Mecanismos da Mediunidade

06a – Circuito elétrico e circuito mediúnico

Circuito elétrico e circuito mediúnico
(I)

CONCEITO DE CIRCUITO ELÉTRICO - In­dica o conceito de circuito elétrico a
extensão do condutor em que se movimenta uma

corrente elé­trica, sempre que se sustente uma diferença de potencial em
seus extremos.



O circuito encerra um condutor de ida e outro de volta da corrente,
abrangendo o gerador e os aparelhos de utilização, a

englobarem os serviços de geração, transmissão, transformação e
distri­buição da energia.



Para a execução de semelhantes atividades, as máquinas respectivas guardam
consigo recursos es­peciais, em circuitos

elementares, como sejam os de geração e manobra, proteção e medida.



CONCEITO DE CIRCUITO MEDIÜNICO - Aplica-se o conceito de circuito
mediúnico à exten­são do campo de integração magnética em que cir­cula uma
corrente mental, sempre que se mantenha a sintonia psíquica entre os seus
extremos ou, mais prôpriamente, o emissor e o receptor.



O circuito mediúnico, dessa maneira, expressa uma "vontade-apelo" e uma
"vontade-resposta", respectivamente, no trajeto ida e

volta, definindo o comando da entidade comunicante e a concor­dância do
médium, fenômeno esse exatamente apli­cável tanto à

esfera dos Espíritos desencarnados, quanto à dos Espíritos encarnados,
porqüanto ex­prime conjugação natural ou provocada nos

do­mínios da inteligência, totalizando os serviços de associação,
assimilação, transformação e transmis­são da energia mental.



Para a realização dessas atividades, o emissor e o receptor guardam
consigo possibilidades parti­culares nos recursos do cérebro, em cuja
intimidade se processam circuitos elementares do campo ner­voso, atendendo
a trabalhos espontâneos do

Espí­rito, como sejam, ideação, seleção, auto-crítica e expressão.



CIRCUITO ABERTO E CIRCUITO FECHA­DO - A corrente, em sentido convencional,
no circuito elétrico, é expedida do pólo

positivo do gerador, circula nos aparelhos de utilização e vol­ta ao
gerador, alcançando-lhe o pólo negativo, do qual passa, por

intermédio do campo interno do ge­rador, ao pólo positivo, prosseguindo em
seu curso.



Entretanto, para que a corrente se mantenha, é
imprescindível que o interruptor de manobra se demore ligado ou, mais
claramente, que o circuito esteja fechado, de vez que em regime de
circuito aberto a corrente não circula.



A corrente mental no circuito mediúnico
equi­libra-se igualmente entre a entidade comunicante e o médium, mas,
para que se lhe alimente o flu­xo energético em circulação, é
indispensável que o pensamento constante de aceitação ou adesão do médium
se mostre em equilíbrio ou, mais exata­mente, é preciso que o circuito
mediúnico permaneça fechado, porque em regime de circuito aberto ou
desatenção a corrente de associação mental não se articula.



QUESTÕ
ES PARA ESTUDO



1) Como André Luiz explica a atuação do
circuito elétrico?
2) E com relação ao circuito mediúnico?
3) Qual a analogia feita pelo autor entre um e outro?

Conclusão

Cap. 6 - parte I - QUESTÕES PARA ESTUDO

1) Como André Luiz explica a atuação do circuito elétrico?

De uma maneira geral, denomina-se circuito elétrico o conjunto de caminhos
que permitem a passagem da corrente elétrica, no qual aparecem outros
dispositivos elétricos ligados a um gerador.



A corrente elétrica surge devido à diferença de potencial nos extremos do
circuito. A corrente percorre um condutor. O circuito engloba mecanismos
para geração (o gerador), transmissão (os condutores), transformação (por
exemplo, uma lâmpada transformando energia elétrica em luz) e
distribuição.
Como um exemplo: o movimento das turbinas nas usinas hidro-elétricas
"gera" a eletricidade, que é transmitida através das "linhas de
transmissão". Para essa energia ser utilizada nas cidades é necessário que
sofra várias transformações (adequação das características da corrente
elétrica, como voltagem e amperagem) feita pelos conhecidos
"transformadores" e finalmente é distribuída para os lares e indústrias.

2) E com relação ao circuito mediúnico?

O circuito mediúnico envolve a transmissão da corrente mental de um
espírito para o médium.

3) Qual a analogia feita pelo autor entre um e outro?

corrente elétrica => corrente mental (estudada no cap. 5)
gerador => vontade do espírito
condutor + interruptor => sintonia psíquica

A "vontade-apelo" do espírito comunicante associada à "vontade-resposta"
(concordância do médium, em estado de passividade) gera a "diferença de
potencial" que permite a transmissão do pensamento (corrente mental). A
sintonia psíquica, sustentada pelo pensamento de aceitação ou adesão
(passividade) do médium é que mantém o pensamento "circulando" no
circuito. A atenção do médium pode ser comparada ao interruptor. Manter a
atenção no processo da comunicação significa manter o interruptor fechado,
permitindo a passagem da corrente mental. A desatenção "quebra" a
corrente, como se o interruptor fosse desligado.
Como a lâmpada transforma a eletricidade em luz, o médium transforma o
pensamento (corrente mental) do espírito em palavras faladas (na
psicofonia) ou escritas (na psicografia). Esse processo, complexo, envolve
os fenômenos de ideação (geração de idéias), seleção (quais idéias serão
transmitidas ou não?), auto-crítica (como o pensamento do espírito age
sobre a integridade do médium?) e expressão (como o médium vai expressar
as idéias do espírito?). Esse processos são citados por André Luiz no
capítulo.