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215a – TEMA: Família Espírita e o Natal - nossa conversa sobre

Questões para estudo:
1 - O que vocês fazem neste período para trazer a família de vocês para a comemoração do nascimento de Jesus?
R: Buscamos conscientizar as famílias de que o Natal não é apenas dar presentes, fazer festa, ter uma ceia com a mesa cheia. Tudo isto através de palestras, teatro, cartazes e muita conversa com os pais e as crianças.
2 - Como conciliar o papai Noel com Jesus nas crianças?
R: Demonstrando que os dois possuem a mesma finalidade: Alegrar os corações dos mais necessitados, incluir todos dentro da mesma família cristã.
3 - É papel exclusivo do Centro conscientizar as crianças e os jovens sobre este período?
R: Não. Os pais / responsáveis possuem um papel relevante, mas o Centro deve propiciar todo apoio possível a eles para terem boa base nas suas explicações e conceitos.
4 - O papel social que o Centro desenvolve ajuda a nos alertar para a real situação de muitos necessitados?
R: Inserindo as crianças e jovens nas atividades sociais de caridade é muito importante. Pois é "dando de graça, que se recebe muito mais, e de graça". Vivenciando a situação dos mais carentes, eles aprendem a dar valor as pequenas coisas e ao "muito" que tem.


Quem tiver algum relato "dentro do tema" ou algo mais a acrescentar além das "questões para estudo", que fiquem a vontade para aqui descrever.
O Centro Espírita "Obreiros da Caridade" através do DIJ/DAPSE e DAFA realizou no útlimo sábado (18 Nov.) uma tarde de apresentações sobre o Tema; constou de canções de natal e a valorização da vida pelo ciclo da infância; dramatização da situação daqueles que tem pouco, mas podem ajudar aqueles que não tem nada - "Um sapateiro pobre, velho e solitário auxilia: - uma mãe desesperada, um jovem jornaleiro sem sapatos, um casal de idosos com frio e fome"; Os jovens dramatizarão a importância de se ter amor, caridade, fé e compaixão - tudo através da leitura de trechos dos E.S.E, L.E, e obras de Francisco C. Xavier e uma situação em que "dois jovens reclamam da falta de dinheiro para compra de presentes para suas famílias, então é explicado a eles a existência de papai noel, a importância do Natal espírita e finalmente que Jesus não nasceu para que nosso lado consumista seja o mais importante". Foi muito lindo!

Um abração a todos!
Demerval
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Bom dia a todos e gostaria de colocar a colher de pau no meio...
Não quero que entendam como crítica direta a quem escreveu a frase, mas quero só fazer um alerta a um tipo de pensamento que muitos jovens e adultos o tem de forma deturbada.

Li as respostas e gostaria de ressaltar um item...
"dando de graça, que se recebe muito mais, e de graça"...
Veja bem, não estou dizendo que vc está incentivando, mas que acho que deveria ser colocado de outra forma.

Este tipo de pensamento, no meu ver pode criar uma forma nociva de ação.
Se continuarmos a pensar que temos de dar para que possamos receber, estamos criando uma forma de pensamento de recompensa e punição.
A D.E me ensinou que Deus já nos dá para que possamos compartilhar com os menos afortunados, pois eles passam por provas duras e muito difíceis que, talvez o nosso pq entendimento não nos permite nem ao menos imaginar suas reais necessidades.
É importante a participação de todos nas ações de caridade, mas não pensando em que teremos retorno só se assim fizermos...

Devemos dar de graça o que recebemos, mas não devemos dar só para receber..., devemos dar pq Deus nos confiou para que possamos compartilhar com os demais...

Mais uma vez peço desculpas, mas é assim que eu entendo e vejo.
Temos um papel muito importante de repassar os ensinamentos e devemos tomar muito cuidado com a colocação das palavras, nem todos têm o discernimento para a compreensão correta dos fatos.

Q Deus abençõe a todos.

Cida
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Grato pelo alerta! Sabemos que a palavra mata e só o espírito vivifica! Como ja foi dito pelos "irmãos do plano maior: falta-nos os termos adequados para poder expressar todo o potencial da Doutrina e da Verdadeira Vida.

Mais uma vez agradeço a compreensão!

Fique Bem! Fique em Cristo!

