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095b – Temä: Família e a depressão à luz da Doutrina Espírita - nosso papo 2 COM textos

Cuidados na alimentação

O psiquiatra francês David Servan-Schereiber escreveu um livro que ficou famoso no mundo todo. Ele é um dos maiores defensores dos métodos naturais no tratamento da depressão. Reconhece que, se para algumas pessoas em crise grave, os antidepressivos químicos são indispensáveis, nem sempre são recomendados para todos os casos.

_Acho que foram a descoberta mais importante do século 20 na medicina. Mas o que é insano, desequilibrado, é o número de pessoas tomando esses remédios. Especialmente quando sabemos que há métodos naturais de tratamento que são eficazes, eles podem curar os sintomas_, diz o psiquiatra.

Ele lembra que de 30% a 50% das pessoas que param de tomar remédios antidepressivos têm uma recaída em um ano. Portanto, a cura não é garantida. Em alguns casos, os métodos naturais podem ser aliados poderosos, principalmente quando a causa é a pressão da vida moderna.

_Você não pode evitar o estresse, é parte da vida. O que você pode evitar é a sua reação ao estresse. Você pode aprender como controlar sua fisiologia, por exemplo, com métodos, alguns dos quais bem antigos. Ioga, por exemplo, existe há 5 mil anos. Você controla sua atenção e respira, controla sua fisiologia_, orienta David Servan-Schereiber.

É sabido há muito tempo que existe uma relação entre saúde e os alimentos que ingerimos. Nos últimos anos isso tem sido comprovado cientificamente. Mas, e no caso da depressão? Será que ela é uma doença que pode ser tratada e prevenida com a ajuda de determinados alimentos?

O especialista em nutrição Silvio Laganá não tem dúvidas. Para ele, o Omega 3 _ uma gordura encontrada em peixes, nas nozes, no agrião, no espinafre _ é um remédio natural para a depressão.

_O espinafre é a maior fonte vegetal do Omega 3 em folhas verdes, junto com o agrião_, revela o nutrólogo.

A ação do Omega 3 nos neurônios, as nossas células nervosas, explica os benefícios.

_O Omega 3 faz com que a membrana celular que reveste os neurônios tenha fluidez, ela não deixa endurecer essa membrana. No caso das gorduras saturadas _ as gorduras da carne, do leite e dos queijos _, ela favorece o endurecimento dessa membrana. Não é bom, ela vai dificultar a passagem de informação através do neurotransmissor, que fica bloqueada, e isso pode favorecer a depressão_, explica o especialista.

Alguns peixes estão no alto da lista dos alimentos campeões em Omega 3.

_O melhor é cavala, que tem uma concentração grande de Omega 3. E é um peixe barato também. A sardinha vem em último lugar, mas com preço bastante conveniente. Ela é rica em cálcio, que é um mineral bastante importante para a saúde humana. A anchova também é rica em Omega 3. É um peixe um pouco mais caro, mas com um sabor bastante peculiar, que agrada muitas pessoas_, diz o nutrólogo.

A linhaça, um grão pouco conhecido do brasileiro, é outra fonte importante de Omega 3.

_A linhaça é um dos nutrientes mais antigos conhecidos como benéficos para a saúde humana. Você joga na boca e saliva. Pode tomar um copinho d_água para ajudar a engolir. Duas colheres de sopa de linhaça por dia oferecem uma concentração excelente de Omega 3, que vai ajudar o funcionamento intestinal e favorecer não ter depressão_, afirma o especialista.

Uma cápsula de óleo de linhaça depois das refeições e uma nova dieta alimentar mudaram a vida da professora de matemática Ana Lúcia de Moraes. Dois anos de tratamento e os sintomas de depressão que estavam acabando com ela sumiram.

_Eu era muito agitada, a minha ansiedade estava sempre lá em cima. Então, isso estava me prejudicando até profissionalmente no meu dia-a-dia. Eu resolvi procurar a ajuda de um nutrólogo_, diz a professora.

Na alimentação, entraram o peixe, as saladas, as nozes. Saíram a gordura e os doces. E foi com sacrifício, ela admite, que cortou algo que de gosta muito.

_O chocolate faz bastante falta. Mas eu sou firme, não como mais_, garante Ana Lúcia.

Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa
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Vida nova para Bruna

Se a adolescência é uma fase de reconhecida dificuldade e muitas transformações, imagine se a pessoa é obesa?

_Eu me sentia muito feia. Achava que se eu saísse na rua todo mundo ia ficar olhando porque eu era gorda_, conta estudante Bruna Aparecida Pereira.

Bruna desenvolveu medo de não ser amada. Achava que ninguém ia gostar dela e se isolou.

_Então comecei a me trancar no meu mundo, era o meu mundo. Eu comia, entrava no quarto e ficava chorando porque tinha comido e ninguém gostava de mim porque que eu era feia_, diz ela.

A tristeza profunda deu lugar à depressão. Os pais não sabiam mais como lidar com o impulso destrutivo de Bruna.

_Eu queria morrer, porque eu já tinha tentado a primeira vez e não tinha dado certo_, conta a jovem.

A virada na vida Bruna aconteceu quando ela partiu para um programa de nutrição da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Junto com exercícios físicos e atividades recreativas ela passou a conviver com pessoas que têm o mesmo problema.

Bruna não se deu bem com remédios. Restou o tratamento natural: além da alimentação, da psicoterapia, do relacionamento com outras adolescentes obesas, os exercícios físicos tiveram papel fundamental.

_Esses adolescentes melhoraram muito, não só na perda de peso, como também nos sintomas de depressão e ansiedade, tendo um resultado muito bom com o próprio exercício físico_, explica Marco Túlio de Melo, doutor em psicobiologia da Unifesp.

