Evolução em Dois Mundos

009 – Evolução e cérebro

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE

Sala de Estudos André Luiz


Livro em estudo: Evolução em dois mundos

Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier
e Waldo Vieira (Editora FEB)

Primeira parte - Capítulo IX - Evolução e cérebro

Comentários: Eurípides Kühl


IX

Evolução e cérebro

FORMAÇÃO DO MUNDO CEREBRAL _ No regaço do tempo, os Arquitetos Divinos auxiliam a consciência fragmentária na construção do cérebro, o maravilhoso ninho da mente, necessitada de mais ampla exteriorização.



A massa de células nervosas que precede a formação do mundo cerebral, nos invertebrados, dá lugar à invaginação do ectoderma nos vertebrados, constituindo-se, lentamente, a vesícula anterior ou prosencéfalo, a vesícula média ou mesencéfalo e a vesícula posterior ou rombencéfalo.



Nos peixes, os hemisférios cerebrais mostram-se ainda muito reduzidos, nos anfíbios denotam desenvolvimento encorajador e nos répteis avançam em progresso mais vasto, configurando já, com alguma perfeição, o aqueduto de Sylvius, aprimorando-se, com mais segurança, em semelhante fase, na forma espiritual, o centro coronário do psicossoma futuro, a refletir-se na glândula pineal, já razoavelmente plasmada em alguns lacertídeos, qual o rincocéfalo da Nova Zelândia, em que a epífise embrionária se prolonga até à região parietal, aí assumindo a feição de um olho com implementos característicos.



Zoólogos respeitáveis consideram o mencionado aparelho como sendo um globo ocular abandonado pela Natureza; contudo, é aí que a epífise começa a consolidar-se, por fulcro energético de sensações sutis para a tradução e seleção dos estados mentais diversos, nos mecanismos da reflexão e do pensamento, da meditação e do discernimento, prenunciando as operações da mediunidade, consciente ou inconsciente, pelas quais Espíritos encarnados e desencarnados se consorciam, uns com os outros, na mesma faixa de vibrações, para as grandes criações da Ciência e da Religião, da Cultura e da Arte, na jornada ascensional para Deus, quando não seja nas associações psíquicas de espécie inferior ou de natureza vulgar, em que as almas prisioneiras da provação ou da sombra se retraíam reciprocamente.


Comentários: Os Espíritos Siderais, sob delegação de Deus e encarregados de promover a Vida no planeta Terra, ao longo dos milênios proporcionam ao Princípio Inteligente (P.I.) que ele possa manifestar-se: engendram a construção do cérebro, sublime ferramenta, fundamental, na qual se alojará a mente.
A construção cerebral obedece a sucessivas etapas de progresso, com estágios precedentes nos invertebrados e a seguir, nos vertebrados.
É assim que pode ser verificado que o cérebro progride dos peixes aos anfíbios, destes aos répteis, despontando a glândula pineal na forma espiritual no grupo dos sáurios (lagartos). Há apontamentos na zoologia que dão à glândula pineal a condição de _abandonada pela Natureza_, havendo também alguns místicos que a denominam de o terceiro olho. A nós, espíritas, o estudo das funções dessa glândula é indispensável, possibilitando-nos compreender os sutis mecanismos da reflexão e do pensamento, bem como das atividades cerebrais envolvidas na mediunidade.
OBS: Muito teria a comentar sobre a glândula pineal. Contudo, este não é o espaço adequado. Aos interessados, recomendo a obra _Missionários da Luz_, capítulo 2 _ Epífise, do mesmo Autor Espiritual.

GIRENCEFALIA E LISSENCEFALIA _ Prossegue o crescimento dos hemisférios cerebrais nas aves, com significativas porções cerebelares, para encontrarmos, nos mamíferos, o encéfalo com apreciáveis dotações, apresentando circunvoluções nos girencéfalos e aumento expressivo na área do córtex.