Demerval
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Saudação a todos... é meu primeiro contato.
Espero aprender com vocês e colaborar com todos, da maneira que me for dado possivel.

A pretexto do assunto em discussão, me é crescente a preocupação com o fato da converção do espírito e época do Natal em mercantilização generalizada e materialização de seu sentido em troca/doação de presentes, especialmente às crianças, sem qualquer esforço doutrinário ou educativo. Causa mal estar saber que muitas famílias mantém "grandes estoques" de presentes recebidos, sem qualquer necessidade ou fim maior... muitas vezes as crianças nem os usam com o devido sentido pedagógico; às vezes, os convertem em estímulo ao egoismo e desenvolvimento de aspectos pruramente materiais. Sugiro que esse assunto seja devidamente tematizado e estudado com a devida profundidade e extenção.

Em relação a questão do "dar/trocar presentes" tenho pensado que as famílias adeptas dessa prática, que analisassem a seguinte possibilidade de experiência:
Fazer uma lista das pessoas a quem pretendem dar presente;
Comunicar-se e construir uma corrente de adesão com os familiares e pessoas com/entre as quais geralmente há troca de presente;
Cada família/pessoas, fazer o respectivo orçamento financeiro do quanto irão gastar em presentes;
Converter seu montante em doações para entidades idôneas;
Comunicar aos pretensos beneficiados dos presentes, pessoalmente ou por meio de um cartão próprio, do processo que adotaram, informando-os dos fundamentos que instruiram tal procedimento.


Fé, paz e bem.


Joakim
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Bom-dia!gente e uma semana bem proveitosa p/vocês. Este tema é bem extenso ,e polemico tambem,pois tudo é da maneira que você olha,p/coisa. Eu senpre vi o natal como época de renovação,sempre passei p/meus filhos ,que trabalhamos o ano todo para neste périodo analisarmos q/foi feito,q/valeu a pena,oq/foi aproveitavél ou não? Se é a hora de mudarmos ou não. Quando eram crianças ainda colocavam sapatos na janela á espera do papai-noel c/ a reconpensa pelo bom comportamento d/ ano todo e se passasem de ano no colégio melhor. A Noite do Natal foi sempre para reunir as fámilias (parentes,vizinhos e amigos )fazendo preçes e vibrando c/ o nascimento do nosso criador.Mas teve anos difíceis em que não tiveram ceias n/presentes (por falta d/dinheiro)e sempre se comformaram. Sabe o que eu acho .Que o melhor presente de natal somos nós mesmos.mudando,vivenciando o nosso mestre c/ nossas atitudes p/ com nossos irmãos,colocando senpre o amor na frente de tudo.quem puder dar,doar,presentes tudo bem .quem não o puder fazer doem,ofereça só amor ,carinho,compreensão,paciencia e resignação . beijos.c/carinho
Gleicimária
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Quero encaminhar a vocês uma mensagem que eu escrevi no Natal de 2005.
Hj relendo, vejo que pra mim o pensamento é o mesmo...

