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137b – Tema: Convivendo com as diferentes religiões dentro do lar - nosso papo 2

Lusimaia, sua história é muito interessante e, em tudo isso, devemos lembrar que Jesus não fundou nenhuma religião. Nos ensinou o tempo todo que o AMOR é o móvel do Universo, dizendo: Um mandamento vos deixo, amais uns aos outros como eu vos amei. Lembremos-nos de que todos somos parte de uma grande família. Muita paz, alegria e coragem para enfrentar o que a vida lhe propor.

Abraços,

Sheila - MG

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Bom dia queridos amigos e amigas da sala. Muitas opiniões estão em vermelho, abaixo de cada pergunta. Muita paz e alegria a todos.

SHEILA - MG

Tema: Convivendo com as diferentes religiões dentro do lar
Período : 25/06 a 02/07

O que vocês acham de se levar o filho para o centro espírita (ou igrejas, templos etc) que os pais freqüentam? Seria válido fazer isso ou deixar que o filho decida por si só quando lhe aprouver?
No Livro dos Espíritos nós temos um questionamento de Kardec que pergunta ao Espíritos qual é a missão dos pais. Nossa missão é encaminhar nossos filhos para o aprimoramento intelectual e moral. Esta moral envolve os ensinamentos dados no lar e, principalmente, na religião, porque é ela, até hoje, que nos traz esta noção.
Quando eu entrei para a doutrina, meu filho tinha 7 anos de idade e frequentava o catecismo, porque meus pais tomavam conta dele para eu trabalhar. Isso fez com que eles o levassem a frequentar o catecismo.
Certo dia, eu estava fazendo um estudo no módulo de Doutrina, da casa que frequento, e esse assunto saiu. O palestrante foi muito fiel ao nos dizer que como pais devemos inserir nossos filhos na mesma religião que frequentamos para que eles tenham a mesma base. Se, após adultos eles optarem por outra, a semente já estaria plantada e germinaria em tempo certo, porque nada acontece por acaso, e no planejamento reencarnatório, aquele filho pediu para nascer em um lar espírita. A partir deste momento eu refleti bastante, conversei com meus pais e decidi levar meu filho para a evangelização espírita. Hoje ele está frequentando a mocidade. Se algum dia ele resolver optar por outra religião, Jesus o abençoará do mesmo jeito, pois para o Cristo a religião oficial do mundo é o AMOR.

Como lidar com filhos que seguem uma religião diferente da nossa?
Ainda não passo por este momento. Se algum dia acontecer, lembrarei que todos somos espíritos imortais e em evolução. As religiões existem para a adaptação de cada um de nós naquela doutrina moral que necessitamos no momento.

E você? Tem a mesma religião de seus pais? Não. Desde criança manifestei uma certa inconformação com a religião catótica. Não concordava com as explicações do padre e nem do catequista sobre muitos assuntos. Meus pais inconscientemente já sabiam que quando adulta eu buscaria outra religião.
No princípio, eles ficaram chateados, principalmente, por eu ter tirado meu filho do catecismo e ele não ter feito nem a 1ª comunhão. Devemos ter nossas opiniões formadas sobre a fé que professamos, sem no entanto, entrar em enbates filosóficos e desgastes com outros irmãos nossos.Tenho aprendido isso com André Luiz, no livro CONDUTA ESPÍRITA.
Outro aspecto importante que tenho tentado dia-a-dia é a prática de tudo aquilo que a doutrina e o evangelho me ensinam. É a melhor forma de mostrar a todos o que a religião que escolhi está fazendo por mim e pelos que estão à minha volta.

