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100c – Tema: Influência da mídia no processo de identificação do adolescente - nosso papo 3

Questões para estudo e diálogo virtual

1 - Como podemos mensurar a influência que a mídia exerce sobre nossos adolescentes?
R: A mídia é tudo nestes dias atuais e com certeza influencia bastante, mas como Ricardo citou, o desenvolvimento do senso crítico é de fundamental importância para que nossos filhos saibam discernir o que é bom do que é ruim. Nem sempre o ruim é aquilo que faz mal, pois é de fato algo que simplesmente não faz o bem, e com isso temos programas de TV que não acrescenta em nada para um jovem que precisa de referências precisas e por não ajudar acaba por ser um programa ruim, embora talvez seja divertido, mas nem tudo que diverte ensina e educa.

2 - Essa influência é positiva ou negativa? Ou existiriam na mídia influências de ambos os tipos?
R: Toda influência só é positiva ou negativa de acordo com o grau de nossa consciência. Isso quer dizer que uma coisa pode ser relativamente negativa para uns, mas já outros conseguem tirar bons ensinamentos daquilo que é negativo. Por exemplo uma enfermidade com o câncer é uma coisa negativa, mas se formos analisar como uma expiação, podemos sim tirar proveito da situação com a assimilação de bons ensinamentos. Tudo nesta vida é relativo, pois a nossa consciência (mente) é que dá a devida importância as questões. Vejamos os indianos, aprendem com a pobreza da vida simples que levam e muitos países encaram a miséria como um defeito da humanidade. Não quero aqui pregar a pobreza, só acho que cada um só é feliz com a vida que leva, com base na sua condição diferente de ver a vida.

3 - Como podemos fazer para que os valores que passamos a nossos filhos falem mais alto que os exemplos da mídia?
R: Neste ponto eu sou categórico e um tanto chato, pois acho que uma educação familiar se constrói com bons exemplos, por exemplo um filho que sabe que o pai ingere álcool e chega em casa de madrugada não tem condições de aceitar conselhos de uma pessoa nestas condições. O que a gente ensina (exemplifica) deve ser vivido dentro de casa, sem fingimento, onde o coração deve falar sempre mais alto. Antes de darmos o exemplo, devemos ser o exemplo.

4 - Esse processo de colher influências em outros pontos que não apenas a família é normal, natural?
R: Pode até ser normal e natural, mas com respeito a isso devemos estar sempre com as nossas influências paralelas a isso tudo, onde não podemos deixar por conta de outras pessoas a educação de nossos filhos, tudo deve ser supervisionado e analisado juntamente com o filho.

5 - Como a doutrina espírita, na vivência familiar, pode nos auxiliar nesse processo?
R: No setor de evangelização temos condições de trabalhar estes temas de forma mais específica e profunda de acordo com a idade do nosso filho. Na literatura espírita temos centenas de livros abordando muitas questões que hoje vivemos e através de uma sugestão literária, podemos dar mais solidez aos argumentos usados por nós. Lembrando que o centro não é apenas pra tomarmos passe e fazer preces, temos sim que ter o compromisso em educar espiritualmente o nosso jovem e com os pais dando prosseguimento em casa nestas questões, através também do Evangelho no Lar.

6 - O que fazer diante de casos em que o adolescente, por influência da mídia e de outros setores, não quer mais acompanhar a família ao Centro Espírita?
R: Obrigar nunca foi bom a ninguém, o certo é mostrar os benefícios que o centro tem que uma TV não mostra. Principalmente na questão de sintonia, onde apenas a presença no centro já alivia muitas tensões. Os nossos filhos devem entender os benefícios de um centro, mas sem denegrir a imagem da TV, que ainda tem sua importância para a sociedade, mesmo que não seja do consenso de todos. Tudo sem seu peso na balança, conforme o peso que nós colocamos do lado oposto.
Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.
Márcio de Mensisa
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olá pessoal. !!
faz tanto tempo que não escrevo !!!
mas continuo lendo tudinho.

filhos para mim sempre foi uma questão difícil.
sempre fico em dúvidas se agi certo ou poderia ter feito melhor.

em relação a exposição que nossos filhos estão em relação a mídia no
geral, quando observo algo que considero inadequado, diferente do nosso
jeito de viver, imediatamente abordo o tema, o assunto,
e com perguntas do tipo: o que vc acha filha??
o que vc sente em relação a isso???
a partir daí dou minha opinião, meu marido completa.
a gente procura não deixaar passar em branco.

