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173a – Importância da valorização espiritual da familia em tempos atuais - nosso papo O que seria valorização espiritual?
O que seria valorização espiritual?
Cultivar valores que não são efemeros, valores espirituais moldam o nosso carater, por isso à sua importancia .
Por que é necessário que ela ocorra no âmbito familiar?
Porque a família é a primeira célula da sociedade, se aprendemos esses valores no lar certamente seremos pessoas de bem.
Comente o que vc entende por Importância da valorização espiritual da familia em tempos atuais.
De primordial importancia, vivemos em tempos em que,TER é muito mais importante que, SER,é nós pais devemos plantar essa semente dentro do nosso lar, se assumimos diante das leis naturais a responsabilidade de encaminhar nossos filhos para a caminhada evolutiva devemos, exemplificar, vivenciar a valorização das coisas espirituais, se continuarmos educando nossas crianças apenas com o olhar material, estamos condenados a viver em abrigos para idosos, pois nossos filhos serão seres frios e insensíveis, infelizmente não estamos vendo muita preocupação com o lado espiritual dentro das famílias, mas oremos e vibremos por elas, pois acredito que é a unica instituição capaz de reformar o mundo.
Muita paz.
Cida Palomares Posso
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Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha?! π
Num sei se eu quem não estou recebendo emails ou se vcs quem estão caladinhos, quietinhos demais π Ah! Me-ni-nos! Ah! Me-ni-nas! π
Seguinte, tava aqui pensando, o que que vcs acham?
Quando falamos de valorização espiritual, o que seria ela? seria educação religiosa? seria educação moral? seria valorização humana e cidadã?
A Cida faz uma colocação interessante, vamos comentar um cadinho mais sobre ela? é a seguinte: "(...) se continuarmos educando nossas crianças apenas com o olhar material, estamos condenados a viver em abrigos para idosos, pois nossos filhos serão seres frios e insensíveis, infelizmente não estamos vendo muita preocupação com o lado espiritual dentro das famílias, mas oremos e vibremos por elas, pois acredito que é a unica instituição capaz de reformar o mundo."
Quando ela coloca que o verbo no plural , podemos entender que estamos todos nós nessa dicotomia entre o ter e o ser? De que forma a família espírita ou que um dos seus membros é espírita deve ou deveria praticar a valorização espiritual? essa questão entre o que estudamos ( pro exemplo: a importância e a imortalidade do Espírito com a lei de causa e efeito e a reencarnação, etc.) e o que praticamos de forma voltada ao material (por exemplo: precisamos ter o celular mais novo, precisamos viajar de férias, precisamos ter o carro do ano, etc.) é coerente com a importância da valorização espiritual?
Aguardando a participação de vcs, tá?! π
beijocas mineiras com carinho no coração
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Coraçõezinhos
honestamente, acredito que hoje estamos muito mais voltados para o lado espiritual, conheço varias pessoas, que nao professavam qq. credo e após a chegada dos filhos teve de imediato a preocupação em dar-lhes uma base religiosa...eu sou de uma geração onde religião era "coisa fora de moda", tive dificuldades enormes para me desvencilhar deste conceito de que Deus erta uma palavra piegas...claro que o conceito de religiosidade é diferente para cada um, e muitos se contentam e levar as crianças na igreja, mas vejo muitas pessoas, que querem incutir nos filhos que há algo maior, que Deus esta ao nosso lado, que a vida não é so o material, ainda que nao tenham conceitos espiritualistas ( nem falo ai em espiritas), mas muitos querem sim, e percebem a importancia de ter esse sentido, pq. a maioria não teve isso em sua vida, e agora na idade adulta isso nos fez falta...muitos como eu, inclusive espiritas, não queriam sequer falar em religião, Deus era um conceito em desuso, como casar virgem...a comparação pode ser ridicula, mas as pessoas de minhas relações eram assim....
vendo meu filho, ter uma consciencia, sobre a vida espiritual que eu sequer imaginava até os 20 e tantos, me fez ver que pode até ser que ele ignore isso no futuro e escolha outra estrada, mas que para ele, estar perto, e em contato com a espiritualidade, sera algo muito mais natural, do que foi para mim...
