Educar

200a – Tema: Terceira idade/idoso: relação entre pais, filhos e netos. - nossa conversa sobre

Bom Dia Queridos Irmãos!

Primeiramente quero agradecer pela oportunidade de compartilhar conhecimentos tão preciosos; sobre o tema creio que na nossa sociedade perdemos o respeito pelos nossos irmãos que passam pela 3ª idade terrestre, valoriza-se a juventude, deseja-se a juventude, fico muito triste pois parece que as pessoas são descartáveis, ou seja, ficou velho joga fora. Venho trabalhar de trem e metrô e todos os dias vejo a dificuldade que é para muitos ceder o lugar para que um idoso sente, e muitos outros eventos tristes. Mas ainda acredito que possamos sim aprender/compreender que a vida aqui é uma dádiva, uma oportunidade sagrada de resgates e quem puder auxiliar e amar esses irmãos nessa fase da vida com certeza ganhará muito mais do que deu.

Um enorme abraço e ótima semana.
Regine
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Oi gente tudo bem? Espero que sim, tenho adorado esses estudos, tenho tirado xerox dos textos e releio sempre que posso, e tenho me dedicado em ser uma pessoa melhor. Bom, quanto ao assunto da semana, infelizmente não convivo mais com meus pais, eles partiram e fiquei só neste mundo, não tenho avós também. MAs creio que devo pedir perdão não só a eles todos, mas também a Deus. Explico, é que quando minha Avó ainda era viva, assumo, eu não tinha muita paciência com ela, não sei se pela força da idade, quando se é jovem, você acha "os velhos" meio chatos e exigentes demais, pedem muita atenção, são como crianças choronas, mais eu nunca a maltratei gente, pelo amor de Deus, não vão pensar nisso. Mas como disse eu era jovem, e além disso minha mãe que era filha dela, era uma pessoa muito doente, sofria de cancêr, então a minha atenção era toda pra ela, e as vezes isso me deixava muito estressada. Minha avó se foi primeiro, e isso doeu em minha mãe, não demorou 2 anos e ela também se foi. QUando se sofrem perdas é que começamos a dar valor ao que perdermos. Sinto falta delas, gostaria de ter pelo menos a força delas, pois elas eram pessoas fortes e sabiam enfrentar as batalhas da vida. Hoje eu sei o quanto elas foram importantes da minha formação e na minha vida. Tenho duas filhas, uma de 6 e outra de 4, a de Seis anos tem uma personalidade forte e ela diz que não me quer velha, que ela me quer sempre jovem, pois não vai cuidar de mim, a de Quatro é mais meiga e carinhosa, ela diz sempre que me ama e que vai cuidar de mim na velhice. Vamô vê. Abraços MAra
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água parada cria bicho. Idoso parado seja no corpo quanto sem oportunidades de sentir-se útil( sem ser explorado,òbviamente), é aceleração para a cova.Durante Curso de Olericultura, foi construido canteiro alto, de modo permitir que os adultos, entre estes os idosos da comunidade, recebessem dos jovens as plantinhas em fase de transplante. Lá em cima, sem se abaixar, eles podiam zelar pelo desenvolvimento de alfaces, repolhos e outras folhosas, enquanto em baixo, crianças e jovens cuidavam da sementeira.
Em outra comunidade rural, para evitar derrubada de antigas jaqueiras e mangueiras, concordamos transformar aquele ambiente, numa praça com a recomendação de que se organize ali sessões de contadores de histórias.Quem são estes? Os idosos, que contarão a história do lugar e de outros lugares.
Obrigado pela participação!
Do samideano,
Neider
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Nome: Arthur Silva
Assunto: Convívio com o idoso: o que o jovem pode fazer?
Mensagem: Prezados amigos da sala "Educar"
Com grande alegria que passo ser um colaborador-aprendiz de um ambiente tão
rico de idéias e por que não dizer, de de atitudes. Sou um Pai que de certa
forma, procuro manter o relacionamento com meus filhos( de 12 e 8 anos)à
moda antiga .
E que dificuldade!!!
Pois bem,cobro deles hoje, um contato de pelo menos de 15 em 15 ou uma vez
por semana com suas avós. Eles não tem mais avôs.
Parece que para eles é um martírio.
Mas faço questão que me ouçam falar com minha mãe, quase sempre. Penso que,
afinal de contas, a obrigação de atenção com minha mãe é minha. Só minha.
Ao mesmo tempo, sou monitor de uma turma de jovens na minha
cidade(Vinhedo-SP)na Fraternidade Luiz Sérgio, onde prego as boas ações
junto aos idosos. Inclusive na família. Como pode o pregador falar de uma
ação que não tem êxito em sua própria casa?
Nesse cenário, gostaria de uma ajuda de vcs que me parece, ter material
suficiente para me orientar.
Cordialmente,

