Educar

199a – Tema: Limite e disciplina - nossa conversa sobre

ñ é fácil eu vivi uma situação q depois me arrependi. tenho dois meninos e um deles fez xixi na cama até 7 anos e nessa de fazer ele parar cheguei ao ponto de xingar muito e até dar umas palmadas. Me senti horrivel depois, até que percebi q estava piorando a situação e qdo deichei pela natureza dele ele parou. Qdo assisto a esta mãe da novela acho horrivel e lembro de mim mesma.
jaque Beijos a todos
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quanto mais próxima da convivência harmoniosa onde confrontos não se confundam com conflitos, tal sociedade tende a induzir seus participantes a terem consciência de que cada liberdade termina quando incomoda a liberdade do outro. Desta forma evitam-se prejuizos, pois o clima de sinceridade e de familiaridade permite sinalização bem clara do limite.Naturalmente, os erros serão aproveitados não para depreciar e humilhar e sim como demonstração do que e como se disciplinar. A vida em pequenos grupos tais como numa comunidade de interesses e ideais cristãos, facilitará formação e manutenção de um ambiente socio e economicamente equilibrado. Estou curioso em saber como vivem os habitantes de uma cidade goiana, divulgada pela então revista Cruzeiro como cidade espírita.Lembro-me que ali não havia delegacia de polícia; e a quantidade e qualidade de médius, estava contribuindo para tal ambiente; dizem que visitante de maus propósitos viu-se com a mão torcida ao tentar ali um simples roubo. ( Pau melo, será o nome da cidade?)
Participemos e construamos a partir de nós mesmos!
Fraternalmente,
Neider
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Olá a todos.
Acho que limite e disciplina é realmente a indicação do caminho a seguir pelos nossos filhos, porque sem limite e disciplina, estamos dando a liberdade para que eles caminhem por caminhos tortos.
E, também, acho muito importante, o exemplo e a paciência para impor a isso, ainda mais que hoje mães em maioria tem que trabalhar, ficando cançadas pelo trabalho, e ainda tem que chegar em casa e educar seus filhos. Um beijo fiquem com Deus.
Giovana
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1-O que devemos disciplinar num filho?
Entendo que devemos disciplinar a sua conduta moral através de exemplos desde o seu nascimento. O diálogo é muito importante, porém temos que ter a consciência de por em prática o que dizemos.

2-Como saber se aquela pré-disposição merece ou requer uma disciplina?
Precisamos estar atentos para identificar alguma raiz nociva. Principalmente porque muitas vezes achamos que aquele será um "mal" temporário e acabamos deixando pra lá. Ou pq estamos cansados e é melhor deixar... mas na minha opinião, qdo passar a ser algo que incomoda a toda a família, ou que percebemos que terá consequências futuras, devemos sim reavaliar e pensar em qual disciplina se encaixa melhor.

3-Disciplinar e limitar tudo o que "achamos" errado é correto?
Tento sempre me lembrar que filho não vem com um manual de uso. "Em caso de chorar, favor apertar no braço esquerdo... rss.. iria ser muito fácil. Precisamos lembrar que eles são espíritos com uma bagagem, muitas vezes maior do que a nossa. Tanto aprendemos qto ensinamos. Há uma troca de experiências, sentimentos, afetos. Também não podemos esquecer de que não somos perfeitos e portanto nem sempre o que achamos errado é realmente errado...

4-Fazer uma análise periodicamente dos métodos utilizados e mudança dos nossos filhos, ajuda no processo educacional?
Com toda a certeza. Todas as vezes que tomo alguma atitude mais brusca, ou enérgica reavalio o que ficou de bom, será que não poderia ter feito diferente? Será que ainda falta algo a ser feito? Eles assim como nós estão em constante mudança, portanto não podemos e nem devemos criar como fomos criados. E nem achar que o que nos é bom pra eles também será.

5-Disciplinar com vários limites é certeza de sucesso? Basta a gente querer a mudança para ela ocorrer?
Limites também tem de ter limites. Excesso ou a falta tbm é prejudicial. A mudança não ocorre quando queremos. Nem em nós mesmos, quem dirá neles... Só mudamos quando estamos maduros para tal. Nenhuma lagarta vira uma linda borboleta se não passar pelo casulo. Nenhum ferro toma o formato necessário se não passar por várias pancadas e várias vezes por altas temperaturas...

