Educar
180a – Tema: Reeducação da família - nossa conversa sobre
Bom dia! Desejo uma ótima semana para todos.
Meu nome é Jacqueline e vou tentar contribuir com minha vivência em casa. OK!
De uma família desestruturada, sem a presença de um pai, tive uma mãe, linda por sinal, analfabeta que precisava sanar tudo o que uma criança precisa, lógico, ela não tendo auxílio fazia o possível, mas não conseguia se controlar muito, sendo severa conosco e nos criando temerosos; bem, consegui formar minha própria família e tenho dois lindos rapazes (09 e 07 anos) e uma moça que é filha de coração (hoje tem 25 anos e sua própria família).
Teve um tempo que eu tive problemas sérios e ainda não conhecia o espiritismo, vivia confusa e sem a mínima paciência,
meu casamento estava acabando e eu totalmente descontrolada, não conseguia guiar meus filhos de forma nenhuma, às vezes, tinha tanta irritação que batia nos coitados, mais no André por ser mais velho. Eu percebia que meu filho tinha medo de mim e de tudo ao seu redor, não conseguia se defender, eu não deixava, e isso ele levou pra fora de casa, na escola não se colocava de forma alguma, e quando o fazia era de forma incorreta, jogando as coisas no chão e chorando muito, tinha altas crises e não brincava, muito menos falava. Não que eu tenha espancado meu filho, não é isso. Mas, os gritos e algumas palmadas, o deixavam apavorados, tanto que até hoje não posso falar mais alto com ele,se encolhe e arregala os olhos, como se eu fosse um "monstro". Talvez, eu o fosse para ele.
No ano passado após uma crise de pânico, aprendi que não posso dar nenhuma "brecha" e estou fazendo tratamento, médico e espiritual, para encontrar o equilíbrio. Hoje, preciso vigiar muito e não deixar meus pensamentos me derrubar, estou mais controlada,mesmo quando tenho minhas crises, consigo sair mais rápido e não desequilibrar toda a família.
Tenho muito mais coisas pra contar, mas acho que consegui passar um pouquinho de como interferimos na vida dos nossos pequenos. E estou feliz porque meus filhos também estão conseguindo voltar a "viver" sem medos.
Respostas:
1) A Reeducação pode ser feita sempre, não vejo problema algum com a idade dos componentes da família, talvez haja apenas visões diferentes, mas que através de uma conversa, todos chegam a um comum acordo.
2) Não são tão simples de ser eliminados, mas por experiência própria, podem ser mudados sim, com muito carinho, paciência e determinação aos poucos mudamos.
3)Mostrar aos pequeninos que não façam aos outros o que não desejam para si, sempre procurei fazer assim com eles, e agora tem dado muito certo, até por estarem mais confiantes. A conversa verdadeira é sempre a melhor forma, eles entendem muito bem e até ajudam os amiguinhos.
4) Acredito que chamando a "atenção" da família de que algo precisa ser revisto. Ás vezes, só a evangelização não melhora, porque se não ajudarmos aos pais, para algumas crianças o que falamos não tem sentido, não é o que vivenciam em casa. Precisamos trabalhar a raiz para que os frutos sejam sadios.
5) Ajuda sim, mas também não é tudo. O conjunto todo é que faz a mudança.
6) Atrapalham e muito, como disse no meu relato. Por mais que quisesse mudar, só consegui quando descobri como me proteger e ficar mais forte espiritualmente; foi neste momento que consegui ver o problema que estava causando com meu desequilíbrio, e todos sabem que nossos "amigos" que não tem muito esclarecimento, precisam aprender, evoluir.
Essa é a primeira vez que estou respondendo a um tema, e espero que tenha feito de forma correta.
com carinho,
Jacqueline
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1-O que vocês acham da reeducação familiar: ela pode ser praticada em todas as épocas da vida familiar ou a idade avançada dos membros da família podem interferir?
As duas assertivas estão corretas.A infância é o período de educar.
