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047b – Tema: Família e Carnaval - nosso papo sobre 02
Olá gente.
Continuo enrolada, mas não posso deixar de dar minha opinião sobre esse tema.
Em casa somos espíritas, eu, minha filha de 13 anos e meu menino de 3 anos .
Meu marido nem a sua família não são espíritas, mas também não gostam do carnaval.
Com a primeira qdo. pequena foi fácil. Ela participou de alguns bailinhos na escola e pronto.
Temos o hábito de viajar no carnaval, Ou ir para encontros(meu marido não vai, então, dividimos)
Com o pequeno João está complicado, pois na escola fazem bailes e festas das nações, onde esse
ano mostraram como é o carnaval em todo o Brasil.
É claro que faz parte da Educação fundamental para a formação dele, então, vá lá...
Mas doeu meu coração ver meninas(de 10 à 15 anos), rebolando ops, desculpem dançando
samba, pagode, enfim.
Eu de pequena, fui em alguns bailes com meu pai(não é espírita).
Assim que nasceu meu irmão, mais novo, eu com 11 anos, descobrimos que ele tinha epilepsia.
E depois de muitos anos e conhecendo a doutrina, descobrimos que suas maiores ligações(seus
ataques) se davam na época do carnaval. Minha mãe estudou muito sobre o assunto, pela luz do
espiritismo, e foi aí que se tornou espírita.(Graças a Deus). Ela conta que nessa época é qdo. nossos
irmãozinhos menos esclarecidos, se unem para vir também a nossa festa. Então, não estamos
sozinhos nunca.
Ela acabou me passando um pouco, eu diria muito, do conceito sobre essa festa.
Não consigo ver nada de natural, bom, saudável, feliz.
Não acredito que agora as pessoas tenham transformado a festa no que é hoje.
Para mim ela sempre foi o que é. Só muda a tecnologia. Televisão, computador,
carro ... As festas de antigamente também tinham suas depravações.
Não sou boa historiadora, mas em uma pesquisa rápida na internet, encontrei o
básico da festa.( ret. de www.jt.estadao.com.br/especial/carnaval/historia)
um resumo:
"De onde vem o carnaval
O Carnaval é descendente direto de festas realizadas no antigo Egito em devoção a Osíris. Outros festejos
semelhantes eram realizados na Grécia e também em Roma. Em sua fase moderna, o Carnaval tem origem nas
festas realizadas antes da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa. O nome tem origem na
expressão "carne vale", ou seja, a abstinência de carne e a contrição da Quaresma valem a festa da gula, da
música e do sexo.
Na Idade Média, os franceses comemoravam o Carnaval com sexo e vinho. Em outros países da Europa, as
festas eram embaladas por canções que ironizavam costumes e os governantes. Na Itália, cortejos costumavam
levar um enorme falo por ruas de cidades como Nápoles. O sexo e as batalhas de água, ovos e outras
substâncias de odor forte ajudavam o povo a se divertir."
"www.artes.com/carnaval/historia. : A história do carnaval começa no princípio da nossa civilização, na origem
dos rituais, nas celebrações da fertilidade e da colheita nas primeiras lavouras, às margens do Nilo, há seis mil
anos atrás.Os primeiros agricultores exerciam a capacidade humana, que já nas nas cavernas se distingiuia em
volta da fogueira, da dança, da música, da celebração...
Foram na intenção da Deusa Isis, no Egito Antigo, as primeiras celebrações carnavalescas.Com a evolução da
sociedade grega evoluiram os rituais, acrescidos da bebida e do sexo, nos cultos ao Deus Dionisus com as
celebrações dionisíacas.Na Roma Antiga bacanais, saturnais e lupercais festejavam os Deuses Baco, Saturno e
Pã. A Sociedade Clássica acrescenta ainda uma função política de distenção social às celebrações, tolerando o
espírito satírico, a crítica aos governos e governantes nos festejos. "
Bem, tem muito mais de onde saíram esses.