6-Que cuidados os educadores devem ter quanto a Disciplinar com ajuda de limites?
Eu, particularmente, tento tomar o cuidado de não colocar limites desnecessários, transformando-os em prisões.
Você precisa colocar limites e mostrar principalmente as consequências. Impor não adianta pois o perigo atrai. Temos isso gravado em nós. Educar é dar condições, mostrar possíveis consequências.

7-A opinião de nossos filhos como aptidões devem contar como item influenciável na hora de identificar pontos a disciplinar?
Com certeza. Através de suas opiniões podemos avaliar qual o nível moral e intelectual com que estamos lidando.

8-A partir de que idade a voz de nossos filhos se torna importante para o equilíbrio (educador x filho) e sucesso de uma boa disciplina?
Opinião minha como mãe. A voz de nossos filhos entendo como expressão. E a partir do momento que eles começam a se expressar devemos dar a devida importância.

9- Dá suporte? Identificar erros? Sugerir mudanças? Corrigir? A escola deve exercer qual papel diante da disciplina já aplicada pelos pais?
Infelizmente aqui no Brasil temos uma educação nas escolas que está muito defazada, mas o papel seria de complementar a educação dos pais. Se houvesse um tratamento mais individual, conhecendo a vivência dos famíliares em casa, como vivem, como se relacionam, como passam seu tempo e outros ítens que eu considero importante. Enquanto as nossas crianças forem tratadas globalmente, será difícil tratarmos certos males. São indivíduos e devemos ser tratados como tal. Não só pelas escolas como tbm pelos pais, pela sociedade. Não me lembro onde vi um planejamento de que os educadores faziam uma visita periódica na casa de seus alunos, conversando, ouvindo, anotando, e até de certa forma educando os pais também. Acho que o caminho é por aí.

10-Quando será que nós educadores colheremos as sementes de uma boa disciplina aplicada com nossos filhos?
Sempre digo que primeiro educamos e cuidamos de nossos filhos. Depois seremos cuidados por eles. Os frutos de uma boa ou má educação serão colhidos constantemente, pois não acho que o aprendizado termina em algum momento. Filho criado, trabalho dobrado. Tenho 31 anos. Sou mãe e também sou filha. Educo o meu filho e ainda sou educada pelos meus pais. Ouço os conselhos, aprendo com as experiências deles e estou em constante troca.



Relato particular.
Gostaria de dividir um pouco de minha experiências. Vou tentar resumir ao máximo pra num ficar muito cansativo.
Sou filha única, adotada e muito amada. Tenho 31 anos e um filho de 11. Filho este que rejeitei no início por ter vindo em condições não programada. Ele, meu filho mora com os meus pais, pois quando ele tinha 2 anos e meio eu sai de casa pra viver com um cara. Não o abandonei. Continuei e ainda continuo indo todo o final de semana vê-lo, fico com ele quando estou de folga, o levo ao médico, contribuo financeiramente. O pai dele, nem sei por onde anda... Os meus pais o tratam como o filho que não tiveram. Educam de maneira diferente da que me educaram pq na cabeça deles eu somente tenho o direito de disciplinar. Foi difícil mudar este conceito, ainda tento e tenho conseguido, aos poucos, mais tenho. Cheguei em uma conclusão que além de disciplinar o meu filho, tive que aprender a disciplinar os meus pais tbm.
Tenho uma relação estranha com o meu filho. Ao mesmo tempo que o amo, tem oras que não suporto. Tenho rancor, raiva... já me condenei muito por isso. Hj tento buscar compreensão para poder trabalhar este sentimento dentro de mim. Da parte dele sinto como se ele quisesse se conciliar comigo. Tenho altos problemas de relacionamento no quesito carinho. Tenho uma trava que aos poucos estou conseguindo abrir. O meu filho tem personalidade difícil. Sei que é uma herança espiritual e que também o meio influencia, tento das mais diversas formas localizar os pontos difíceis e tentar aplicar a melhor disciplina, mas tenho percebido que eu também preciso me disciplinar. E através de muita oração, muito estudo, muita serenidade tenho realizado uma reforma interior em mim, buscando compreensão, buscando o amor, o perdão, a reconciliação com este ser que Deus me concedeu a convivência. Sinto no fundo de minha alma que temos uma dívida pra acertar e que precisamos agir. E assim tenho melhorado a cada dia. Quanto a ele, tenho sentido mudanças, mas preciso sempre lembrar que ele precisa madurar para que as sementes do bem germinem.
A luz da D.E tenho achado refúgio e luz para este conflito que vivo...
Quero dizer que aprendi que família é a reunião de espíritos que precisam de reajuste. Que todos nós estamos reunidos para aprender, amar, aceitar uns aos outros. A nossa verdadeira lição começa em nossos lares. Cada um no seu papel. Um dia vc é filho, no outro pai ou mãe, mas entendo que sempre estaremos ligados por um laço muito maior do que do sangue o do espírito.