Para reeducar não há idade, mas é muito mais complexo.Aliás já não é educar
é concientizar dos problemas que certamente a falta da educação correta
está causando e partir para a pior das lutas, a luta consigo mesmo.
> 2-Hábitos e costumes praticados desde criança, são facilmente eliminados?
Não. Todos podem ser eliminados, mas com uma determinação dos edu-
cadores e dos reeducandos muio grande, e com consciência da necessidade;
aliás, talvez só com sofrimento.
> 3-Que métodos podemos utilizar para "atualizarmos" a atual educação sem causar transtornos aos nossos filhos?
Não acredito que possamos mudar hábitos arraigados sem algum transtorno;
porque mesmo consciente do problema, maus hábitos são uma parte da pessoa,
será preciso tirar uma crosta e plantar novos brotos. E este solo já não estará
preparado como na infância.
> 4-Ao descobrir uma educação com falhas o Espiritismo pode ajudar de que forma? Apenas levando o filho na Evangelização melhora?
O Espiritismo pode ajudar muito, porque se trouxer um novo modo de ver, já não
fica tão doloroso, funciona como uma aquisição nova e não pode se restringir à
Evangelização, deve ser vivenciado dentro de casa e discutido no Evangelho no Lar.
> 5-O Evangelho no lar ajuda a esclarecer a necessidade de mudanças na educação familiar? Sim, estudando os conceitos espíritas vemos nossos próprios erros
e aprendemos que reconhecê-los com humildade, vai melhorar nossa vida.
> 6-As obsessões podem atrapalhar essa reeducação familiar? Como?
As obsessões atrapalham tudo, e claro que em uma situação delicada como
a necessidade de reeducação, que exige esforço, a pessoa que se apresenta
com necessidade vai sofrer influência negativa para dificultar seu esforço e
concluir que não vale a pena "batalhar".
>
>
> Quem tiver algum relato "dentro do tema" ou algo mais a acrescentar além das "questões para estudo", que fiquem a vontade para aqui descrever.
> Estou vivenciado uma situação dentro do assunto, tenho 3 filhos. Um deles,que é uma
pessoa de excelente caráter, bom de verdade, extremamente generoso, ótimo filho,
que nunca deu nenhuma contrariedade, está tendo que viver por conta própria, finan-
ceiramente, e apesar de ter curso superior, ter grande preparo de informática e ser um
excelente músico , não está conseguindo se firmar em nada do que se propõe.
Sei que sou culpada, porque sempre o tratei como meu menininho querido e não o conduzi
à necessária independência e estou com ele na luta, apesar de ele tem 28 anos,
estamos tentando uma verdadeira reeducação.
Nadir
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Em resposta:
1=O que vocês acham da reeducação familiar: ela pode ser praticada em todas as épocas da vida familiar ou a idade avançada dos membros da família podem interferir? Na minha opiniao, independente da idade, o que vale mesmo eh a capacidade de como educar, ou se reeducar, quais sao na "hora h" as atitudes certas a tomar.
2-Hábitos e costumes praticados desde criança, são facilmente eliminados? Nao.. Tanto para as coisas boas que se aprende como para as, digamos , negativas..
3-Que métodos podemos utilizar para "atualizarmos" a atual educação sem causar transtornos aos nossos filhos? A mudanca de atitude, o exemplo..
4-Ao descobrir uma educação com falhas o Espiritismo pode ajudar de que forma? Apenas levando o filho na Evangelização melhora?Sim, como eu falei, a mudanca de atitudes, o valor cristao espiritualizado, os passes, a agua fluidificada, sao tratamentos homeopaticos, mas o resultado eh excelente!
5-O Evangelho no lar ajuda a esclarecer a necessidade de mudanças na educação familiar? Sim, pois eh nesta hora que todos estao reunidos que podemos falar sem constrangimentos sobre o que fez de certo ou errado
6-As obsessões podem atrapalhar essa reeducação familiar? Como? Sim...se nao tiver uma fe firme no proposito do bem e as mudar a faixa mental q esta, nao se consegue nada..