Hoje de forma geral, todos somos, em maior ou menor grau...mais religiosos...lembro de estar em uma palestra recentemente, onde o assunto abordado era exatamente este...de que há 20 anos atrás, nao havia essa noção de ser ou ter uma religiosidade, de que isso faz falta, e nos da um amparo maior...
um abraço
Mi
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Ois Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha?! π
Mi, num sei se entendi direito π (snif pra mimzinha )
Vc coloca como uma coisa só valorização espiritual, religião e religiosidade? é isso?! Ou vc quis dizer que independentemente de religiao e de religiosidade colaboram para a valorização espiritual? π
noite cor e amor procês
beijocas mineirascom carinho no coração
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Vou colocar assim...para aprendermos a correr precisamos aprender a dar o primeiro passo....acredito que hoje n´s possamos estar aqui nesta sala falando sobre valorização da da espiritualidade (olha que passo enorme se olharmos a realidade de nosso pais não muito longe...20 anos atrás...olha que eu so tinha 10...) pq. de forma geral as pessoas hoje estão valorizando mais a religiosidade, sei que quando me empolgo não sou muito clara, pq. nem sempre minhas mãos acompanham o que passa aqui no cabeção...
Valorizar a espiritualidade, a religião e a religiosidade não são a mesma coisa, mas no final acabam tendo um resultado inicial parecido, o de que a materia não é tudo...muitas pessoas que hoje valorizam a religião em si (descobrir que não irão "cometer pecado" perante os amigos por ir a igreja aos domingos) necessariamente não acreditarão em uma vida espiritual (e nem falo isso no contexto espirita), mas ja deram o primeiro passo em direção a algo maior...
pode parecer exagero...mas muitos (acho que a maioria) de minha geração....ao menos as pessoas que tive contato na vida...a 15 anos atrás falar de religiosidade era no minimo considerado extremista, exotico...ou inadequado...
hoje são naturais, grupos de evangelização, grupos de jovens (catolicos, batistas...etc.)
Sera que me fiz clara??? acho que embatuqui nas palavras...mas atender ao telefone, a clientes e escrever é meio complicado...
um abraço
Mi
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Ois, Gente Linda, tudo joiiinha?! π
Ah, tá, Mi! Obrigada! π
Agora sua colocação anterior ficou mais clara π
Valeu! π
Daí, tava euzinha aqui refletindo... (já sei vivo fazendo isso, né? :-)) e lendo um material que estudamos no curso domingo que fizemos aqui, e eles falavam acerca das inteligências:
* a inteligência "intelectual"que trata do que pensamos
* a inteligência "emocional" que trata do que sentimos
e
* a inteligência "espiritual" que trata do que somoso
E esta última teria chegado pra nós como esse aspecto da importância da valorização espiritual, uma vcez que seria , nos dizeres de Dra Danah Zohar, "uma terceira inteligência, que coloca todos nossos atos e experiência num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os maisefetivos. Ter alto quoficiente espiritual(QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma intleligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. Usamos o QS para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações."
E olhem só que interessante os 12 passos que ela coloca para ajudar na inteligência espiritual π
Primeiro passo: O auto-conhecimento
2o : ação baseada em visão e valores: agir conforme seus principios, respeitar suas crenças mais profundas e viver de acordo com isto, em todos os sentidos.
3o.: uso positivo da adversidade: habilidade de aprender com os erros. Crescer e aprender com a adversidade e o sofrimento.
4o.: espiritualista: habilidade de reconhecer padrões, relacionamentos, conexões maiores. Analisar e procurar compreender o todo e não apenas as pequenas partes. Sentir que pertence a algo maior.
5o.: Compaixão: empatia com tudo e com todos. Procurar entender e analisar os ângulos antes de decidir.
6o.: celebrar a diversidade: respeitar e estimular as pessoas pelassuas diferenças, não apesar delas.