Quanto mais se verticaliza a escalada, mais se reduz a percentagem volumétrica do cerebelo, enquanto que os hemisférios cerebrais se dilatam; contudo, é preciso destacar que esse fenômeno de progressão, fundamentalmente, não se relaciona com a inteligência, e nem esta é, a rigor, proporcional ao número de circunvoluções cerebrais, tanto que mamíferos, quais o coelho, o canguru, o ornitorrinco e até mesmo certos primatas, possuem cérebro lissencéfalo ou sem circunvoluções.



A girencefalia e a lissencefalia obedecem a tipificações traçadas pelos Orientadores Maiores, no extenso domínio dos vertebrados, preparando o cérebro humano com a estratificação de lentas e múltiplas experiências sobre a vasta classe dos seres vivos.



À maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos.


Comentários: (Girencefalia = característica dos cérebros com circunvoluções);
(Lissencefalia = condição de cérebro sem circunvolução);
(Circunvolução/cerebral = saliência sinuosa na superfície do cérebro).
É nas aves que o cérebro segue sua marcha evolutiva, com aumento de massa e respectivas dotações, rumando para maior desenvolvimento ainda nos mamíferos.
Interessante notar que ao aumento dos hemisférios cerebrais (as duas metades do cérebro, divididas por uma fenda) corresponde uma diminuição do volume do cerebelo (posicionado na parte inferior do crânio e é o responsável pelo equilíbrio do corpo e pela atividade sexual). Como nota o Autor Espiritual registra que esse aumento (progressão) de massa cerebral não corresponde a aumento de inteligência. Explica, também, que a inteligência não guarda proporcionalidade com a quantidade de circunvoluções cerebrais. E exemplifica: mamíferos, quais o coelho, o canguru, o ornitorrinco e alguns primatas são animais que têm o cérebro liso (sem circunvoluções = lissencefalia).
Cérebro liso ou com circunvoluções são ensaios dos Engenheiros Siderais da Vida, aplicando-os nos vertebrados, como vestibular do que virá a ser o cérebro humano.
Neste ponto o Autor Espiritual presta transcendental informação, que convém transcrever:
_À maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos_.
OBS: Peço licença ao leitor para reproduzir outro trecho, desta vez da obra do Espírito Emmanuel, na obra _A Caminho da Luz_ _ Cap II, item _A grande transição_, 13ªEd., 1985, 1939, RIO/RJ:
(...) Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados;
(...) Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessas criaturas de braços alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual pré-existente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações.
Como podemos inferir, a biogenética espiritual e os geneticistas siderais são realidade há milênios. E dessa nota, surge o _elo perdido_, pois ele não está perdido, na Terra, já que a transição se dá no Plano Espiritual.

FATOR DE FIXAÇÃO _ Os neurônios nascem e se renovam, milhões de vezes, no plano físico e no plano extrafísico, na estruturação de cérebros experimentais, com mais vivos e mais amplos ingredientes do corpo espiritual, quando em função nos tecidos físicos, até que se ergam em unidades morfológicas definitivas do sistema nervoso.



Demonstrando formação especialíssima, porquanto reproduz mais profundamente a tessitura das células psicossomáticas, o neurônio é toda uma usina microscópica, constituindo-se de um corpo celular com prolongamentos, apresentando o núcleo escassa cromatina e um nucléolo.



Acha-se o núcleo cercado de protoplasma em que há mitocôndrios, neurofibrilas, aparelho de Golgi, melanina abundante e um pigmento ocre, estreitamente relacionado com o corpo espiritual de função muito importante na vida do pensamento, aumentando consideravelmente na madureza e na velhice das criaturas, além de uma substância, invisível na célula em atividade, a espalhar-

-se no citoplasma e nos dendritos, facilmente reconhecível, por intermédio de corantes básicos, quando a célula se encontra devidamente fixada; essa substância - a expressar-se nos chamados corpúsculos de Nissl, que podem sofrer a cromatólise - representa alimento psíquico, haurido pelo corpo espiritual no laboratório da vida cósmica, através da respiração, durante o repouso físico para a restauração das células fatigadas e insubstituíveis.



O pigmento ocre que a ciência humana observa, sem maiores definições, é conhecido no Mundo Espiritual como fator de fixação, como que a encerrar a mente em si mesma, quando esta se distancia do movimento renovador em que a vida se exprime e avança, adensando-se ou rarefazendo-se ele, nos círculos humanos, conforme a atitude mental do Espírito na quota de tempo em que se lhe perdure a existência carnal.


