
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Ola Tânia,
Não sei se ajuda ... mas voce realmente colocou uma questão importante. Outros membros desta sala podem ajudar mais que eu, porem estamos aqui para trocar e é importante mesmo a gente se expressar.
Quando me dei conta da proposta espírita e fiz uma breve auto analise, percebi que havia perdido muito tempo em minha vida em opções vazias e sem futuro digno. Me apoiei na prece do Anjo Ismael, e na humildade daqueles que se consideram os últimos dos filhos de Deus. Confiante que poderia conseguir algum progresso nesta vida procurei a reforma íntima. Não pude deixar de ser imediatamente a pessoa egoista que sempre fui. Não consegui amar imediatamente. Minha visão orgulhosa sempre me corrompeu os sentidos.
Apesar da conciencia, e das explicações, não foram elas que promoveram as transformações. As mudanças ocorreram em saltos de consciencia. Nem sempre quando me era oportuno. Nem sem perceber as implicações em mudanças e transformações necessárias.
Quero dizer que as mudanças "vieram de dentro". não apenas de conceitos "de fora". Máscaras hipócritas dos Fariseus não servem aos servidores do Cristo. Penso que ele prefere um bom e honesto obreiro, mesmo que com muitas falhas, ainda que sirva apenas para levar um copo de água, ou querer ser útil como puder. É importante saber aonde devemos chegar, e ao mesmo tempo quanto ainda é necessário até lá. Quando menos esperemos chegamos a algumas de nossas metas.
Não sou homosexual, nunca tive esta questão pela frente em minha conciencia. Como homem combatí o excesso de pensamentos sobre sexo. Ninguem me pediu ou exigiu. Minha consciencia me alertou, que era preciso mudar. Anos se passaram e consegui. Quanto comento sobre isto, meus companheiros acham estranho, pois vai exatamente contra a ideia de que se imagina ser instinto animal de macho. Digo a ele que é somente mental, e eles acham que não podem viver sem isto. Tambem não é repressão, pois os tenho sentimentos normais quando desejo. É simples é controle mental. Disciplina emocional. Não imagino evolução sem isto.
Baseado nisso é importante dizer que o problema não está na forma e de que maneira fazemos sexo. O que importa é qualidade de toda a emoção e sentimento que geramos neste momento. Seja ele como for, até mesmo em pensamentos. A homosexualidade, não é um problema, e não deve ser nem para quem convive com ela, a questão está no uso que fazemos das energias genésicas, ou do orgulho de achar que existe apenas uma maneira ( a nossa) de se encontrar a felicidade e a Paz
Diga-se de passagem que continuo o mesmo egoista e orgulhoso. Minhas imperfeições ainda continuam a espera de solução, e aguardo meu tempo de expiação terminar, seja lá quanto dure.
Agradeço aqui os esclarecimentos do Edson que recebi. Tenho muito que aprender mesmo, e mais ainda em reformar.
Abraço fraterno
Nelson
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Conclusão