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197_ – Tema: Casamento e Família - estudo com textos

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
www.cvdee.org.br - Sala Virtual de Estudos Educar
Temas destinados à Família e à Educação no Lar

Tema: Casamento e Família
Período: 08/07 a 15/07

Eis, Gente Linda, tudo azul azul com vcs? 😉
O tema parece algo corriqueiro e simples, né mesmo?! Vivenciamos diariamente a ocorrência de casamento e a construção de famílias.
No entanto, a vivencia do dia-a-dia nos dá a real noção da importância deles?
Ele existem apenas como fonte e forma de propiciar reencarnações?
Ou há algo mais intrinseco em ambos?
Se há , o que seria? E por que?
Na questão, 695 , do LE - O casamento, quer dizer, a união permanente de dois seres, é contrário à lei natural?
A resposta dos Espíritos é:
_ É um progresso na marcha da Humanidade.
Seguindo, no LE, questão 696 _ Qual seria o efeito da abolição do casamento na sociedade humana?

- O retorno à vida animal.

A união livre e fortuita dos sexos é um estado natural. O casamento é um dos primeiros atos de progresso das sociedades humanas, porque ele estabelece a solidariedade fraternal e se encontra entre todos os povos, ainda que em condições diversas. A abolição do casamento seria o retorno à infância da Humanidade, e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.

Ainda no LE, questão 775 _ Qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento dos laços de família?
- Uma recrudescência do egoísmo.

Daí, essa semana iremos conversar em estudo sobre a questão Casamento e Família. Não iremos formular questões iniciais, deixando vcs livres para comentar sobre e dentro do tema, tá legal?! 🙂

Aguardamos sua participação, tá legal? 😉

Noite estrelada de felicidade procês
beijocas mineiras com carinho no coração

Equipe Educar - CVDEE
contato: http://www.cvdee.org.br/contato.asp
Lu, Rosane, Fúlvia, Márcio e Ivair

textos:


01) PROMESSAS MATRIMONIAIS


No ato do consórcio matrimonial, os cônjuges realizam algumas promessas.
Prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença, na
riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.
Estranhamente, muitas vezes os votos formulados são esquecidos
em pouco tempo.
Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro. E o
que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos acaba com um desfazer da aliança, em meio a muita mágoa.
Onde ficam as promessas do casamento? Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?
Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas se decidam casar.
Perguntas que levem a reflexões. Ou que digam, de forma mais explícita, o que é amar e respeitar um ao outro.
Eis algumas delas:
Promete não desejar assumir o controle da vida do outro? Promete
ter em mente que ele é um ser que antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?
Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você não
aprecie o tipo de música que a pessoa gosta?
Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça, em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.
Promete acompanhar seu par quando este desejar ir ao cinema, ao teatro ou à praia?
Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos.
Mas sempre há possibilidades de se dialogar e estabelecer um momento para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.
Você promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?
Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?
Você promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do mundo, você agradecerá pelo prato que foi feito?
Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no
final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar o cinto, diminuir as despesas?
Você promete que amará os filhos que gerarem ou que adotarem, sem jamais deixarem de amar um ao outro?
Você promete que não esquecerá de dizer "eu amo você?" E também "você é importante em minha vida"?
Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?
Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão ir embora?
Você promete que não contará todos os dias as rugas que forem
marcando o rosto do outro?
Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as
dificuldades do seu par?
Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento,
tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?
Você promete, enfim, que ser eterno namorado, mesmo que não haja lua no céu, nem estrelas a brilhar?
Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?
Enfim, você promete que vai se esforçar para cumprir todas essas
promessas?
Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então, com certeza, o casamento durará muito tempo, porque ambos não serão somente marido e mulher.
Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos.
Também virtudes.
E cada dia, um no outro buscará descobrir a virtude ainda não desvelada.
Um ao outro incentivará naquilo em que ainda não é tão bom. E um ao outro pedirá "por favor, me ajude", quando precisar.
E dirá obrigado, toda vez que receber uma dádiva, um carinho, uma atenção.
Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.
Pense nisso!
(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita. - www.momento.org.br)



02) Casamento e Família


Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade



Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as suas bases na anarquia.
A onda cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.
Os aficionados de revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.
Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo e inconseqüente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação...
Excedendo-se, na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole.
Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala.
A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano.
Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.
Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.
Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais.
Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.
O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.
Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.
A única falência, no momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha.
Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.
O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que se buscam corrigir. O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, á a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.
Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.
Esta é a finalidade primeira da reencarnação.
A precipitação e desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.
Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade.
Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Antologia Espiritual.
Ditado pelo Espírito Benedita Fernandes.

http://www.consciesp.org.br/materias2.php?id=72



03)

CASAMENTO

Não basta casar-se. Imperioso saber para quê.
Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por amor.
O amor, porém, reclama cultivo. E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.


- * -

Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras
nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de
trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de início.


- * -

Ergueste o lar por amor e tão-só pelo amor conseguirás conservá-lo.
Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a
existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.


- * -

Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a
estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe
o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia
doméstica.


- * -

Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo
destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a
criminalidade em nome do amor. Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que
o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instância. E
nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente
da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos
cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se
lança sempre para Mais Alto, em plenitude de amor eterno.
Espírito : Emmanuel Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Na Era do Espírito - Cap. 11

Conclusão