Comentários: Neurônios são células diferenciadas, pertencentes ao sistema nervoso, do qual são as unidades funcionais. Estima a Medicina que o córtex cerebral possua 14 (quatorze) bilhões de neurônios. Pelas múltiplas existências eles nascem e se renovam, milhões de vezes, em ambos os planos (espiritual e material), estruturando cérebros experimentais. No homem, a cada existência física, formam-se até os quatro meses e meio de gestação e depois disso não há mais formação de novos neurônios. Assim, se a célula nervosa for destruída, não será substituída, mas é possível que outra célula nervosa (neurônio) assuma a função daquela que findou sua atividade.
A relação dos neurônios com o corpo espiritual (perispírito) é intensa e de tal forma são eles especiais que sustentam a formação do pensamento.
De longo tempo há ensaios de estudiosos espíritas dando conta de que o sistema nervoso, no todo, é praticamente uma expressão-continuidade do perispírito. Agora, pelas reflexões do Autor Espiritual, talvez nos seja permitido conjecturar que assim como o corpo físico, o perispírito é que originalmente é formado de células, que embora imortais, modificam-se a cada experiência terrena.
OBS: Quando menciono imortalidade ao perispírito será sempre bom ter em conta que me refiro ao tempo (longo tempo...) de experiências evolutivas na Terra. Sabendo que o perispírito é formado de matéria da psicosfera de cada corpo celeste, imagino que quando o Espírito é promovido e vai habitar _nova morada_, deixará aqui os despojos perispirituais. Com ele, Espírito, estará a mente, sua ferramenta primordial. E, para viver nesse _novo mundo_ o Espírito apropriará uma porção da matéria astral (psicosfera) de lá, com a qual estruturará um novo perispírito.
De forma sublime, quando tais células se fixam, sendo insubstituíveis, dá-se que pela respiração e no descanso do corpo físico o perispírito capta das forças cósmicas uma energia que as restauram.
A biologia detectou um pigmento ocre a envolver os neurônios e no plano espiritual esse pigmento recebe o nome de Fator de Fixação. A mente do ser humano como que se encerra nesse Fator, demonstrando maior ou menor densidade, consoante a atitude mental do Espírito na existência terrena.

REFLEXOS-TIPOS _ Estabelecidos os centros nervosos, em que se entrosam as forças fisiopsicossomáticas, os reflexos-tipos são organizados no reino animal, fixando-se o reflexo de flexão, que consta da flexão de um membro atacado na superfície por estímulos de variadas origens, o reflexo fásico que interessa a defesa própria na remoção estímulos perniciosos, o reflexo miotático a evidenciar-se na contração de um músculo quando responde à extensão de suas fibras, os reflexos posturais diversos e os múltiplos reflexos segmentares e intersegmentares, com os arcos que lhes são característicos, tanto na parte aferente como na eferente, preparando-se o veículo fisiopsicossomático do porvir em suas reações nervosas fundamentais.

Através deles, o encéfalo, conservando consigo o centro coronário e o centro cerebral, registra excitações inúmeras, para que as faculdades de percepção e seleção, atenção e escolha se consolidem.


Comentários: Nos capítulos iniciais desta obra fomos informados sobre a inserção no corpo físico dos chamados _automatismos biológicos_, a cargo dos Engenheiros da Vida. Estamos vendo agora, na já adiantada fase evolutiva em que se encontra o Princípio Inteligente (P.I.), o estabelecimento dos centros nervosos nele, ainda e sempre a cargo daquelas Entidades Angelicais.
Os centros nervosos, nas várias espécies animais, respondem não só pela recepção de sinais, interiores e principalmente exteriores _ desconforto postural, necessidades fisiológicas, injúria física, emergências defensivas, etc _ , bem como pela decodificação deles, demandando reação reflexa, fruto da decisão daqueles centros, adequada à melhor ação-tipo.


FORMAÇÃO DOS SENTIDOS _ No corpo dos animais superiores, obra-prima de supervisão e construção dos Arquitetos do Espírito, no transcurso dos séculos, a consciência fragmentária acrisola, então, os sentidos.



