O Livro dos Espíritos

113 – Sacrifícios

LE113 - Estudo Sintetico do Livro dos Espiritos
LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec. Da Lei de Adoração
Parte Terceira. Capitulo II. Pergunta 669 a 673 .
Tema: Sacrifícios

a) Na alta antiguidade havia a prática de sacrifícios
humanos, que foram levados a faze isto por nao compreenderem
Deus como sendo fonte da bondade. Nestes povos antigos a
materia prevalecia e impunha-se sobre o espirito; eles se
entregavam aos instintos animais e por isto crueis.

b) Os sacrificios de animais precederam os sacrificios
humanos.

c) Estes sacrificios nao se originavam de sentimento de
crueldade, mas de uma falsa concepcao do que seria agradavel
a Deus, e com o tempo os homens cometeram abusos, imolando
os inimigos. De mais Deus nunca exigiu sacrificios, sejam de
animais ou de homens, pois ele nao pode ser honrado com a
destruiçao de suas criaturas.

d) Deus julga a intençao. Os homens ignorantes podem crer
que faziam um ato louvavel a Deus ao imolar um de seus
semelhantes, e neste caso Deus atentaria para o pensamento e
nao para o fato.

e) Com relaçao às chamadas guerras santas, estes povos sao
impulsionados pelos maus espiritos. Fazendo guerra aos
semelhantes, vao contra Deus, que manda ao homem amar ao
próximo como a si mesmo.

f) Deus sempre julga a intençao. Fazer sacrificios com
frutos da terra pode até ser mais meritorio, mas tudo é
intençao. Uma prece dita do fundo do coraçao é cem vezes
mais agradavel a Deus que todas as oferendas que pudesse
fazer. A intençao é tudo, o fato, nada.

g) Deus abençoa sempre os que praticam o bem. Deus nao
aprova cerimonias. O homem que se prende a exterioridade e
nao ao coraçao é um espirito de vista extreita.

PERGUNTAS PARA ESTUDO E DEBATE VIRTUAL

1) Como se explicam os sacrificios que eram praticados com o objetivo de agradar a Deus?

2) Podemos aceitar como justificáveis esses sacrifícios?

3) Pode uma guerra ser considerada agradável a Deus, notadamente quando feitas em seu nome?

4) Qual a melhor forma de agradar a Deus?

Conclusão

LE113 - Estudo Sintetico do Livro dos Espiritos
LIVRO DOS ESPIRITOS- Allan Kardec. Da Lei de Adoração
Parte Terceira. Capitulo II. Pergunta 669 a 673 .
Tema: Sacrifícios

Conclusão
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1) Como se explicam os sacrificios que eram praticados com o objetivo de agradar a Deus?

R - Esses sacrifícios eram praticados porque o homem tinha uma compreensão equivocada a respeito da Divindade. A predominância da matéria sobre o espírito era ainda mais acentuada do que hoje, o que fazia com que prevalecesse o instinto sobre a razão. O senso moral ainda não se achava desenvolvido. Acreditavam que, aos olhos de Deus, agradava o sacrifício de um ser vivo. No início, o sacrifício atingia os animais; depois, passou-se a sacrificar os próprios homens, pois acreditavam que o valor do sacrifício era proporcional à importância da vítima.

2) Podemos aceitar como justificáveis esses sacrifícios?

R - Esses sacrifícios jamais podem ter sido considerados justificáveis. No entanto, Deus julga mais pela intenção do que pelo ato em si. Compreende que esses sacrifícios eram ditados mais pela ignorância do que pelo sentimento de crueldade. O estado de ignorância em que se encontravam aqueles homens os levava a acreditar que praticavam um ato louvável ao imolar seus semelhantes. À medida que foram se melhorando, compreenderam o equívoco e o quanto injusticável era aquela prática.

3) Pode uma guerra ser considerada agradável a Deus, notadamente quando feitas em seu nome?

R - A guerra sempre contraria a vontade de Deus. Mesmo as chamadas "guerras santas", aquelas praticadas em seu nome, por motivos religiosos, contrariam o mandamento divino que determina o amor ao próximo como a si mesmo. Deus quer que o ame e que seus mandamentos sejam obedecidos qualquer que seja a religião. De modo algum lhe agrada a guerra motivada por diferenças religiosas. Deus quer ser adorado por todas as religiões, independente da denominação que se lhe dêem e da visão que têm a seu respeito.

4) Qual a melhor forma de agradar a Deus?

R - Fazer o bem. Esta a melhor forma de agradar a Deus. É minorar os sofrimentos dos semelhantes. As cerimônias praticadas para lhe dirigir um prece não o desagrada. Porém, agrada mais a Deus empregar os recursos espirituais e materiais de modo mais útil, com simplicidade. Deus atende mais ao fundo do que à forma.