Educar filhos realmente é uma tarefa muito difícil, mas nos reeducarmos é imensamente mais difícil.
Busco me melhorar para poder disciplinar no mais possível corretamente meu filho...

Um beijo a todos e desculpem me pela de longa..
Cida.
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cida, vc me ajudou muito com seus relatos, obrigada, tb estou tentando me reeducar em relacao ao meu filho, me ajudou muito, mais uma vez obrigada!

Monica
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Monica,

A vida é uma troca. E jamais devemos nos esquecer que as nossas crianças tem um registro anterior, uma bagagem de vida, de vivência, de pontos negativos e positivos.
Quando Deus nos dá a dávida da maternidade, ele nos dá junto uma grande responsabilidade.
Amemos uns aos outros como o mestre nos ensina...

Bjs.

Cida
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1-O que devemos disciplinar num filho?
R- Desde pequenininho devemos orientá-los para o certo e o errado, o bem e o mal.
A necessidade de fazermos a coisa certa para sermos pessoas de bem. Principalmente enfocando o respeito aos direitos do próximo. Acho que disciplina é isso.

2-Como saber se aquela pré-disposição merece ou requer uma disciplina?
R- Primeiramente perguntando , o que e quem aquela pré-disposição está atingindo, Devemos deixar a criança agir com livre arbitrio até que ponto ?Até o ponto que passa a prejudicar alguém ou a sí mesma.

3-Disciplinar e limitar tudo o que "achamos" errado é correto?
R. Orientar e tomar medidas de limitações sobre o nosso ponto de vista é aceitável, pois a responsabilidade pela educação e pelos atos de nossos filhos é nossa até que atinjam a maioridade ou a maturidade necessária para se guiarem pelo que julgarem melhor para sí.

4-Fazer uma análise periodicamente dos métodos utilizados e mudança dos nossos filhos, ajuda no processo educacional?
R. Sim, temos que estar atentos as mudanças, pensando sempre na evolução moral, devemos reavaliar os pontos de vista.

5-Disciplinar com vários limites é certeza de sucesso? Basta a gente querer a mudança para ela ocorrer?

R. Certamente que não, apesar dos esforços dos pais para disciplinar, muitas vezes a personalidade perispiritual prevalece e a educação paterna não é levada em conta. Por isso devemos orientar e deixar clara a nossa intenção ao fazê-lo , ou seja pensando no bem desses "seres", mas estarmos cientes que eles é quem terão as "rédeas" e que poderão direcionar seus caminhos para o bem ou para o mal.

6-Que cuidados os educadores devem ter quanto a Disciplinar com ajuda de limites?
R. Estabelecer regras faz parte da convivencia social, assim como as punições para quem não as segue.
Devemos estabelecer regras e limites sem sermos intransigentes, procurando soluções, resultados, e não somente aplicando punições ao devedor.

7-A opinião de nossos filhos como aptidões devem contar como item influenciável na hora de identificar pontos a disciplinar?
R. Opiniões são indispensáveis , argumentos são necessários, diálogo é sempre bom e a solução para todos os casos.