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Amigos:

Nasci espírita e sempre participei de Escolas Espíritas. Devo minha vida e lucidez à Doutrina e aos educadores infanto/juvenis.
Meus três filhos vão à evangelização desde os 03 anos. Têm uma lucidez de espantar. Nada temem. Todos os assuntos espíritas são abordados com tranquilidade. Sentem os Espíritos como sentiriam amigos de escola presentes em nosso lar. Oram por todas as situações. Logicam sobre tudo. Dialogam assuntos os mais variados. Analisam posturas, exercem a capacidade de agir e pensar com discernimento, sabendo das consequências dos seus atos, mas sempre perguntei, e talvez possamos discutir (sem dissentir!!!!!!!!!):

1) Por que não deixamos nossos filhos crescerem para perguntarmos se querem tomar vacinas/ afinal elas dóem muito, não é? Nem sabemos se elas realmente são profiláticas, ou sabemos?
2) Por que não esperamos crescerem para escolherem a escola que vão querer estudar? Afinal, seria ferir seu livre-arbítrio determinar a linha filosófica da escola laica onde vamos colocá-los;
eles podem não estar de acordo! Talvez nem queiram estudar, é uma chatice!
3) Por que não esperar para levá-los ao cinema, às festas? Afinal, nem sabemos se será bom para eles. Nem haverá perigos lá para que saibam como portar-se!
4) Por que não esperamos que queiram escolher a comida que preferem comer? Só hamburguer e fritas com Coca-cola, e tudo dez!
5) Por que não esperamos, não esperamos, não esperamos?
6) Serão esses capítulos mais importantes do que a vacina moral que precisamos aplicar-lhes?
7) Se não tenho certeza que a minha Doutrina será o melhor para eles, então, o que será?
8) Não sabendo o que responder acima, qual o nosso papel de pais espíritas, então? Que diferença ser pai espírita de pai católico? Se não há diferença substancial para a VIDA IMORTAL do nosso filho, por que a dúvida?
9) Finalmente, o livre-arbítrio não valeria para todos os momentos de decisão que envolvam nossos filhos? Por que o utilizamos aqui e não ali? Pode faltar roupa, comida, casa, trabalho, mas meus filhos terão a substância moral para superar tudo isso, com toda a lógica reencarnacionista, a consolação espírita, a lucidez! Ou estarei viajando? Esse material não se encontra em outra Doutrina como a nossa, ou estou enganada?
10) Por último: Emmanuel, Bezerra e outros Espíritos, assim como Divaldo, Raul e mais outros estarão enganados nos dizendo que devemos encaminhá-los às Escolas Espíritas? Ou eu sei mais que eles?

RB

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Oi Sheila! Oi, pessoal ! Boa tarde à todos!

Pois é, Sheila, passei fase semelhante com relação aos meus pais. No início eu ia contra a vontade deles. Atualmente é super tranquilo e eles respeitam. Não coloquei minha filha no catecismo. Ela já vai fazer 9 anos. Ainda não ouvi qq comentário respeito da opção q eu e meu marido fizemos.
Acho q devemos sempre mantermo-nos firmes qto às nossas escolhas, sem desentendimentos (mesmo q as pessoas sejam intolerantes conosco!). Assim as pessoas vão começar a observar a nossa postura.
Qto aos filhos penso q deve haver sempre o diálogo entre os casais q seguem religiões diferentes antes de levar os filhos nos templos ou igrejas ou centros, pra não fazer confusão na cabecinha deles, né?
Outro dia minha filha me falou "mãe, as minhas colegas da escola fazem catecismo, acho q eu quero fazer tb!" Então, expliquei o q era o catecismo (falei q era uma evangelização, só q o católico não acreditava em reencarnação, não acreditava no q os espíritos, através de Kardec, estavam nos ensinando no centro onde frequentamos), mas, se fosse a religião q ela quisesse seguir, eu a matricularia no catecismo. Ela me disse "ué, mãe, é isso o q é o catecismo? ah, então não quero sair do centro, não. Eu gosto de ser espírita! Eu brinco com as minhas colegas na escola!"
Acho q vale, acima de tudo, responder as crianças com a honestidade q eles podem entender, qdo eles nos perguntam alguma coisa.
Falei demais, desculpem!!! =)
Márcia Moreira

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Tema: Convivendo com as diferentes religiões dentro do lar
Período : 25/06 a 02/07
Olá Pessoal,

independente de religião os pais devem apresentar aos seus filhos os seus princípios morais, o amor a Deus e ao próximo. Enquanto a criança não tem condições de escolher ela deve acompanhar os pais a igreja que estes frequentam!