Cida
FELIZ NATAL PRA TODOS, FELIZ NATAL...
Pensei e procurei vários textos para encaminhar aos amigos e colegas.
Pensei em escrever algo de minha própria autonomia...rs, então vamos lá...
Um destes dias que eu estava indo embora fiquei olhando as árvores, bolinhas coloridas, luzes, enfeites. Como a cidade fica bonita iluminada.
As pessoas mais sorridentes, menos estressadas, mais preocupadas em agradar parentes, amigos, colegas. As mãos lotadas de sacolas cheias de presentes embrulhados com papéis de cores vivas. Deixam todo o seu dinheiro extra de final de ano nos comércios. Até mesmo quem não recebe gasta (claro que não é o nosso caso...rs.)
Cestas de Natal. Cada um levando a sua. Algumas pessoas sem nem mesmo poder carregá-las. E fazem uma força para tal!
Na televisão todos os programas retratam as boas ações desta época festiva.
O "bom velhinho" de roupa e toca vermelha, mesmo aqui sendo verão, que, graças a Coca-cola, está sempre presente nesta festa.
Bom velhinho?!? O que ele fez ou faz de bom?
Empresas que montam sacolinhas para ajudar as crianças carentes, os idosos abandonados em nome do "Papai Noel".
Tudo tem a sua simbologia. E esta é a época mais simbólica do Ano Inteiro.
Árvore significa pessoa.
Façamos com as nossas pessoas o que fazemos com as árvores nesta época: Enfeitem, coloquem adornos, ascendam pisca-piscas em volta, mas não se esqueçam de ascender a luz principal, a luz interior.
A luz da caridade, solidariedade, do Amor incondicional.
Sempre me pergunto: Por quê só nos transformamos nesta época? Por quê ao ínves de ascender as nossas luzes entre o Natal e o Ano Novo, não o fazemos entre o Ano Novo e o Natal?
Mas o que se comemora mesmo? Será que nos damos conta do verdadeiro significado do que significa a palavra Natal?
Natal = Nascimento. De quem?
Nascimento de Jesus. Foi realmente neste dia? O que importa?
Pra mim importa que Ele é o maior exemplo de Amor incondicional. Aquele que aceitou nascer entre aqueles que nem mesmo o aceitavam. Aquele que aceitou sofrer por aqueles que nem mesmo se importaram e nem se importam. Aquele que aceitou morrer por aqueles mesmos que o condenaram à morte física.
Ele nos disse que estaria entre nós até o fim dos tempos. E ele está ao nosso lado, em todos os momentos.
Você não acredita? Acredite. Ele é o remédio que cura todos os males da alma. E nós doentes como ainda somos estamos recebendo este Remédio. Pena que não sentimos a sua presença, o seu Amor. O único e verdadeiro Amor.
Que possamos, seguindo o Seu exemplo, ajudarmos a todos os irmãos necessitados. Com dinheiro? Com bens materiais? Nem sempre.
Não faça comércio do seu Amor.
Doe aquilo que vc recebe o tempo todo e de graça.
Ore pelos irmãos pobres que sentem fome, mas não se esqueçam dos pobres de espírito, dos que tem fome de Deus.
Ore pelos drogados, mas não se esqueçam daqueles que se drogam da fofoca, das palavras insanas.
Ore pelos viciados, mas não se esqueçam daqueles que se viciaram na malediscência, na brutalidade.
Ore pelos bêbados, mas não se esqueçam daqueles que se embebedam dos males que acomete ao próximo, dos sentimentos que envenenam a alma.
Ore pelos irmãos castigados pelas doenças, mas não se esqueçam daqueles que carregam consigo doenças agudas da alma.
Ore pelos irmãos abandonados, mas não se esqueçam daqueles que abandonaram a si próprios por não ter fé em Deus, no Mestre Jesus.

BOAS FESTAS E QUE CADA UM POSSA NA NOITE DE NATAL OFERECER UMA ORAÇÃO ÀQUELES QUE NEM SABEM O QUE É NATAL.

Um beijo no coração de todos.

Que a Paz do Senhor adentre em seus lares nesta Iluminada.
Que possamos comemorar Natal todos os dias em nossos corações.

Cida
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Léo - O Menino da Favela e o Natal

I Parte - Natal I

Querido Papai Noel

Oi, eu sou o Léo

O menino da favela

Que mora aí bem debaixo do "seu" céu

Primeiro queria lhe perguntar

Por que nessa época do ano

As pessoas se comportam como se o mundo fosse acabar ?

Correm, correm , andam, andam

Pra lá , pra cá

Daqui pra acolá

Na minha casa nessa época

Sempre recebemos "doação"

As suas "sobras e restos" , nos dão de bom coração.

Isso os fazem felizes , e saem sorrindo, dizendo que ajudaram um irmão.

Mas que irmandade é essa , se quando chego mais perto em busca de um abraço, ou de um pouco de atenção.

Fazem caras feias e medrosas,

Fecham portas e janelas

E vão logo dizendo "não".

Nas ruas, nas lojas , nos shoppings

È Linda a decoração

Mas se me aproximo pra olhar

Vem logo alguém falando:

- Deve estar querendo roubar !

Meu coração entristece, fica apertadinho.

então eu digo baixinho :

- Não Sr. Não sou ladrão.

Mas quem disse já foi embora

Não pode perder a hora, nem tempo comigo não.

Até as pessoas mais "nobres"

Nessa época se preocupam com os mais pobres.

E se propoem a fazer alguma "boa ação"

Mas não posso reclamar , pois graças a isso, pelo menos nessa época posso dormir e sonhar , pois sei não vou escutar, a barriguinha dos meus irmãozinhos roncar.