gente, abraços carinhosos a todos
Adriana
SC
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a) a conversa aliada à educação é fundamental para que nossas crianças raciocinem perante tudo que a elas chega?
R: A conversa é tudo, mas de que seja uma conversa boa, respeitosa.


b) de que forma desenvolvermos este raciocinar perante as mil informações que chegam freneticamente neste nosso mundo atual através da mídia(de todas as formas: Tv, cinema, rádio, jornal, revistas, livros, internet)?
R: Se nossos filhos desenvolverem desde cedo um bom senso crítico, este poderá ajudar como um filtro as diversas informações que nos chegam.

c) De que forma o conhecimento da Doutrina Espírita atua sobre a questão?
R: Tendo conhecimento dos desdobramentos causados pós-desencarne temos sim uma arma muito poderosa, onde nos capacita a estarmos sempre vigilantes para que tenhamos bons reflexos no pós-desencarne. Não podemos esquecer que em certos casos a reação é quase simultânea, com isso nota se a importância do fazer bem feito, ou seja viver bem a vida.

Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa

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a) o que é senso crítico e como desenvolvê-lo?
R: O senso crítico é uma série de informações conceituais que são inseridas em nossa mente, com relação a gostos e reprovações, com base nisso quando rejeitamos assistir algum programa que julgamos não acrescentar nada, estamos fazendo uso do senso crítico. Para desenvolver o senso crítico, devemos analisar e criar conceitos para tudo o que faz parte da nossa vida. Não que devemos sair por aí criticando todo mundo, mas é indispensável analisar tudo o que nos cerca com base no nosso gosto íntimo e com relação também a opiniões que temos a respeito da questão a ser analisada. Para ter de fato um senso crítico eficiente é preciso termos educação, respeito e bom senso, para não criarmos um senso crítico, criticante demais ao ponto de ser até mesmo preconceituoso.

b) tirando a questão da própria evolução e transformação da língua(que é processo natural, só que antes esse processo se dava de forma mais lenta do que a atual), a gente pode dizer que a mídia influi não só no comportamento há a influência dela, mas vai além do que podemos perceber ou do que nos damos conta?
R: Eu acho que vai além do que podemos perceber, pois podemos mudar de opinião após ler um artigo de jornal escrito de forma deturpada. Se não tivermos em dia com nosso senso crítico e centrados nos nossos conceitos e entendimentos, com certeza seremos de certa forma levados pela maré.

c) Quando você diz "o estímulo à criatividade, o "dar asas" a imaginacão infantil, sempre tão fértil, as estórias contadas desde cedo, de maneira a cativar sua atencão, o incentivo à leitura sadia, hoje tão fora de moda (pessoal, neste aspecto, Monteiro Lobato é inigualável), entre outros aspectos, são fatores que estimulam sobremaneira o desenvolvimento da capacidade de raciocínio de nossos filhos." de que forma desenvolver isto, principalmente, no mundo atual onde a maioria de pais necessita trabalhar fora e muitas vezes têm atividades profissionais ? Que tipo de alternativa teriamos para implementar estas questões?
R: Claro que nada substitui a quantidade de horas que nós passamos com nossos filhos, mas de certa forma a qualidade deste tempo é fundamental para que a criança se despreocupe nas demais horas com coisas que iram acrescentar e muito a ela. De certa forma devemos estimular desde cedo uma certa independência, onde com a nossa ajuda o senso crítico de escolher determinadas tarefas seja alimentada desde cedo. Com isso não quer dizer que teremos um adulto precoce, mas uma criança feliz e sabendo desde cedo o que realmente quer e avaliando desde já tudo o que a cerca e suas conseqüências posteriores, onde tudo que realizamos tem sua reação após um certo tempo, e isso é legal a criança descobrir desde cedo.

d) Há programas de tb que têm conteúdo educativo muito bom, principalmente aqueles passados pela TVE ou TVCultura - no entanto poucos lhes dão a real atenção - será que não falta incentivo ou exemplo dos pais ou de quem fica/convive com as crianças?
R: De fato isso pode ser estimulado, mas vai muito do gosto da criança. E se a criança não gosta de desenhos da TV Cultura, será obrigado a assistir porque os pais acham educativos? O certo é os educadores assistirem TV com os filhos para saberem o gosto deles e em cima disso desmentir certas questões mostradas nos desenhos que ele adora assistir. Nos desenhos onde há violência, devemos conversar com nossos filhos e explicar que não é proibido assistir, mas certos atos não devem ser copiados, ou seja não devemos deixar que falsos heróis dominem a cabeça de nossos filhos.

Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa
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Oi, tudo bem com vocês?
Há algum tempo não escrevo, embora acompanhe os papos! Mas não podia deixar de fazer um comentário a respeito do assunto.
Educação é algo que merece um carinho especial porque envolve pensamentos diversos. Retirar uma opinião única ao final é difícil, né? Pelo menos pra mim.
Li opiniões favoráveis e desfavoráveis a respeito da família do Cazuza e do próprio cantor... por aí podemos verificar o quanto as visões sobre o educar são diferentes!
Sem dúvida a mídia influencia (e muito!) o pensamento e as opiniões das pessoas. Como mãe enfrento uma dificuldade em encontrar bons programas para os meus filhos na TV. Mas como não posso evitar q eles acompanhem em outros meios de comunicação ou através dos colegas de escola, tento, junto ao meu marido, mantê-los informados, conforme a idade deles, das coisas q acontecem ao nosso redor. Achei legal a opinião da colega q disse q começa uma conversa com a filha a partir da opinião da própria criança a respeito de um determinado assunto. Acho q é por aí. Devemos saber o que os nossos filhos estão pensando, como eles estão enxergando o mundo e, a partir daí, ensinarmos, orientarmos as nossas crianças. Certamente (e infelizmente!!) não podemos evitar que as nossas crianças acompanhem a violência que ronda o mundo, mas podemos podemos, através delas, plantar sementinhas de amor para o futuro mais presente do que nunca!

Abraços,

Márcia
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Olá pessoal da sala, tudo bom com vcs? Espero que sim!

Puxa, quantas participações, legal isso!!! Eu estou meio atrasada afinal, hoje já é quarta-feira e eu estou respondendo agora... que vergonha... rs
Mas, antes tarde do que nunca né?!
Espero não falar nenhuma besteira, ok?!

Beijos no coração de todos, com carinho

Questões para estudo e diálogo virtual

1 - Como podemos mensurar a influência que a mídia exerce sobre nossos adolescentes?
Para o adolescente a mídia é tudo... desde as imagens nas revistas até os ídolos da música e da televisão. Parece que querem imitá-los em tudo, usar os mesmos acessórios, vestir as mesmas roupas, agir do mesmo modo.
Mas, como sabemos, isso não é legal, pois tira a individualidade da pessoa. E pior: às vezes leva os adolescentes a fazerem coisas prejudiciais a eles mesmos, como fumar maconha pq é legal e todo famoso fuma, virar anoréxica para se igualar àquela modelo famosa e linda, tomar anabolizante para ficar igual àquele ator que todas amam e por aí vai...

2 - Essa influência é positiva ou negativa? Ou existiriam na mídia influências de ambos os tipos?
Existem influências de todo o tipo na mídia: boas e más. Mas parece que as más são as que mais atraem os jovens. Claro que muitos preferem aderir ao modelo bom e não ao mau.
Exemplos maus foram citados na questão acima. Já os bons seriam: aquele famoso que visita idosos ou orfanatos; aquele outro que luta pelos direitos humanos e por aí vai.
Temos todo o tipo de influências, mas precisamos saber quais as que "prestam" e as que "não prestam".

3 - Como podemos fazer para que os valores que passamos a nossos filhos falem mais alto que os exemplos da mídia?
Como bem falou o Márcio, para que isso aconteça temos que dar o exemplo. Não adianta nada falarmos para eles não agirem de tal maneira se nós mesmos agimos. Se eles virem que os pais são "gente bacana", vão querer seguir o exemplo. Podemos, assim, formar bons cidadãos.

4 - Esse processo de colher influências em outros pontos que não apenas a família é normal, natural?
É normal e natural, mas não deve ser algo que leve o jovem a "decair". Os jovens entram em grupos de amigos e passa a agir de modo parecido com o deles. Até aí tudo bem, desde que esses amigos não o levem a nenhum tipo de vício. Precisamos conversar muitoooo com os filhos, fazer com que eles saibam que podem contar com a gente, que estaremos lá para apoiá-lo, mas mostrar que tudo na vida tem limites.