Quanto mais exercícios uma pessoa faz, maior será a atividade cerebral dela.

_Há uma produção de serotonina e, conseqüentemente, maior produção de dopamina, que é o neurotransmissor que dá prazer, e também de betaendorfina, que dá o relaxamento muscular_, esclarece o professor da Unifesp.

Os bons resultados foram medidos com precisão: 90% das jovens obesas tiveram melhoras nos sintomas depressivos depois de apenas três meses de exercícios.

_Acredito que os melhores exercícios são os feitos em grupo, porque o exercício em grupo melhora a socialização, a auto-estima, a auto-imagem e favorece o convívio social_, diz a doutora em nutrição Ana Damaso.

Sair do isolamento é fundamental para a recuperação de qualquer pessoa deprimida. Bruna encontrou apoio entre os amigos da igreja.

_Encontrei uma solução para mim. E não era morrer. Eu dizia antes, muitas vezes, que eu não era feliz. Mas eu sou feliz, sou perfeita. Só tenho um pouco de peso a mais, mas eu sou perfeita_, ressalta Bruna. _Daqui pra frente? Quero ficar uns 30 quilos mais magra, quero fazer minha faculdade, quero batalhar e deixar tudo isso pra trás_, planeja.
Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.
Márcio de Mensisa
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Um caso de Espiritismo

José Lucas

Muitas vezes confundem-se os sintomas de depressão com os de influência espiritual, o que poderá provocar vários dissabores às pessoas. Veja um caso curioso de alguém que passou por essa situação.

A Manuela apareceu um dia na associação espírita a pedir auxílio. Sentia-se esquisita, muito deprimida e com vontade de chorar. O pior é que por vezes sentia impulsos de muita solidão e mesmo até de se suicidar. Mãe de 3 filhos, sentia a preocupação que tal situação acarretava. Já recorrera à ajuda de várias pessoas, uns bem intencionados outros menos bem intencionados. Ouvira falar da associação espírita e decidiu lá ir. Já tinha consultado vários psiquiatras, já se tinha encharcado em comprimidos, sem que conseguisse sair daquele estado de alma angustiante. Já estivera inclusive internada num hospital psiquiátrico, sem que, contudo, a situação tivesse melhoras substanciais.

Num determinado dia, a crise agravou-se. E de tal modo, que já tinha tudo preparado para ser internada de novo no hospital psiquiatra. Manuela já tinha combinado com o marido e todos objectivavam as suas melhoras, já que, viver assim, era tarefa impossível.

Quando a Manuela foi à associação, pedir ajuda, revelou muitos sintomas de mediunidade. A mediunidade é uma característica que permite ao ser humano captar a existência do mundo espiritual. Assim, há médiuns que vêem os espíritos, outros que os ouvem, outros ainda através dos quais os espíritos falam e outros ainda através dos quais os espíritos escrevem. Existem outros tipos de mediunidade. Os cientistas chama à mediunidade _percepção extrasensorial_.

A Doutrina Espírita é um precioso auxiliar da medicina tradicional, sendo necessário que esta se dispa dos preconceitos para melhor poder servir a humanidade

Tendo os elementos espíritas dessa associação se apercebido que a Manuela tinha essa faculdade, foi-lhe explicado que essas sensações muito parecidas com as sensações de depressão, derivavam de uma faculdade que ela não compreendia nem dominava. Assim seria necessário começar a estudar o Espiritismo e educar essa faculdade para que deixasse de ser motivo de preocupação para passar a ser motivo de bem-estar e alegria.

A Manuela telefonou-nos a dizer que não poderia continuar o seu estudo do Espiritismo onde se tinha integrado pois no dia seguinte iria ser internada. Foi-lhe dito que não o fizesse pois estaria a perder tempo. A família foi contactada e esclarecida da sua real situação, tendo-se realizado uma reunião espírita em favor da Manuela. Nessa reunião, manifestaram-se várias pessoas já falecidas que transportavam na alma essas sensações de depressão e tristeza e que a Manuela captava telepaticamente tendo em conta o tipo de mediunidade que possui. Resolvido o problema, a Manuela acordou no dia seguinte completamente diferente, já sem essas sensações e já não foi internada. A _depressão_ desaparecera como que por encanto. Continuou a levar uma vida normal e a sua situação evoluiu muito favoravelmente. Se a Manuela não tivesse contactado com uma associação espírita, hoje seria mais uma entre muitos a penar por hospitais psiquiátricos à procura de soluções para um problema que não é orgânico mas sim de origem espiritual. É claro que ela não padecia de depressão (doença bem estudada pela medicina) mas sim de uma influência espiritual cujos sintomas eram muito similares.

Seria interessante que os médicos se começassem a interessar pelo estudo do Espiritismo, para assim melhor poderem servir a comunidade onde estão inseridos. É que a medicina, tal como está estruturada, encarrega-se de analisar o homem apenas na sua componente material, carnal, descurando o ser espiritual onde subsistem todas essas energias desequilibradas que são vertidas no corpo somático sob a forma de doenças. Felizmente já temos em Portugal muitos médicos espíritas e alguns psiquiatras e psicólogos que conhecem o Espiritismo. Esses médicos terão pois mais condições de auxiliarem as pessoas que aparecem com sintomas de _percepção extrasensorial_.

Um assunto interessante a deixar à consideração dos médicos que lêem este artigo. Já agora permitam-me uma sugestão. Leiam um livro notável de filosofia espírita: «O Livro dos Espíritos», de Allan Kardec e meditem sobre o assunto.

Nota _ Caso passado na Associação Cultural Espírita, em Caldas da Rainha, tendo os nomes sido trocados para garantir a privacidade das pessoas em causa.

lucas@clix.pt

Abraços capixabas e recheados de humildade e paz.

Márcio de Mensisa




Conclusão