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212_ – Tema: Família e desencarnação - estudo com texto

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
www.cvdee.org.br - Sala Virtual de Estudos Educar
Temas destinados à Família e à Educação no Lar


Tema: Família e desencarnação
Período: 28/10 a 04/11

Eis Lindinhos e Lindinhas , tudo joiiinha?! 🙂
Vamos conversar e estudar um pouquinho acerca de como enfrentamos, encaramos, nos posicionamos dentro da família perante a desencarnação?
A Doutrina Espírita nos mostra e nos prova a continuidade da vida, no entanto, ainda fazemos o "culto da morte", ainda mantemos o "medo" dela, o sofrimento que ela, através dos tempos, proporciona com a separação, ainda que saibamos momentânea, de nossos entes queridos.
Enfim, ainda a verificamos como uma companheira que niguém quer ter ao seu lado. Está cheia de mitos e de histórias.
A Doutrina Espírita nos faz ou nos traz o repensar a nossa maneira de encará-la, a entendendo não ser o fim de tudo, mas apenas o recomeço de uma nova vida ou a continuidade de nossa própria história.
a) Mas... será que verdadeiramente compreendemos e repensamos a morte como simples desencarnação ou renascimento no mundo espiritual? Justifique sua resposta.
b) Estamos preparando nossos filhos para encará-la com naturalidade, como parte de um processo evolutivo? E qual a melhor forma de prepará-los para esse momento de separação momentânea? Justifique sua resposta.
c) Quando um filho ou pais ou companheiro(a)s ou amigos, enfim, quando um ente querido tem sua desencarnação, vivenciamos esses momentos com o entendimento obtido através da Doutrina Espírita? Justifique sua resposta/
Essas são apenas questões iniciais para nosso início de estudo para a semana; lembrando que vcs podem trazer novos questionamentos, trazem textos, colocarem exemplos, fazerem comentários, interagirem entre as colocações, enfim, dentro do tema proposto, podem e devem enriquecer nosso estudo, combinado?! 🙂
Dia cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração

Equipe Educar - CVDEE
Lu, Rosane(em licença), Fúlvia, Márcio e Ivair
Equipe Educar: http://www.cvdee.org.br/contato.asp

Textos de apoio:

01) O Livro dos Espíritos
Parte Segunda _ Capítulo 3
Retorno da vida corporal à vida espiritual
A alma após a morte; sua individualidade. Vida eterna _ Separação da alma e do corpo _ Perturbação espiritual

A alma após a morte
149 Em que se torna a alma logo após a morte?

_ Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que havia deixado temporariamente.

150 A alma, após a morte, conserva sua individualidade?

_ Sim, nunca a perde. O que seria ela se não a conservasse?

150 a Como a alma continua a ter a sua individualidade, uma vez que não possui mais seu corpo material?

_ Ela ainda tem um fluido que lhe é próprio, tomado da atmosfera de seu planeta e que representa a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.

150 b A alma nada leva consigo deste mundo?

_ Nada mais que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou amargura, de acordo com o emprego que fez da vida. Quanto mais pura, mais compreende a futilidade do que deixa na Terra.

151 O que pensar da opinião de que, após a morte, a alma retorna ao todo universal?

_ O conjunto dos Espíritos não forma um todo? Não constitui um mundo completo? Quando estais em uma assembléia, sois parte integrante dessa assembléia e, entretanto, sempre conservais a individualidade.

152 Que prova podemos ter da individualidade da alma após a morte?

_ Não tendes essa prova por meio das comunicações que obtendes? Se não fôsseis cegos, veríeis; e, se não fôsseis surdos, ouviríeis, pois muito freqüentemente uma voz vos fala e revela a existência de um ser fora de vós.

* Aqueles que pensam que na morte a alma retorna ao todo universal estão errados, se por isso entenderem que, semelhante a uma gota d_água que cai no oceano, perde sua individualidade. Porém, estarão certos se entenderem por todo universal o conjunto de seres incorpóreos, do qual cada alma ou Espírito é um elemento.