É Uma pena , que as pessoas com toda essa euforia , façam dessa linda ocasião

A alegria de apenas um dia.

Chega a tal noite feliz,

Risos e gargalhadas

Tanta fartura e bonança,

Nas casas iluminadas

é Prova da abastança.

Eu aqui na favela,

Admiro as estrelas e a lua , são tão belas!

Lembro que a festa é do aniversário de alguém, Mas quem ?

Não ouvi lembrarem de ninguém .

Mas se esquecem de mim, talvez pelo mesmo motivo tenham se esquecido "Dele" também.

Vejo sobre a "nossa" mesa um pedacinho de pão.

Junto as minhas mãozinhas e agradeço a Jesus em oração,

Peço também para entender porque enquanto alguns tem tanto , outros de fome sentem até a barriga doer.

Tudo acabou , começa o ano novo

E assim tudo outra vez,

Mas bem que o Natal

Pelo menos nos corações das pessoas

Podia acontecer todo mês.

Querido Papai Noel

Nem sei se você existe

Mas sua carinha contente

Alegra o coração da gente

E põe um sorriso de esperança

Nos olhos de todas as crianças.

Parte II - Cotidiano



E aí , lembram do Léo ,

O menino da favela

Que está bem debaixo do seu céu.

Hoje foi pro sinaleiro

Pra tentar ganhar dinheiro

Em casa a coisa está brava,

A mãe tá desempregada ,

Com seis filhos pra criar .

Um para amamentar ,

Seis bocas pra alimentar ,

Todos com a barriga a roncar ,

E com a barriga vazia, não tem ânimo sequer para pensar,

Desespero de uma mãe é ver filhinho chorar.

Pensou em fazer loucura ,

E da vida desistir,

Mas também pensa nos filhos

Não terão pra onde ir ,

Não quer que sejam bandidos,

Então, essa barra vai ter mesmo que segurar,

Léo, vendo a mãezinha triste

Vai só tentar ajudar.

Vender bala, pirulito,

Limpar vidro de carrão,

Na esperança de um trocado .

Mas quem está alí dentro, mantém o vidro fechado, pois tem medo de ladrão.

Ninguém abre a janela ,pra menino de favela.

Só que lá no morro,

Tem alguém que está de olho,

Na desgraça desse povo.

E se aproveita do choro, do menino desvalido.

Feito uma fada madrinha oferece a solução,

Invés de vender o doce , vender fumo, pó ,comprimido e armas para infração.

Promete fazer dele um "rico", põe-lhe uns trocados na mão.

Pra quem não tem nada é ouro.

Corre pra casa com seu tesouro

Abraça alegre a mãe e feliz beija o irmão,

Tem em um bolso o dinheiro

E no outro a transgressão,

Não conta nada a mãezinha

Sabe que não vai concordar ,

Só que isso faz também doer o seu coração

Começa logo mentindo ,

Diz que com trabalho honesto,

Já recebeu do patrão .

Léo só pensou em ajudar

Dar a mãe vida melhor,

Por na mesa arroz , feijão.

Nunca mais ser humilhado

Nem ele , nem os irmãos

Pobres daqueles meninos ,

Tomados pela ilusão ,

Brincam como Heróis,

Morrem como vilão..

Mas o sonho dessas crianças ,

É Serem vistos com respeito,

Reconhecidos apenas como um "verdadeiro cidadão".

Hoje, Léo é chamado de avião ,vapor, falcão.

Passa droga pro bandido,

E pro filho do bem sucedido.

Mas não vê o mal que faz

Pra ele é trabalho normal,

Levando o pão para casa,

Não vê isso como imoral.

Só não vê que entregou, seu destino a própria sorte

No caso desses meninos é a FEBEM ou a Morte.

Quem governa não faz conta,

Parece mesmo que governar, é brincar de faz de conta ,

De País das Maravilhas ou Alí Babá e seu bando, sinceramente não sei.

No dinheiro do país , muitas vezes "passam a mão".

E vem com alma lavada, prometer prioridade ao problema da EDUCAÇÃO,

na sua próxima eleição,

Prometem o fim da fome , prometem o leite e o mel .

Vem eleição , vai eleição

E o Léo tá na favela ,

Bem debaixo do seu céu .