5 - Como a doutrina espírita, na vivência familiar, pode nos auxiliar nesse processo?
Temos muitos livros, temos os centros espíritas, os estudos (tanto em casa, como no centro e tb, agora, na internet) que dão uma ajudinha: tratam de temas interessantes para o jovem, explicam mesmo.

6 - O que fazer diante de casos em que o adolescente, por influência da mídia e de outros setores, não quer mais acompanhar a família ao Centro Espírita?
Obrigar não é mesmo legal. Teve uma época, quando eu era adolescente (ô fase complicada... rs) que eu parei de ir ao centro, pq achava "chato". Com o tempo, vi que chata era eu (rs) e decidi voltar ao centro, recomeçar a ler obras espíritas, até trabalhei na livraria, na biblioteca, cuidei de crianças e ajudava na venda de doces e salgados, fazia bolo para entregar às crianças no dia da entrega de cesta básica, ajudava a montar a cesta básica, enfim, comecei a participar mais ativamente. Isso me motivou muito a continuar indo lá, ouvindo as palestras, estudando. Foi isso tb que me motivou a procurar um grupo de estudos na internet.
Hj frequento um centro em sampa, ainda não faço parte de nada, frequento as palestras e tudo. Quero ver se ajudo em alguma coisa por lá.
Falei, falei e não disse nada... rs. Se o jovem não quiser mais ir ao centro, não é legal obrigar... isso tornará as coisas piores. Minha mãe fez o seguinte: "Fúlvia, dia tal vai ter uma palestra sobre tal assunto, lembra q vc queria saber sobre isso?". Aí eu me animava e ia mesmo. Foi assim que eu descobri que a chata era eu e não o centro espírita.
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CONCORDO PLENAMENTE!
É ISSO AÍ..TEMOS PELO MENOS A OBRIGAÇÃO DE PASSAR O
CORRETO...A ESCOLHA É DE CADA UM..
CLEIDE
(referente ao texto do Cazuza)
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Olá!
Estou utilizando muito tudo que estou aprendendo com os grupos de adolescentes e gestantes que coordeno. Os assuntos estão ótimos. Muito importante o texto sobre depressão infantil.
Ai vão minhas respostas sobre a mídia.

1. Como podemos mensurar a influência que a mídia exerce sobre nossos adolescentes?
R. Através dos comportamentos adquiridos que estão em moda na mídia, por exemplo, a moda, o tipo de som musical, as gírias, entre outras...

2. Essa influência é positiva ou negativa? Ou exixtiriam na mídia influências de ambos os tipos?
R. Esta influência vai sofrer a interferencia da própria familia. As vezes, o adolescente tem mais cultura que os pais, e os pais serão uma interferência negativa, ou vice-versa. Esta influência depende também da situação social e econômica da família, da cultura e do meio em que o adolescente vive.

3. Como podemos fazer para que os valores que passamos a nossos filhos falem mais alto que os exemplos da mídia?
R. Colocando em prática os valores que acreditamos, mantendo um bom relacionamento familiar, tendo diálogo em casa, praticando o bem.

4. Esse processo de colher influências em outros pontos que não apenas na família é normal, natural?
R. Não apenas normal e natural, é necessário. O adolescente precisa ter parâmetros para avaliar o que para ele é certo e errado, ele precisa contestar a família para criar sua identidade.

5. Como a doutrina espírita, na vivência familiar, pode nos auxiliar nesse processo?
R. Ela nos prepara para termos mais tolerância e entender os atos dos nossos filhos. A doutrina fortalece os laços entre a família, de modo que se torna mais fácil o diálogo. A oração, a prática do bem, fortalecem os exemplos e nos dão forças para enfrentar a adolescência, um único e maravilhoso.

6. O que fazer diante de casos em que o adolescente, por influências da mídia e de outros setores, não quer mais acompanhar a família ao Centro espírita?
R. Esta negação é normal na adolescência. É uma forma de querer mostrar que ele pode ser contra os pais. Acho que devemos conversar e mostrar o que é a doutrina e a importância de frequentar o Centro, mas não obrigar ou presionar. Quando menos se espera, ele volta ao convívio, mais fortalecido e com a certeza que era isto que ele queira, pois ele que escolheu estar ali.

Claro que naõn devemos perder de vista o adolescente (tenho um filho maravilhoso que está nesta fase) mas o exemplo e a coerência do discurso com os atos é o fundamental. Sem contar no afeto, na troca de carinhos e no amor.

Beijos e paz a todos.
Kiciosan

Conclusão