Se as almas não se diferenciassem no todo, teriam apenas as qualidades do conjunto e nada poderia distingui-las umas das outras; não teriam nem inteligência, nem qualidades próprias. Porém, muito ao contrário disso, em todas as comunicações demonstram ter consciência do seu eu e uma vontade própria. A diversidade que apresentam em todas as comunicações é conseqüência da sua individualidade. Se após a morte houvesse somente o que se chama de o grande Todo que absorve todas as individualidades, esse Todo seria uniforme e, então, todas as comunicações do mundo invisível seriam idênticas. Uma vez que lá se encontram seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e infelizes, e de todas as espécies: alegres e tristes, levianos e sérios, etc., é evidente que são seres distintos. A individualidade torna-se ainda mais evidente quando esses seres provam sua identidade por manifestações incontestáveis, por detalhes pessoais relativos à sua vida terrestre que se podem comprovar. Também não pode ser posta em dúvida quando se tornam visíveis em suas aparições. A individualidade da alma nos foi ensinada em teoria, como um artigo de fé. O Espiritismo a torna evidente e, de certo modo, material.

153 Em que sentido se deve entender a vida eterna?

_ É a vida do Espírito que é eterna; porém, a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma retorna à vida eterna.

153 a Não seria mais exato chamar vida eterna à vida dos Espíritos puros, aqueles que, tendo atingido o grau de perfeição, não têm mais provas para suportar?

_ Isso é, antes, a felicidade eterna. Porém, mais uma vez, é uma questão de palavras: chamai as coisas como quiserdes, contanto que vos entendais.

Separação da alma e do corpo
154 O corpo ou a alma sente alguma dor no momento da morte?

_ Não; o corpo sofre muitas vezes mais durante a vida do que no momento da morte: a alma não toma nenhuma parte nisso. Os sofrimentos que às vezes ocorrem no momento da morte são uma alegria para o Espírito, que vê chegar o fim de seu exílio.

* Na morte natural, a que acontece pelo esgotamento dos órgãos em conseqüência da idade, o homem deixa a vida sem se dar conta disso: é como um foco de luz que se apaga por falta de suprimento.

155 Como se opera a separação da alma e do corpo?

_ Quando os laços que a retinham se rompem, ela se desprende.

155 a A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?

_ Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o retinham no corpo físico: eles se desatam, não se quebram.

* Durante a vida, o Espírito se encontra preso ao corpo por seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é apenas a destruição do corpo e não do perispírito, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; opera-se gradualmente e com uma lentidão muito variável, conforme os indivíduos. Para uns é bastante rápido e pode-se dizer que o momento da morte é ao mesmo instante o da libertação, quase imediata. Mas, para outros, aqueles cuja vida foi extremamente material e sensual, o desprendimento é mais demorado e dura algumas vezes dias, semanas e até mesmo meses. Isso sem que haja no corpo a menor vitalidade nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre corpo e Espírito, afinidade que sempre se dá em razão da importância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É racional conceber, de fato, que quanto mais o Espírito se identifica com a matéria, mais sofre ao se separar dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, a elevação de pensamentos, operam um início do desprendimento mesmo durante a vida do corpo, de tal forma que, quando a morte chega, o desprendimento é quase instantâneo. Esse é o resultado de estudos feitos em todos os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações ainda provaram que a afinidade que em alguns indivíduos persiste entre a alma e o corpo é, algumas vezes, muito dolorosa, visto que o Espírito pode sentir o horror da decomposição. Esse caso é excepcional e particular para certos gêneros de vida e certos gêneros de morte; verifica-se entre alguns suicidas.