Deus , meu Pai querido

Só podemos contar contigo

Nessa triste situação ,

Por isso nesse momento, levantamos o pensamento

Em uma prece provinda do fundo do coração ,

Protege as crianças e os jovens desse Nosso Brasil ,

Esse país que tão belo no mundo, igual não há,

E há muito tempo se fala,

Que onde se plantando tudo dá,

Do povo-sorriso e trabalhador.

Tão cheio de fé , e do Seu Amor.

Dai-lhes então ao menos o pãozinho de cada dia,

Mas que possam também ter abrigo, possam estudar e brincar.

E que nessa Nossa Pátria, Coração do Evangelho, sejam os próximos governantes, verdadeiros homens de bem,

Contamos com a tua força ,

Obrigado por tudo ,

Amém.

Parte III- Natal Outra Vez ...

Já é Natal outra vez ,

E lá está o Léo ,

Não está mais na favela bem debaixo do seu céu,

Está morando na rua e

nem acredita mais em Papai Noel .

Léo agora diz para quem quiser ouvir

Que já sabe qual é o seu lugar e o seu papel ,

Dorme embaixo de marquise,

De ponte ou de elevadão,

Está sózinho no mundo desde que a sua mãezinha

morreu de tristeza no coração.

Os irmãos foram levados para adoção no juizado

E Léo saiu pelo mundo, prometendo ser vingado .

As pessoas vão passando parecem nem se dar conta do menino no meio do caminho deitado,

O sol ainda vai alto mas Léo já está drogado,

Vê a movimentação, muitos presentes, sacolas nas mãos,

O alvoroço da época, cheia de burburinhos e canção.

E Léo alí na calçada , jogado, alheio a qualquer emoção.

Poucos lhe notam, muitos com medo desviam o rumo para não cruzar com o rapaz,

Reclamam, xingam e proclamam que nos dias de hoje não se pode nem fazer compras em paz.

A presença lhes incomoda, tal realidade enfeia a beleza da data,

Esquecendo do verdadeiro motivo que o Natal retrata..

Em meio ao zum-zum-zum,

Léo cai em sono profundo,

Querendo sair do mundo,

Tentando esquecer sua dor,

E como em um doce acalanto,

Sente a presença materna a abraçar-lhe com muito amor.

Sonha como criança,

Uma casinha aconchegante,

Uma mesa farta a lhe esperar ,

A família toda reunida na alegria do lar.

Crianças bem vestidas,

Vinham sorrindo para a Noite Natalina festejar,

O menino está feliz, rodando em bela cantiga junto aos amigos e aos irmãos.

Seu coração extasiado parecia querer explodir de tanta satisfação.

Enxerga estrelas em volta de sí

Em cores e cantos com seus encantos,

Num feixe de luz,

Amigos-anjos lhe envolveram .

Vindos todos em nome de Jesus .

Lembraram-se do menino magrinho a escrever ao Papai Noel cheio de esperanças de uma vida melhor, várias cartinhas , vários bilhetes, endereçados ao léu.

Menino ainda tão cheio de ilusões, que depositava com expectativa de solução, em pequeno rascunho todas as suas vontades, como se assim pudesse ludibriar a verdade.

Andando de déu em déu,

Diante de uma vida de miséria que apesar de ainda criança lhe impôs um destino de réu.

Sonhava com o "Bom Velhinho" que poderia ofertar-lhes uma melhor condição.

Juntava as mãozinhas, rezando quietinho, agradecido sempre por ter conseguido em mais um dia garantir o pedacinho de pão.

Mas na desesperança, foi vítima da ambição,

Viu seu sonho realizado nos olhos da transgressão,

Cansado de ser julgado, espicaçado e humilhado,

Da fome a doer-lhe o abdomem, da triste situação,

O que restava de menino e da sua fé no divino caiu no abismo da desilusão.

Pelas mãos do bandido, se viu melhor acolhido,

Do que por todos aqueles que só prometiam uma vida digna e educação.

De arma em punho no crime, não hesitou em defender o seu quinhão.

Foi pra FEBEM, apanhou, aprendeu a ser pior, foi seu marco divisor,

Fugiu , quando soube que o coração da mãezinha de desgosto não resistiu.

Procurado, drogado, culpado, esfomeado,

cheio de remorso e pavor,

Quer vingança pela vida que lhe negou o direito do pão e do amor.