7o: Independência: capacidade de resistir à maioria e ter idéias e opiniões próprias.
8o: curiosidade: fazer muitas perguntas para aprender,d escobrir, chegar ao fundo das questões mais importantes.
9o Reposicionar: habilidade de dar um passo para trás e reposicionar um problema ou desafio., procurar a resposta certa, não a mais fácil. Analisar o contexto dodesafio da forma mais ampla possível.
10 espontaneidade: viver o hoje, aproveitar o agora, preparar o futuro.
11 vocação para servir: ouvir o chamado para respeitar o próximo, dar de volta, deixar melhor do que quando chegou.
12 humildade: entender sua posição do mundo, suas próprias limitações e comotrabalhar em equipe para obter resultados extraordinários através da sinergia com outras pessoas.
A mencionada autora ainda diz: "Pessoas que respeitarem estes 12 principios estarão ajudando a mudar o mundo para melhor. Mais: estarão vivenco uma vida de propósito, dando-lhe sentido e cumprindo sua missão, Afinal de contas, é para isto que estamos aqui."
E Joana deÂngelis, no livro Triunfo Pessoal, comenta sobre a descoberta e constatação da Inteligência Espiritual(QS) pelos cientistas terrestes, nosesclarecendo que esta possibilita a compreensão da complexidade da alma humana, a partir dos dados fornecidos pelopensamento e elaboração de programas mais compatíveis com suas necessidades e aspirações no complexo movimento de busca da plenitude. (...) destacando que é possível observar-se em pesquisa realizada com pósitons, o aparecimento de uma iluminação entre as conexões dos neurônios nos lobos temporais do cérebro, comprovando assim, a existência desta inteligência de natureza espiritual que se manifesta durante discussões de natureza religiosa ou espiritual, quando o tema discutido se focaliza em torno de Deus e do Espírito, da vida transcendental e dos valores da alma. Este ponto que se ilumina foi denominado "ponto-luz ou divino"
(retirado da apostila do CIPE 2006 - AME/JF)
E a reflexão está no sentido: de que forma que ao mesmo tempo que trabalho essa inteligencia espiritual em mim posso trabalhar a questao junto à minha família, meus filhos, meus pais, meus irmãos?
Que que vcs acham? π
dia cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração
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Olha eu me intrometendo...
Na verdade, sou "fã" tanto da Lu como da Miriam. Gosto muito de seus modos de pensar - talvés por ter muitas opiniões em comum.
Sem me dirigir à uma ou outra em especial, gostaria de deixar registrada a minha opinião sobre aquilo que até agora foi colocado.
Um fato incontestável é a busca pela religiosidade nos dias de hoje, que é muito maior que a anos atrás. Também não concordo com a maneira de como essa busca é realizada. Parece que existe um consenso geral de que o simples fato de freqüentarmos essa ou aquela igreja, templo, sinagoga ou centro espírita, já nos habilita a ter a tão sonhada plenitude espiritual. Se de um lado isso é bom, pois denota uma maior preocupação com a procura das coisas Divinas, de outro lado acaba criando uma certa rivalidade entre formas de se crêr, onde cada um quer para si a razão do verdadeiro caminho da Luz.
Creio ser imprescindível o inicio da caminhada pelas veredas da religião, entretanto - no meu ponto de vista - enquanto não realizarmos uma reforma ampla em nosso íntimo, essa paz tão almejada jamais será alcançada, o que pode acabar gerando desilusões quanto à crença.
A busca pela plenitude espiritual passa por mudanças de comportamento, com metas baseadas em nossa evolução moral. Quanto mais estivermos moralmente melhorados, mais teremos chance de nos esquivarmos dessas armadilhas da "fé cega". Em outras palavras, quando a religião sair de nós - e não ser colocada em nosso íntimo, feito um marcapasso - estaremos prontos para o nosso caminho, seja ele qual for.
Um grande abraço a todos,
Wagner.