156 A separação definitiva da alma do corpo pode ocorrer antes da completa cessação da vida orgânica?

_ Na agonia, a alma, algumas vezes, já deixou o corpo. Nada mais resta nele do que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo e, entretanto, ainda há nele um sopro de vida orgânica. O corpo é uma máquina que o coração faz mover. Existe, enquanto o coração faz circular o sangue em suas veias, e não tem necessidade da alma para isso.

157 No momento da morte, a alma tem, às vezes, um desejo ou um êxtase que lhe faz entrever o mundo em que vai entrar?

_ Muitas vezes a alma sente desfazerem-se os laços que aprendem ao corpo, então, faz todos os seus esforços para rompê-los completamente. Já em parte desprendida da matéria, vê o futuro desdobrar-se à sua frente e desfruta, por antecipação, do estado de Espírito.

158 O exemplo da lagarta, que inicialmente rasteja na terra, depois se fecha na sua crisálida1 numa morte aparente para renascer em uma existência brilhante, pode nos dar uma idéia da vida terrestre, da vida espiritual e, enfim, de nossa nova existência?

_ Uma idéia imperfeita, mas a imagem é boa. Não deverá, entretanto, ser tomada ao pé da letra, como muitas vezes fazeis.

159 Que sensação experimenta a alma no momento em que reconhece estar no mundo dos Espíritos?

_ Isso depende. Se fizestes o mal com o desejo de fazê-lo, vos envergonhareis de tê-lo feito, num primeiro momento. Para o justo, é bem diferente: é como o alívio de um grande peso, porque não teme nenhum olhar indagador.

160 O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que desencarnaram antes dele?

_ Sim, de acordo com a afeição que havia entre eles, muitas vezes vêm recebê-lo na volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se desprender das faixas da matéria. Assim como reencontra também muitos que havia perdido de vista durante sua permanência na Terra. Vê os que estão na erraticidade2, como também vai visitar os que estão encarnados.

161 Na morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda não estão enfraquecidos pela idade ou por doenças, a separação da alma e o término da vida ocorrem simultaneamente?

_ Geralmente é simultâneo, mas, em todos os casos, o momento dessa separação é muito curto.

162 No caso de decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns instantes a consciência de si mesmo?

_ Muitas vezes a conserva durante alguns minutos, até que a vida orgânica tenha-se extinguido completamente. Mas às vezes ocorre que a apreensão da morte pode fazer com que perca a consciência mesmo antes do instante do suplício.

* Trata-se aqui da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo, como homem e por intermédio dos órgãos, e não como Espírito. Se não perdeu a consciência antes do suplício pode, ainda, conservá-la por alguns instantes que são de uma duração muito curta e cessa necessariamente com a vida orgânica do cérebro, o que não implica que o perispírito esteja completamente desligado do corpo. Pelo contrário: em todos os casos de morte violenta, quando não acontece pela extinção natural das forças vitais, os laços que unem o corpo ao perispírito são muito fortes, e o desprendimento completo demora mais.

Perturbação espiritual
163 A alma, ao deixar o corpo, tem imediatamente consciência de si mesma?

_ Consciência imediata não. Ela passa algum tempo como num estado de perturbação.

164 Todos os Espíritos experimentam, no mesmo grau e com a mesma duração, a perturbação que se segue à separação da alma e do corpo?

_ Não, isso depende de sua elevação. Aquele que já está depurado reconhece a sua nova situação quase imediatamente, porque já se libertou da matéria durante a vida do corpo, enquanto o homem carnal, aquele cuja consciência não é pura, conserva durante muito mais tempo as sensações da matéria.

165 O conhecimento do Espiritismo tem alguma influência sobre a duração, mais ou menos longa, dessa perturbação?

_ Uma influência muito grande, uma vez que o Espírito já compreendia antecipadamente sua situação. Mas a prática do bem e a consciência pura exercem maior influência.