Isso não será diferente em relação a doutrina espírita, os pais não podem excluir seus filhos do prazer que é frequentar uma casa espírita e de estudar nela.

O problema ocorre quando, por exemplo o pai é espírita e a mãe é católica, pois cada um irá querer que o filho frequente a sua igreja, neste caso os pais terão que conversar, explicar as diferenças entre as religiões, permitir que a criança frequente ambos templos e frequente aqueles onde se sentir mais a vontade, em alguns casos que conheço a criança opta pelos dois, assiste as missas nos domingos e vai a evangelização e algum outro dia!

Temos que ser tolerantes, lembrar que toda a religião leva a Deus e prega o amor... não nem melhores e nem piores, quem as faz melhores ou piores são os homens que se enchem de ego e pretendem dizer que sua religião é a única certa, o que é um grande erro!

Eu nasci católica, fui batizada, fiz primeira comunhão e crisma, participei de grupo de jovens na igraja católica, estudei em colégio católico dos 4 até os 13 anos, tudo isso não me impediu de me tornar espírita de acreditar através da reflexão nos conceitos passados por essa doutrina.

abraços a todos!
Sandra
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Olá, grande beijo a todos da sala!



1 - O que vocês acham de se levar o filho para o centro espírita (ou
igrejas, templos etc) que os pais freqüentam?

Os pais, sem dúvida, sendo responsáveis pelos seus filhos devem conduzi-los
desde cedo ao meio que achar apropriado para a iniciação religiosa do seu
filho.No que diz respeito aos nossos filhos é natural que busquemos dar a
mesma formação religiosa que a nossa. Está inserido em um meio religioso
deve ser uma preocupação de todos. Não que não pudéssemos falar de Deus,
religioseidade e ensiná-los em casa. Mas acredito no fortalecimento dos
nossos ideais, reafirmação de conceitos, já que sozinhos temos muitas vezes
um ponto de vista isolado. E em grupo,estamos confrontando as nossas idéias
com as dos outros.Isso nos coloca na condição de revermos nossos conceitos,
aceitar os conceitos dos outros e melhor que isso, podermos balancear,
reavaliar.

2 - Seria válido fazer isso ou deixar que o filho decida por si só quando
lhe aprouver?

Nós sabemos que a criança( se for pequeno ainda, se adulto a heitoria é
outra) completa a sua encarnação aos sete anos de idade. Sabemos também,
graças a Doutrina Espirita, que esta é a melhor fase para assimilação de
novos valores. Momento propicio então para oferecermos a criança uma
educação criteriosa, visando detectar as suas más tendencias, e assim
substitui-los na medida do possível, por valores morais indispensáveis ao
crescimento do ser. Enquanto criança, sua capacidade de decisão é limitada,
ficando esta resposabilidade para os pais, retomando, numa fase adulta
quando for conscientemente maduro para arcar com as consequencias da mesma.
No evangelho tem um trecho bastante esclarecedor quando nos adverte: Que
fizeste do filho que te foste confiado? Nos fazendo refletir nesse instante,
para a realidade espiritual, a qual, estamos todos submetidos, e que, no
tocante aos filhos temos o dever de encaminha-los despertando-os para essa
realidade. Antes de nos setirmos proprietários dos nossos filhos lembremos
que Deus confiou-nos os "Seus" filhos a nós, para que direcionemos a Ele.

