Educar

008a – Tema : Namoro e Noivado - estudo

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
www.cvdee.org.br
Sala Virtual de Estudos Educar
Estudos destinados à família e educação no lar
08a Namoro e Noivado estudo

Eis, Lindinhos e Lindinhas, esperamos que tudo azul azul com e pra vcs:))

Falamos sobre compromisso afetivo durante a semana passada , não é? reflexões e vivências necessárias ao nosso dia a dia.

Assim, seguindo dentro da linha dos compromissos afetivos, agora nos voltando à futura constituição de um Lar, vamos conversar um pouquinho sobre namoro e noivado? :))


Em O Livro dos Espíritos, item 291, encontramos o seguinte:

291 – Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares?

_ Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões.

Emmanuel, in: Vida e Sexo, assim fala sobre o namoro:

“A integração de duas criaturas para a comunhão sexual começa habitualmente pelo período de namoro que se traduz por suave encantamento.

Dois seres descobrem um ao outro, de maneira imprevista , motivos e apelos para a entrega recíproca e daí se desenvolve o processo de atração.

(...)

Positivada a simpatia mútua, é chegado o momento do raciocínio.

Acontece , porém, que diminuta é, ainda , no Planeta, a percentagem de pessoas , em qualquer idade física, habilitadas a pensar em termos de auto-análise, quando o instinto sexual se lhes derrama do ser.

Estudiosos do mundo, perquirindo a questão apenas no “lado físico”, dirão talvez tão-somente que a libido entrou em atividade com o seu poderoso domínio e, obviamente, ninguém discordará, em tese, da afirmativa, atentos que devemos estar à importância do impulso criativo do sexo, no mundo psíquico, para a garantia da perpetuação da vida no Planeta.

É imperioso anotar, entretanto, em muitos lances da caminhada evolutiva do Espírito, a influência exercida pelas inteligências desencarnadas no jogo afetivo. Referimo-nos aos parceiros das existências passadas, ou, mais claramente, ao Espíritos que se corporificarão no futuro lar, cuja atuação, em muitos casos, pesa no ânimo dos namorados, inclinando afeições pacificamente raciocinadas para casamentos súbitos ou compromissos na paternidade e na maternidade, namorados esses que então se matriculam na escola de laboriosas responsabilidades. Isso porque a doação de si mesmos à comunhão sexual, em regime de prazer sem ponderação, não os exonera dos vínculos cármicos para com os seres que trazem à luz do mundo, em cuja floração, aliás, se é verdade que recolherão trabalho e sacrifício, obterão também valiosa colheita de experiência e ensinamento para o futuro, se compreenderem que a vida paga em amor todos aqueles que lhe recebem com amor as justas exigências para a execução dos seus objetivos essenciais.”

Joanna de Ângelis, in: Adolescência e Vida, assim fala sobre o namoro:

(...)

O namoro é uma necessidade psicológica, parte importante do desenvolvimento da personalidade e da aprendizagem afetiva dos jovens, porquanto, na amizade pura e simples são identificados valores e descobertos interesses mais profundos, que irão cimentar a segurança psicológica quando no enfrentamento das responsabilidades futuras.

Trata-se de um período de aproximação pessoal, de intercâmbio emocional através de diálogos ricos de idealismo, de promessas – que nem sempre se cumprem, mas que fazem parte do jogo afetivo – e sonhos, quando a beleza juvenil se inspira e produz.

(...)

O recato, a ternura, a esperança, o carinho e o encantamento constituem as marcas essenciais desses encontros abençoados pela vida. As dificuldades parecem destituídas de significado e os problemas são teoricamente de soluções muito fáceis, convidando à luta com que se estruturam para os investimentos mais pesados do futuro.

(...)

Quando o namoro derrapa em relacionamento do sexo, por curiosidade e precipitação, sem a necessária maturidade psicológica nem a conveniente preparação emocional, produz frustração, assinalando o ato com futuras coarctações, que passam a criar conflitos e produzir fugas, gerando no mundo mental dos parceiros receios injustificáveis ou ressentimentos prejudiciais.

Não raro esses choques levam a práticas indevidas e preferências mórbidas, que se transformam em patologias inquietantes na área do comportamento sexual.

