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0238 – TEMA: A Família na Sociedade Atual - estudo

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
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Temas destinados à Família e à Educação no Lar


TEMA: A Família na Sociedade Atual
Período: 06.10 a 13.10

Ois, Gente Linda, esperamos que tudo na paz 🙂
Essa semana vamos conversar e refletir um pouquinho no papel da família perante a sociedade e como, na sociedade atual, vivemos a interrelação sociedade e família. 🙂
Não vamos direcionar perguntas específicas,deixaremos o tema para que todos nós coloquemos nossa percepção da correlação família e sociedade; da correlação da importância da família para uma sociedade melhor e para uma sociedade mais evoluida em termos, principalmente, morais; como verificamos a questão familia na sociedade atual, é diferente do passado? Ou não é? Por que? De que forma as mudanças na família refletem as mudanças na sociedade ou vice-versa? Como verificamos essas questões juntos aos nosso filhos, sejam crianças ou adolescentes?
Como sugestão também colocamos para vcs comentarem acerca da seguinte afirmação do texto aí embaixo: ´(...)que a renovação social, prevista para o terceiro milênio, terá de começar pelo fortalecimento da família como solução básica para a sociedade.`
E muitas outras questões que aguardamos vocês exemplificarem, colocarem, exporem, interagirem, tá legal ?:)
Dia cor e amor
beijocas mineiras com carinho no coração
Equipe Educar - CVDEE
Contato: http://www.cvdee.org.br/contato.asp

Texto de Apoio:

A Família na Sociedade Atual

Eliseu F. Mota Júnior

O corpo humano é composto de órgãos, membros, ossos, músculos, articulações e de toda uma fantástica aparelhagem psicossomática, mas a célula é a sua partícula básica, composta de uma vintena de ácidos aminados, formando uma cadeia compacta e dependente de aproximadamente duas mil enzimas específicas. As partes principais da célula são o citoplasma, o núcleo e o DNA, envoltos por uma membrana que mantém a sua coesão. A saúde humana repousa na estrutura molecular, pois toda enfermidade, começando pelo núcleo, progride na medida em que as células vão se reproduzindo.
Algo semelhante ocorre no organismo social. Os indivíduos formam grupos nas escolas, locais de trabalho, clubes, igrejas e outras instituições, mas a família é a célula básica da sociedade, cujo núcleo são os filhos, mantida a sua união pelos laços do casamento. Desse modo, quando ocorre a falência de uma família, suas crianças sofrem o impacto do fracasso e levam adiante o caos social em que estamos mergulhados, pois somente à custa de muito esforço conseguirão evitar a sua própria desventura.
Porém, por incrível que pareça, há filósofos e escritores que pregam o fim do casamento ou que o tratam ironicamente. De fato, como lembrou Washington de Barros Monteiro (Direito de família, Ed. Saraiva, pág. 11), Arthur Schopenhauer, o tristemente famoso _pensador do pessimismo_, dizia que, _em nosso hemisfério monógamo, casar é perder metade dos direitos e duplicar os deveres_. Por sua vez, Somerset Maugham faz dizer, através de um seu personagem, que _o casamento é uma ridícula instituição dos filisteus_. Outro escritor inglês, Aldous Huxley via no matrimônio _um pacto inoportuno e obsceno_, enquanto que Lockridge, da mesma nacionalidade, define o casamento como _uma espécie de funeral, no qual sepultamos uma parte de nós mesmos_.
Como entendemos que a sociedade somente conseguirá o equilíbrio quando a família estiver estruturada sobre bases concretas, alicerçadas pelo casamento, convém estudarmos o assunto à luz da Doutrina Espírita.
Primeiramente, segundo O Livro dos Espíritos (questões 695, 696, 203, 204, 379, 817, 822 e 822 _a_) vemos que o casamento, antes de ser contrário à lei natural, é um progresso na marcha da Humanidade, porquanto o seu fim, como pregam os arautos da união livre ou da produção independente, seria uma verdadeira regressão à vida animal. Com efeito, o estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos, ao passo que o casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e está presente entre todos os povos, se bem que em condições diferentes. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais, lhe dão o exemplo de uniões constantes.
Por outro lado, sabemos que os pais transmitem aos filhos apenas a vida física do corpo, pois a alma é indivisível, de modo que um pai ignorante pode gerar filhos inteligentes e vice-versa. Além disso, como já tivemos muitas vidas e teremos outras tantas, a nossa parentela vai além da que a existência atual nos criou, pois a sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às nossas existências anteriores. Assim se explica, muitas vezes, a simpatia que existe entre nós e certos Espíritos que nos parecem estranhos.
Sendo assim, o Espírito que anima o corpo de uma criança pode ser tão ou mais desenvolvido do que o de um adulto, de modo que apenas a imperfeição dos órgãos infantis o impede de manifestar-se na plenitude da sua potencialidade intelectual, agindo de acordo com o instrumento de que dispõe naquele momento.
Alem disso, é preciso ressaltar sempre e sempre que o homem e a mulher têm os mesmos direitos e obrigações, uma vez que são absolutamente iguais perante Deus, que deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a mesma faculdade de progredir, de forma que a discriminação sexual está totalmente ultrapassada, porque, sendo iguais perante a lei divina, devem ser iguais também perante as leis humanas.
Desse modo, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, embora com funções diferentes, pois é preciso que cada um esteja no lugar que lhe compete, ocupando-se o homem do exterior e a mulher do interior, cada qual de acordo com a sua própria aptidão.
Destarte, qualquer privilégio concedido a um ou a outra é contrário à justiça, valendo consignar que a emancipação da mulher, hoje inegável e irreversível, deverá acompanhar sempre o progresso da civilização, sendo que a escravização feminina, coisa ultrapassada, remonta aos tempos bárbaros. Além de tudo isso, os sexos só existem na organização física, porque os Espíritos podem encarnar como homem ou como mulher, e sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles, de modo que devem sempre gozar dos mesmos direitos.
Diante do exposto, gostaríamos de concluir ressaltando que a renovação social, prevista para o terceiro milênio, terá de começar pelo fortalecimento da família como solução básica para a sociedade.
(http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo449.html)

Conclusão