8-A partir de que idade a voz de nossos filhos se torna importante para o equilíbrio (educador x filho) e sucesso de uma boa disciplina?
R. Eu diria que desde o choro do pequenino (fome, frio, birra,tristeza,etc) que ainda não sabe se expressar com palavras já dá mostras de individualidade e personalidade, portanto desde então e através dessa expressão já podemos avaliar os nossos filhos e o que necessitam de limites e normas disciplinares.
Ex.Alguns bebês acordam de madrugada e choram para mamar, sabemos que não há necessidade de alimentar uma criança de madrugada, assim como a criança ou o adulto. Então competem aos pais disciplinarem este bebê para que se acostume a alimentar-se somente nos horários normais , sem ceder ao desejo do pequenino, que é o erro de alguns pais que as vezes até acordam a criança com esta preocupação desnecessária .


9- Dá suporte? Identificar erros? Sugerir mudanças? Corrigir? A escola deve exercer qual papel diante da disciplina já aplicada pelos pais?
R. O papel da escola é ensinar, podendo exercer como suporte o papel de educador sobre o ponto de vista de cidadania e organização social. Mas compete a família a orientação educacional. É fundamental quando identificado problemas disciplinares que a escola procure os pais para a solução do mesmo, em ultimo caso quando não atendida é que pode tomar medidas e interferir. A escola não tem tempo de avaliar caso a caso , a família sim. Portanto repassar a escola esse papel é o maior "erro" que um pai pode cometer.
Imaginemos que uma escola tem aprox. 30alunos por turma e 4 horas por dia para aplicar conhecimentos, e ainda conhecer a personalidade de aluno por aluno, cobrar conteúdos de matérias e ouvir cada criança e suas questões existenciais e familiares. É possível ?


10-Quando será que nós educadores colheremos as sementes de uma boa disciplina aplicada com nossos filhos?R.Quando soubermos conhecer nossos filhos por completo, pararmos para ouví-los e conhecer seus problemas, suas dúvidas, suas razões. E também nos fazermos ouvidos, que ouçam nossos argumentos, nossos problemas, nossas razões, sempre fazendo com que se sintam muito amados.

Quem tiver algum relato "dentro do tema" ou algo mais a acrescentar além das "questões para estudo", que fiquem a vontade para aqui descrever.

Tenho 3 filhos e posso dizer que são ótimos filhos, cada um com uma personalidade própria e diferente.
Desde sempre procurei conhecer suas preferencias e seus estilos e participar da vida deles mesmo quando não estamos juntos. Nada que se passa com eles é ignorado por mim, embora respeite as suas individualidades. Mas quando estamos juntos procuro incentivá-los a me contarem sobre suas vivencias e sobre o que esperam de suas vidas, quais são os seus planos futuros, e o que estão passando naquele momento. Procuro sempre deixar claro que todas as "nossas" interferencias em suas vidas são direcionadas pelo amor que temos por cada um deles e pelo desejo que sejam adultos realizados e pessoas de bem. Quando estão angustiados com alguma coisa ou com algum temor nem sempre se abrem , então procuro naqueles dias mostrar uma dose maior do meu amor, mimo-os um pouquinho mais até descobrir o que está se passando, geralmente é ciúme um do outro aí já não preciso falar muito mas demonstrar que no coração dessa mãe a quantidade de amor é tão grande que não há porque reclamarem a falta : TEM PARA TODOS.

Quando estive com a Lu (Luzia CVDEE) ela falou uma frase muito legal ,
Ela me perguntou se eu tinha 3 filhos únicos?

É isso mesmo amada, temos que saber disso em todos os sentidos, cada um é um, e temos que conhecer e tratar todos diferentemente um do outro. Nem que tenhamos 10 filhos nunca serão iguais.