Findo longo período de trabalho, afirma-se o tato, por sentido cutâneo essencial, a espraiar-se por toda a pele. Esta se converte em superfície receptora, com variadas terminações nervosas que se salientam por extrema complexidade, desde as arborizações simples até os corpúsculos especializados que se localizam dentro da derme, utilizando células especiais, em comunicação incessante com o cérebro, para que as sensações táteis constantes possam defender os patrimônios da vida.



Adestrada a atenção, o animal na esfera física e na esfera extrafísica elabora, por atividades reflexas, várias substâncias que lhe excitam os centros receptivos, definindo os chamados sentidos químicos, a culminarem no olfato e no gosto.



No epitélio olfatório, as células basais, as de sustentação e as olfativas, sobre as glândulas de Bowman, que se encarregam de fornecer o muco necessário à discriminação dos elementos odoríferos, operam a seleção das propriedades aromáticas das substâncias, e, no dorso da língua, na epiglote, na face posterior da faringe como no véu do paladar, os corpúsculos gustativos, guardando as células epiteliais de sustentação e as células gustativas, associados às pequenas glândulas salivares, fazem o registro das substâncias destinadas à nutrição.



Comentários: A estruturação dos sentidos e a respectiva fixação deles nos animais superiores (uma vez consolidada uma incipiente consciência) é um momento de grandiosidade na vida do P.I.! Simboliza a recepção de láurea divina!
Então, emergem:
- o tato, cuja principal ferramenta é o maravilhoso órgão da pele;
- o olfato, que se adestra pela atenção, definindo a qualidade e/ou qual a propriedade das substâncias que excitam as células receptivas dos odores.
- o paladar, sentido químico que, associado ao olfato, define o gosto das substâncias, elegendo as boas e eventualmente evitando as indesejáveis.


VISÃO E AUDIÇÃO _ O sentido da vista, admiravelmente fixado, passa a permitir a constituição das imagens dos objetos na retina, segundo um sistema dióptrico particular, aperfeiçoando-se as células receptoras da luz, cujo impulso nervoso alcança as vias ópticas, transportando as imagens captadas até à profundez do cérebro, onde a mente incorpora as interpretações que lhe são próprias e analisa-as, plasmando observações para o arquivo da memória e da experiência.

E a audição, alicerçando-se em órgão complexo, consolida-se no ouvido interno (protegido pelo ouvido externo e pelo ouvido médio), em que o tubo coclear, a dividir-se em três compartimentos, vai encontrar as células evoluídas dos órgãos de Corti e as fibras nervosas do acústico encarregadas de transmitir as vibrações sonoras que atingem o ouvido médio, em estímulos nervosos, a saírem através do nervo auditivo na direção da mente, que realiza a seleção dos valores atinentes às sensações de tom, intensidade e timbre, estabelecendo, em seu próprio favor, vasta rede de reflexos condicionados com expressão decisiva em seu desenvolvimento.

Sob a orientação das Inteligências Sublimes, cada sentido se instala em organização especial, formada de vários aparelhos e implementos. Também o cérebro integral se organiza em lobos diversos, com vasta margem de recursos para o futuro, quando a alma então nascente, em atividade instintiva na construção de seu próprio veículo, se erigirá em consciência desperta com capacidade de utilizar as vantagens potenciais que a Divina Sabedoria lhe oferta.



