Mecanismos da Mediunidade
09c – Cérebro e energia (III)
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Cérebro e energia
(III)
CORRENTE DO PENSAMENTO — Sendo o pensamento força sutil e inexaurível do Espírito, podemos categorizá-lo, assim, à conta de corrente viva e exteriorizante, com faculdades de auto-excitacão e autoplasticização inimagináveis.
À feição do gerador «shunt», se a mente jaz desatenciosa, como que mantendo o cérebro em circuito .aberto, forma-se, no mundo intracraniano, reduzida força mentocriativa que não determina qualquer corrente circulante no campo individual: mas, se a mente está concentrada, fazendo convergir sobre si mesma as próprias oscilações, a força mentocriativa gerada produz uma corrente no campo da personalidade que, a seu turno, provoca a formação de energia mental de sentido análogo àquele em que se exprime o magnetismo de resíduo, dilatando o fluxo até que a força aludida atinja o seu valor máximo, de acordo com a resistência do campo a que nos referimos.
Surpreendemos, nessa fase, o mesmo fenômeno de elevação da voltagem no gerador elétrico, porqüanto, no cosmo fisiopsicossomático, a corrente mentocriativa se alteia até o ponto de saturação, do qual se alonga, com menor expressão de potencial, no rumo dos objetivos a que se afeiçoe, conforme a linha do desejo.
NEGAÇÃO DA CORRENTE MENTAL — Sempre que a corrente mental ou mentocriativa não possa expandir-se, tal negação se filia a causas diversas, das quais, como acontece na máquina “shunt”, assinalamos as mais expressivas:
1) Ausência de magnetismo residual, em se tratando de cérebros primitivos, isto é, de criaturas nos primeiros estágios do pensamento continuo, no reino hominal, ou de pessoas por largo tempo entregues a profunda e reiterada ociosidade espiritual.
2) Circuitos mentais invertidos, em razão de monoideísmo vicioso, na maioria das vezes agravado por influências obsessivas.
3) Deficiência da aparelhagem orgânica, por motivo de enfermidade ou perturbações temporárias, oriundas do relaxamento da criatura, no trato com o próprio corpo.
Conclusão