Beijos

Paty Bolonha
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Paty,

Você escreveu:

9- Dá suporte? Identificar erros? Sugerir mudanças? Corrigir? A escola deve exercer qual papel diante da disciplina já aplicada pelos pais?
R. O papel da escola é ensinar, podendo exercer como suporte o papel de educador sobre o ponto de vista de cidadania e organização social. Mas compete a família a orientação educacional. É fundamental quando identificado problemas disciplinares que a escola procure os pais para a solução do mesmo, em ultimo caso quando não atendida é que pode tomar medidas e interferir. A escola não tem tempo de avaliar caso a caso , a família sim. Portanto repassar a escola esse papel é o maior "erro" que um pai pode cometer.
Imaginemos que uma escola tem aprox. 30alunos por turma e 4 horas por dia para aplicar conhecimentos, e ainda conhecer a personalidade de aluno por aluno, cobrar conteúdos de matérias e ouvir cada criança e suas questões existenciais e familiares. É possível ?

É possível sim. Os professores devem sim conhecer a todos os alunos individualmente. Claro que o tempo que elas têm hoje é pouco, e que pra isso deveria se fazer uma reforma geral na estrutura educacional. Fiz magistério, porém não exerço a profissão. Opção minha. Trabalhei durante 4 anos com crianças da pré escola. Aprendi muito com os pequenos e mais ainda com o método de trabalho que eles tinha. Cada criança era trata individualmente. E acredite vc funciona sim. Tínhamos uma metodologia baseada na família. Palestras, conversas individuais com as mães, psicólogas, tratamento em grupo para todos, crianças, pais, professores, auxiliares, faxineiras, irmãos... Conhecíamos cada ambiente, como funcionava, como as crianças viviam, acompanhávamos cada mudança em sua rotina... Criávamos vínculos que eram muito importantes. As pessoas devem ser tratadas individualmente pois são seres diferentes, com vivências diferentes... Não digo que a família deve passar a responsabilidade para a escola, mas um trabalho estruturado e em conjunto faz uma grande diferença. Até hj tenho contato com algumas famílias, inclusive uma das mães tornou-se madrinha do meu filho e temos uma relação maravilhosa.
Se houvesse uma mudança de estrutura no ensino escolar, visando o atendimento de menos crianças por sala de aula, trabalhos de integração social, educação moral, e tudo o mais o que ingloba, garanto que a sociedade não estaria tão desestruturada.
Você felizmente tem uma família equilibrada, mas trabalhei por dois anos em escola pública e vi uma realidade totalmente diferente do que estamos acostumados... ou que fechamos os olhos. Confesso que fiquei muito triste de observar que as oportunidades não são as mesmas pra todos dentro de uma sociedade que visa tratar melhor quem mais tem e não quem realmente precisa.
A Educação nas escolas precisa de mudanças de estrutura funcionamento, remuneração e formação sim e urgente. Se assim não fosse não estaria sendo um sucesso a ESCOLA DA FAMÍLIA. Claro que precisa de mudanças, mas que é um grande passo. Trouxe os pais pra participarem diretamente de atividades dentro da escola de seus filhos. Muitos pais nem mesmo sabem o que se passa na escola, não participam de reuniões, não olham cadernos... e são estas famílias que precisam de ajuda. Um lar desestruturado necessita de auxílio e eu como espírita acredito que estamos aqui pra isso. O papel da escola não é só ensinar é educar. E o que nos falta em muitos momentos é justamente EDUCAÇÂO.

Nas questões abaixo do L.E temos:

"813 Há pessoas que passam privação e miséria por sua culpa; a sociedade pode ser responsável por isso?
_ Sim, já o dissemos: ela é muitas vezes a principal causa dessas situações; aliás, não é de sua responsabilidade cuidar da educação moral dos seus membros? É, muitas vezes, a má-educação que os levou a falsear o julgamento em vez de sufocar neles as tendências nocivas.

889 Não existem homens reduzidos a mendigos por sua própria culpa?

_ Sem dúvida; mas se uma boa educação moral lhes ensinasse a praticar a lei de Deus, não cairiam nos excessos que causam sua perdição; é daí, especialmente, que depende o melhoramento de vosso globo.

914 Parece bem difícil extinguir inteiramente o egoísmo do coraçãodo homem se ele estiver baseado no interesse pessoal; pode-se conseguir isso?