Comentários: A visão, pela recepção da luz, identifica imagens, objetos, panoramas. Em estreita ligação com as profundezas
do cérebro, é por lá, onde se aninha a mente, que o que é visto é interpretado, fixado, memorizado.
A audição, por sua vez, prodígio dos prodígios da Engenharia Divina, também ela se vale do sublime auxílio da mente, selecionando sons, tons, intensidade e timbre, tudo a serviço da Vida, numa incomparável interpretação de ações em tempo real, como valioso índex e bússola, complementares à administração do viver.
OBS: Sabe-se que os sons são vibrações. A partir de uma certa intensidade sonora (volume), além de ouvirmos os sons, passamos a sentir suas vibrações. E essas sensações nos levam inconscientemente a mexer com nosso corpo, marcando compasso com os pés, tamborilando sobre uma mesa, fazendo algum batuque improvisado, ensaiando passos de dança, alguns requebros, etc.
Isso tem uma explicação científica. Bem ao lado da cóclea (estrutura que faz parte do sistema auditivo) fica o aparelho vestibular (responsável pela sensação de equilíbrio do corpo humano).
Quando os sons atingem um certo volume, em geral a partir de 90 decibéis, eles fazem vibrar o aparelho vestibular, que não é responsável pelo sentido da audição, mas pelo equilíbrio.
Não é difícil de entender: os sons, a partir de 90 decibéis, deixam de ser apenas escutados, mas também sentidos pelo corpo, na forma de vibrações. E é isso que provoca aquelas reações.
É por isso que os deficientes auditivos, mesmo não ouvindo os sons, conseguem senti-los. E por esse mesmo motivo, os sons altos são capazes de levantar uma platéia. Seja num ensaio de escola de samba ou num show de rock, ou, ás vezes, fazer os incomodados se retirarem...
Arrisco-me, assim, a imaginar que os cinco sentidos, na verdade, são seis. Além de visão, olfato, paladar, tato e audição, temos o sentido do equilíbrio.

MICROCOSMO PRODIGIOSO _ Com o tempo, a Direção Espiritual da Vida consegue, enfim, organizar, com mais eficiência, o sistema nervoso autônomo, regulando e coordenando as funções das vísceras.
Estruturam-se, desse modo, primorosamente, a inervação visceral aferente e eferente e os centros coordenadores, os sistemas simpático e parassimpático e as fibras pré e pós-ganglionares de Langley, com os neurônios a edificarem vias eletromagnéticas de comunicação entre o governo espiritual e as províncias orgânicas.

Em todos os ângulos do cérebro, esse microcosmo prodigioso, células especiais permanecem sob o controle do espírito, assimilando-lhe os desejos e executando-lhe as ordens no automatismo que a evolução lhe confere.

Desde o grupo tectobulbar das fibras pré-ganglionares, saindo com os pares cranianos, tecidas com neurônios no mesencéfalo, protuberância e bulbo e incluindo os núcleos supra-ópticos, paraventriculares e a parede anterior do infundíbulo, até o grupo sacro, com neurônios localizados na medula sacra, nervos especiais funcionam como estações emissoras e receptoras, manipulando a energia mental, projetada ou recolhida pela mente, em ação constante, nos domínios da sensação e da idéia, em conexões e trajetos que a ciência do homem mal começa a perceber, atuando nos demais centros do corpo espiritual e nas zonas fisiológicas que os configuram no veículo somático, através de circuitos reflexos.

No diencéfalo, campo essencialmente sensitivo e vegetativo, parte das mais primitivas do sistema nervoso central, o centro coronário, por fulcro luminoso, entrosa-se com o centro cerebral, a exprimir-se no córtex e em todos os mecanismos do mundo cerebral, e, dessa junção de forças, o espírito encontra no cérebro o gabinete de comando das energias que o servem, como aparelho de expressão dos seus sentimentos e pensamentos, com os quais, no regime de responsabilidade e de auto-escolha, plasmará, no espaço e no tempo, o seu próprio caminho de ascensão para Deus.

Uberaba, 12/2/58.



Comentários: É chegada a hora do animal superior contar com um sistema nervoso autônomo, isto é, capaz de também coordenar as funções das vísceras (as vísceras compreendem os órgãos alojados na cavidade craniana, na torácica e na abdominal).
Pelos nervos, na ida, e em direção ao cérebro, correm os impulsos captados pelos sentidos e é também pelos mesmos nervos que chegam aos músculos as respectivas respostas, como reação reflexa.
Nesse processo, automático quanto maravilhoso, as fibras nervosas _conversam_ com os músculos, retransmitindo-lhes a decisão do cérebro, infalível e inquestionável, para reação de ordem motora.
Por essa mesma processualística teremos que o Espírito, conforme seja evoluído ou não, captará sentimentos e controlará as reações emocionais, dispensando-lhes a respectiva cota de energia mental necessária.
O centro coronário (que responde pelo bom funcionamento de todo o sistema nervoso central, por sua ligação direta com o perispírito) associa-se com o centro cerebral, daí resultando a sede de onde o Espírito comandará todo o conjunto físico-espiritual. Então, pelo livre-arbítrio, poderá construir seu porvir, rumo á felicidade. Quaisquer que sejam os empeços dessa ascensão para Deus ocorrerão por conta única e exclusiva das escolhas feitas.