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Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha?! π
Wagner π O caminho do que entendo e penso, também passa por essa questão do sair do teórico e passar à prática, digamos assim π
E daí que, tb penso, entra a importância da educação integral dentro da família, porque é uma das formas de estarmos tb proporcionando uma mudança de pensamento, uma mudança de postura que ficaria, pelo menos a principio, mais "fácil" se a criança já crescer com uma outra postura. Daí o a importância da valorização espirtual na familia nos tempos atuais - porque é nossa, penso a principio, contribuiçao para conosco mesmo , com nossos espíritos confiados a nós para os reequilibrios e reajustes necessários a todos e com o nosso próprio futuro, (é até um pensamento ainda egoista, mas afinal seremos nós mesmos quem estaremos por aqui daqui alguns anos nesse futuro que almejamos e ajudamos a construir :-))
Sobre esta questão de maior religiosidade, fizemos um estudo com os jovens, os estudos na internet para as crianças e os jovens são a viva voz, os estudos dos jovens acontecem todas as sextas-feiras, 21 horas, na sala espiritismo.net jovem, na categoria by spanish& portuguese ou na categoria americas - south america, no paltalk (para baixar o programa www.paltalk.com), e um dos temas atuais foi o jovem e a religiosidade(que passa por essa questão de valorização espiritual), e vou colocar aí abaixo o plano que montamos (foi discutido na sala o aprofundamento da questao através das perguntas de interação que fizemos para estudo e reflexão) inclusive foi verificada a importancia da valorizaçao espiritual, mas como é a viva voz nao deu pra gravar. Pode parecer que está fora do tema, mas quando a gente reflete e observa vê a interligação entre um titulo e outro π
Coloquei em negrito alguns pontos que me chamaram a questao na importância de que haja essa valorização espiritual não apenas no sentido teórico, mas no exercicio efetivo de nossos sentimentos, pensamentos e ações , ok?! π
Dia cor e amor proces
beijocas mineiras com carinho no coração
O Jovem e a Religiosidade
Eles têm entre 15 e 24 anos de idade e, em 2002, somavam cerca de 34 milhões, correspondendo a 19,5% da população, 19,6% dos pobres e 47,7% dos desempregados no País. São também as maiores vítimas da violência: em 2000, do total de óbitos por homicídio, 40% ocorreram entre eles. E pesquisas mostram que a religiosidade do jovem é intensa. Religiosidade não é, como muitos pensam, freqüentar uma Igreja ou um Centro Espírita. Religiosidade (religar, reler, reeleger) pode ser entendida como uma dimensão humana, determinada pela história (social e pessoal) e pela cultura, que se articula à existência em sua totalidade dentro da construção de sentidos. É um sentimento instintivo do ser humano, que precede as religiões.
No Brasil, milhões os jovens vivem o cristianismo e buscam nas expressões religiosas a chance de fazer o bem para as pessoas menos favorecidas. Os jovens não enchem somente os estádios, as boates e as praias. As longas filas de jovens que enfrentam o desgastante vestibular ou procuram um emprego, demonstram que a nossa juventude pretende construir um futuro cheio de esperança e de justiça. Portanto é indispensável oferecer ao jovem valores que resistam aos desafios negativos do cotidiano, preparando-o para os saudáveis relacionamentos sociais.
A freqüência do jovem na Casa Espírita vem aumentando, cada vez mais podemos ver jovens trabalhando nos centros, participando das juventudes, atuando em mediúnicas, fazendo palestras, participando delas, enfim, de uma forma geral, o jovem é mais atuante hoje no Espiritismo, assim como nas igrejas evangélicas e católica. O jovem brasileiro hoje não tem uma religião imposta como era no passado. Ele atua em várias frentes de trabalho dentro da religião porque sente essa necessidade, porque vai atrás, busca, tem ótimas intenções, quer ajudar, praticar a caridade. Quer encontrar uma diretriz a ser seguida, um caminho que o ajude a superar as dificuldades desse mundo cruel em que vivemos. O jovem busca a religião porque precisa dela, porque gosta, enfim, porque quer. Antigamente, eles eram obrigados a freqüentar igrejas, missas, fazer a comunhão, entre tantas outras obrigações, e não sabiam muitas vezes a razão daquelas coisas, para quê a religião, faziam mecanicamente, freqüentavam mecanicamente. Hoje que não são obrigados buscam a essência, o significado. Usam livremente a razão para compreenderem a religião e o que ela traz de benéfico para suas vidas. Vão buscar o sentido da existência e o seu papel nela.