_ À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, dão menos valor às materiais. É preciso reformar as instituições humanas que estimulam e mantêm o egoísmo. Isso depende da educação."

(917)...A cura poderá ser demorada, porque as causas são numerosas, mas não é impossível. Isso só acontecerá se o mal for atacado pela raiz, ou seja, pela educação; não pela educação que tende a fazer homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem. A educação, bem entendida, é a chave do progresso moral; quando se conhecerem a arte de manejar os caracteres, o conjunto de qualidades do homem, como se conhece a de manejar as inteligências, será possível endireitá-los, como se endireitam plantas novas; mas essa arte exige muito tato, muita experiência e uma profunda observação...

Estas são apenas umas das muitas vezes que a palavra Educação é citada no L.E.
Sabemos que pela organização da sociedade em sua hierarquia temos a família como a 1ª instituição e a escola como a 2ª, portanto a escola não está desobrigada de participar ativamente da educação moral e cívica, a fazer um trabalho em conjunto com a família. Afinal não somos indivíduos que vivem vidas diferentes dependendo de onde estamos. Somos os mesmo independentemente de onde estejamos. A própria psicologia admite isso. O espiritismo também. Apenas procuramos nos comportar de maneira mais adequada, mas somos os mesmos. A essência é a mesma embora possamos ter força de vontade e mudar e não podemos negar que esta essência nos acompanha até mesmo pós desencarne...então como tratar nossas crianças diferentes?
O trabalho que vem sido exercido pelo Criança Esperança e por outras muitas entidades filantrópicas e organizacionais leva em conta que precisamos Educar nossas crianças para mudar o rumo de nosso futuro. Se a escola tivesse sido apenas criada pra Ensinar, que os projetos sociais não partiriam das escolas.

Um grande abraço a todos.

Cida
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Querida Cida e amigos

Acho que minhas palavras ficaram meio mal entendidas , o que eu quis dizer não é que a escola não deva ser um meio de Educação , mas quis dizer que não é dela a principal responsabilidade. Hoje o que vemos são pais e famílias delegando a escola unicamente este papel . E não são pais de escola pública não , geralmente são pais de boa renda que se eximem do papel de educador achando que por pagarem boa quantia, a escola tem obrigação de educar e bem os seus filhos.
Vejo isso na escola de meus filhos nas reuniões de pais, chegando ao absurdo as vezes de tocarem nessa questão de valores , acusando a escola de não fazerem o que deveria ser o "seu" papel.
É claro que a escola pode e deve participar desse processo, e como falei principalmente no tocante as leis sociais, cidadania, sócio-política. Mas a moral aquela que forma o "ser" , que responde pela sua natureza e seus sentimentos, essa deve vir através daqueles que se fizeram responsável pela sua nova existencia, ou seja os pais.
Quando não é possível torna-se a sociedade responsável ? Penso que sim , podemos auxiliar , isso também é caridade, é o Amar o próximo que Deus nos delegou como principal lição. E com isso estaremos plantando sementes para um futuro melhor.

Beijos e muita luz

Paty Bolonha
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Paty,

É que da maneira que vc colocou eu posso ter interpretado mal. desculpe-me. Mas vamos analisar:
Hj em dia os pais têm menos tempo de cuidar de seus filhos pois precisam trabalhar. Trabalhar para dar condições material melhor aos membros da família. Normalmente deixam as crianças em creches das 07:00 às 17:00 h. em uma escola ou creche. Vc acha que nesta 10 h diárias em que as crianças ficam em mãos de pessoas desconhecidas, recebendo uma orientação totalmente descompromissada, afinal, os profissionais não se sentem responsáveis por estas crianças. Se a escola não tiver um tratamento diferenciado, individualizado, estruturado, com base moral forte, qual será o comportamento desta futura população? Uma vez que os pais ficam por volta de mais ou menos 5 hr diária entre afazeres domésticos (na maioria as mulheres) e tentar descansar, tomar banho, alimentar-se e ainda pensar em problemas que por muitas vezes fervem em suas cabeças e cuidar de seus filhos... Como é a Educação destes? Claro que os pais acham que a Escola deve fazer o papel que eles não conseguem, afinal pagam por isso...
A nossa sociedade está doente. Precisamos reeducarnos contantemente. E esta é a proposta da D.E. A prática do Evangelho do Lar é uma maneira de juntarmos os membros e proporcionar momentos agradáveis de aproximação, discussão sadia...
Não somos um núcleo individual.
A família é de extrema importância na formação do indivíduo, mas a escola, nos tempos de hj tem uma importância, talvez, tão grande quanto, mas para educarmos as nossas crianças precisamos também ajudar na reeducação dos pais destas... e no meu modo de ver, através das experiências que vivenciei posso lhe afirmar que isso é possível sim.