* No momento da morte, tudo é inicialmente confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela fica atordoada, semelhante à situação de uma pessoa que desperta de um profundo sono e procura se dar conta da situação. A lucidez das idéias e a memória do passado voltam à medida que se apaga a influência da matéria da qual acaba de se libertar e à medida que se vai dissipando uma espécie de névoa que obscurece seus pensamentos.

O tempo da perturbação que se segue à morte do corpo é bastante variável. Pode ser de algumas horas, de muitos meses ou até mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que se identificaram já na vida terrena com seu estado futuro, porque compreendem imediatamente sua posição.

Essa perturbação apresenta circunstâncias particulares de acordo com o caráter dos indivíduos e, principalmente, com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia3, ferimentos, etc., o Espírito fica surpreso, espantado e não acredita estar morto. Sustenta essa idéia com insistência e teimosia. Entretanto, vê seu corpo, sabe que é o seu e não compreende que esteja separado dele. Procura aproximar-se de pessoas que estima, fala com elas e não compreende por que não o escutam. Essa ilusão dura até o completo desprendimento do perispírito. Só então o Espírito reconhece o estado em que se encontra e compreende que não faz mais parte do mundo dos vivos. Esse fenômeno se explica facilmente. Surpreendido pela morte, o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que se operou nele. A morte é, para ele, sinônimo de destruição, de aniquilamento. Mas, como ainda pensa, vê, escuta, não se considera morto. O que aumenta ainda mais sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao anterior, cuja natureza etérea não teve ainda tempo de estudar. Acredita que seja sólido e compacto como o primeiro; e quando percebe esse detalhe, se espanta por não poder apalpá-lo. Esse fenômeno é semelhante ao que acontece com os sonâmbulos inexperientes que não acreditam dormir, porque, para eles, o sono é sinônimo de suspensão das atividades, e, como podem pensar livremente e ver, julgam não estar dormindo. Alguns Espíritos apresentam essa particularidade, embora a morte não tenha acontecido inesperadamente. Porém, é sempre mais generalizada naqueles que, apesar de estar doentes, não pensavam em morrer. Vê-se, então, o singular espetáculo de um Espírito assistir ao seu enterro como sendo o de um estranho e falando sobre o assunto como se não lhe dissesse respeito, até o momento em que compreende a verdade.

A perturbação que se segue à morte nada tem de pesaroso para o homem de bem! É calma e muito semelhante à de um despertar tranqüilo. Para aquele cuja consciência não é pura, a perturbação é cheia de ansiedade e angústias que aumentam à medida que reconhece a situação em que se encontra.

Nos casos de morte coletiva, tem-se observado que os que perecem ao mesmo tempo nem sempre se revêem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para seu lado, ou apenas se preocupa com aqueles que lhe interessam.
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Crisálida: estado intermediário entre lagarta e borboleta. No contexto, significa a transformação, o vir a ser (N. E.).
Veja a questão 223 e seguintes. (N. E.).
Apoplexia: lesão cerebral aguda; derrame cerebral (N. E.).

