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066b – Como educar nossos filhos com relação ao casamento civil e religioso?-conclusão

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
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Estudos destinados à Família e a Educação no Lar

CONCLUSÃO
Comportamento Jovem:
Como educar nossos filhos com relação ao ca samento civil e religioso ?

Bom dia à todos... vou enviar como conclusão de nosso estudo da semana passada, algumas perguntas e respostas do nosso querido José Raul Teixeira o livro Educação para a vida. Retirei somente as questões que tem a ver com o nosso estudo.
1. A base da família é o casamento. Poderíamos dizer que a educação começa com o preparo para o casamento? Qual seria o tempo ideal para o namoro, noivado e casamento?
R - A questão é cíclica, em si mesma, uma vez que educar para o casamento tem a ver com educar para a vida. Dessa forma, os indivíduos deverão ser educados para que saibam viver, e, então, estarão aptas a viver em qualquer contexto, seja no do casamento ou no da profissão ou da vida social etc.
O tempo ideal para o namoro, noivado e casamento seria aquele que permitisse ao casal um melhor apercebimento um do outro, a fim de analisarem-se mutuamente, verificando cada um se está diante de alguém com quem gostaria de viver toda a existência terrena, ou, por outro lado, se acham-se em condições de conviver com as fragilidades, vícios, hábitos e manias do outro, sem atormentar-se e sem atormentar.
2. Qual a função desses três períodos?
R - Encarando essas fases como exigências sociais, que obedecem a essa necessidade que têm os indivíduos de estabelecerem um contato mínimo, antes do matrimônio, propriamente dito, vemos tais fases como propiciadoras desses contatos, desse entrosamento, partindo de um conhecimento mais periférico, que envolve modos, gostos, falas etc, passando por um estágio em que já se vivencia uma intimidade maior no campo das idéias, firmezas e fragilidades da outra pessoa, ocasião em que se deverão por as cartas na mesa, no sentido de se definirem posturas para o casamento, condutas perante a questão profissional, quanto ao trabalho fora de casa, à criação de filhos, ao ajustamento religioso dos filhos em razão das diferenças do par etc. O casamento, contudo, é que, ao longo do tempo, vai coroando esse conhecimento, impondo muitas vezes mudanças de opiniões, de idéias ou de condutas que se tinha com relação à outra parte, amadurecendo o bem-querer ou confirmando os desencontros.
3. Você acha que deveríamos ter nos centros espíritas cursos que preparassem os noivos para enfrentarem a vida de casado, semelhantes aos que encontramos na Igreja Católica?
R. Creio que tudo o que se puder extrair do ensinamento espírita que possa ser de utilidade imedita ou mediata às pessoas, deve ser explorado, sem qualquer dúvida. Contudo, no campo do casamento, temos que convir que não será em um, dois ou três meses de discursos ou leituras bonitos sobre a vida-a-dois, que se logrará educar pessoas que jamais tiveram cuidados consigo mesmas, que nunca pensaram na seriedade da vida, que estão à cata da formalização da convivência sexual. Não resta dúvida de que se podem retirar dessas preparações muitas ilustrações positivas, ensinamentos notáveis, concepções muito felizes, mas, vale verificar que ninguém prepara realmente ninguém para enfrentar a vida de casado, senão ao longo de uma existência de boa vontade e disciplinas.
4. Quanto à questão da preferência religiosa, você acredita que um cônjuge que seja adepto do Espiritismo, ao casar com outro que não o é estará colocando em risco a futura estabilidade do seu casamento?
R - As coisas não se passam bem assim. Sendo maduro o casal, saberá dialogar, preferencialmente naqueles períodos chamados de namoro e noivado, a respeito das suas diferenças posturais perante a fé religiosa como diante de outras situações mais da vida. Se são amadurecidos, de fato, os dois saberão respeitar-se, entender-se, compreendendo que o verdadeiro amor está muito acima das muralhas humanas construídas com os rótulos mais diversos. Caso o casal não tenha essa vivência da maturidade, ainda quando seja da mesma crença religiosa, costuma debater-se em praças escuras de absurdos desentendimentos, marchando, muitas vezes, não só para a desestabilização do casamento, como para a destruição do lar.
18. Como devem proceder as mães frente a uma gravidez de sua filha, fora do casamento? Que tipo de esclarecimento preventivo poderia ser dado aos filhos, para que se evitasse esse tipo de situação?
R - Com muita calma e espírito compreensivo. O fato já está consumado. Toda e qualquer palavra áspera, ofensiva, somente irá piorar a situação. Engravidar não é o problema, quando se tem a cabeça decidida a agir bem. Nada de pensar no aborto, o que só expressaria o orgulho social que impõe ter-se que dar satisfação à vizinhança. Lógico que nenhuma mãe pensou em tornar-se avó dessa forma, no susto ou no choque do inesperado. Contudo, após esfriar a mente, começa-se a pensar no ser que virá ao mundo carecendo de apoio, de ajuda, de roteiro para Deus.
Aconchegue a sua filha que se tornou mãe solteira; como mulher, compreenda-a. Verifique, dentro do seu coração, se suas orientações a sua filha foram maduras ou se estavam cheias de ameaças, de medos, de preconceitos, que eram mais orgulho e vaidade do que, propriamente, esforço educativo.
Que bom que sua filha não abortou...
Ensinar aos filhos e filhas a auto-disciplina, o auto-governo, são excelentes iniciativas para que rapazes e moças, nesses tempos calamitosos do sexo livre e irresponsável, aprendam a cuidar-se mais, a respeitar-se mais e a assumir as responsabilidades decorrentes do uso da sua liberdade.

Um grande abraço à todos.
Equipe CVDEE
Coordenadores: Ivair e Lu
Colaboradores: Marcio e Rosane

Conclusão