Mesmo com um movimento tão positivo do jovem em relação a religiosidade, na atualidade podemos perceber que ele vive muitos conflitos, que o leva a cometer comportamentos inaceitáveis. Segundo Richard Simonetti _O jovem é um espírito que desperta para a existência humana, atrelado a um corpo que lhe impõe completa amnésia quanto a sua identidade pretérita e dúvidas em relação à personalidade presente. A juventude, por isso, sempre foi uma fase de conflitos exacerbados ou minimizados, de conformidade com o estágio evolutivo do reencarnado e as influências que sofre. Esses conflitos eram reprimidos em gerações passadas. Hoje se manifestam livremente, em face de radicais transformações no relacionamento familiar, concedendo ao jovem o direito de exprimir suas perplexidades, ainda que na forma de contestação._
Essa forma de contestação muitas vezes se exprime com o uso das drogas. No Brasil, há uma tendência, desde a década de 80, ao aumento do consumo de maconha, inalantes, cocaína e crack, especialmente nas grandes cidades. Segundo alguns autores, dados recentes indicam que o álcool e o tabaco têm sido as drogas mais utilizadas por crianças e adolescentes, de maneira habitual, ao longo da vida.
Algumas razões levam os jovens a usar as drogas, como por exemplo: a oportunidade; a visão de que o uso de drogas é excitante e ousado; o poder de transformação de sentimentos que as drogas possuem; influência dos amigos; tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança; desajustes familiares e deficiência na formação ético-moral dos jovens.
É evidente que o jovem que está inserido na religião terá menos chances de entrar no mundo das drogas.
Será que a religião é capaz de tirar os jovens do mundo das drogas? Sim, os que já utilizam podem sim sair do vício cultivando a religiosidade, se emprenhando em vivenciar os princípios evangélicos, além claro da ajuda física (médica e psicológica). O Espiritismo tem um grande papel nesse sentido, pois mostra as conseqüências do vício tanto no plano físico como no espiritual.
Mas ao observarmos a grande quantidade de jovens invadir as calçadas rumo aos colégios, universidades e trabalho, percebemos que uma boa parte deseja alcançar um futuro repleto de realizações, pessoais, profissionais e a um nível social. Não vemos jovens manifestando-se para reivindicar o direito à droga livre, ao prazer desenfreado, aos vícios etc. Há, pelo contrário, movimentos de jovens em favor do emprego, de um lugar nas escolas, de um salário justo, do fim da guerra e da violência. Muitas vezes os jovens acabam mostrando mais seriedade do que aqueles adultos que se esqueceram dos valores que defendiam quando eram eles mesmos jovens. Eles sonham e querem construir uma sociedade fraterna.
Dentro do centro espírita, o jovem deve ser valorizado e motivado. Todos devem ser chamados a servir, independentemente de idade. O jovem não deve ser poupado nem das reuniões mediúnicas, nem do trabalho mediúnico. Ele pode sim desenvolver como qualquer adulto sua mediunidade, mas com muita responsabilidade, assim como qualquer pessoa que deseje esse desenvolvimento. Sem esquecer a sua vida social, os estudos, a profissão. Pode desempenhar suas funções com a mesma naturalidade de um jovem que não atua em centro espírita.
(autora: Bárbara Paracampos)
Perfil histórico e social:
* O mundo tradicional (ou até então existente) a identidade e o território locais eram lugares em que o indivíduo se inseria espacial, espiritual e profissionalmente num contexto sobretudo familiar e agrário. E, nesse período, o indivíduo conhecia seu lugar, confinado que estava a territórios bem delimitados.
