Evolução em Dois Mundos

031 – 2ª pte - XI - Conduta afetiva

XI

Conduta afetiva

_ Qual é a conduta afetiva entre as almas enobrecidas?

_ Quanto mais elevado o grau de aprimoramento da alma, mais reclamará espontaneamente de si própria a necessária disciplina das energias do mundo afetivo, somente despendendo-as no circuito de forças em que se completa com a alma a que se encontra consorciada, ou, então, em serviço nobre, através do qual opere a evasão das cargas magnéticas de seus impulsos genésicos, transferindo-as para o trabalho em que se lhe projetam a sensibilidade e a inteligência.

Isso acontece no plano físico, entre aqueles cujo sistema psíquico já se distanciou suficientemente das emoções vulgares, ajustando-se em complementação fluídica ideal as almas irmãs que se matrimoniam.

Interrompida a aliança física na esfera carnal, por interferência da morte, o homem ou a mulher, consagrados à sublimação íntima, se associam, quase sempre, à companheira ou ao companheiro levados à viuvez, em construtivas simbioses de ação, seja no amparo aos filhos, ainda necessitados de assistência, ou na extensão de obras edificantes, porquanto os espíritos que verdadeiramente se amam desconhecem o que seja abandono ou esquecimento.

Atentos ao mesmo princípio de aprimoramento, aqueles que se ajustam em matrimônio superior, no Plano Espiritual, permutam as próprias forças em constante circuito energético, pelo qual atendem a vastíssimas obras de benemerência, na criação mental de valores necessários ao progresso comum, dentro da euforia permanente que o amor sublime lhes confere. E, em lhes faltando a companhia, por intermédio da qual se integram nos mais altos ideais de burilamento e beleza, mobilizam as próprias cargas magnéticas criadoras em serviço à coletividade, com o que se elevam mais intensamente na escala da sublimação moral, ou, então - o que é mais freqüente - buscam olvidar as próprias possibilidades de maior ascensão, solicitando posições apagadas e humildes ao pé daqueles a quem se devotam, a fim de ajudá-los na execução das tarefas que lhes foram assinaladas ou no pagamento das dívidas com que ainda se oneram perante a Lei.

Uberaba, 28/5/58.



QUESTÕES PARA ESTUDO


1) No mundo terreno, qual a conduta, no campo afetivo, dos espíritos mais adiantados?

2) Qual a conduta adotada por aquele que primeiro desencarna?

3) E no plano espiritual? Como se comportam os cônjuges?

4) Em faltando um deles, como procedem os espíritos?

Conclusão

(Conclusão)


QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1) No mundo terreno, qual a conduta, no campo afetivo, dos espíritos mais adiantados?

R - À medida que o espírito progride em evolução, seu psiquismo, até de modo inconsciente, passa a cobrar de si próprio uma maior disciplina, quanto à utilização das energias afetivas. Assim, espíritos mais adiantados apenas utilizam as energias afetivas junto àquele espírito ao qual se acha unido pelos laços do matrimônio ou, então, transfere essas para a execução de trabalho
que exija sensibilidade e inteligência. Ressalte-se que isto acontece no plano físico somente entre espíritos que já deixaram
as emoções vulgares e que aprenderam a utilizar as energias afetivas na complementação fluídica daquele com o qual se consorciou. Ou seja, no matrimônio de natureza elevada há uma permanente troca de energias salutares entre as partes, necessárias à vida.

2) Qual a conduta adotada por aquele que primeiro desencarna?

R - Interrompida a união consorcial pela desencarnação de um deles, o espírito que deixa a vida física, quando já alcançou um patamar evolutivo mais alto, geralmente, passa a se dedicar ao (à) companheiro (a) que permanece na Terra, agindo em simbiose no amparo aos filhos que ainda necessitam de assistência ou na execução de obras edificantes. Espíritos nesta condição moral somente praticam o amor verdadeiro, não permitindo o abandono nem o esquecimento do outro.

3) E no plano espiritual? Como se comportam os cônjuges?

R - O mesmo ocorre no plano espiritual, quando dois espíritos unem-se pelo vínculo do matrimônio superior. Dedicam-se à troca permanente de energias afetivas, fortalecendo-se na execução de obras de benemerência, criando, assim, mentalmente, valores que os vão levar ao progresso comum.

4) Em faltando um deles, como procedem os espíritos?

R - Numa união entre espíritos adiantados, quando um deles reencarna com o objetivo de resgatar compromissos assumidos perante as leis divinas, o que permanece no plano espiritual mobiliza suas energias criadores em serviço à coletividade ou então, o que, segundo André Luiz, ocorre mais freqüentemente, renuncia temporariamente às possibilidades de ascender na escala evolutiva, solicitando reencarnar em posição humilde junto àquele que é objeto de seu afeto, a fim de auxiliá-lo nas tarefas a que se comprometeu.