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 - Como podemos resumir o processo de formação do cérebro, ao longo do processo evolutivo do princípio inteligente?

2 - Que conclusão podemos inferir das palavras seguintes do autor espiritual, referente ao surgimento do homem na Terra: _À maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados, a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos_.

3 - Como podemos definir o que no mundo espiritual é conhecido como "fator de fixação" e qual a sua importância para o homem?

4 - Qual a função dos diversos tipos de reflexos de que é dotado o nosso organismo físico?

5 - De que maneira se dá a formação do tato, do olfato e do paladar?

6 - E da visão e audição?

7 - De que forma André Luiz explica o mecanismo através do qual o espírito comanda suas ações e pensamentos?

Muita paz a todos e bom estudo

Equipe CVDEE
Sala André Luiz
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ELUCIDAÇÃO DE TERMOS USADOS PELO AUTOR ESPIRITUAL

aferente - no sistema nervoso, classe de fibras nervosas que conduzem o impulso dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central

anfíbio - animal vertebrado, de pele nua, glandular, sempre umedecida, sem escamas. Historicamente, constitui aforma de transição entre vertebrados aquáticos (peixes) e os vertebrados terrestres (répteis)

aparelho de Golgi - uma estrutura interior da célula ou grupo de estruturas no citoplasma. Tem função de screção

aqueduto de Sylvius - um canal que liga o terceiro e o quarto ventrílucos cerebrais, sendo ventrílucos as quatro cavidades no âmago do crânio

arcofeflexo - trajeto percorrido por um impulso nervoso, em uma reação reflexa, desde o ponto em que dá o estímulo até um músculo ou glândula ativados pelo impulso, em que se compelta o circuito

bulbo - o bulbo raquiano, parte do eixo cérebro-espenhal, entre a medula e o cérebro

célula basal - célula da camada inferior do epitélio, situada na membrana basal, que é delicada membrana composta de uma única camada de células planas

célula epitelial - célula que compõe o epitélio

célula gustativa - célula que constitui o corpu´sculo gustativo, especializada na percepção do paladar

célula nervosa - célula constituída de um corpo central, contendo o núcleo e de vários prolongamentos, que constituem as fibras nervosas; neunônio

célula olfativa - célula que compõe a mucosa olfativa, no interior nasal, especializada na percepção do odor

centro cerebral - centro de força vital no perispírito; relacionado com os lobos frontais do cérebro e a hipótise (pituitária), no corpo físico. Exerce influência decisiva sobre os demais centros de força vital, sendo o responsável pelo funcionamento do sistema nervoso central e dos centros superiores do processo intelectivo

centro coronário - centro de força vital, no perispírito, relacionado com a epífase (glândula pineal), no corpo físico. Supervisiona todos os demais centros de força, porque recebe em primeiro lugar os esímulos do espírito

centro nervoso - conjunto de nervos centrais do encéfalo com funções unitárias

cerebelo - parte do encéfalo que ocupa a posição inferior do crânio. Atua na conservação do equilíbrio do corpo e na atividade sexual

circuito reflexo - trajeto percorrido por uma energia

circunvolução cerebral - saliência sinuosa na superfície do cérebro

consciência fragmetária - consciência intermitente ou descontínua, própria dos animais inferiores

corpúsculo gustativo - corpúsculo localizado no tecido que reveste a mucosa das papilas gustativas situadas na língua, contendo células especializadas na percepção dos sabores básicos: salgado, doce, azedo e amargo

corpúsculo de Nissl - formações protéicas encontradas no citoplasma da célula nervosa

córtex - córtice, camada externa dos órgãos

cromatina - substância facilmente corável encontrada no núcleo da célula

cromatólise - desintegração da substância cromófila (afinidade por matérias corantes) de uma célula