Jociane
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Me parece incrível mas a única pessoa que não se encontra bem na familia sou eu.
Sou filha adotiva e na infancia sofri abuso sexuais por um tio, mas até hoje não entendo o porque de eu não reclamar e ainda depois de casada e com filhos ter levado este tio para morar na minha casa pois o mesmo tendo uma familia de grande e todos pequenos estava sem trabalho e um jogado em cada casa, como nos morávamos em um ap grande resolvi leva-los todos para minha casa junto de meus filhos dois meninos na época um com 2 anos e outro com 4 anos e de meu marido que na época tinha um restaurante e deu trabalho a ele como garçom.
Depois de algum tempo ele conseguiu se aprumare se mudou eu e meu esposo e filhos continuamos a morar no mesmo local mas nossas vidas já não estavão bem eu pewlo meu lado não procedia como uma mulher casada e meu marido também nossos filhos foram cridos por uma baba e pela vó.
Hoje em dia resulta que nossa familia continua junta mas tenho dois filhos viciados e meu relacionamento com meu marido é extremamente conturbado já propus a separação varias xs mas ele se nega e os meninos dizem que a culpa deles serem viciados é nossa.
Mas todos me parecem felizes fazem o que querem e quando querem e eu não sei como agir então estou sempre pisando em ovos me parece que estou em um palco representando.
Assisto palestra e estudo a doutrina espírita e tento ajudar aos outros mas não consigo ajudar a minha familia. hoje os meninos estão com 21 anos outro com 29, e outro com 21 e nada posso fazer por eles pois não aceitam então nas preces pesso por eles.
No outro dia conversando com o mais velho falei a respeito de ser vitinma de maus tratos quando criança e ele me respondeu eu sei foi o tio fulano ele fazia isto também comigo .
Isto só me deixou pior como pude fazer isto comigo com meus filhos não consigo entende se alguém poder me dizer alguam coisa agradeço.
Vera Lucia.
Questões para estudo:
1-O que vocês acham da reeducação familiar: ela pode ser praticada em todas as épocas da vida familiar ou a idade avançada dos membros da família podem interferir?
Acho que interfere pois cada um já tem um penssamento formado e debater a respeito é bastante difícil
2-Hábitos e costumes praticados desde criança, são facilmente eliminados?
Não, são coisas que ficam gravadas e volta e meia retornam com muita força, é necessário muita percistência
3-Que métodos podemos utilizar para "atualizarmos" a atual educação sem causar transtornos aos nossos filhos?
Mudando nosso comportamento junto a eles e a sociedade
4-Ao descobrir uma educação com falhas o Espiritismo pode ajudar de que forma? Apenas levando o filho na Evangelização melhora?
Com preces agua fluidificada passes e estudo da doutrina, no meu caso a evangelização não funciona eles não aceitam
5-O Evangelho no lar ajuda a esclarecer a necessidade de mudanças na educação familiar?
Sim
6-As obsessões podem atrapalhar essa reeducação familiar? Como?
Sim, com meus filhos deve ter vários obsessores que os deixam mais revoltados e mais dependentes
Vera
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Estimadas (os) Irmãs (ãos), Estejamos com Deus!
Apesar da dor moral, a irmã Vera Lúcia corajosamente e com fé encara o problema de frente, sem nutrir rancor pelos maus tratos de que foi vítima na infância.Ela ainda com desprendimento, recebeu aquele que lhe deixou má lembrança; espero que ela o tenha perdoado.Quanto ao filho mais velho, ótimo por existir acesso ao cultivo do diálogo, sobretudo por ele ter -lhe revelado mesmo problema. Opino que a partir do filho mais velho, ela conseguirá abrir-se e fazer abrir o coração dos outros. É necessário que uns e outros digam sinceramente suas fragilidades e sonhos; porque vivem no mesmo teto, deve-se partir deste fato, para criar a verdadeira família de laços espirituais. Reunião evangélica será passo a ser conquistado mais adiante, quando os aderentes a esta prática cristã, convencerem-se de que o Mestre Jesus é o nosso melhor modelo.