O caso da novela é um caso típico de família doente. A mãe que deveria ser uma base é paranóica. Transfere para a filha toda a sua frustração. Em nenhum momento ela está preocupada com os anseios e desejos de sua filha. O pai é conivente, aceita, não luta pra mudar a situação. É mais fácil fingir que aceita. A menina não consegue resistir e fica entre o que quer e o que a mãe quer.
Se a escola tivesse um programa de acompanhamento teria identificado o problema e provavelmente teria evitado o estado bulêmico da menina... se não evitado, ao menos alertado...

Na época que eu trabalhei na escola tinham dois irmãos que estudavam conosco. A mãe apesar de simples, se esforçava muito pra dar uma boa educação aos filhos e no entanto um dia ela chegou brava por que passou vários dias ensinando aos meninos que pra se utilizar da privada deveria levantar a tampa quando urinasse e um belo dia as crianças chegaram eufóricas pq a "tia" tinha ensinado que deveria se levantar a tampa do vaso ao urinar. Entende?!? Às vezes as crianças até escutam o que os pais falam, ensinam, repetem, mas quando alguém que tenha importância pra eles, como por exemplo, um educador fala, eles começam a ter parâmetro e entender que o que os pais dizem não é nenhuma besteira...

Espero não ter m atrapalhado na idéia, mas é que parei várias vezes enquanto escrevia...
Cida
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Cidinha , não sei se você já teve a oportunidade de ler algum livro do Içami Itiba , mas eu gosto muito quando ele fala que a educação dada pelos pais deve ter qualidade e não quantidade. Ou seja essa questão de que os pais não tem tempo, não justifica muito pois o tempo (pouco ou muito) que podem dedicar para essas crianças pode ser muito bem aproveitado se assim o quiserem.
No evangelho vemos quando Jesus está na casa de Marta e pede que ela largue seus afazeres e venha ouví-lo. (Lucas:10 39:42), penso que nós mães muitas vezes estamos preocupadas com os afazeres domésticos, ou com nossas "vaidades", e depois damos a desculpa (desculpem mas a meu ver a palavra é essa), de que não temos tempo para ouvir nossas crianças, não temos paciencia, achamos mais fácil relegarmos essa árdua tarefa a outrem.(até a televisão as vezes)
Hoje em dia achamos que o dinheiro paga tudo, inclusive o amor. Não sei se me fiz clara mas o que quis dizer é que esses profissionais não tem compromisso com os sentimentos , podem até se afeiçoar a este ou aquele aluno, mas também estão envolvidos profissionalmente e de uma hora para outra tudo pode mudar , como por exemplo a transferencia de escola do professor ou do próprio aluno. E nesse caso como fica a criança ? E se a outra escola não tiver a mesma visão ? E se o outro professor for menos carismático ? Foi nesse aspecto que eu quis dizer que o dever da escola é o de "instruir" , orientar para as questões sociais, ou seja responsabilidade pública, cidadania, meio ambiente, respeito ao próximo, etc. Mas atingir os valores mais íntimos, aqueles que se perpetuarão no íntimo do espírito, é tarefa da família.
Não acompanho a novela , mas já entendi o caso, sim infelizmente temos "pais" que agem dessa forma com os filhos, e que não tem maturidade para "educar" sequer a sí próprios, mas aí entra a tarefa talvez da evangelização de ambos , a conscientização do compromisso familiar assumido. Quando a família ou um de seus membros não tem essa maturidade, lembremos que por algum motivo Deus designou que esses espíritos reencarnassem juntos, talvez justamente para aprenderem entre sí , a interferencia da escola ou de quem quer que seja pode ser útil mas não pode substituir, ou tomar a missão ou prova para sí.
É ótimo que tenhamos profissionais (escolas, professores, evangelizadores, etc) empenhados nesse intuito da orientação para a Educação Moral, mas ...temos que ter cuidado para que não os vejamos como responsáveis pela formação do caráter e da personalidade de cada índividuo sobre a sua tutela, são suportes hábeis mas não são responsáveis pois a sua função é outra , a meu ver a escola instrui, a evangelização orienta, a família EDUCA.