Onde está o menino que adorava o Natal ?

Que admirava as estrelas e as luzes lá do alto da favela ?

Parece que todos os seus sonhos foram alçados pela janela,

Restou o farrapo humano, deitado na calçada, delirante, por onde passam as pessoas cheias de pacotes alegres a cantarolar,

Que sobrepujam seu corpo ainda vivo, enojados pelo seu cheiro nauseabundo que se espalha no ar.

É Natal outra vez , alguns se lembraram que o motivo principal da festa é a irmandade que teve o seu elo em Jesus ?

Em nome dos Léos, das Maria Madalenas, dos Lázaros, e de todos os pobres e pequeninos pelos quais Ele

humildemente suportou a dor e o peso da cruz ?

Ainda vendo os anjos e a mãe a se aproximar,

o menino pede para que não o deixem mais acordar,,

- Léo, é Natal outra vez , sua mãe lhe abençoa como em toda vida o fez,

Levanta-te e anda , recomeça tudo outra vez,

Recorda teus natais de infancia apesar de pobrezinhos mas tão cheios de amor e de esperança,

A vida terrena a felicidade eterna não nos consente,

Volta-te para o bem e segue, pois seu é o reino dos céus, e se pacífico também suportares a tua cruz, este é que será o seu Grande Presente,


Noite Feliz , Noite se faz ,

Irmãos se abraçam em tempos de paz,

Uma senhora se ajoelha aos seus pés

Como Maria na manjedoura entregue a sua fé,

Põe-lhe a cabeça no colo, acarinhando com piedade o garoto combalido,

Como se fora o próprio filho, que no Natal anterior por exageros e intransigencias, havia no trânsito falecido.

Léo, lembra as palavras da mãezinha em seu sonho,

Junta as mãozinhas, e como a pequena criança que um dia se fora, reza muito agradecido.

- Oi Jesus , eu sou o Léo ,

O menino da favela bem debaixo do seu céu,

Obrigado por tudo, obrigado pelo Natal,

Obrigado por existir pessoas que entendem seu signficado com plenitude e moral.

Que transformam em manjedouras os seus próprios corações,

Que Lhe reconhecem no irmão necessitado,

Que ofertam o perdão e a indulgencia, pois sabem que um dia também foram culpados,

Que fazem da caridade incondicional o maior de todos os presentes e a mais linda das canções .

Protege os meus irmãos que também passam pela tristeza, pela dor e e por grandes aflições .

Mas principalmente dai alento para os corações endurecidos que ainda não lhe conhecem, sendo esta data apenas uma festa de farturas e alegorias, que não se prolonga ao longo de suas vidas vazias, não entendem o NATAL como a oportunidade de um RENASCIMENTO , mas vendo-na apenas como mais um FINAL.

Amém,

FIM

(Escrito por Paty Bolonha , 2005 , por favor respeite o texto e a autoria)

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Senhor, divisamos os lindos campos da Eternidade, vemos ao longe a luz imortal, contemplamos um céu todo azul, onde brilha um sol magnífico que não tem ocaso: é a pátria do amor e da verdadeira Vida em Jesus Cristo, Nosso Senhor; para lá queremos caminhar, vencendo as dificuldades do caminho, afastando da estra as pedras que colocamos com a nossa perversidade. Nossos corações, cheios de contentamento, confiantes nas promessas de Jesus Cristo, nada temem e tudo aguardam em Vós. Senhor, fazei-nos melhores cristãos, porque só assim poderemos alcançar as Vossas graças, que estão sempre nos acompanhando, mas que nós pomos bem distantes, porque permancemos cegos, praticando a iniquidade. Dai-nos maiores conhecimentos, para que elucidemos os nossos irmãos e possamos pela fraternidade, estender-nos a mãos reciprocamente e juntos elevar-nos ao Vosso Reino.

Pai Amantíssimo, fazei-nos humildes e caridosos, que possamos caminhar para Jesus Cristo e encontremos sempre, dentro de nós, as lições memoráveis da Mangedoura e de toda a sua Vida entre os homens. Esse é o Caminho, essa é a Verdade, essa é a Vida Eterna.

Senhor, deixai-nos sempre caminhar para Jesus Cristo, dai-nos forças, fortalecei a nossa fé, para que nunca pereça a nossa alegria e nos regozijemos em todos os instantes, conhecendo as graças do Vosso Amor em todas as coisas.