* As sociedades modernas exigiram que as relações sociais não mais se prendessem ao contexto local, impondo, então, novo _ambiente espiritual_. A modernidade ganhou mundo uma hegemonia sustentada pela homogeneização e instaurou a diversidade e privilegiou a individualização das relações sociais, a autonomia do indivíduo e a afirmação do específico.
* Na atualidade há uma imposição em que a pluralidade e segmentação de ofertas leva o indivíduo, e mais ainda a juventude contemporânea, a sentir-se livre para buscar o que lhe interessa.
* Atualmente a socialização é realizada pelo mercado global, pela tecnologia informática e pela indústria cultural. A televisão é o veículo por excelência de uma cultura para as massas. Nesse contexto são redimensionados, de fora para dentro e quase à sua revelia, os espaços urbanos, familiares, religiosos, educacionais e laborais.
* Sendo cortadas as antigas raízes, o jovem busca uma identidade que tenha referência às massas. Dispondo de forças poderosíssimas, a face cultural da modernidade acelera o _desencaixe_ geral e engendra novos referenciais. Isso é facilmente constatável com respeito à juventude, que se apega a símbolos decantados e oferecidos pela globalização.
* A mídia, e dentro dela a filosofia e a linguagem publicitárias, se ocupa da educação das massas para o consumo e para a _cidadania mundializada_. A publicidade tem um duplo objetivo: instrumental e espiritual.
* A face _espiritual_ da mundialização da cultura rebate de duas maneiras, pelo menos, sobre as religiões: como conflito e como incorporação.
* Relegadas a um plano menor, enquanto agências socializadoras outrora hegemônicas e vendo seu poder reduzido sobre corações e mentes de seus adeptos, as grandes religiões constatam a corrosão numérica de seu rebanho − mundialmente civilizado pelo consumo, pela mídia e pela tecnologia − que passa a canalizar e explicitar sua religiosidade em formas equivocadamente qualificadas como _alternativas_. E essas tendem rapidamente a se tornar as religiões oficiais da modernidade-mundo.
* Historicamente, as religiões chegaram antes, e à sua maneira, à mundialização. Elas são uma parte significativa da memória coletiva mundial. E têm know-how para tanto: consolidaram locais, símbolos, história, hierarquias e metodologias de trabalho. Conseguiram articular, não sem tensões, a contradição _mundialização/ enraizamento_.
* No nível religioso, como em outros âmbitos, a modernidade detona a diversidade. Interfere na religiosidade dos indivíduos, sobretudo o jovem, ao libertar a individualidade, na qual se enraíza sua consciência individual, lugar de decisões (inclusive de consumo). Criadora de homogeneidades, a modernidade tende a diluir as fronteiras entre as religiões e a implantar no campo simbólico um_ecumenismo de mercado e do consumo_.
* Caracterizado por um estilo emocional, espetacular e, por isso mesmo, infantilizante, esse ecumenismo resultaria numa neo-religião amorfa, sem nome e sem Deus, aquém das denominações religiosas, de suas diferenças, lutas e conquistas.
* As novas denominações surgiriam num nível mais superficial, tais como modelos diversificados de uma mesma fábrica. Por não perceberem essa diferença, muitos jovens se sentem, em sua busca religiosa (que é intensíssima), à vontade para trocar freqüentemente de _marca_, o que não necessariamente os satisfaz.
* Nem haveria mais ecumenismo verdadeiro, uma vez que este supõe o diálogo na diferença e não o conformismo do vale-qualquer-coisa.
* A globalização aboliu a noção de _estrangeiro_, que serve tanto para os viajantes como para as religiões. Se não há mais Nação, não há mais o conceito de _religião nacional_, como esteio de identidade.
* No espírito do jovem cidadão do mundo contemporâneo cabe qualquer crença, desde que esta se adeqüe a uma religiosidade previamente formatada pelo mercado, mesmo que disso ele não se dê conta.