3 - Como lidar com filhos que seguem uma religião diferente da nossa?
Dificil falar de algo que não vivenciamos, porém, o respeito ao livre
arbítrio do outro não deve ser violado e deverá permanecer sempre. Há um
tempo atras tive uma dificuldade com a minha filha mais velha, ela tem 12
anos. Me disse com o certo ar de pesar que não tinha certaza de que queria
ser espirita( faço evangelho com eles, meus tres filhos, desde que ela, a
primeira, tinha tres anos de idade e os centros daqui ainda nem trabalhavam
com o maternal). Confesso foi um choque! Sempre teve infuencia de uma amiga
minha, desde muito cedo. Ela é adventista! As nossas filhas teem a mesma
idade e estão sempre muito proximas.Sempre convidavam-na para ir a Igreja e
muitas vezes permiti pois fazia( faziamos, eu e meu marido) a minha parte
tentando exeplificar a Doutrina, e se no futuro tivesse que ser diferente,
não poderia interferir! Quando tentei descobrir o motivo dessa declaração
ela me disse que era muita resposabilidade ser espirita, afinal, tudo que
fazemos se volta para nós. Sei que sentia o peso das consequencias de seus
proprios atos; despertara a consciencia para essa realidade! Enfim, disse a
ela que penetrar pelos caminhos da Doutrina e resolver fazer de conta que
não os conhece, ignora-los ou buscar outra religião é uma pena! Sei que tem
maturidade suficiente para a compreensão de muitas coisas. Ela sempre
demonstrou uma idade acima da que possui.É realmente muito madura! Chega
a surpreender os outros que não a conhece! Mas, não tinha muito o que
dizer, só complementei que até que ela tivesse "mais maturidade" continuaria
frequentando a Juventude e as atividades extras do centro. Dai em diante,
fiquei observando o seu comportamento, atenta a qualquer rejeição mais
efetiva dela. Só pra elucidar, ela desde muito cedo, 4 anos pra ser precisa,
já lia a Biblia e sabia de cor o salmo 23.
Gosta de música evangelica e se sente muito a vontade na Igreja. Com esse
histórico, devo admitir que talvez um dia ela desista de ser espirita e mude
realmente de religião. E o que eu vou dizer:
Cada um está no seu momento evolutivo e talvez ainda não esteja pronta para
assumir tamanha resposanbilidade.Precisa "dividir" com Jesus esse peso! Me
perdoe falo demais!!!! Hoje como ela está?
Engajada no meio espirita. Faz parte da equipe de trabalhdores da
evangelização a qual coordeno, é auxiliar da evangelizadora. Continua
frequentando a Juventude e canta sempre que é solicitada. Eu sinceramente
prefiro assim! Se as coisas mudarem? espero que eu tenha amadurecido mais
ainda os conceitos espiritas em mim, pra saber lidar.


4 - E na sua casa? Seus filhos seguem a sua mesma religião? Ou preferem
buscar respostas em outra? E você? Tem a mesma religião de seus pais?

Todos a mesma. Não tenho a mesma religião que o meus pais.São catolicos( não
praticantes). Tive um incentivo muito pequeno dos meus pais para permanecer
católica. Ainda assim, até os 14 anos frequentava a igreja participando do
grupo de jovens e catequizando crianças menores. Mais a mediunidade dos meus
familiares e com certeza uma necessidade espiritual me trouxe ao
espiritismo.

Um grade abraço a todos. Descupem pelo falatório!
Quero dizer que estou feliz por participar da sala.
Jesus conosco sempre!
sinthia
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Legal seu depoimento sobre a filha. Acho muito bonito quem, apesar de
sentindo, exercita o respeito.
Beijos,
Issana
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Sou de acordo que os pais levem seus filhos para o centro espirita, pois que, a
principal função dos pais é ensinar, e dentro da religião aprende-se muito
sobre a boa moral. No caso, dos filhos já crescidos, terem simpatiam por outra
doutrina, acho primordial o respeito, já que, cada ser tem seu tempo e seu
jeito de crescer, evoluir e aprender. Dentro do lar cada membro da familia pode
ter a religião que preferir, desde que todos saibam respeitar as
responsabilidades e compromissos do cada um. Dentro da minha casa minha avó é
umbandista, minha mãe católica e eu e meu marido fomos espiritas, eu há dez
anos estudo a doutrina e e ele está começando agora, faz um ano mais ou menos,
todos nos damos bem, não há motivo para que nada seja feito as escondidas e uma
maneira de pensar, absolutamente, não interfere na vida do outro.

Que a paz esteja com todos.
Vanessa Curci


Conclusão