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084b – Tema: Reforma Íntima e sua importância na e para a família - conclusão
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Eis, Lindinhos e Lindinhas, tudo azul azul com vcs?:))
Desculpem-me, por favor, o atraso na postagem de nossa conclusão quanto ao tema da semana.
Mas foi bom esse atraso, porque justamente ontem participei de um seminário cujo tema foi... A Reforma Íntima.
E a conclusão chegada lá foi a de que A Reforma ïntima não tem uma regra específica, mas engloba alguns aspectos sem uma ordem específica de atuação, que são: a) conscientização (a conscientização interior de que somos imperfeitos e dentro dessa imperfeição há vícios e defeitos que necessitam serem "corrigidos" e que geralmente somos acordados para essa conscientização através de algo que subitamente nos faz acordar e geralmente é a dor e o sofrimento ); b) o autoconhecimento : o se conhecer, que leva à reflexão, que leva a busca do se melhorar; c) o trabalho, a ação, o agir - que é fator constante e continuo; d) a responsabilidade, sem a qual não há sequência; e) Evangelizar-se; g) manter-se sempre vigilante, sabendo que se conseguimos superar um algo negativo, devemos continuar a vigilância para não retornar a velhos hábitos.
E tudo isso não tem um fim, é algo constante, e deve ser exercido na vida diária global e não só em um local ou outro, mas numa regular prática em todos os lugares, a começar pela... vida familiar que é a base de todo o resto .
E a reforma íntima não está apenas em grandes atos, mas no iniciar por pequeninas coisas, que muitas vezes achamos insignificantes, mas que nos dão a certeza de podemos conseguir e de que conseguemos. É deixar ... por exemplo... olha só que coisa mais simples, de xingarmos porque alguém nos fechou no trânsito ou tomou nossa frente na fila de algum lugar... e ir aumentando aos poucos nossas mudanças.
E são estes pequenos exemplos que vamos deixando para nossos familiares: sejam filhos, pais, tios, avós, sobrinhos...
Assim, nada melhor para encerrarmos nosso tema da semana que os textos abaixo:-)
texto 01 :
O que é a Reforma Íntima?
Ney Prieto Peres
A Reforma Íntima é um processo contínuo de auto conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos o Divino Mestre, dentro e fora de si.
Por que a Reforma Íntima?
Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamente o trabalho de burilamento dentro de nós, conduzindo-nos compativelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso espírito.
Para que a Reforma Íntima?
Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das ultimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.
Onde fazer a Reforma Íntima?
Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamentos com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviços ao próximo.
Quando fazer a Reforma Íntima?
O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso íntimo.
Como fazer a Reforma Íntima?
Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós mesmos, um dos meios mais efetivos é uma Escola de Aprendizes do Evangelho, cujo objetivo central é exatamente esse. Com a orientação dos dirigentes, num regime disciplinar, apoiados pelo próprio grupo e pela cobertura do Plano Espiritual, conseguimos vencer as naturais dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpomos as nossas barreiras. Daí em diante o trabalho continua de modo progressivo, porem com mais entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer a nossa Reforma Íntima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente com os ensinamentos de Jesus.
Extraído do manual Prático do Espírita
Texto 02:
Reforma Íntima
João Batista Armani
Muitos são os motivos que nos levam à Casa Espírita: Pelo amor, pela dor, convite de alguém, hoje pela razão, etc...
E o que acontece? Assistimos palestras, recebemos o passe, tomamos água fluidificada e vamos embora. Somos espíritas apenas dentro da Casa Espírita, estas atitudes irão se repetir por longo tempo. Mas à medida que vamos estudando e compreendendo melhor os ensinamentos espíritas, sentimos que necessitamos nos integrar mais nas ações de reforma moral da sociedade, e nada melhor para fazermos isso do que iniciando por nós mesmos, ou seja, que sejamos espíritas na convivência com o mundo, e isso nos leva à nossa reforma moral.
Todo espírita estudioso caminha neste sentido, porque compreende que o Espiritismo como filosofia busca atingir o seu mais nobre objetivo, que é a reforma moral da criatura.
A grande maioria dos livros escritos pelas vias mediúnicas são ricos de ensinamentos e verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana.
Livros como: _Auto Conhecimento_, _O Homem Integral_, _O Ser Consciente_, _Espelho D_alma_, _Momentos de Renovação_ e outros não necessariamente espíritas, nos indicam a importância da Reforma Íntima, ou renovação de atitudes, como fator essencial para alcançarmos o progresso moral e espiritual, visando à nossa felicidade relativa.
