E a vida continua

021 – Capítulo 21 – Retorno ao passado

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo – CVDEE

Sala de Estudos André Luiz

Livro em estudo: E a vida continua (Editora FEB)

Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier

Tema: Capítulo 21 – Retorno ao passado


As advertências de Ribas e a presença de Evelina, a curta distância, foram argumentos que constrangeram Fantini a revigorar no autocontrole.
Finda a longa crise de lágrimas, ante a surpresa que situava a senhora Serpa, em nova posição, no mun­do de sua alma, reconhecia-se outro. Sofrera modifi­cações nos mais recônditos mecanismos da mente. A exposição de Desidério, franca e livre, sacudindo-o para reconhecer a extensão de suas próprias fraquezas, aba­tera-lhe o orgulho; no entanto, clareava-lhe as entra­nhas do coração para buscar vida nova. Não obstante algo atordoado, soergueu-se do chão e arrastou-se até ao local em que a moça o esperava.
Entretinha-se Evelina em amistosa conversação com desencarnados doentes, que visitavam o sítio, sob a vigilância de enfermeiros atentos, em busca das ema­nações nutrientes do mar.
Avistando, porém, o amigo que se aproximava, cambaleante, pôs-se-lhe correndo ao encontro.
— Oh! Ernesto, porque fatigado assim? — excla­mou inquieta, ao mesmo tempo que o auxiliava a sentar­-se na areia.
Ele não relutou em recolher-lhe o apoio e, tão logo a viu acomodar-se rente, colocou a cabeça entre as mãos, num gesto de quem sentia dificuldade para car­regar o pensamento em fogo e tartaniudeou, chorando:
— Ah! Evelina, Evelina!... Concordo agora em que somos dos mortos que não tiveram as orações dos vivos... Ai de mim!... Os corações que eu mais amava se fecharam para sempre com a pedra que decerto me selou os restos físicos... Torno de minha casa, como um réprobo!... Oh! meu Deus!... meu Deus!...
Empenhou-se a companheira a reconfortá-lo, re­memorando a sua própria experiência de horas antes, mas o desolado amigo contraditou em profundo aba­timento:
— Não, não!... Você foi vítima de ingratidão, ao passo que recebi a condenação que mereci...
Você ga­nhou o insulto, a mim coube o castigo!...
Ernesto ansiava rebentar-se em notícias do suce­dido, confiar-lhe as revelações que passara a senhorear: todavia, escasseavam-lhe as forças. Apenas o pranto a deslizar-lhe em ondas.
Em poucos momentos, no entanto, a perplexidade e a aflição de ambos se viram atenuadas com a vinda do carro voador, que se transportara da Via Anchieta à Praia do Mar Casado, onde se achavam, a fim de conduzi-los a São Paulo.
Ribas escutara as súplicas do pupilo torturado e expedira ordens de caráter urgente para que os dois tutelados do Instituto de Proteção obtivessem imedia­ta cobertura.
Evelina escorou o companheiro e instalou-o no veí­culo que se alçou a grande altura. Por mais tentasse palestra, não colhia dele senão monossílabos. Fantini silenciara, evidenciando, porém, através do olhar triste e esgazeado, o vulcão de sentimentos contraditórios que lhe explodia no peito.
Alguns minutos de voo e, atendendo-se a instru­ções de Ribas, foram os dois viajores internados, em departamento de repouso de uma das casas espíritas­-cristãs, que honorificam a vida paulistana, onde Er­nesto começou a receber os cuidados precisos, a fim de desvencilhar-se do trauma de que fora acometido.
Convenientemente amparado, através de recursos magnéticos, em círculo de oração, acalmou-se para re­fazimento, sob a assistência da companheira e, então, rearmonizadas as energias, perguntou ele à amiga, com inflexão de infinita amargura:
— Evelina, seu pai tinha o nome de Desidério dos Santos e seu padrasto é Amâncio Terra?
— Sim. Meu nome inteiro é Evelina dos Santos Serpa.
Ernesto não vacilou. Compreendeu que devia à jovem senhora uma confissão integral da própria vida e transferiu-se da idéia à ação, começando pelas me­mórias do casamento com Elisa.