* A modernidade, pois, invadiu a religião, rompeu suas fronteiras e seu mercado cativo, usando sua especialidade: o gerenciamento, a tecnologia e a habilidade de conquistar corações e mentes.
* É comum ouvirmos que a juventude perdeu as crenças, mergulhou no niilismo, no consumismo e no individualismo e abandonou as práticas religiosas.
* No entanto, diversas pesquisas feitas, mostram que o jovem tem uma religiosidade intensa
* Em uma pesquisa para mestrado na PUC , onde o questionário continha dentre outras questões, chegou-se na seguinte obtenção de dados:
-> A fé é mais importante que as crenças e religiões (em 3º lugar, média de 6,44/ 8,0);
-> A verdade está acima das religiões (em 9º lugar, média de 5,80).
-> Existe uma energia que envolve toda a nossa vida (em 2º lugar, média de 6,51);
-> Vejo Deus na natureza (em 4º lugar, média de 6,30);
-> Amor é uma forma de fé (em 6º lugar, média de 5,97);
-> A música me conduz a uma dimensão superior (em 8º lugar, média de 5,88).
* O jovem tem com essa _dimensão superior_ _ rubrica que pode agregar os termos _energia_, _natureza_, _amor_, _música_ _ uma relação oposta ao temor, traduzindo uma atitude de confiança a qual sinônimo de fé.
* Assim, a experiência de algum tipo de religiosidade pessoal, dotada de forte conteúdo emocional e exigência de convicção, tem maior valor para o jovem do que o ensinamento transmitido; o jovem vive intensamente também sua religiosidade. Contudo, não lhe interessa apenas _aprender_ tais repertórios, mas degustar em que medida o ajudam a sobreviver e a avançar.
Sugestão de algumas questões para colocar ao grupo (pode-se trabalhar em grupão ou em sub-grupos):
01) Religião e religiosidade é a mesma coisa?Justifique
02) Pode-se ter uma e não ter a outra? Justifique
03) Dê um exemplo onde exista religião mas inexista religiosidade.
04) Dê um exemplo onde exista religiosidade sem existir religião.
05) Você tem religião? E religiosidade você tem também?Explique.
06) Como entender religiosidade?
07) Que espaços novos, que possibilidades a modernidade abre para a religiosidade da juventude?
08) Como o jovem se comporta perante a religiosidade?
09) De que forma, prática, o jovem se insere e pratica e vivencia a religiosidade?
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Por falar em intrometer, vou também colocar minha colher de pau nesse estudo, mostrando como era a formação religiosa da maioria das pessoas cristãs de minha geração pós-guerra (falo da II, é claro! Sou jurássica, mas nem tanto!).
De famílias cujos pais vieram do interior, onde a Igreja era o poder maior, para a Capital (falo de Minas). Estou lhes enviando um techo de uma mensagem que troquei com um amigo, sobre como se deu minha formação religiosa e algumas consequências na minha maneira de pensar.
"...você me fez lembrar de meu falecido pai, um homem de fé, um católico fervoroso, cristão extremado, quase xiita e duro na queda, com quem tive vários embates, por não aceitar o papel de submissão, de repressão sexual e de culpa por todos os pecados do mundo imposto à figura feminina.
Estivéssemos no tempo da inquisição e, com certeza, esta Joana DArc aqui não estaria agora lhe enviando esta mensagem, pois há muito teria virado churrasco nalguma fogueira.
Mesmo que, à época, sua forma de nos educar não tenha sido muito bem aceita,
meu pai, com seu exemplo e espírito de caridade, alcançou seu objetivo: todos nós, seus 11 filhos, pautamos nossos comportamentos na moral cristão. A busca do
crescimento espiritual é uma constante em minha família e, ainda que quisesse, não conseguiria ser atéia.
Contudo, atrasou nossa religiosidade, tornando-nos avessos às doutrinas e às
Igrejas, em especial à Católica. Particularmente eu. Tenho sempre um pé atrás com doutrinações extremadas que nos tiram a liberdade de pensamento, de discernimento próprios.