Arthur Silva
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muito lindo.Gostaria muito que minha mãe hoje com 70 anos se interessasse por uma atividade assim.Ela tem muita saúde, é super criativa tem todo o tempo livre, vive bem sem depender de ninguém, mas está bem difícil de convencê-la.Tenho certeza q depois q ela começasse ñ ia querer parar.Eu já trabalhei como voluntária e a satisfação pessoal é algo q ñ dá para explicar.Parei pque estou com uma filhinha pequena e ñ tenho com quem deixa-la, mas assim q der quero me engajar em algum projeto.Tem tantas coisas para os idosos fazerem mas depende muito da concepção que cada pessoa tem a respeito de si mesma, uns acham que é viver o dia a dia e esperar pela morte.E aí?
Bjs Jaque
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No meu caso tenho vários exemplos, mas vou resumir a minha família.

A minha mãe tem mais de 70 anos. Vive bem. É saudável (até mais do que eu). Toma remédio apenas para a pressão. Faz de tudo em casa e cuida ainda do meu filho de 10 anos e de meu pai que tem 67 anos e de uma casa enorme. Faz caminhada, frequenta a comunidade da Igreja do bairro junto com o meu filho.
O meu pai é maratonista veterano. Corre em maratonas há 17 anos. Começou por causa da saúde.
Apesar de meus pais terem uma vida saudável me vejo no compromisso de toda a semana ir almoçar com eles no domingo e durante a semana ligo e converso com os mesmo. Me disponho a sair com a minha mãe para resolver problemas particulares, uma vez que no meu trabalho tenho esta facilidade...
A avó do meu marido por quem fui praticamente adotada como se fosse filha. Ela tem 71 anos, fumou durante 60 anos (começou acendendo bituca de cigarro para a mãe... oh exemplo...) . Há um ano ela parou pois teve o segundo aviso. Deu entrada no Hospital com Insuficiência Cardíaca, Respiratória e efizema Pulmonar...
Ela é bastante teimosa. Devota da Mãe Santíssima e de uma sensibilidade incrível. Apesar da idade ela não parou no tempo.
Hj ela vive com uma das netas de 8 anos que ela cria. Não mais com os cuidados que ela podia dispensar, pois está dependente de Oxigênio Medicinal em cilindro. Os afazeres da casa estão sendo revesados por quem tem mais tempo. Uma vizinha, eu, a minha sogra (que é filha dela). Toda semana vamos lá. O meu marido liga todos os dias.
A madrinha do meu marido tbm é da 3ª idade e a cada 15 dias vamos ficar com ela e de vez em quando saimos com ela.
O que eu queria dizer na verdade com tudo isso é que eu e meu marido temos a mesma concepção quanto aos nossos idosos. O nosso final de semana é todo reservado para eles. Nos revesamos entre um e outro mais resumindo é assim. No sábado a cada 15 dias é na casa da madrinha e na casa da Avó. Nos domingos pela manhã na casa da avó pra fazer feira com ela, e depois para a minha mãe e pai pro almoço. A mãe dele também entrou neste ritmo, pois é uma maneira de nos reunirmos e não deixá-los sozinhos. Entre tudo isso temos compra da semana, diversão, descanso, afazeres domésticos, imprevistos... mas sempre de uma maneira e de outra damos conta... Ah! E o médico da vozinha tbm somos nós quem levamos, pois depois dos problemas que ela teve, tem que fazer um acompanhamento.

