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192b – TEMA: O Pai no papel familiar - conclusão

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
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Temas destinados à Família e à Educação no Lar




TEMA: O Pai no papel familiar

Período: 03/06 a 10/06



Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha com vc?! 😉
A título de nossa conclusão, deixarei o texto abaixo que, infelizmente, não tenho a autoria e nem a fonte, se algum de vcs souber de quem seja, por favor, nos informe, tá? 🙂

"O que é ser pai?


Hoje as mulheres executam muitas tarefas que antigamente eram exclusivas do homem - chefe da família.

A evolução das técnicas nos trazem os bebês gerados em proveta, os óvulos fecundados fora do corpo, a possibilidade de escolha do tipo genético, do sexo da criança a ser gerada.

Será o pai importante?

Ou será que a mulher é suficiente para o desenvolvimento da criança?

Durante muitos anos, estudos do desenvolvimento da personalidade fixaram-se na relação mãe-filho.

No entanto, o aprofundamento dos estudos psicológicos dos desvios da personalidade mostraram que o pai participa de forma completa na organização ou desorganização da personalidade do filho.

Ser pai, portanto, é participar de forma efetiva desde a concepção, tendo como elemento fundamental o Amor. Amor manifestado e cultivado, através do toque, da carícia, da presença e do exemplo positivo.



A pergunta 582 de O Livro dos Espíritos nos diz o seguinte:



Pode-se considerar a paternidade como uma missão?



É, sem contradita, uma missão; é ao mesmo tempo um dever muito grande e que obriga, mais do que o homem pensa, sua responsabilidade pelo futuro.

Deus colocou o filho sob a tutela dos pais para que estes o dirijam na organização frágil e delicada que o torna acessível a todas as impressões....



Para melhor entendermos a missão da paternidade, vamos analisar cinco atributos que contribuem para o seu bom desempenho:



1. Equilibrar as relações entre mãe e filho

O amadurecimento harmônico das relações mãe-filho ocorre com a presença do pai. É uma aptidão do pai iniciar a relação triádica (mãe-filho-pai) encontrando o justo lugar entre mãe e filho, regulando sua distância e respeitando a ambos.

Afastar-se demais da mulher ou ama-la insuficientemente é submetê-la a uma situação de insegurança; ela poderá acercar-se demais do filho como compensação.

Exigir exclusividade da mulher é repelir a criança, privando-a da afeição materna e presença paterna.

Estar muito próximo do bebê/criança pode ser uma forma de compensação por desequilíbrio no relacionamento do casal.

Afastar-se do bebê/criança pode ser uma forma de eliminá-la (o) como um rival na competição pelo amor da mãe.

O pai tem o papel de equilibrador emocional pois a mãe é muito sensível e o bebê dependente.

2. Dar condições para a criança perceber-se como ser autônomo.

A presença do pai provoca a passagem da estreita relação mãe-filho, de natureza biológica natural para uma relação triangular de natureza social. É o pai, com sua presença, que representará o corte do cordão umbilical psicológico da criança com a mãe.

Isso contribui para que a criança inicie o processo de socialização como ser único, independente da mãe.

3. Introduzir a criança no mundo do conhecimento.

O pai é o primeiro outro percebido pela criança como personagem fora da mãe.

Como ele se introduz na vida do filho, inaugura assim o mundo do conhecimento e prepara a criança para as relações sócio-culturais.

4. Introduzir a criança no mundo da autoridade.

Ao regular a distância nas relações mãe-filho, o pai apresenta-se como o principio incondicional da autoridade, pois, por sua existência, o filho vê-se obrigado a renunciar à posse exclusiva da mãe.

A imagem de autoridade desdobra-se por dois caminhos:



Coração: quando impõe limites, regula a distância mãe-filho; filho-mãe.

Proteção: quando a autoridade significa força e esta serve de refúgio á fragilidade e dependência da criança.



A autoridade do pai é indispensável à formação da personalidade dos filhos assim como seu exercício adequado irá ensinar-lhes a se submeterem a uma estrutura social feita de leis e obrigações.

Autoridade (do latim augere) significa aumentar, fazer crescer, desenvolver.

A criança reclama autoridade porque precisa dela para sua segurança. A falta de autoridade ou erros na sua aplicação poderá ser sentida como falta de afeto e desinteresse.

5. Ser modelo de masculinidade e paternidade.

O pai existe porque existe o ser humano de sexo masculino. Isto tem conseqüências: o pai não pode ser só o progenitor, mas também o representante do sexo masculino. Sua existência contribuirá para a formação (construção) da personalidade do filho.

O pai é duplamente pai: ao participar naturalmente no ato de engravidar e como sendo representante do sexo masculino na constelação familiar, influindo na formação do caráter e da personalidade do filho.

