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110c – Tema: Vida em família : o conviver - nosso papo sobre 3

Ola Vanda! Agradeco por compartilhar conosco sua experiencia!
Eu diria para voce permanecer na sua posicao de ter o coracao aberto, no bem, no seu melhor, mesmo você achando que se exedeu em algumas coisas, sempre é tempo de reparamos, e vale muito também o sentimento que tivemos, não é? Um dia os coisas vão se esclarecendo. Como dizem o Tempo é o senho da razão.

Um grnade abraço!


Paulo Afonso
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Lu, obrigada por responder. Já que podemos discutir em sala esta questão particular, acho que há alguns detalhes importantes para informar. Minha sobrinha hoje tem 27 anos, casada e tem uma filhinha de 2 aninhos. Portanto, já passou há muito da adolescência. Praticamente fui eu quem cuidou dela desde o seu nascimento. Ela sempre teve problemas de relacionamento com a mãe (minha irmã mais velha)Ela tem um irmão 2 anos mais novo com o qual tb tem dificuldades.O pai deles foi embora quando minha sobrinha tinha 3 anos e o irmão menos que 1 aninho. Bom, minha irmã (mãe dela) foi morar com meus pais, trabalhava fora, chegava em casa à noite, os 2 corriam para abraçá-la, mas ela os afastava dizendo estar muito cansada. Brigavam o tempo todo, um desequilibrio total. Por outro lado, meus pais (avós) não tinham tb paciência e principalmente meu pai era muito severo no trato com eles. Quando minha sobrinha tinha 12 anos, empreguei-a em meu escritorio de advocacia que funciona junto com o consultorio de meu marido. Comecei a cuidar dela como se fosse um bibelô de cristal que podia quebrar-se e exagerei. Ela fazia alguma coisa errada eu encobria ou dizia à meu marido (meu namorado na época) que eu é que tinha feito, ou seja, assumia o erro dela. Depois que eu casei, muitas vezes coloquei o meu relacionamento com meu marido em jogo para defendê-la. Eu achava que meu marido tinha ciumes de meu relacionamento com ela, mas hoje vejo que estava cega em relação á sua índole . Sempre paguei um salário muito acima da função que ela ocupa para que ela pudesse fazer faculdade. Quando se formou, para minha surpresa e constrangimento ela homenageou à mim na hora da homenagem aos pais e entregou a rosa à mim, sendo que a mãe dela estava presente. Infelizmente, hoje, entendí que ela fez isto para vingar-se da mãe, lamentavelmente eu fui o instrumento e não percebí.Depois que ela engravidou e foi morar com o namorado, há + ou - 2 anos atras, percebí que estava rolando conversas á meu respeito e de meu marido: críticas sobre a educação de minha filha, do modo que administramos a empresa, a nossa casa, tem agido com arrogância e arbitrariedade em relação aos outros funcionários. Disse à mim que sou incompetente como chefe, enfim...este foi o ponto que chegamos. Ela está de férias durante este mês de janeiro e desde a passagem do ano não nos vimos e nem telefonou...estou muito perdida de como agir. Noooossa! Agora eu que falei demais. Desculpem. Se não for relevante para nossos estudos, DELETEM! Um abraço à todos.
Vanda.
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Vanda ainda bem que você percebeu o mal que estava fazendo a sua sobrinha. Às vezes nós achamos que proteger é o melhor remédio, em vez de ensinar e preparar nossas crianças e jovens para a vida. Quando mimamos demais é porque perdemos os limites entre amor, proteção e educação. Nisso tudo é fato que a criança e o jovem se torna super protegido e com isso cria se uma barreira imaginária que para eles é extremamente eficaz e sadia ao ponto deles arriscarem as suas peles nas mais diversas situações por saberem que nós estaremos sempre apostos com esta barreira para protegê-los, mas esse método de super proteção se causar vício na criança ou jovem irá torná-los adultos que sempre terão dificuldades em caminharem sozinhos nos mais diversos caminhos da vida, onde sempre serão dependentes de alguém. Por isso existe a frase, criamos filhos para o mundo. E sua atitude de renunciar a este mimo todo, não foi um ato de desamor, mas sim um ato de puro amor, onde você quer apenas vê-la bem e pronta para enfrentar os desafios da vida com mais segurança e firmeza.
Boa sorte a você e espero que sua sobrinha aprenda logo que, às vezes o amargo é a negligência nossa em reconhecermos que devemos apenas colocar o açúcar.

Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa
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Eis, Gente Linda do coração, tudo joiiinha? :-))
Oi, Márcio, já tava sentindo falta de vc por aqui... aliás de vc e de alguns outros que tão ó na maior quietude... 🙂
Vanda, concordo com o que o Paulo e o Márcio falaram e acrescentaria que , muitas vezes , a gente esquece que há também o envolvimento de toda uma história passada, coberta pelo esquecimento na vida física, mas que o espírito carrega em si mesmo, embora , na maioria das vezes, fique em estado de inconsciência latente e nos aparece na forma de nossos conflitos, nossos obstáculos, nossas dificuldades em lidar conosco e com o outro.
Como a gente viu nos esclarecimentos das msgs de Joanna e Outros, a família agrega os espíritos ligados há milênios, entre acertos e erros, entre afetos e desafetos, e agora, um cadinho mais conscientes, temos novas chances de nos reequilibrarmos e auxiliarmos o ente querido a tb se reequilibrar.
Neste processo a gente comete erros, mas tb tem os acertos; mas o bom nele é que tb já conseguimos perceber onde erramos, qual está sendo o resultado, ainda que sintamos dificuldades de amenizar e dissolver, de forma imediata, resultados por ventura, aparentemente, negativos.
Nesse processo a gente deve ter a consciência tb que podemos - e devemos - fazer o nosso melhor, aquilo que temos e sentimos capacidade de fazer; mas esse nosso melhor não pode interferir no livre-arbítrio do outro; porque cada um é responsável por suas ações, a gente responde individualmente por nossas escolhas. O que, evidentemente, não impede que auxiliemos, que exercitamos nossa parcela de ajuda educativa - moral, intelectual e espiritual.
E pra isso a gente tem opções à nossa escolha: mantermos firmes naquilo que já nos conscientizamos ser necessário (o que o Márcio falou), termos o exercício da paciência em aguardar o amanhã( a questão do tempo que o Paulo falou), e fazermos o que está ao nosso alcance, oração, evangelho no lar, ou seja, a vivermos também os ensinamentos de Jesus, que aliás , é nosso grande companheiro de jornada; toda vez que diante de nossos problemas sentamos e conversamos com Ele, ele tem na ponta da língua a resposta correta em qual atitude devemos praticar.
Viiixeee e se deixar, depois desse mail enoooooooooooooooooorme, ainda falo mais - desculpinha aí, tá bão? 😉
Dia felicidade procês
beijocas mineiras com carinho no coração
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para convivermos temos que nos educar e educar os entes familiares - que que vcs acham? 🙂
Entendo que para nos educarmos, começaria através da reforma íntima de forma gradual, sistemática e a longo prazo. Quanto educar os entes familiares, entendo que teríamos que trabalhar esta questão através do pp. exemplo, levando sempre para casa os ensinamentos de nosso Mestre Jesus através da prática de seus ensinamentos.
O que me levou a outra questão: e quando existe aquele alguém mais difícil entre nós? como entra a questão da convivência?
dia cor e amor
beijocas mineiras com carinho no coração
...e sempre há não é?!... Acredito que este alguém difícil é uma grande oportunidade de aprendizado e exercício da tolerância, paciência, indulgência, perdão etc etc etc para todas as pessoas envolvidas. "Nada é por acaso!
Vanda
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Lu, obrigada. Cê não falou muito não!!!! é bom ouvir que os erros fazem parte do aprendizado, mas dói muito qdo. causa dor às pessoas queridas. A gente vive dizendo: "não foi isso que eu quiz dizer..." ; "não é assim como vc entendeu..." Mas neste ponto muita coisa já se quebrou. Pelo que entendí, o tempo é o melhor remédio neste caso. Não há como a situação não causar desequilíbrio na convivência familiar. E é muito difícil não nos deixarmos influenciar e entrar na frequencia negativa desse desequilibrio. Mas tenho me trabalhado muito para aprender e superar esta minha limitação e dificuldade. MUITISSIMO OBRIGADA PELO CARINHO DE TODOS E ATENÇÃO.
Beijos e abraços carinhosos em todos.
Vanda.
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Conclusão