Fraternamente,
Neider
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Obrigada pelas palavras de carinho transmitida e sigo nesta jornada com o auxilio de vcs para melhor entendimento destas provas que me foram dadas.
E com certeza se assim me foram postas é porque poderei supera-las com a ajuda de todos vcs que me escreveram me confortando e colocando seu ponto de vista, mais uma xs obrigado
Que a paz do Sr. esteja com vcs.
com carinho Vera
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Querida irmã, procure estudar um pouco mais a doutrina e procure entender o porque das nossas provações nesta vida, então tenho certeza que no minimo entederá um pouco o porque das atitudes que foram tomadas por seu tio, porque estão juntos, porque o seus filhos vos escolheram como seus pais, nada nos é dado para passarmos é por acaso.
sanches
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ok. Jociane Loureiro
parabens pela resposta
precisanmos mais esclarecer nossos sentimentos com relaçao ao bem viver em comunidade com o nosso próximo.
obrigada pela atenção
Ana
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OOis, Gente Linda, tudo joiiinha? 🙂
Jacqueline e Vera, que bom que estão partilhando conosco pedacinhos de vida, e melhor ainda verificar que vcs estão cientes que as dores , provas e expiações são consequências das atitudes passadas, quando nos desviamos das leis divinas, que são todas de amor, justica e bondade.
O sofrimento, a privação e a dor são consequencias de nossa propria conduta, e surgem em nosso caminho com a finalidade de nos mostrar que estamos/estivemos nos afastando do nosso destino maior, que é a perfeicao e, ao mesmo tempo, se nos deixamos conscientizar desse afastamento, também é uma forma de re-buscarmos a aproximação com a Lei de Amor, e dar continuidade ao nosso processo evolutivo.
O Mestre Jesus falou uma das grandes verdades, que transcendem a muitos raciocínios. Quanto mais sofremos, mais estamos preparados para receber a visita do Cristo e despertar o genio do bem que, em miniatura, existe dentro de todas as criaturas. Quanto mais sofre a alma, mais prova nos dá da preparação espiritual e, quanto mais sabe sofrer, mais intensifica a grandeza na campo evolutivo.
O aluno descuidado repete o ano sempre que os professores achem conveniente. A dor é um anjo; poderemos compará-la à buzina de um carro em vias perigosas; quem ouvir e se descuidar, estará sujeito ao desastre. Porém, Deus é tão bom que colocou, ao lado da dor, oportunidades de trabalho. Não há outro remédio tão bom, como a terapia ocupacional. Além de curar enfermidades, constitui um dos melhores processos de evolução das almas, na face da Terra. No entanto, é imprescindível que esse labor seja educado nos moldes traçados pelo grande terapeuta, Jesus Cristo. Quando o enfermo se irrita, quando o doente se apavora com a chegada da dor, blasfemando contra Deus e a vida, coloca-se em posição negativa, sofrendo mais.
Bem-aventurados os que sofrem; mas muito mais bem-aventurados os que sabem sofrer com paciência e resignação, compreendendo o valor desse anjo de luz que é a dor, para que sejam cumpridas as leis do Pai Celestial.
Enfermos somos todos nós, perante Cristo. Mas há uns mais que outros, pois não estamos em uma só escala evolutiva. Podemos dizer, sem medo de errar, que sem a dor não há evolução, em qualquer reino da natureza. Sem sacrifício, não há descoberta da verdade e sem caridade, não há amor para com as criaturas. Quando atingirmos o estado de pureza espiritual, nunca mais sofreremos, porque a dor é o preço que pagamos pela viagem evolutiva desde o início do ser aos altiplanos da superioridade.
Uma noite estrelada de paz
beijocas mineiras com carinho no coração
Conclusão