E, à frente do es­panto da companheira, embora pinceladas a traços li­geiros, as cenas do pretérito se desdobraram, uma por uma... A aproximação com Desidério, desde a meni­nice; o conhecimento superficial com Brígida, com quem se avistara poucas vezes; a amizade com Amâncio, que sempre teimara em se conservar solteiro; as visitas fre­quentes de Desidério ao seu lar, que ele, Fantini, não retribuia; a atração que o visitante exercia sobre Elisa, a esposa que amara ardentemente; os ciúmes com que os via se abeirarem um do outro; o plano de liquidar o amigo, a quem passara a detestar; o despeito silencioso, que lhe envenenara os sentimentos; a caçada funesta, o tiro intencional que disparara e as outras detonações que ouvira; a morte de Dedé e os remorsos da existência inteira... E, por fim, descreveu, passo a passo, as ocorrências do retorno ao lar, desde o instante em que registrara as afrontas da esposa obsessa até a última declaração de Desidério, que o deixara aniquilado...
Evelina vasculhava inutilmente a cabeça, procuran­do expressões que lhe patenteassem o assombro. Não que a narrativa a afastasse do amigo, a quem consa­grava respeitoso e enternecido amor. Estranhava, sim, o drama complexo de que eram protagonistas, sem sa­ber. Surpreendia-se com os meandros da peça que o grupo representava. A par disso, acusava-se absorvida por extremada compaixão, perante os conflitos íntimos de todos os seus aliados de tragédia familiar, sentindo-se, aliás, dentre eles, a menos atingida pela dor. Contemplou Ernesto e chorou...
Ao vê-la em silêncio, curtindo dignamente as do­lorosas impressões que lhe azorragavam a alma, inqui­riu ele, ansioso:
— Você também me acusa?
— Oh! Ernesto, estimamo-nos sempre mais... Sou eu, sua irmã, quem lhe pede perdão por meu pai que tomou sua casa, indevidamente...
E Fantini, mais comovido:
— Não, ele nada furtou... Protegeu a mulher e a filha que desprezei... E se falamos de escusas, sou eu quem roga tolerância para minha filha que se lhe apossou do marido...
— Não, não!... — foi a vez da interlocutora jus­tificar a jovem — estou compreendendo que Vera che­gou ao meu caminho por benfeitora, ela propiciou a Caio a segurança que não lhe pude dar...
— Evelina — acentuou o companheiro, um tanto aliviado —, tenho hoje a ideia de que só pela vida de­pois da morte logramos desmanchar os enganos terrí­veis que acalentamos na existência terrena.
Ela aprovou e mantiveram-se em doce tête-à-tête, quando, por fim, Ernesto conseguiu conciliar o sono, dando-lhe oportunidade para retirar-se, em busca de ligeiro descanso.
Amanhecia...
No horário estabelecido para a volta, o veículo re­colheu-os, de retorno.
A senhora Serpa ardia em desejos de rever o pai; no entanto, o amigo julgava prudente não viesse a fazê-lo sem maior preparação. Ambos se reconheciam melhorados, quase refeitos, tanto assim que em via­gem, qual ocorria com os demais passageiros, debatiam temas fundamentais da existência, quais sejam o amor, a reencarnação, o lar, o imperativo do sofrimento...
Reinstalados na estância em que se domiciliavam, continuaram sonhando o futuro. Juntos conversavam. Juntos planeavam.
Não seria mais que desejável o renascimento de Túlio, entre Caio e Vera, cujo matrimônio lhes compe­tia favorecer? Generosa, lembrava-se Evelina do pai sofredor e acentuava que, se pudesse e se as circuns­tâncias permitissem, estimaria trabalhar igualmente para que o genitor revoltado aceitasse a reencarnação, a fim de esquecer, esquecer...
Ela e Fantini maravilhavam-se agora de como que­riam tempo e mais tempo para os entes amados no mundo. Orariam por eles. Suplicariam a Deus lhes prolongasse a existência no mundo físico, no interesse da equipe familiar e deles mesmos. A senhora Serpa ja imaginava contemplar Mancini, no ambiente de Caio, para que se reconciliassem, e Ernesto concordava em que se fazia mister analisar a conveniência de uma aproximação, entre Amâncio e Desidério, a fim de que lhes fôsse concedido transfigurar aversão em simpa­tia e discórdia em união. Sonhavam, sonhavam.
Decorridos dez dias sobre o primeiro regresso a São Paulo, quando ambos já se admitiam plenamente refeitos, solicitaram audiência com Ribas, de modo a expor-lhe as ideias novas e comentar os acontecimentos havidos.
O mentor acolheu-os com a lhaneza de hábito, ouviu-lhes atenciosamente os projetos; entretanto, com sur­presa para os dois visitantes, sintetizou as respostas que ambos preferiam fôssem mais longas:
— Meus caros, quando as súplicas de nosso Fantini chegaram até nós, não sômente promovemos o socorro preciso como também solicitámos anotações de todos os eventos familiares de que se vêem partícípes. Sabemos agora, em documentação adequada, tudo aquilo de que se informaram. Quanto aos nossos deveres de ordem moral, já nos entendemos aqui suficientemente em dila­tadas entrevistas. Orientação, possuímos. Como é fácil de entender, alcançamos a faixa da ação plena no traba­lho espiritual, que vocês, aliás, reclamaram, por reiteradas vezes.