Penso que criamos filhos e depois somos criados por eles. Tenho sempre orientado o meu filho para o respeito com os idosos e procurar ouvir e muitas vezes se calar diante daqueles que viveram o dobro de nossa idade... O respeito que tenho por eles é imenso e levo em conta que a cada um é dado conforme a necessidade. Tive problemas com os meus pais como todo adolescente, mas hj sei que devo agradecer por tudo o que fizeram e que ainda fazem, mesmo com algumas limitações.

Tentamos dar o máximo de nós para podermos dar atenção, carinho e amor. Pensamos que o nosso compromisso com eles é enquanto estão por aqui. Vejo os demais da família do meu marido que não respeitam, alguns só tratam na ignorância, sem paciência, sem o devido amor. Observo que alguns acham que como nós nos desdobramos então a vó não precisa deles... Tento não julgá-los, não dar uma opinião e apenas fazermos a nossa parte.

Ontem fiquei pensando como seria a minha vida na terceira idade... Sei que o futuro só a Deus pertence... e a Ele que peço forças...

Penso que se a minha mãe não tivesse a vida saudável que tem, como seria a minha rotina, mas digo que já vi de perto pessoas darem conta de filhos, idosos, trabalham fora e tudo o mais.
Pra eles qq minuto de atenção dispensado é um presente... pois hj eles valorizam e muito um pouco de atenção...
Cida
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Cida,



Gostei da sua história. Sensibiliza...



Eu, quando adulta, não vou acho que irei dispensar tanto tempo assim, mas espero poder cuidar de meus pais como eles cuidaram de mim quando eu dependia...Aliás, muito melhor que isso: espero que meus pais sejam tão bons, tão saudáveis, que dispensem as minhas ajudas... Espero que a minha mãe possa fazer um café-com-leite para mim como faz hoje pelo resto da vida dela.



Mas se não for assim, eu tenho quase certeza: não teria coragem de larga-los sozinhos, sem ajuda. Sem companhia. Meus pais ainda são jovens hoje, com quarenta e nove e quarenta e sete anos, e já estão abandonados pelas filhas.



Minhas irmã mais velha, de vez em quando aparece, mas ela não acha justo ter de ajudar meus pais, principalmente quando isso requer mexer no bolso. As vezes meus pais passam dificuldades, e ela diz que não tem a obrigação de ajuda-los, porque agora é a nossa vez, ela diz. Como se dispensar tempo e dinheiro aos meus pais fosse deixar de viver um pouquinho. Porque a cada remédio ou compra que ela faz para eles, é uma balada, um cinema ou uma pizza a menos com o marido. A minha outra irmã mora em Miami. É a irmã do meio. Dia 31 de julho foi aniversário do meu pai, e ela nem mesmo ligou. Não ligou... Não existe a possibilidade de ela ter esuqecido, pois que ela falou com a irmã mais velha no dia anterior, que é o aniversario dela... Nós todos sabemos que ela, com rancor dos pais, está satisfeita em saber que eles estão precisando dela e ela os abandonou.



Eles nem precisavam de recursos tanto assim, o que eu acho que precisavam mais, muito mais, era de alguma companhia, alguém para conversar de vez em quando... alguma luz no caminho. Mas...



Eu também tento não julga-las, porque as amo incondicionalmente. São na minha vida um tesouro, um orgulho, exemplos... porém, acontece que esses fatos me entristecem demais; eu vejo a tristeza no olhar do meu pai; a única coisa que ela nunca soube foi o quanto que ele chorou no aeroporto na primeira vez em que ela foi para os EUA. Ele nunca chora... Ela também nunca ficou sabendo que nós ficamos lá plantados por mais duas horas, só pq ele não era capaz de ir embora antes de ver o avião decolar.