Gostaria de sugerir a leitura desse site embora não seja espírita diz muita coisa interessante sobre este nosso tema.

http://www.cleofas.com.br/html/familiasefilhos/familia/familiaeducar.html

Paz e luz !

Paty Bolonha
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Paty,

Entendi perfeitamente o que diz. Entendo que o que vale não é a quantidade e sim a qualidade. Como eu disse nos emails anteriores, o meu filho mora com os meus pais e antes de que ele nascesse fui avisada pelo plano espiritual que o teria mas que ele nao seria meu. Demorei muito pra entender e hj entendo perfeitamente.
Infelizmente tenho contato com ele por telefone durante a semana por telefone e todos os domingos e quando posso fico com ele durante férias, folgas, feriados.
Tento dar ao máximo qualidade de educação, pois quantidade não me é possível. Tive de aprender a educar tanto os meus pais quanto aio meu filho, mas no principal a mim mesma. Precisei e preciso de todos os dias fazer um exame de consciência e avaliar o que posso e devo fazer.
O que eu gostaria somente de esclarecer aqui é que concordo com vc em número e grau quanto a tudo o que vc disse, mas sabemos que a instituição família em sua maioria está falindo... justamente pela inversão de valores. Evangelizar, com certeza é a saída. A educação moral é imprescindível e a escola deve ter a sua importância sim, mas não deve ter toda a responsabilidade.

Sobretudo na resposta da questão 9, continuo a afirmar:

9- Dá suporte? Identificar erros? Sugerir mudanças? Corrigir? A escola deve exercer qual papel diante da disciplina já aplicada pelos pais?
Infelizmente aqui no Brasil temos uma educação nas escolas que está muito defazada, mas o papel seria de complementar a educação dos pais. Se houvesse um tratamento mais individual, conhecendo a vivência dos famíliares em casa, como vivem, como se relacionam, como passam seu tempo e outros ítens que eu considero importante. Enquanto as nossas crianças forem tratadas globalmente, será difícil tratarmos certos males. São indivíduos e devemos ser tratados como tal. Não só pelas escolas como tbm pelos pais, pela sociedade. Não me lembro onde vi um planejamento de que os educadores faziam uma visita periódica na casa de seus alunos, conversando, ouvindo, anotando, e até de certa forma educando os pais também. Acho que o caminho é por aí.
Cida
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Pois é amiga , infelizmente este tipo de escola modelo ainda está tão distante de nossa realidade , ontem fiquei matutando sobre esta nossa conversa e perguntei para minha filha de 12 anos que está no colégio militar (que tem uma das disciplinas mais rigorosas ) , o que ela achava se a escola auxiliava no processo de disciplinar para a vida. Ela comentou que depende do professor , alguns auxiliam sim , inclusive tem uma professora de matemática que uma vez por mês abre mão de seus conteúdos para dar aula de "filosofia para a vida",
Mas que a maioria age mesmo na "imposição", por ser sistema militar , minha filha disse que alguns cumprem as normas por obrigação não por compreensão.

Beijinhos

Paty Bolonha
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Eu não queria que a semana acabasse sem acrescentar alguns questionamentos. Como os pais esperam educar seus filhos se:

- são os primeiros a ficar em dupla quando vão buscar as crianças na escola,

- se ultrapassam faróis vermelhos e não respeitam a velocidade,

- se jogam bitucas de cigarro no chão,

- se gritam e falam palavrão,

- se não escolhem os candidatos para votar,

Conclusão