(Divaldo Pereira Franco, Nas fronteiras da loucura - Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda.)
O ruído atordoante dos instrumentos de percussão incitava ao culto bárbaro do prazer alucinante, misturando-
se aos trovões galopantes enquanto os corpos pintados, semidespidos, estorcegavam em desespero e frenesi,
acompanhando o cortejo das grandes escolas de samba, no brilho ilusório dos refletores, que se apagariam pelo
amanhecer.
Como acontecera nos anos anteriores, aquela segunda-feira de carnaval convidava ao desaguar de todas as
loucuras no delta das paixões da avenida em festa.
Milhares de pessoas imprevidentes, estimuladas pela música frenética, pretendendo extravasar as ansiedades
represadas, cediam ao império dos desejos, nas torrentes da lubricidade que as enlouquecia.
A delinqüência abraçava o vício, urdindo as agressões, em cujas malhas se enredavam as vitimas espontâneas,
que se deixavam espoliar.
As mentes, em torpe comércio de interesses subalternos, haviam produzido uma psícosfera pestilenta, na qual
se nutriam vibriões psíquicos, formas-pensamento de mistura com entidades perversas, viciadas e dependentes,
em espetáculo pandemônico, deprimente.
As duas populações - a física e a espiritual, em perfeita sintonia - misturavam-se, sustentando-se, disputando
mais largas concessões em simbiose psíquica.
Não obstante, como sempre ocorre em situações desta natureza, equipes operosas de trabalhadores espirituais
em serviço de emergência, revezavam-se, infatigáveis, procurando diminuir o índice de desvarios, de suicídios a
breve e largo prazo pelas conexões que então se estabeleciam, para defender os incautos, menos maliciosos,
enfim socorrer a grande mole em desequilíbrio ou pronta para sofre-lhe o impacto.
- O -
Onde a criatura coloque suas aspirações, ai encontra intercâmbio. O homem é o somatório dos seus anelos e
realizações. Enquanto não elabore mais altas necessidades íntimas, demorar-se-á nas permutas grosseiras da
faixa dos instintos primários. Em razão disso, a humanidade padece de carências urgentes nas áreas
rudimentares da vida... Deixando-se martirizar pelos desejos inconfessáveis, ainda não se resolveu por uma
conduta, realmente emocional, que lhe permita o trabalho íntimo de desembaraçar-se das sensações que
respondem pelos interesses grosseiros, geradores das lutas pela posse com a predominância do egoísmo.
Até agora a conquista do belo e a liberação dos vícios têm sido desafios para os espíritos fortes, que marcham à
frente, despertando os da retaguarda, anestesiados na ilusão e agrilhoados aos prazeres aliciantes, venenosos.
Não nos cabe, todavia, duvidar da vitória do amor e do êxito que todos conseguirão hoje ou mais tarde.
fim....
Desculpem, não sei nem se alguém vai ler até o fim esse meu email.
Mas, Acreditem, essa época do carnaval, precisamos de muita prece e muito trabalho no bem.
Não dá para sentar em frente à TV e assistir crianças(sim porque as jovens modelos, nada mais são do
que crianças) sendo usadas, através de seu corpo.
Alguém uma vez disse uma frase: Enquanto houver alguém comprando coisa roubada, porque é mais barato,
haverá gente para roubar. Parece inocente, comprar um toca-fitas no "paralelo", sem nota fiscal, sem exigir a
procedência.
E é assim que eu vejo. Enquanto acharmos algo normal e inocente nesta festa camuflada de obsessão coletiva,
terá gente para matar, se drogar, se prostituir...
Peguei pesado, né?
bjs.
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Elaine...
Eu li sim, seu e-mail até o final... e gostei muito, foi esclarecedor. E também acho que você não pegou pesado, não...
Muito obrigado, Elaine, pela contribuição.
Muita paz !
Rosane.
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Conclusão