Assim Seja, agora e sempre." (IRMÃO LUIZ - do Livro "Primeiro Livro de Natal, de Francisco Luciano)".

Que a paz de Nosso Senhor esteja com todas as famílias! Amar, amar, amar e Amar é tudo o que ELE nos pede, sempre!

Um abração a todos!

Demerval
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OOis, Gente Linda, tudo na paz? 🙂
Dentro da proposta de estudo da semana, deixo abaixo um texto reflexivo para todos nós 🙂
dia cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração

CRISTO NASCEU? QUANDO? ONDE?


25 de dezembro é o dia em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo.
Se perguntássemos quando e onde Jesus nasceu, a grande maioria dos cristãos responderia prontamente que ele nasceu há cerca de dois mil anos, em Belém.
Mas, em verdade, que importa o tempo, se existem inúmeras almas em cujo seio o senhor ainda não reina?
Muitos corações ainda são semelhantes às hospedarias de Belém, cujas portas estão fechadas, sob alegação de estar lotadas.
O Mestre da humanidade somente teve como berço uma estrebaria pobre, junto aos animais, e a companhia afetuosa dos pais humildes.
Ainda hoje, quando o Cristo bate às portas de nossos corações, encontra muitos deles lotados pelos interesses pessoais, pelo egoísmo, pelo orgulho, e pelo desejo de conquistas materiais, não sobrando espaço para ele.
Se perguntarmos com sinceridade, se o Cristo nasceu em nós, talvez percebêssemos que não temos permitido esse nascimento.
Aquele que ainda não sentiu em seu íntimo a influência do Cristo, ignora, em verdade, que ele nasceu.
No dia, que dizemos especial para a humanidade, vale a pena que façamos algumas perguntas a nós mesmos e as respondamos intimamente.
Cristo nasceu? Quando? Onde?
Que influência está exercendo em nós o nascimento do dele?
Que relação existe entre o natal de Jesus e a nossa vida no momento atual?
Será que já conseguimos entender e vivenciar a boa nova que ele veio trazer?
Se perguntássemos a Paulo, apóstolo, onde e quando Jesus nasceu, talvez ele nos dissesse que foi na estrada de damasco, quando se viu envolvido na sua divina luz.
Depois de muitas lutas íntimas, Paulo disse: _já não sou eu quem vive, é o Cristo que vive em mim_.
Se fizéssemos a mesma pergunta a madalena, é possível que ela nos informasse que o Cristo nasceu em Betânia, certa vez em que sua voz cheia de pureza e doçura, despertou-lhe a sensação de uma nova vida, com a qual até então jamais sonhara.
Pedro talvez se pronunciasse dizendo que Cristo nasceu no átrio do paço de Pilatos, no momento em que o galo cantou pela terceira vez, acordando a sua consciência para a verdadeira vida.
Dos lábios de João, evangelista, pode ser que ouvíssemos a afirmativa de que Jesus nasceu no dia em que lhe iluminou o entendimento fazendo-o saber que Deus é amor.
Para Zaqueu, o publicano, talvez Jesus tenha nascido numa esplêndida manhã de sol, quando ele, ansioso por conhecê-lo, subiu numa árvore, à beira do caminho por onde o Cristo passava e o mestre lhe disse que gostaria de fazer-lhe uma visita.
Dimas, o chamado bom ladrão, nos diria que Jesus nasceu no topo do calvário, precisamente quando a cegueira e a maldade humanas supunham aniquilá-lo para sempre.
Naquele momento, o Cristo lhe dirigiu um olhar repassado de piedade e ternura, e o fez esquecer todas as misérias deste mundo, nascendo para sempre em sua intimidade.
***
_Tal foi o testemunho do passado _ tal é o testemunho do presente, dado por todos os corações que, deixando de ser quais hospedarias de Belém, onde não havia lugar para o nascimento de Jesus, se transformaram, pela humildade, naquela manjedoura que o amor sublime da mais pura e santa de todas as mães converteu no berço do redentor do mundo_.
(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Em Torno do Mestre, caps. Jesus e seu Natal e Cristo nasceu? Quando? Onde?, Ed. FEB. - www.momento.org.br)


Conclusão