Duas afirmativas nos chamam à reflexão:
1. Renovação de atitudes...
Um jovem foi ao médico, queixando-se de dores abdominais. Tendo sido atendido pelo médico, este atencioso, realizou exames, fez entrevistas, e ao final chegou ao diagnóstico: Cirrose hepática, doença do fígado por ingestão de bebida alcoólica. Enfermidade conhecida e facilmente tratável, receitou um tratamento, onde o paciente deveria tomar uma medicação, fazer caminhadas diárias, ao final da caminhada realizar algumas ginásticas. O paciente saiu satisfeito pois veria-se livre de suas dores. Ao final de um mês, retornou novamente o paciente ao consultório médico, onde o doutor o atendeu solícito.
Há doutor! O tratamento não deu resultado, pois continuo a sentir dores. O profissional estranhou, pois tinha confiança em seu diagnóstico, mas voltou a examiná-lo.
- O senhor tomou o remédio que lhe receitei? Sim senhor doutor, certinho, três vezes ao dia!
- O senhor fez as caminhadas para melhorar a circulação? Cinco quilômetros todos os dias doutor!
- O senhor fez as ginásticas como recomendado? Uma hora diária após as caminhadas doutor!
- O senhor parou de beber? Não doutor... doutor continua doendo...
A medicina terrena trata das enfermidades do corpo físico, o Espiritismo trata das enfermidades do espírito (estando ele encarnado ou não). O médico nos escuta, analisa, faz exames e nos recomenda um tratamento. A Casa Espírita, nos escuta, analisa, consola, e também nos recomenda mudanças de atitudes; mas esta vai mais além em nosso benefício, pois nos fornece o passe magnético, a água fluidificada e em alguns casos tratamentos de desobssessões.
Mas assim como no caso do paciente enfermo, se quisermos melhorar, cumpre que façamos a nossa parte mudando as nossas tendências negativas, ou ficaremos indefinidamente tomando remédios, realizando caminhadas, fazendo ginásticas, recebendo passes, tomando água fluidificada...
Emmanuel, em uma de suas mensagens no diz: _O pastor conduz o seu rebanho, mas são as ovelhas que andam com as próprias pernas_.
2. Felicidade relativa...(Em virtude da afirmativa de Jesus _ _A felicidade não é deste mundo_ Bíblia/Eclesiastes, Evangelho Segundo o Espiritismo/ Capítulo V, item 20). Analisando esta afirmativa do Cristo apenas pela letra que mata e não pelo espírito que vivifica, muitos apressados, inimigos do estudo e cultores do negativismo atribuem que estamos na Terra para sofrer, que este é um vale de lágrimas, aqui só há dores e aflições, etc. Semelhantes afirmativas são no mínimo equivocadas e inconseqüentes, pois espalham o desânimo, pessimismo, descrença, resignação incondicional. A nossa razão nos mostra que podemos e temos momentos felizes mesmo no estágio evolutivo em que nos encontramos, pois quem não fica feliz com um casamento? O nascimento do primeiro filho? Uma formatura? O primeiro emprego? No aniversário, receber aquele presente tão esperado? Jesus, profundo conhecedor, não iria contrariar as Leis Naturais, negando estes fatos. Ele se referia tão somente à felicidade plena, que é atributo apenas dos Mundos Felizes e Angélicos.
Sabemos então que para evoluirmos espiritualmente temos que realizar a nossa Reforma Íntima, mas algumas perguntas nos assaltam:
· O que é Reforma Íntima? Ela deve ser compreendida como a chave mestra para o sucesso de sua melhora interior e, conseqüentemente, da sua felicidade exterior.
· Para que serve? Renovar as esperanças interiores tendo por meta o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessante busca do perdão, o cultivo dos sentimentos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser.
· O que fazer? Realizar atos isolados, no dia-a-dia levando-nos a melhorar as nossas atitudes, alterando para melhor a nossa conduta aproximando-a tanto quanto possível do ideal cristão.
· Por onde começar? Pela auto crítica.
· Como fazer a reforma íntima? Bem .....
(Cairbar Schutel _ _Fundamentos da Reforma Íntima_ Abel Glaser).
Embora uma linha de pensadores espíritas entenda que os meios de o conseguir é obra e esforço de cada um, as obras literárias estão repletas de indícios e dicas.
Em _O Livro dos Espíritos_ no capítulo Conhecimento de si mesmo, à pergunta 919, Allan Kardec questiona aos Espíritos:
- Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
_Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo._
Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.
919a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
_Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar...(SANTO AGOSTINHO).( O Livro dos Espíritos - Allan Kardec)
Parece resultar daí que o conhecimento de si mesmo é, a chave do progresso individual.
(esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente).
Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, Estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio, Boston 17-01-1706 - Filadélfia 17-04-1790).
Benjamin Franklin era um tipógrafo na Filadélfia homem fracassado e cheio de dívidas, achava que tinha aptidões comuns mas acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito, se pudesse apenas encontrar o método certo. Método este encontrado e relatado em seu livro a _Autobiografia de Benjamin Franklin_ (1771-1788).
Benjamin Franklin, em sua juventude era um homem de muita inteligência e perspicácia, apesar de ter estudado apenas até o segundo ano primário. Era hávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias. Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos. Por isso mesmo tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido, e cobrava-se muito, bem como, cobrava aos outros a mais correta e ilibada conduta. Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, fato que ao longo do tempo foi deixando-o só e isolado nas reuniões a que eram _obrigados_ a convidá-lo pelo seu cargo político.
Sentindo o peso deste isolamento, em conversa com um amigo muito chegado, comentou esta aversão das pessoas de seu convívio.
Tendo sido localizada a causa deste sentimento de aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições.
Mas por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas caía invariavelmente em outra, quando esta outra recebia a sua atenção novo deslize fazia-o tropeçar, e a situação não avançava. Era como se estivesse tentando reter água com as mãos que, não obstante, escorria por entre seus dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.
Lembrando-se das habilidades bélicas de Napoleão Bonaparte, que adotava a estratégia de _dividir para vencer_, de espírito inventivo, Franklin imaginou um método tão simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Franklin escolheu treze princípios que julgava ser necessário ou desejável aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto, e dedicou uma semana da mais rigorosa atenção a cada um desses princípios separadamente. Desse modo, pode percorrer a lista toda em treze semanas, e repetir o processo quatro vezes por ano.
Quando passava ao princípio seguinte não esquecia os anteriores, e cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim no retorno àquele princípio dedicava maior atenção e esforço.
Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele. (é triste constatar que até aos dias de hoje nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitirmos que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).
Ao fim de um ano Franklin havia completado quatro cursos, e constatou que já buscava com naturalidade o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.
Este procedimento deu tão certo que Franklin utilizou-o ao longo de toda a sua vida, embora mudando os princípios uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.
Os treze princípios de Benjamin Franklin eram
(Autobiografia de Benjamin Franklin): (tais como escreveu e na ordem que lhes deu)
1. Temperança _ Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
2. Silêncio _ Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
3. Ordem- Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
4. Resolução _ Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
5. Frugalidade _ Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja nada desperdice.
6. Diligência _ Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
7. Sinceridade _ Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
8. Justiça _ A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
9. Moderação _ Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem.
10. Asseio _ Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
11. Tranqüilidade _ Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
12. Castidade _ Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
13. Humildade _ Imite Jesus e Sócrates.
A quantos desejarem experimentá-lo, sugere-se analisarem-se, buscando aquelas deficiências mais comuns e corriqueiras, que sabemos possuir, ou as qualidades que não temos mas que gostaríamos de ter, adaptando o método às necessidades e interesses de cada um. Ao alcançar uma conquista, alterar a meta, buscando por outra, que vão surgindo ao longo do tempo, mas cuidando sempre para que não incorram em recaída.
Este não é o primeiro e nem será o último método inventado, que visa à melhoria das pessoas através da reforma íntima, mas com certeza, nos aponta mais uma alternativa palpável e simples, que está ao alcance de quantos tiverem a coragem e a vontade firme de empreender esta luta íntima na escalada evolutiva.
Não é um caminho fácil. Não existe caminho fácil. Mas é um caminho seguro.
Em _O Evangelho Segundo o Espiritismo_, no capítulo XVII, SEDE PERFEITOS, Allan Kardec escreveu:
_Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações_.
Na Bíblia em _O Novo Testamento_, Tiago em suas epístolas nos adverte: _Fé sem obras é estéril_.
Que Jesus nos ilumine e guie.
Muita paz.
Bibliografia:
1. O Evangelho Segundo o Espiritismo. (Allan Kardec).
2. O Livro dos Espíritos. (Allan Kardec).
3. O Homem Integral.( Divaldo Pereira Franco _ Joanna de Angelis).
4. Autobiografia de Benjamin Franklin.
5. Fundamentos da Reforma Íntima. (Abel Glaser _ Cairbar Schutel)
Florianópolis
18/03/2002
(texto 02 extraido de portal do espírito)
dia cor e amor
beijocas mineiras com carinho no coração
Equipe Educar CVDEE : eqpeducar@cvdee.org.br
Conclusão