— Será justo continuar agindo, em favor dos nos­sos? — indagou Ernesto, no sincero propósito de acertar.
— Obrigação, meu amigo, isto é nossa obrigação —declarou Ribas —, os que conhecem precisam auxiliar os que ignoram e não apenas auxiliar simplesmente, mas auxiliar com muito amor.
— Acaso, ser-nos-á lícito mentalizar reencarnações para Mancini e meu pai, em futuro próximo? — aba­lançou-se a dizer Evelina, tímida.
— Como não, minha filha? para isso, contudo, é indispensável estabelecer dados concretos, com planeja­mento exato. Sem dúvida, somos uma família só, pe­rante a Divina Providência, e estamos todos interligados, com o dever da assistência mútua. A evolução é a nossa lenta caminhada de retorno para Deus. Os que mais amam vão à frente, traçando caminho aos seus irmãos.
— Estimaríamos alguma indicação, algum conselho para começar — aventou Fantini, evidenciando a preo­cupação de quem não desejava ser importuno.
O orientador resumiu:
— Estamos com esclarecimentos de dez dias pas­sados. Enviarei observador imparcial ainda hoje a São Paulo, para conhecer as condições gerais dos irmãos im­plicados no assunto, ao passo que vocês dois, amanhã mesmo, poderão visitar o sul paulista, buscando o neces­sário contacto com os familiares que ainda não pude­ram rever. De volta, amanhã à noite, entraremos em estudos produtivos, de vez que disporemos de elementos esclarecedores, atuais e corretos.
O entendimento foi encerrado.
No dia seguinte, em condução regular da cidade espiritual para o mundo físico, os dois amigos atingiram a cidade, em cujos arredores Amâncio edificara o ninho doméstico.
Seguida por aquele que se lhe fizera irmão e ben­feitor inseparável, Evelina transpôs os umbrais da an­tiga residência.
E foi um doce voltar aos dias da meninice... Pa­recia-lhe estar regressando sequiosa de afeto ao domicílio solarengo, como nos tempos da juventude, quando se lhe abriam as férias escolares. Além, o pomar farto; aqui, a porteira vestida de trepadeiras silvestres. .. Mais al­guns passos, o pátio enorme, espraiando-se na direção dos largos terreiros de tratamento do café... Apoiando-se no braço do amigo, a moça caminhou até à porta de entrada, sob o império das reminiscências que lhe senho­reavam a alma... Atravessou-a com o enternecimento de quem penetra um local profundamente sagrado ao coração... O mesmo ambiente revestido de paz; a sala de visitas com o velho mobiliário que lhe falava tão alto à lembrança; o relógio de parede que a genitora se orgulhava de haver recebido dos avós; os tapetes em peles dos bracaiás que Amâncio abatera, nos seus áureos tem­pos de caçador, quando de várias incursões em Mato Grosso; o lustre de cinco lâmpadas a penderem do teto e o piano em que tantas vezes acompanhara, extasiada, os ágeis dedos maternos, nas interpretações de Chopin...
Uma surpresa banhou-a de júbilo. Na parte su­perior do instrumento, ao lado de esquecidas composi­ções musicais, jazia uma foto que a retratava na ju­ventude e, junto a essa recordação de família, uma rosa desbotada lhe comunicava a ternura materna.
A moça correu para a varanda lateral, em que Amâncio e a esposa costumavam descansar, após as re­feições, e ali os encontrou em serena palestra, cada qual em sua poltrona. Então, dominada por indizível emoção, ajoelhou-se diante da genitora, em cujo rosto descobria mais rugas, emolduradas por mais amplas faixas de ca­belos brancos, e depondo a cabeça em seus joelhos, cho­rou convulsivamente como o fazia nas contrariedades e caprichos da infância.
Dona Brígida não lhe registrou a presença, em sen­tido direto; entretanto, parou o olhar cismarento no arvoredo próximo, sentindo, de súbito, intraduzíveis sau­dades da filha. Represaram-se-lhe lágrimas que não che­gavam a cair... “Que vontade de rever minha querida Evelina!...” E esta, que lhe captava os pensamentos. respondia: “Mamãe! Mãezinha, eu estou aqui!...”
Escoados alguns minutos de silêncio, o dono da casa, que ainda se achava sob a curiosa observação de Er­nesto a examinar nele os estragos do tempo, endereçou expressivo olhar à companheira e indagou:
— Porque parou a conversa, meu bem? pensando em quê?...
