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149b – TEMA : Ciumes e o relacionamento afetivo - nosso papo 02

ciúme, propriamente considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício de atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperar na elevação de cada um.

Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos, poderá aniquilar o ciúme no coração, de modo a cerrar-se a porta ao perigo, pela qual toda alma pode atirar-se a terríveis tentações, com largos reflexos nos dias do futuro.

[41a pág. 110] - Emmanuel - 1940

Felizes os que desconhecem a inveja e o ciúme, estes dois vermes roedores. Para aquele que a inveja e o ciúme atacam, não há calma, nem repouso possíveis. O invejoso e o ciumento vivem ardendo em contínua febre. Há pessoas ciumentas, por natureza, de tudo o que se eleva, de tudo o que sai da craveira vulgar, embora nenhum interesse direto tenham, mas unicamente porque não podem conseguir outro tanto. Ofusca-as tudo o que lhes parece estar acima do horizonte e, se constituíssem maioria na sociedade, trabalhariam para reduzir tudo ao nível em que se acham. É o ciúme aliado à mediocridade.

[9a p.432 q.933]



Beijos

Maria Lêda

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Bom dia

Concordo que o ciumes seja falta de amor prórpio, mas sempre que penso nele me lembro do egoismo, acho que o ciumes é filho dileto do egoismo...certa vez li um livro ("Aprendiz do evangelho") onde o autor teve de escarafunchar sua vida e sentimentos para saber o que o levou ao suicidio, o que a principio era ciumes ele viu que na verdade era egoismo....
As pessoas vitimas desse sentimento ruim vivem um inferno completo....pq. como dito em uma das respostas, não conseguem a paz, vivem cobrando provas de amor, vivem a espreita de que alguem ira lhes tirar o objeto amado, pq. é assim que o ciumento ve seu par...e há uma outra faceta do ciumento....como ele não pode ver a luz, tenta colocar o ser amado abaixo ainda de sua escuridão....é claro que o ciumento não enxerga isto, na verdade considera isto prova de amor...
Isso me faz lembrar tb. nao sei de que livro...que quem ama, deixa que o ser amado seja livre...para viver, aprender e amar...que a recompensa de quem ama é ver o ser amado feliz, nao importa se perto ou longe.....


Abraços a todos....
Miriam
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Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo joiiinha com vcs?! 😉
Tava aqui lendo as participações de vcs, muito legais 🙂
E aproveitando e lendo O Livro dos Espíritos e me deparei com essa questão colocada nele, que acho legal a gente partilhar e conversar, enriquecendo nossas reflexões e estudo 😉
O texto está aí embaixo, pus uns negritos que achei interessante, tá legal?! 😉
tarde cor e amor procês
beijocas mineiras com carinho no coração

933. Assim como, quase sempre, é o homem o causador de seus sofrimentos materiais, também o será de seus sofrimentos morais?

"Mais ainda, porque os sofrimentos materiais algumas vezes independem da vontade; mas, o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, numa palavra, são torturas da alma.
"A inveja e o ciúme! Felizes os que desconhecem estes dois vermes roedores! Para aquele que a inveja e o ciúme atacam, não há calma, nem repouso possíveis. À sua frente, como fantasmas que lhe não dão tréguas e o perseguem até durante o sono, se levantam os objetos de sua cobiça, do seu ódio, do seu despeito. O invejoso e o ciumento vivem ardendo em contínua febre. Será essa uma situação desejável e não compreendeis que, com as suas paixões, o homem cria para si mesmo suplícios voluntários, tornando- -se-lhe a Terra verdadeiro inferno?"
Muitas expressões pintam energicamente o efeito de certas paixões. Diz-se: ímpar de orgulho, morrer de inveja, secar de ciúme ou de despeito, não comer nem beber de ciúmes, etc. Este quadro é sumamente real. Acontece até não ter o ciúme objeto determinado. Há pessoas ciumentas, por natureza, de tudo o que se eleva, de tudo o que sai da craveira vulgar, embora nenhum interesse direto tenham, mas unicamente porque não podem conseguir outro tanto. Ofusca-as tudo o que lhes parece estar acima do horizonte e, se constituíssem maioria na sociedade, trabalhariam para reduzir tudo ao nível em que se acham. É o ciúme aliado à mediocridade.
De ordinário, o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo. Fazem-lhe a infelicidade a vaidade, a ambição e a cobiça desiludidas. Se se colocar fora do círculo acanhado da vida material, se elevar seus pensamentos para o infinito, que é seu destino, mesquinhas e pueris lhe parecerão as vicissitudes da Humanidade, como o são as tristezas da criança que se aflige pela perda de um brinquedo, que resumia a sua felicidade suprema.
Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz, desde que não os pode satisfazer, ao passo que aquele que nada pede ao supérfluo é feliz com os que outros consideram calamidades.
Referimo-nos ao homem civilizado, porquanto, o selvagem, sendo mais limitadas as suas necessidades, não tem os mesmos motivos de cobiça e de angústias. Diversa é a sua maneira de ver as coisas. Como civilizado, o homem raciocina sobre a sua infelicidade e a analisa. Por isso é que esta o fere. Mas, também, lhe é facultado raciocinar sobre os meios de obter consolação e de analisá-los. Essa consolação ele a encontra no sentimento
cristão, que lhe dá a esperança de melhor futuro, e no Espiritismo que lhe dá a certeza desse futuro.
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Eis, Lindinhos e Lindinhas, euzinha de novo :-))
Achei legal tb trazer o enquadramento do ciúmes dentro de O Evangelho Segundo o Espiritismo, tá no capítulo V, item 13, tô colocando aí abaixo, tá ok?! 🙂
tarde feliz procês
beijocas mineiras com carinho no coração
CAPÍTULO V - Bem-aventurados os aflitos
13. O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Dai tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência..