dendrito - prolongamento de um neurônio, destinado a receber e transmitir o estímulo nervoso

diencéfalo - parte do cérebro situada entre o prosencéfalo (porção anterior do cérbro) e o mesencéfalo (porção mediana)

dióptrico - relativo aos efeitos de refração da lua; medida de convergência de uma lente

ectoderma - camada externa do embrião animal a partir da qual se formarão o tecido nervoso (a epiderme, glândulas, pelos, etc)

eferente - relativo à fibra nervosa que conduz a ordem motora do sistema nervoso central para um órgão responsável pela resposta ao impulso sensorial

encéfalo - parte do sistema nervoso central contida na cavidade do crânio, que abrange o cérebro, o cerebelo, a protuberância e o bulbo raquiano. É a região de centralização dos nervos que percorrem o corpo

epiglote - válvula que fecha a glote (abertura da laringe) no momento da deglutinação

epitélio - camada celular que reveste todas as sueprfícies externas e internas do corpo

fibra nervosa - cada uma das estruturas alongadas que, deisposta em feixes, constituem os nervos

fibra pós-ganglionar - prolongamento de uma célula nervosa cujo corpo se situa dentro de um glânglio (centro de conexão) do sistema nervoso vegetativo

fibra pré-ganglionar - fibra nervosa eferente que sai do corpo de uma célula no sistema nervoso central e que termina em um gânglio (centro de conexão) do sistema nervoso

girencefalia - característica dos cérebros com circunvoluções, o que possibilita uma maior área cortical. Ex.: cérebro dos primatas

girencéfalo - que tem os hemisférios cerebrais com circunvoluções bem acentuadas

glândula de Bowman - glândula localizada na região damucosa olfativa, no interior nasal

infundíbulo - saliência cônica de matéria cinzenta, à qual está vinculado o corpo da pituitária, glândula situada sob a face inferior do cérebro, também conhecida como hipófise

ivaginação - desdobramento, para a região interna, do tecido embrionário

lacertídio - animais pertencentes ao grupo dos sáurios (lagarto)

lissenfalia - condição do cérebro sem circunvoluções, o que resulta em pequena área cortical

lissencéfalo - que tem cérebro liso, sem circunvoluções

lobo cerebral - parte da superfície cerebral demarca por uma fenda formando uma saliência (lobo)

melanina - pigmento escuro existente na pele, na retina e na coróide (membrana conjuntiva do olho). Tem função protetora contra radiações solares

mesencéfalo - porção mediana do cérebro, resultante da evolução da vesícula média do embrião

miotático - que atua no movimento de contração de um músculo

mitocôndrio - corpúsculo presente nas células, no qual se efetuam processos respiratórios e metabolismo dos ácidos graxos, sendo elevado o número nas células com capacidade nergética, como as musculares e nervosas

neurofibrila - diminuto elemento da fibra nervosa, cuja função ainda não foi devidamente esclarecida pela ciência

neurônio - a célula nervosa com seus prolongamentos chamados denditros, que formam uma espécie de arborização e, no pólo oposto,um só prolongamento diferente, que termina em finas ramificações. O estímulo nervoso passa do axônio de um neurônio para os dendritos do outro e esse ponto de transmissão tem o nome de sinapse

núcleo nervoso - grupos de células nervosas situadas no cérebro e na medula espinhal

nucléolo - pequeno corpúsculo no interior do núcleo das cálulas, cuja constituição difere da desse núcleo