Carregava-se-lhe a voz da gentileza característica do homem que não se permite deteriorar a devoção pela mulher depois do casamento, surpreendendo Fantini pela delicadeza com que se vazava.
— Não sei explicar, Amâncio — anotou Brígida —, mas venho sentindo imensas saudades de nossa filha... Dois anos de ausência...
E mais concentrada:
— Porque haveria de partir, assim tão cedo?...
— Tolinha! — objetou o marido com admirável des­velo — o irremediável pede esquecimento, o passado não volta...
— Creio, porém, que haverá outra vida, na qual se encontrarão os que muito se amaram neste mundo...
— Os filósofos dizem isso, mas os homens práticos afirmam, e com razão, que nada se conhece dos finados, além da certidão de óbito...
Nesse momento, Ernesto tateou-lhe a cabeça com uma das mãos, como a pesquisar-lhe as elucubrações imanifestas, e identificou-lhe cravadas na memória as cenas vivas do assassínio de Desidério, profundamente bloqueadas nos escaninhos da mente; no entanto, algo lhe dizia no íntimo que lhe não era lícito convocar o espírito do companheiro a qualquer estado negativo, absolutamente inútil, quando tudo lhe fazia crer que Amâncio se transformara num esteio de trabalho respei­tável para famílias numerosas.
Via-o, ali, não sômente devotado e terno para com a mulher que lhe fora vítima, porqüanto era fácil adivi­nhar-lhe igualmente a condição de administrador esti­mado e digno, através dos empregados tranquilos e fe­lizes que se lhe aglomeravam, em derredor da casa.
Além disso, pensava, porque haveria de acusá-lo, se ele, Ernesto, apenas não exterminara Desidério por falta de pontaria? Perante Deus e a própria consciência não seria tão criminoso quanto o amigo que tivera a infelicidade de atingir o alvo?
Semelhantes reflexões escaldavam-lhe a cabeça, quan­do escutou Evelina que se queixava, em pranto, para o coração materno:
— Oh! Mãezinha, sei agora que meu pai erra nas sombras da alma!. .. Transformou-se num Espírito em­pedernido no ódio... Que poderemos fazer nós duas para ajudá-lo?
Até aí, a mente de Brígida, fundamente distanciada de qualquer preocupação com o primeiro esposo, nada pôde registrar em sentido direto, senão doloroso e vago impulso de retorno ao passado, sem permitir que a ima­gem de Desidério se lhe imiscuísse na lembrança, mas a filha insistiu:
— Auxilie, Mãezinha, auxilie meu pai para que volte à vida terrestre!... Quem sabe? A senhora e meu pai Amâncio vivem quase sós nesta casa!... Um me­nino! um filho do coração!...
Nesse trecho da súplica filial, a genitora deixou-se empolgar pela ideia de que estavam, ela e o segundo esposo, envelhecendo no corpo físico, sem qualquer des­cendente, e que uma criança perfilhada por eles seria talvez um apoio para o futuro.
Ao contacto das palavras de Evelina, cresceram-lhe os pensamentos nessa direção e passou a refletir, refle­tir... Um menino!... Alguém que lhes povoasse a existência de esperanças novas, alguém que lhes con­tinuasse a sustentação dos ideais de trabalho naquele diminuto recanto de solo!...
Movida pelo entusiasmo da filha que lhe assimilava os pensamentos de adesão ao tema fundamental da mensagem de alma para alma, Brígida sondou o com­panheiro:
— Amâncio, muitas vezes penso em nossa velhice solitária, com tantas possibilidades em mão... Não concordaria você em que tomássemos um garoto para ser o filho que não temos?
— Que idéia! Em nossa idade?
— Não somos tão velhos...
— Ora, Brígida, era o que faltava! Você não acha esquisito terminarmos a vida fazendo mamadeira para criança?
— E se for o contrário? Deus poderá conceder-nos dilatado tempo ainda na Terra... E se deixás­semos aqui um bravo rapaz, que nos administrasse a fazenda, dando continuidade à nossa organização?
Não tenho o seu otimismo — apontou o marido, com generosidade e carinho a lhe transbordarem da voz —, mas sempre admirei os seus caprichos. Não me oponho aos seus desejos, mas exijo que seja um homen­zinho, que venha para cá ao nascer, sem que os pais nos incomodem e que chore pouco... Tudo isso, desde que você nada reclame da trabalheira...
— Oh!... Amâncio, que alegria!...
Ante o júbilo da esposa que se transfigurara, feliz, o interlocutor sentiu misteriosa ventura acariciando-lhe as entranhas do ser. Levantara-se Evelina e avançara para ele, osculando-lhe os cabelos agrisalhados, ao mes­mo tempo em que lhe estendia a destra sobre o tórax, qual se lhe afagasse o coração.