Rs



Família... Mas as coisas vão caminhando.



Abraços amigos! Escrevam! Vamos trocar informações. Acho que o tema desta semana foi ótimo para que nos ajudasse a rever nossos conceitos e nossas práticas.

Muita luz.

Suellen

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Oi pessoas queridas

Estou aqui observando os relatos de vocês e gostaria de expor uma questão que acontece comigo e ouvir a opinião de vocês a respeito. É o seguinte :

Eu, Paty , nunca consegui ter um relacionamento "amoroso" com minha avó paterna , e por uma única razão ela nunca soube ser avó.
Desde que éramos pequenos ela sempre foi uma pessoa muito revoltada com a vida de "miséria" que ela dizia que tinha .
Meu avô uma pessoa muito doce viveu uma vida toda espezinhado por ela , que o obrigou a morar em um rancho fora da casa porque ele dizia que ele era gordo e fedia .
Ele desencarnou aos 63 anos vitimado por um enfarte após uma briga com ela que sabendo que ele era uma pessoa com uma doença que o aposentou com uma renda muito pequena até porque ele era analfabeto, ela e as filhas tocaram ele de casa dizendo que fosse virar um andarilho pois não ajudava em nada só atrapalhava, etc, etc. Esquecendo inclusive que fora ele enquanto útil que havia pago as prestações da casa em que moravam. Minha avó sempre fez questão de coisas "luxuosas", tudo bem que ela é trabalhadeira e caprichosa, mas nunca fez um agrado em um neto , não me lembro do dia em que elogiou a atitude de algum de nós.
Hoje ela tem 86 anos , continua ativa e bem disposta, gasta duas aposentadorias (a dela e do meu avô) só em roupas, sapatos, acessórios, é futilidade em cima de futilidade. Mora com uma tia separada e com um sobrinho, essa tia reclama muito que os outros netos não a visitam ou a levam para passear . Isso me machuca de certa forma porque eu me esforço para trabalhar essa questão de proteção aos idosos, inclusive busco através de outras pessoas idosas transferir o amor que eu poderia dedicar a minha avó , mas confesso que não consigo fazer o mínimo esforço para dar Amor a esta pessoa.
Quando estou na sua presença algo me incomoda, lembro da infancia em que ela criticava muito eu , minha mãe , fazendo acusações infundadas até. Peço perdão a Deus mas acho que nesta encarnação não conseguirei conviver bem com ela.

Acho que este relato serve para mostrar um pouco desse lado "imperfeito" que temos em aceitar o "outro".

