Educar

223a – Tema: Respeitando a individualidade de cada um - nosso papo

Será que nós estamos respeitando a individualidade de cada membro familiar?

R. Muitas vezes dificil porque o nosso "ego" fala mais alto e queremos que o outro seja "nosso" , que aja como nós agiriamos, que creia no que cremos, que vá aonde queremos ir, que esteja com aqueles que julgamos ser o melhor para eles, ainda assim temos que aprender pelo nosso bem e pelo bem dos que compartilham conosco essa "encarnação", a respeitarmos a maneira de ser e de pensar de cada um. Como diriamos : _ Respeitar o momento e o nível evolutivo ...

Embora façamos um esforço enorme para aceitar essa "individualidade" de nossos pais, filhos, cônjuges,amigos, etc. Se quisermos viver em paz e evoluir em conceitos morais é necessário que saibamos apenas orientar e não impor aquilo que achamos correto, pois o que é correto para mim pode não ser para o outro , e quem somos nós para julgar ?

Eu, Pati , tenho há algum tempo me esforçado para vencer algumas "dificuldades" neste sentido, pois aprendi a respeitar a maneira de pensar de cada pessoa, mas acho que tenho sofrido mais por não ter os meus "direitos individuais" respeitados, mas nesse caso não é dentro da minha família ainda bem, mas dentro do nosso meio espírita...aí acho que estou em um processo contrário, não de respeitar mas o de ser respeitada.



Será que estamos respeitando a nossa individualidade?

R. Até abrimos mão de algumas coisas em prol do outro quando isso nos vale a pena e de alguma maneira somos recompensados, mas abrir mão do nosso direito de pensar e agir quando isso de alguma forma nos prejudica e nos faz infeliz não seria nada justo. Temos que ser convictos do que é melhor para nós e isso implica em auto conhecimento, auto confiança e segurança.



De que forma se dá esse exercício?

R. Somente praticando, as vezes temos que tomar a iniciativa e sermos um pouco "autoritários" no sentido de se fazer ouvir. Defender os nossos direitos perante o outro, claro, desde que este não invada o direito do outro também.

Lembram aquela frase : " O seu direito vai até onde começa o meu..."

É saber ponderar, ser convicto sem perder a ternura ...



Como respeitar a individualidade e, ao mesmo tempo, educar nossos filhos?

R. Orientando com amor, dando todos os subsidios que julgarmos necessário para que aprendam a necessidade de evoluirmos moralmente, impor algumas normas à família não significa que estejamos sendo "carrascos" dos nossos filhos mas que desejamo-lhes o bem, afinal vivemos sob o mesmo teto e temos que ser colaborativos com o bem comum.

Nossos filhos tem uma bagagem espiritual que deve ser respeitada talvez tenham muito mais a nos ensinar do que para aprenderem , e como podemos saber disso senão somente deixando que participem das decisões familiares, ouvindo-os, trocando idéias...



O que é respeitar a individualidade de cada um ?

R. É não se fazer de "dono" do outro, deixar que este tenha sua própria maneira de ver o mundo, sem nos impormos, sem nos acharmos sabedores de tudo, sabermos ouvir as razões que levam o outro a ter uma filosofia diferente da nossa...mas não adianta dizer "eu respeito" só da boca pra fora mas tem que ser um respeito sincero, um respeito mútuo, ambiguo, respaldado na confiança, e seguro.







Abraços e muita luz



Paty Bolonha

---

Reencaminho o texto, pq acho que cabe no assunto.

É uma das maneiras de sermos obreiros.

Já ouvi dizer que Deus nos criou com uma boca para que falemos menos e com duas orelhas para que escutemos mais o nosso próximo...



Cida - Setor de Benefícios
beneficios@tecnodata.coop.br



PÃO VELHO (****)

"Vou contar um fato corriqueiro, que, inesperadamente, me trouxe uma grande lição de vida.
Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o jardim da minha casa, quando fui interpelada por um garotinho com pouco mais de 9 anos, dizendo:
- Dona, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde criança.
Olhei para aquele menino tão nostálgico e perguntei:
- Onde você mora?
- Depois do zoológico.
- Bem longe, hein?
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Ele sumiu.
E o papo prosseguiu, até que disse:
- Vou buscar o pão. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente.
Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança, daquele menino de apenas 9 anos, já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo, de uma conversa amiga.
Caros amigos, quantas lições podemos tirar desta resposta:
"Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"
Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão velho" na minha casa...e eu dando "pão novo", mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no coração de quem acredita Naquele que disse: "Eu sou o pão da vida!"
Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando uma só palavra sua..."

(****) COnforme a autora nos informou o nome do título do texto é "Tem Pão Velho?" e sua autoria é de Ana Luzia Tocafundo e o texto encontra-se em seu livro Arquivos do Coração, pág 56 e 57. Livro registrado na Biblioteca Nacional (RJ) ISBN 85-9048001-1-.(****)

Conclusão