QUESTÕES PARA ESTUDO E DIÁLOGO VIRTUAL

1) De que modo Ernesto recebeu socorro após o choque de toda a trama desvendada de sua última encarnação?
2) O que fez com que Ernesto e Evelina desejassem que seus familiares ficassem longo período reencarnados?
3) Que recurso Evelina pensava como forma de reequilíbrio moral para Desidério?
4) O estudo deste período traz uma boa reflexão sobre como os Espíritos podem nos influenciar. Alguma dúvida?

Estudo complementar:

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
— Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito freqüentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?
— Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto, e frequentemente bastante contraditórios. Pois bem, nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.

461. Como distinguir os nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?
— Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso.
De resto, não há grande interesse para vós nessa distinção e é frequentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente; se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade; se tomar o mau caminho, sua responsabilidade será maior.

Um abraço fraterno,
Equipe André Luiz

Conclusão

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo – CVDEE

Sala de Estudos André Luiz

Livro em estudo: E a vida continua (Editora FEB)

Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier

Tema: Capítulo 21 – Retorno ao passado


CONCLUSÃO

1) De que modo Ernesto recebeu socorro após o choque de toda a trama desvendada de sua última encarnação?
Ernesto foi conduzido a uma casa espírita em São Paulo onde recebeu “recursos magnéticos” e prece. Podemos deduzir que esse recurso magnético pode ter vindo através do passe ou pela vibração elevada do ambiente em que ele se encontrava.

2) O que fez com que Ernesto e Evelina desejassem que seus familiares ficassem longo período reencarnados?
Ernesto e Evelina renovaram seu entendimento em relação aos familiares. Não se deixando mais vitima egoísmo, compreenderam que era importante que seus familiares permanecessem o maior tempo possível encarnados para conseguirem se reconciliarem e repararem os erros cometidos.

3) Que recurso Evelina pensava como forma de reequilíbrio moral para Desidério?
Interessada no restabelecimento do pai, Evelina via a reencarnação com modo de Desidério esquecer o ódio e recomeçar em nova oportunidade.

4) O estudo deste período traz uma boa reflexão sobre como os Espíritos podem nos influenciar. Alguma dúvida?
Através deste capítulos vimos que a influencia dos Espíritos acontece pelo pensamento.


Estudo complementar:

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
— Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito freqüentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?
— Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto, e frequentemente bastante contraditórios. Pois bem, nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.

461. Como distinguir os nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?
— Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso.
De resto, não há grande interesse para vós nessa distinção e é frequentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente; se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade; se tomar o mau caminho, sua responsabilidade será maior.

Um abraço fraterno,
Equipe André Luiz