Beijinhos

Paty Bolonha
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oi Paty é difícil julgar porque ñ te conhecemos nem a tua vó ou teu avô tive uma avó que me adorava tudo o que lembro de minhas férias de escola na infância é quando ficava com ela. Mas ela e meu avô também tinham um relacionamento assim e eu nunca consegui entender a causa exatamente.Parece q ela foi forçada a casar com ele e por isso depois q tiveram os filhos viveram na mesma casa mas nem se falavam.Sei é que o relacionamento entre as pessoas nem sempre é fácil, seja avós, pais, irmãos e acho q o importante é fazermos o melhor sempre q conseguirmos e nas vezes q não conseguirmos procurarmos não nos sentir culpados e tentar em uma próxima vez e assim seguir.
Jaque
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Entendo o seu lado, mas queria colocar a minha opinião.
As pessoas difíceis muitas vezes são assim para se protegerem. Utilizam o instinto da cobra. Atacam por quê acham que serão atacadas sempre. Ainda não despertaram para o Amor... Acham que a vida é errada, que nada acontece de bom pq não se permitem viver...
Duvido que ela num sinta solidão, que não pese nela a distância... Talvez até que inconscientemente.
Sempre achei que perdoar era esquecer. Cheguei em uma conclusão que perdão não é esquecer, pois se fosse Deus não nos perdoaria, afinal pagamos todos os nossos erros...
Perdoar significa dar segunda chance. E é o que o Pai nos dá todos os dias...Não deixe de tentar dar uma segunda chance para a sua vó...
O que ela fez ou o que deixou de fazer não te compete avaliar... O presente é agora e vc pode fazer algo de bom... se não por ela, mas por vc mesma... Tente conversar, descobrir o que ela gosta, gastar nem que seja em dose homeopática um pouco de tempo com ela. Claro que vc deve observar as reações que ela demonstra...
Talvez ela queira conversar, se arrepender... e vc pode ser a pessoa que ela precise...
Mas se vc encontrar resistência da parte dela, mude de método.
Mas antes de tudo vc dever estar disposta a realmente fazer, não por obrigação. Ore, peça orientação, ajuda e ponha em ação... Se for necessário faça a oração do perdão do ESE..., mas não deite a cabeça no travesseiro pensando que se tivesse feito isso, e se tivesse feito aquilo. Tenha a certeza que tentou tudo o que podia... e assim possa seguir sua vida sem esta dúvida.
Se não enfrentamos os nossos fantasmas, não poderemos saber se eles são ou não reais...

Cida
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Sabe Cidinha eu sempre tento fazer isso, inclusive incentivo os meus filhos a gostarem dela , afinal é a única bisa viva que eles tem. Mas a antipatia da pessoa é meio que natural , ela até se esforça mas as crianças não conseguem ficar com ela por muito tempo.
Eu quando vou lá me esforço também , sabe que devemos nos reconciliar enquanto temos tempo , eu perdoei sim , mas a convivencia é que é mesmo mais dificil.


Obrigado a vocês todos pelos comentários.

Beijinhos
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Entendo!!
Faça a oração do perdão ... faça em voz e de preferência todos os dias pela manhã...
Vc já tentou conversar com ela, mostrar que ela poderia ser diferente? Ou até mesmo tentar conhecê-la melhor... dar uma de psicóloga?!?!
Imagino que é difícil. Qdo tenho alguém que não me simpatizo procuro me aproximar mais, conhecer melhor a pessoa... tento entender o pq da antipatia, o pq deste ou daquele jeito...
Se vc num tentou acho que seria válido tentar...

Bjs.

Cida
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Já tentamos até porque ela foi espírita praticante uma vida toda, e conhecedora do assunto acha que está acima do bem e do mal. Eu presumo que ela deve ter sido uma pessoa que tinha o "poder absoluto" em uma encarnação passada.
Quando entramos em determinados assuntos ela repele imediatamente.

Abraços

Paty Bolonha

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Então evite estes assuntos.
Vc precisa achar brechas... e estas sempre existem. Analise, pense, tente se lembrar de algo que possivelmente ela tenha dito que gostava...
Sinto que vc quer fazer algo e só desista qdo as possibilidades não existirem mais...

Muita luz pra vc...

Cida
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Cida adorei a tua opinião estou aprendendo isso também
jaque
bjs

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Oi Paty.

O seu relato, felizmente, não representa o perfil da maioria dos idosos que temos na nossa convivência. Voce não concorda?

Na minha família, eu conheço muitas pessoas (no geral, idosas) que são ruins, desejam maldade aos outros, etc. Minha avó por parte de mãe é maravilhosa para mim, mas sabemos bem que ela tem um coração bastante ruim, de desejar coisas ruins às pessoas... Isso, em certo nivel, prejudica vez ou outra, mas eu nunca deixei de adorá-la por isso. Minha avó por parte de pai eu não consigo respeitar muito, pois a vida toda ela traiu meu avo, e não foi uma boa mãe. Muitas falhas se refletem hoje no meu pai e na sua maneira de agir com as pessoas. Mas ainda eu a trato com o respeito e o carinho que eu daria, que ela merece como avó, e como se isso em nada me afetasse os conceitos sobre ela.

