Mecanismos da Mediunidade

02b – Conquistas da Microfísica (III)

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE

Sala de Estudos André Luiz

Livro em estudo: Mecanismos da Mediunidade (Editora FEB)
Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier
e Waldo Vieira



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Conquistas da Microfísica

(III)



ELETRON E RADIOATIVIDADE _ O jovem pesquisador francês Jean Perrin, utilizando a am­pola de Crookes e o eletroscópio, conseguiu positi­var a existência do elétron, como partícula elétrica, viajando com rapidez vertiginosa.

Pairava no ar a indagação sobre a massa e a expressão elétrica de semelhante partícula.

Surge, todavia, José Thomson, distinto físico inglês, que, estudando-a do ponto de vista de um projétil em movimento, consegue determinar-lhe a massa, que é, aproximadamente, 1.850 vezes menor que a do átomo conhecido por mais leve, o hidro­gênio, calculando-lhe, ainda, com relativa seguran­ça, a carga e a velocidade.

Os apontamentos objetivos, em torno do elé­tron, incentivaram novos estudos do infinitamente pequeno.

Animado pelos êxitos dos raios de Roentgen, Henri Becquerel, com o auxílio de amigos espiri­tuais, porque até então o gênio científico na Terra desconhecia o extenso cabedal radioativo do urânio, escolhe esse elemento para a pesquisa de novas fontes dos raios 10º e surpreende as radiações diferentes que encaminham o casal Curie à descoberta do rádio.

A Ciência percebeu, afinal, que a radioativi­dade era como que a fala dos átomos, asseverando que eles nasciam e morriam ou apareciam e desa­pareciam no reservatório da Natureza.



QUIMICA NUCLEAR _ O contador de Gei­ger, emergindo no cenário das experimentações da Microfísica, demonstrou que, em cada segundo, de um grama de rádio se desprendem 36 bilhões de fragmentos radioativos da corrente mais fraca de raios emanantes desse elemento, perfazendo um total de 20.000 quilômetros de irradiação por se­gundo.

No entanto, há tão grande quantidade de áto­moa de rádio, em cada grama desse metal, que somente no espaço de 16 séculos é que o seu peso fica reduzido à metade. (*)

Apreendendo-se que a radioatividade exprimia a morte dos sistemas atômicos, não seria possível apressar-lhes a desintegração controlada, com vis­tas ao aproveitamento de seus potenciais energé­ticos?

Rutherford lembrou que as partículas emana­das do rádio funcionam como projéteis vigorosos, e enchendo um tubo com azoto, nele situou uma parcela de rádio, reparando os pontos de queda dos corpúsculos eletrizados sobre pequena tela fos­forescente. Descobriu, desse modo, que os núcleos do azoto, espancados em cheio pelas partículas ra­dioativas alfa, explodiam, convertendo-se em hi­drogênio e num isótopo do oxigênio.

Foi realizada, assim, calculadamente, a primeira transmutação atômica pelo homem, originando-se, desde então, a chamada química nuclear, que cul­mina hoje com a artilharia atômica do cíclotron, estruturado por Lawrence, à feição de um eletro­-imã, onde, acelerados por uma corrente de mi­lhares de volta, em tensão alternada altíssima, projéteis atômicos bombardeiam os elementos a eles expostos, que se transmutam em outros ele­mentos químicos conhecidos, acrescidos dos chama­dos radioisótopos, que o casal Joliot-Curie obteve pela primeira vez arremessando sobre o alumínio a corrente menos penetrante do rádio, constituída de núcleos do hélio, ou hélions. Surgiram, assim, os fecundos serviços da radioatividade artificial.

Nossos apontamentos sintético. objetivam ape­nas destacar a analogia do que se passa no mundo Intimo das forças corpusculares que entretecem a matéria física e daquelas que estruturam a maté­ria mental.



(*) NOTA DA EDITORA, em 1993: Este parágrafo, confor­me está escrito, parece dizer que o tempo de meia-vida depende da quantidade de material, ou número de átomos de rádio, o que não condiz com o conhecimento que a Ciência tem do assunto.

Lembra Emmanuel, no Prefácio, que André Luiz se serviu, nesta obra, de estudos e conclusões de cientistas da Terra, podendo, então, ter havido, quanto ao assunto em pauta, entendimento imperfeito ou do autor espiritual, ou do médium, ou da fonte científica da qual se originou o parágrafo.



Muita paz a todos e bom estudo


Equipe CVDEE
Sala André Luiz
Coordenação: http://www.cvdee.org.br/contato.asp

Conclusão