Mesmo vigiando-me para não me deixar cegar e abraçar como verdade conceitos
e valores "errados", fiz algumas opções de vida que não sei se foram erradas ou se foram previamente combinadas com a Divindade, para meu crescimento.
"Que Allah me livre de mim mesmo!"
Creio que a liberdade é essencial em tudo na vida (penso que isso é que chamam de livre arbítrio), sobretudo no amor".
Concordo que, hoje, as pessoas tenham um melhor conceito de religião e que têm liberdade de pesquisar a fundo e de se esclarecer mais sobre que caminho trilhar. Pode receber influências diversas, aliadas à tecnologia da informação que possibilita ampliar horizontes de conhecimento, de educação e de escolha.
Contudo, verifico que a "Santa Inquisição" não terminou, só mudou de face. É só procurar onde está o poder ou o que significa o poder e verificar que suas formas de atuação são mais sutis, mas não menos perversas e deixa muitos adorando falsos deuses. Estou falando do vil metal, o dinheiro, o consumo e a entropia que o sistema faz conosco. Vejam o exemplo da Igreja Católica endo seguido à risca por Bispos Macedos etc. Nossa, não era nesse caminho que eu queria chegar! Melhor parar e deixar esse tema para outra ocasião .
Desculpe-me por tanta falação.
Abraços
Luiza
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Eis, Gente Linda, tudo joiiiinha?! π
Luiza, veja se entendi direito a sua colocação: a religião seria necessário como "moldeladora" da valorização espiritual, embora nem sempre dela se venha acompanhada o exercício da religiosidade, que seria o exercicio da valorização espiritual.
E que hoje, embora já se tenha uma maior liberdade entre o exercicio da religiosidade e a escolha da religião, com informações variadas ; isso não se aplica efetivamente no cotidiano porque " dinheiro, o consumo e a entropia que o sistema faz conosco" nos impede verdadeiramente de desenvolvermos a valorização espiritual.
Ou seja, resumindo seria mais ou menos na linha do que o Wagner disse, ou seja, em outras palavras que temos no intelecto a questão da valorização, mas não a temos verdadeiramente assimilada e consequentemente não a temos como ação?
Seria Isso?! π
tarde cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração
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Gente, é um enorme prazer entrar neste debate com vocês, me cadastrei hoje no site e já encontro um assunto de tão grande importância, meu nome é Victor Hugo, e acho que todos vocês disseram coisas muito importantes, mas além disso tudo que foi dito vale a pena lembrar que o planeta está em constante evolução, portanto é natural que haja esta mudança com o passar do tempo; Hoje as pessoas sentem um "vazio" muito grande e tentam "preencher" esse "vazio" com as coisas materiais, porém não conseguem porque esse "vazio" não está no corpo e sim no espírito, que está "vazio" de Deus.
Quando essas pessoas (e falo de todos nós), se deparam com uma doutrina maravilhosa como o espiritismo, que não proíbe nada, pelo contrário, nos liberta nos dando total autonomia para decidirmos nossas atitudes, e nos mostra a lei de causa e efeito, gera uma revolução enorme em nossa vida, pois se reflete na valorização espiritual que é nosso tema em questão.
Vale ressaltar ainda que precisamos, ou melhor temos o dever de mostrar isso para nossos filhos, pois como nossa amiga disse, eles estão muito mais voltados(receptivos) a essa questão religiosa do que nós estávamos, se falharmos como educadores e formadores de almas, o que poderemos esperar deles na nossa velhice, carinho ou desprezo...
Gente foi um realmente um enorme prazer, estarei sempre com vocês a partir de agora.
Um grande abraço,
Victor Hugo.
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Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha com vcs?! π
Oi Victor Hugo, que bom vc estudando conosco! Seja bem-vindo! π
Achei legal vc lembrar da substituição que a maioria de nós faz de uma necessidade maior , buscando satisfazê-la através do materialismo/consumismo.
Outra coisa que achei legal , foi vc lembrar que o conhecimento que a Doutrina Espírita nos dá ou nos traz
ConclusΓ£o