Hoje, tem um bom coração, está bastante velhinha. Até pouco tempo, eu trocava cartas com ela. Sabia que ela gostava bastante, e então sempre me dedicava a dar essa gosto.

Enfim, pessoas ruins, que desejam maldade, que sentem inveja ou têm atitudes avessas às que coincidem com a doutrina, com a cidadania, com a boa convivência, elas existem, e isso independe de serem idosas ou não. A nossa sensação de nos repelir delas é natural, e não quer dize que não tratemos os idosos da sociedade com respeito, certo?

Ficam os meus votos de felicidade e prosperidade a todos!

Abraços

Suellen

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Kerida Paty

Amar quem nos ama é muito fácil... dificil é amar quem nunca soube demonstrar por nos o amor que necessitamos , ou gostaríamos de ter recebido.
Nos, com o pouco entendimento que temos devemos buscar amar a todos, independente se recebemos amor ou não, pois é isso que nos engrandece o espírito. Amar ou doar sem querer nada em troca. Faça um esforço, a leve para passear, tente conversar com ela assuntos que vc sabe que ela gosta... se for sobre futilidades.. fazer o que? tente assim mesmo.
Passei por situação semelhante, com uma outra pessoa de outra grau parentesco.
Eu entendo que devido a falta que o carinho dela fez em sua infância, em um primeiro momento vai te repelir desta atitude, mas pense que talves ela também não o teve quando precisava e por isso foi imcapaz de ser a avó que vc desejava que ela fosse.
Ela com certeza não evoluiu em nada nesta vida, no que se refere a moral,ao amor íncondicional ao próximo. Mas quem sabe agora, com a idade em que ela se encontra, quem sabe na fragilidade que a terceira idade impõe, ela possa agir diferente.
Quem somos nos para julgar alguém pelas suas atitudes, desconhecendo as vidas passadas, e os compromissos que firmamos uns com os outros antes do retorno a carne?
Sabe-se lá qual era a relação dela com seu avó antes..
Ele com certeza, devido as espiações ao qual foi submetido, provavelmente aprendeu muito nesta vida e teve a devida evolução frente aos problemas, as discriminações, humilhações e faltas pelas quais passou.
tente.. pode ser dificil, mas tente.
Poderá estar fazendo um bem a ela e quem sabe a vc mesma.
Um grande abraço e que a luz divina guie seus passos.
Miriane
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Entendo o seu lado, mas queria colocar a minha opinião.
As pessoas difíceis muitas vezes são assim para se protegerem. Utilizam o instinto da cobra. Atacam por quê acham que serão atacadas sempre. Ainda não despertaram para o Amor... Acham que a vida é errada, que nada acontece de bom pq não se permitem viver...
Duvido que ela num sinta solidão, que não pese nela a distância... Talvez até que inconscientemente.
Sempre achei que perdoar era esquecer. Cheguei em uma conclusão que perdão não é esquecer, pois se fosse Deus não nos perdoaria, afinal pagamos todos os nossos erros...
Perdoar significa dar segunda chance. E é o que o Pai nos dá todos os dias...Não deixe de tentar dar uma segunda chance para a sua vó...
O que ela fez ou o que deixou de fazer não te compete avaliar... O presente é agora e vc pode fazer algo de bom... se não por ela, mas por vc mesma... Tente conversar, descobrir o que ela gosta, gastar nem que seja em dose homeopática um pouco de tempo com ela. Claro que vc deve observar as reações que ela demonstra...
Talvez ela queira conversar, se arrepender... e vc pode ser a pessoa que ela precise...
Mas se vc encontrar resistência da parte dela, mude de método.
Mas antes de tudo vc dever estar disposta a realmente fazer, não por obrigação. Ore, peça orientação, ajuda e ponha em ação... Se for necessário faça a oração do perdão do ESE..., mas não deite a cabeça no travesseiro pensando que se tivesse feito isso, e se tivesse feito aquilo. Tenha a certeza que tentou tudo o que podia... e assim possa seguir sua vida sem esta dúvida.
Se não enfrentamos os nossos fantasmas, não poderemos saber se eles são ou não reais...

