Mecanismos da Mediunidade
07b – Analogia de circuitos (II)
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Analogia de circuitos
(II)
NECESSIDADES DA SINTONIA — Não se veja em nossas assertivas qualquer tendência à inutilização da vontade do médium, com evidente desrespeito à personalidade humana, inviolável em seu livre arbítrio.
Anotamos simplesmente as necessidades da sintonia, no trabalho das Inteligências associadas para fins enobrecedores, porque, em verdade, os médiuns trazidos ao serviço de reflexão do Plano Superior, quer nas obras de caridade e esclarecimento, quer nas de instrução e consolo, precisarão abolir tudo o que lhes constitua preocupações-extras, tanto no que se refira à perda de tempo quanto no que se reporte a interesses subalternos da experiência vulgar, sustentando-se, por esforço próprio e não por exigência dos Espíritos Benevolentes e Sábios, em clima de responsabilidade, alegremente aceita, e de trabalho voluntário, na preservação e enriquecimento dos agentes condutores da sua vida mental, no sentido de valorizar a própria cooperação, com fé no bem e segura disposição ao sacrifício, no serviço a efetuar-se.
Naturalmente, estudamos, no presente registro, a mediunidade em ação construtiva e não o fenômeno mediúnico, suscetível de ser identificado a cada passo, inclusive nos problemas obscuros da obsessão.
DETENÇÃO DE CIRCUITOS — Cabe considerar que as analogias de circuitos apresentadas aqui são confrontos portadores de justas limitações, porqüanto, na realidade, nada existe na circulação da água que corresponda ao efeito magnético da corrente elétrica, como nada existe na corrente elétrica que possa equivaler ao efeito espiritual do circuito mediúnico.
Recorremos às comparações em foco apenas para lembrar aos nossos companheiros de estudo a imagem de “correntes circulantes”, recordando, ainda, que a corrente líquida, comumente vagarosa, a corrente elétrica muito rápida e a corrente mental ultra-rápida podem ser adaptadas, controladas, aproveitadas ou conduzidas, não podendo, entretanto, suportar indefinida armazenagem ou detenção, sob pena de provocarem o aparecimento de charcos, explosões e rupturas, respectivamente.
CONDUÇÃO DAS CORRENTES — Na distribuição prestante das águas, no circuito hidráulico, são necessários reservatórios e canais, represas e comportas, em edificações adequadas.
Na aplicação da corrente elétrica, em circuitos correspondentes, não podemos prescindir, como na administração da força eletromotriz, de alternadores inteligentemente estruturados, para a dosagem de correntes e voltagens diversas, com a produção de variadas utilidades.
E no aproveitamento da corrente mental, no circuito mediúnico, são necessários instrumentos receptores capazes de atender às exigências da emissão, para qualquer serviço de essência elevada, compreendendo-se, desse modo, que a corrente líquida, a corrente elétrica e a corrente mental dependem, nos seus efeitos, da condução que se lhes imprima.
QUESTÕES PARA ESTUDO
1) Quais as orientações fornecidas por André Luiz para que o médium possa melhorar sua sintonia com o Plano Superior?
2) A que tipo de "rupturas" André Luiz está se referindo, quando comenta sobre a armazenagem da corrente mental?
3) Por que a corrente mental depende da condução que se lhe imprima, no circuito medíúnico?
Conclusão
1) Quais as orientações fornecidas por André Luiz para que o médium possa melhorar sua sintonia com o Plano Superior?
R. Os médiuns em serviço mediúnico necessitam abolir tudo o que lhes constitua preocupações-extras, relacionadas a atividades que constituem perda de tempo ou que estejam associadas a experiências vulgares. Deve aprender a sustentar-se, em termos de conduta moral e associação com boas obras e bons pensamentos, aceitando, com responsabilidade, as exigências do trabalho voluntário a que se propôs. Deve enriquecer sua vida mental, ampliar a auto-estima, motivar-se na cooperação com o plano superior e reforçar sua fé no bem.
2) A que tipo de "rupturas" André Luiz está se referindo, quando comenta sobre a armazenagem da corrente mental?
R. Interferencias de diversas ordens que podem causar a "ruptura" da sintonia, permitindo a entrada de agentes contaminantes que deturparão a intenção da comunicação, Fazendo a analogia tal como André Luiz cita, seria como deixar a "caixa de água" aberta: a mesma estaria sujeita a uma série de contaminações que provavelmente causariam prejuízos. A corrente mental, representando os pensamentos, deve circular livremente, evitando-se seu "acúmulo", que correspoderia às fixações e idéias obsediantes.
3) Por que a corrente mental depende da condução que se lhe imprima, no circuito medíúnico?
R. Porque o médium continua no controle de sua corrente mental, de seus pensamentos. Então, a direção, o caráter e o conteúdo destes pensamentos influenciam efetivamente no circuito mediúnico, facilitando ou dificultando a comunicação espiritual.