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Eiiss, Gente Linda, tudo na paz?! 🙂
Tava lendo este texto redigido pelo momento espírita acerca do ciúmes e achei legal partilha-lo com vcs 🙂
tarde feliz procês
beijocas mineiras com carinho no coração
ADVERSÁRIO DA FELICIDADE


Eles formavam um casal harmônico. Jovens e belos desfilavam pelas ruas de mãos dadas e sorrisos nos lábios.
Tudo parecia lhes sorrir. Profissionais liberais, administravam sua agenda de forma que a profissão não lhes tomasse todas as horas.
Escoavam os meses e se reprisavam os anos de gentilezas, traduzindo carinhoso afeto.
Até que um dia, um cliente mais ousado tomou atitudes indevidas e, embora fosse rechaçado com firmeza pela jovem esposa, o esposo se encheu de ciúmes.
A partir de então, o relacionamento começou a deteriorar. Ele se tornou frio para com ela. Os diálogos amigos se transformaram em monossílabos forçados.
Ela passou a agasalhar mágoa no seu coração.
Finalmente, optaram pela separação. A pedido dela, ele saiu de casa. Agora se encontravam somente no campo profissional, pois trabalhavam no mesmo local. As noites solitárias começaram a se tornar intermináveis e ele passou a sentir a falta dela. Analisou os motivos da separação e descobriu que havia sido muito infantil. Resolveu pedir desculpas e retornar ao lar.
Em uma noite, decidiu que ao se erguer pela manhã, iria até uma floricultura, compraria lindas flores e as remeteria para a sua amada.
Pensou em versos cheios de amor para esconder entre o ramalhete delicado: alma gêmea da minhalma. Flor de luz da minha vida. Sublime estrela caída das belezas da amplidão. És meu tesouro infinito. Juro-te eterna aliança. Porque eu sou tua esperança. Como és todo o meu amor.
Adormeceu pensando em como se ajoelharia aos seus pés, confessando-lhe o amor que sentia.
Quando amanheceu o dia, vestiu-se, perfumou-se e foi até a frente da casa. Então se sentiu um tolo romântico.
E se ela não o perdoasse? E se ela não estivesse disposta a reatar o relacionamento?
Afastou-se. Durante todo aquele dia a idéia não lhe saía da cabeça. Afinal, ela estava ali, tão perto, trabalhando na outra sala. Não encomendou as flores. Mas leu e releu os versos que escrevera. Chegou a noite, cheia de estrelas. O quarto de hotel parecia sufocá-lo. Saiu, comprou flores, escreveu os versos em lindo cartão e se dirigiu para a casa dela.
A passo acelerado, foi chegando. Tinha na mente para sair pelos lábios todas as frases de perdão e juras de amor.
Com o coração em descompasso, bateu à porta. A empregada atendeu chorosa e vendo-o apontou para o interior da sala.
A jovem tivera um problema cardíaco e morrera. As flores que ele levava serviram para lhe adornar o caixão. Mas os versos que ele fizera, esses ele não poderia jamais declamar aos seus ouvidos. Era tarde demais...
***
O ciúme é perigoso adversário. Tem a capacidade de destruir relações afetivas, ferindo os que a ele se entregam.
Se você já se permitiu dominar por ele, pense em quanto já perdeu em oportunidades de ser feliz. Quantas vezes se tornou frio, agressivo. Quantas vezes magoou e se sentiu magoado.
E tome uma decisão imediata. Abandone esse sentimento e retorne às fontes generosas do amor. Só quem ama é feliz e faz os outros felizes.
Fonte: Há dois mil anos, 2ª parte cap. 4. ED. FEB.
(texto: www.momento.org.br )

Sintetisou tudo!
Que me perdoem os ciumentos, mas é terrivel estar ao lado de um ciumento, quando namorava, na primeira demonstração de ciumes eu saia correndo....(rs)

Conclusão