02) A vida e a morte
José Lucas
«Revista de Espiritismo» nr. 41, Outubro/Dezembro 1998
«Neste primeiro de Novembro, data em que se recordam os "mortos", facilmente podemos concluir que a morte é uma quimera. Mais: a morte morreu e quem a matou foi a lucidez, a fé raciocinada e o espírito de pesquisa que Allan Kardec ensinou há cerca de 140 anos.
Estamos habituados a fazer o culto da morte, de tal modo este culto faz parte das nossas raízes culturais.
Para muitos, é algo em que não se quer pensar, de tão tenebroso se afigura. Almeja-se viver o máximo possível, mesmo sofrendo muito no corpo de carne. A morte apresenta-se como essa madrasta cruel que aparece quando menos se espera. Não poupa ninguém, e é menos compreendida quando engrossa o seu pecúlio com vidas na flor da idade.
O desespero e a incompreensão apoderam-se então das pessoas, revoltando-as por vezes contra a lei da vida. Tais atitudes encontram justificação no desconhecimento das leis do mundo espiritual, descobertas, estudadas e evidenciadas desde há 140 anos, altura em que a doutrina espírita as revelou, utilizando para tal um método científico.
Acontece que nos encontramos de tal modo embrenhados na luta do quotidiano que não é fácil arranjarmos tempo ou disposição para investigar ou nos interessarmos pelo local que todos nós indubitavelmente um dia reencontraremos _ o mundo espiritual.
Vivemos quais cegos, recusando ver aquilo que se torna evidente aos olhos de qualquer um. Posteriormente, é o remorso do tempo perdido, e quase sempre o desespero, aquando da perca de algum familiar.
Mas que tem a ver com tudo isto o espiritismo, e o primeiro de Novembro?
É que o espiritismo prova-nos a continuidade da vida para além da morte do corpo físico, mostra-nos as evidências da realidade da reencarnação, bem como as regras de segurança para se poder comunicar com o mundo espiritual, sem sobressaltos.
Os familiares que outrora se encontravam perdidos para sempre, em algum recanto do céu ou do purgatório, vêm agora confabular connosco, dizer de suas alegrias ou tristezas de acordo com a sua postura interior, resultado das atitudes que tiveram na Terra, enquanto cá andavam. Não mais aquelas perspectivas medonhas do inferno eterno ou do céu beatífico.
Novas leis, racionais, compreensíveis e investigáveis se revelam agora, perante todos aqueles que as quiserem estudar.
Vêm os espíritos dizer-nos que a vida continua no "lado de lá", tal como por aqui, com uma estrutura social, com cidades, com escolas, hospitais, oportunidades de crescimento intelectual e moral, onde novas perspectivas de realização terrena se vão conjecturando para futuras reencarnações.
Nesse sentido, o espiritismo é o grande consolador dos seres humanos, dando uma nova noção da vida, ampliando horizontes, fazendo com que as pessoas a entendam com perspectivas futuras radiosas e felizes, baseadas em factos palpáveis.
Por isso mesmo não faz grande sentido a romaria anual aos cemitérios, nem tão pouco o alimentar das vaidades mundanas à custa dos falecidos, que se concretizam muitas vezes na maneira como os cemitérios são utilizados.
Sabemos hoje que os falecidos apenas respondem aos nossos pensamentos, e com eles se afinizam no mal ou no bem. Sabemos que eles preferem que os recordemos em casa ou noutro local menos tétrico que o cemitério; que ficam felizes quando nos lembramos deles com carinho e amor, independentemente de ser 1 de Novembro ou outro dia qualquer; e que ficam tristes quando os esquecemos, sabendo avaliar muitas vezes da hipocrisia com que frequentemente os relembramos em público (para cumprir preceitos mundanos).
Urge desvalorizar o ritual da morte, encarando-a como o despir (apenas isso) do corpo físico, numa demanda de outras paragens, outros planos vibratórios em que a vida se manifesta, outras dimensões existenciais, tal como na Terra abandonamos um casaco velho que usámos durante muito tempo e sem qualquer tipo de nostalgia, pois outro mais moderno e consentâneo foi por nós adquirido.
É tempo de interiorização, de arranjarmos tempo para nos esclarecermos um pouco acerca da grande viagem que todos encetaremos.
Aliás, quem se aventura a viajar sem conhecer minimamente o roteiro, o percurso que passará?
Esse roteiro seguro está bem calcado nas obras de Allan Kardec: "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Céu e o Inferno", "A Génese", "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "Obras Póstumas", assim como noutros: nos livros de André Luiz, em especial o intitulado "E a vida continua", obras essas que poderá adquirir em diversas livrarias.
É que o espiritismo, sem pedir licença, matou a morte. É caso para dizer: tragam daí o serrote...
(http://www.espirito.org.br/portal/artigos/fep/a-vida-e-a-morte.html)


Conclusão