-x-

Nossa reflexão até aqui se fundou sobre alguns dos atributos da paternidade e nos leva a concluir ser o pai indispensável na vida do filho.

Quando da sua ausência física no lar, por separação do casal, é importante lembrar que quem se separou foi o homem e a mulher e não a mãe e o pai.

Quando o filho é criado só pela mãe (mãe solteira, viúva, separada) esta deverá colocar o papel do pai sempre presente, falando sobre ele e, se possível deixar o filho conviver com o avô, tios ou amigos, que representarão o papel masculino na formação da sua personalidade.



Pai Ausente _ Um pai ausente não tem condições de conhecer seu filho. Assim sendo terá grandes dificuldades em criar vínculos afetivos e terá condições reduzidas de exercer autoridade, bem como dificuldades em estabelecer a distância mãe-filho.

Pai Indiferente _ É o caso do pai fisicamente presente, mas que não assume seu papel.

Isso pode levar a criança a comportamentos agressivos para chamar a atenção.

Pai faça-o-que-eu-mando... _ Atitude que desgasta a autoridade e a iniciativa e a criatividade.

Pai Mau Exemplo _ Esse pai não conhece a extensão da máxima: A palavra convence, o arrasta.

Pai Presenteador _ Pai submisso aos caprichos do filho, invertendo os papéis e os valores, correndo sempre o risco de dar o que não se deve.

Pai Autoritário _ A agressão só condiciona. O autoritarismo não educa para o reconhecimento da autoridade. O animal obedece ao seu dono através do condicionamento.

Pai Pagador _ É o pai que paga o comportamento do filho. Exemplo: Se tirar boas a sua bicicleta...



Quais as características positivas que um pai deve desenvolver?



Possíveis respostas:



Respeitar o filho


Conhecer as principais característica dos filhos, nas diversas faixas etárias


Ser presente


Ser e fazer realmente o que diz


Ter tempo para dedicar ao filho


Ser amigo e firme - saber impor limites


Aceitar o filho como ele é


Ter prestigio junto ao filho


(...)





Prestigio do Pai: É o resultado de uma educação bem conduzida, condição básica para o exercício da autoridade. As atitudes consistentes e coerentes, as admoestações serenas e firmes, são os construtores do prestigio paterno.



Pai acertador: São os pais que aceitam os filhos como são, respeitando a maturidade dentro de cada fase em que se encontram. A aceitação não significa compactuação com o erro, mas a compreensão dos filhos como espíritos em evolução, com potencialidades a desenvolver e defeitos a superar.



Pai participativo: Cada momento é único e passa depressa. Ser pai participativo é esforçar-se para aumentar a freqüência desses momentos criando oportunidades de conhecimento mútuo.

A participação do pai nos momentos felizes ou difíceis estreita os vínculos na família, oferecendo segurança necessária ao desenvolvimento.



Pai presente: Éo pai afetivo e interessado, transmitindo amor e segurança, conhecendo o filho, suas potencialidade e limitações. Pai e Mãe devem crescer junto com o filho para não criar barreiras dentro de uma sociedade que se modifica rapidamente.



Pai companheiro: O pai é um amigo especial, diferente dos outros amigos por ter autoridade, identidade própria, credibilidade, transparência e imagem nitidamente definida. A mãe colabora muito com isso, favorecendo esse contato e não fazendo do pai o Bicho-Papão que corrige os problemas ao chegar em casa.





Música: Acalanto - Vinícius de Morais


É comum a gente sonhar, eu sei Quando chega o entardecer Pois eu também dei de sonhar Um sonho lindo de morrer



Vejo um berço e nele ao me debruçar Com o pranto a me correr E assim chorando acalentar O filho que eu quero ter

Dorme meu pequenininho, Dorme que a noite já vem Seu pai está muito sozinho De tanto amor que ele tem.

De repente o vejo se transformar Num menino igual a mim Que vem correndo me abraçar Quando eu voltar de onde eu vim

Um menino sempre a me perguntar Um porque que não tem fim Um filho a que só queira bem A que só diga que sim...

Dorme menino levado.

Dorme que a vida já vem Seu pai está muito cansado De tanta dor que ele tem.

Quando a vida enfim me quiser levar Pelo tudo que me deu Sentir a barba a me roçar Num derradeiro beijo seu

E ao sentir por fim sua mão vedar Meu olhar dos olhos teus Ouvir-lhe a voz a me embalar Num acalanto de adeus...

Dorme meu pai sem cuidado, Dorme que ao entardecer Seu filho sonha acordado Com o filho que ele quer ter... " "
(texto/artigo com autoria desconhecida por nós)

Equipe Educar - CVDEE
Ivair, Márcio, Rosane, Lu e Fúlvia

Equipe Educar: http://www.cvdee.org.br/contato.asp


Conclusão