Cida
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Kerida Paty,
disse-nos o Mestre que devemos perdoar... quem somos nós para julgar as atitudes de sua avó... só Deus sabe a dor ou a delícia de ser como é.
Beijos Lucia.
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Oi gente, adorei o relato da Cida e da Suellen. Minha mãe já partiu, como já disse, mais foi uma mulher batalhadora, era empregada doméstica, vinda do interior. Por ser ingênua, teve alguns filhos de pais diferentes, mais isso nunca a desanimou, teve 5 filhos, e todos saudáveis, e nunca deu nenhum para adoçao apesar da situaçao difícil em que viviamos, ela era uma guerreira e com o tempo todos cresceram, casaram, constituiram família, e ela não era de gostar muito das noras, acho que era ci;ume de mãe. Depois de um tempo ela adoeceu, foram anos de sofrimento e luta contra dois tipos de cancêr, e como eu era a solteira, fiquei alguns anos da minha vida cuidando dela. Nao que isso fosse um fardo, eu a amava, e nao gostava de ver o sofrimento dela. O que me chateava, era o fato de meus irmãos acharem que isso era uma obrigação só minha, e que para eles era difícil sequer ir lá em casa visitá-la e levar um pouco de ajuda financeira. Mas tenho certeza que a unica coisa que ela queria era a atenção dos filhos o seu amor e compreensão. Eles nao tinham muito paciência com ela , principalmente se a viam gemendo, como se ela fizesse aquilo de propósito. Mas, enfim, minha mãe partiu e acreditem teve um filho, o mais velho, que mora até hoje no Maranhão, que não veio nem no enterro. Hoje depois de muito sofrer e pedir perdão a Deus por um dia te-los julgado, peço a Deus que eles sejam muito felizes e que eles encontem em seus filhos todo o apoio, o amor, a dedicação que um filho deve ter por seus pais, mesmo eles sendo rabugentos as vezes. Mais isso é amor, aprendemos isso quando nos tornamos pais também. Espero nao ter me prolongado demais. Beijos e abraços a todos. MAra
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Um dia, a professora de minha filha, que na época tinha 14 anos pediu para
os alunos fazerem um trabalho sobre a dificuldade que os jovens têm em se
relacionar com os mais velhos e a que se devia isso. Ela pediu minha opinião
e eu fiz um discurso enorme: dificuldades econômicas que fazem o pai e a mãe
trabalhar e não ter tempo, a televisão, que é tão desagregadora, tem casa em
que cada cômodo tem uma, os valores que já não os mesmos etc etc. Ela ouviu
tudo e me disse: concordo com vc, mãe, em parte, mas acho que não é isso, é
apenas que os interesses são diferentes.

Por isso penso que os idosos (e também nós que estamos envelhecendo)
precisam criar um link com o que está acontecendo com os mais jovens, que
música eles ouvem, que histórias eles escutam, que filmes eles vêem, de qual
assunto gostam de conversar. A responsabilidade para uma convivência gostosa
e natural não pode ser só do jovem que nem experiência tem, os mais velhos
precisam descobrir como cativar os mais jovens. Uma vez fiz um curso e o
palestrante nos disse que cada vez que conhecemos alguém, abrimos uma conta
corrente emocional com esta pessoa e ela conosco e ambos podem sacar desta
conta, mas ambos têm que depositar também.

Por isso, companheiro sugiro a vc que pergunte a seus filhos o que eles
gostam na companhia das avós, o que eles gostariam de perguntar, de saber
delas e por aí vai.


Abraços a todos,

Claudia

Conclusão