É natural assim suceda, porque o sexo é departamento divino da organização física, a serviço da vida e da renovação emocional da criatura, não podendo ser usado indiscriminadamente por capricho ou por mecanismos de afirmação da polaridade biológica de cada qual.

O indivíduo tem necessidade de exercer a função sexual, como a tem de alimentar-se para viver. Não obstante essa função, porque reprodutora, traz antecedentes profundos fixados nos painéis do Espírito, arquivados no inconsciente, que não interpretados corretamente se encarregam de levá-lo a transtornos psicóticos significativos.

O período do namoro, portanto, é preparatório, a fim de predispor os adolescentes ao conhecimento das suas funções irgânicas, que podem ser bem direcionadas e administradas sem vilania, mantendo o alto padrão de consciência em relação ao seu uso.

(...)

Paulo R. Santos, in: Adolescente , mas de passagem, aborda em um dos capítulos:

Uma das experiências mais gratificantes da adolescência é o namoro. Uma forma de compartilhar emoções e ideais, de dividir angústias e esperanças. É um ensaio para a vida afetiva mais plena, ou pelo menos deveria ser, pois o jovem não distingue ainda muito bem a diferença entre gostar e amar. Em alguns casos envolve-se sexualmente com a namorada ou namorado, não conseguindo relacionar muito bem, por exemplo, sexo com gravidez. Seja por influência dos meios de comunicação, seja por pura desinformação ou mesmo irresponsabilidade, tais experiências costumam ser mais traumatizantes do que prazeirosas, comprometendo muitas vezes toda a existência terrena.

(...)

Para o adolescente, o namoro é a oportunidade de Ter as primeiras experiências no campo da sexualidade. O abraçar, beijar e acariciar são sensações que lhe trazem prazer, mesmo que o afeto não seja ainda preponderante. Alguns estudiosos do comportamento humano chamam nossa atenção para o fato de que entre os catorze e dezessete, dezoito anor, há muito mais impulso sexual que afeto. É uma fase de instinto sexual, sem direção determinada.(...) Passados esses anos um pouco turbulentos, surge o erotismo. Um período em que o desejo sexual passa a ser dirigido não mais a qualquer um do sexo oposto, mas àqueles com determinadas características. O desejo sexual começa a sofrer a influência do afeto. (...)

Dentro dessa visão, que se coloca em paralelo com a ótica espírita, o afeto vai se tornando cada vez mais seletivo, até fixar-se numa determinada pessoa que, normalmente, será sua companhia por aquela jornada terrena, quando não seja um Espírito extremamente afim, que se reencontra para a continuidade da vida.(...) Nesse contexto, não se deve tratar as primeiras experiências afetivas como um passatempo, pois ninguém lesa ninguém no campo íntimo sem criar comprometimentos perante as leis divinas. Portanto, o namoro é coisa séria.

(...)
Assim, vamos papear um cadinho? : ))

01) O que é o namoro? Qual sua base e qual sua consequência?Justifique.
02) Qual a postura, como espíritas, quanto ao namoro?
03) De que forma devemos ou podemos orientar nossos filhos com relação ao namoro?
04) Como, aqueles pais e mães divorciados, devem se posicionar perante os filhos quanto a novos namoros(dos pais)?
05) Como devemos entender e orientar quanto ao “ficar” tão em moda atualmente?
06) Hoje em dia, comum é verificarmos que o namoro vem acompanhado da vida sexual ativa entre os jovens(e entre adultos tb), inclusive sendo mostrado como padrão de comportamento na mídia, qual a postura que devemos ter? Como orientar?
07) Comente como entende , qual sua postura, qual sua compreensão face à Doutrina Espírita, sobre o namoro.

Vamos estudar juntos? :)))
Lembrando que vc pode participar respondendo às questões propostas, fazendo comentários , trazendo textos, fazendo sua pergunta, dirimindo sua dúvido; enfim, dentro do tema proposto, pode participar conforme melhor lhe seja, ok?:)

Dia repleto de paz e amor
Beijocas mineiras e abraços com carinho no coração
Equipe Educar - CVDEE


Conclusão