órgão de Corti - órgão constituído de células auditivas e que capata as ondas sonoras

ornitorrinco - animal mamífero, com bico de pato. É ovíparo e constitui uma forma de transição entre répteis e mamíferos

parassimpático - relativo a uma das partes do sistema nervoso autônomo. As fibras nervosas parassimpáticas retardam os batimentos cardíacos, contraem a pupila, aumenta as secreções digestivas e aceleram os movimentos dos músculos interiores dos órgãos ocos

paraventricular - referente ao grupo de células nervosas situadas nas adjacências dos ventrículos cerebrais

pares cranianos - os doze pares de nervos cranianos, ligados ao encéfalo e distribuídos pelas partes e órgãos da cabeça (sensoriais, motores e outros mistos)

parietal - referente a região dos dois ossos que formam as paredes súpero-laterais do crânio

primata - mamífero na sua maioria adaptados à vida arborícola, de membros muito desenvolvidos. São os macacos, os antropóides e o homem

prosencéfalo - porção interior do cérebro, resultante da evolução da vesícula anterior do embrião

protoplasma - substância gelatinosa, que constitui a massa celular, sendo a base das funções vitais

rincocéfalo - grupo de répteis fósseis, que tem o corpo com escamas granulosas, costelas abdominais, olho vestigial no alto da cabeça

rombencéfalo - porção posterior do cérebro, resultante da evolução da vesícula posterior do embrião

sacro - que se localiza na região do osso sacro (situado na parte posterior da bacia, na continuação da coluna vertebral) ou na medula sacra

simbiose - associação de dois seres de espécie distinta, com influência um sobre o outro

simpático - parte do sistema nervoso autônomo, que regula a atividade da musculatura cardíaca, da musculatura lisa e de várias glândulas

sistema nervoso - constiui o mecanismo que permite ao animal um contato com o meio

sistema nervoso autônomo - sistema nervoso vegetativo, que regula, independente da vontade, as funções orgânicas, tais como a atividade cardíaca, processos digestivos, distribuição do sangue, etc.

sistema nervoso central - sistema constituído do eixo cérebro-espinhal, formado pelo encéfalo e a medula espinhal

somático - referente ao corpo físico

supra-óptico - referente ao núcleo nervoso constituído pelo grupo de células situadas por cima das camadas ópticas do cérebro

tectobular - que se localiza na região superior do bulbo raquiano

tubo coclear - tubo da cóclea, sendo esta a aparte anterior da labirinto ou ouvido interno

vegetativo - relativo à atuação do sistema nervoso autônomo

vesícula cerebral - cada uma das três divisões que demarcam o cérebro em desenvolvimento dos vertebrados, que, por sua localização, pode ser denominada anterior, média ou posterior

véu do paladar - septo (divisória) músculomembranosa que se segue ao paladar (céu da boca) e separa a boca das fossas nasais

viscera - designação comum dos órgãos alojados na cavidade craniana, na toráxica e na abdominal



(extraído do livro Elucidário de evolução em dois mundos, de José Marques Mesquita, edição da USEERJ,
União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro)


Conclusão

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE

Sala de Estudos André Luiz


Livro em estudo: Evolução em dois mundos

Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier
e Waldo Vieira (Editora FEB)

Primeira parte - Capítulo IX - Evolução e cérebro



C O N C L U S Ã O


1 - Como podemos resumir o processo de formação do cérebro, ao longo do processo evolutivo do princípio inteligente?

R - Para que o princípio inteligente possa prosseguir avançando em sua evolução, os Engenheiros Siderais promovem a construção do cérebro, que servirá como instrumento para que a mente possa expressar o pensamento. Como tudo na existência do princípio inteligente, a construção do cérebro se dá em etapas progressivas, que se inicia nos invertebrados até chegar aos vertebrados. Segundo explica André Luiz, nos peixes, os hemisférios cerebrais (as duas metades do cérebro), ainda se encontram reduzidos, desenvolvendo-se nos anfíbios e alcançando maior progresso nos répteis, com o surgimento da glândula pineal em algumas espécimes de lacertídeos (pequenos lagartos).

O passo seguinte se manifesta nas aves, com o crescimento dos hemisférios cerebrais, ainda com significativas porções de cerebelo (porção do encéfalo importante na coordenação dos movimentos de todo o corpo). Nos mamíferos, o encéfalo se apresenta mais desenvolvido, com saliências sinuosas na superfície do cérebro e aumento expressivo na área do córtex.


Algumas observações interessantes são ainda trazidas pelo autor espiritual:



- à medida que se desenvolve a construção do cérebro, o volume do cerebelo diminui, enquanto os hemisférios cerebrais se dilatam; e



- esse aumento de massa cerebral não corresponde a aumento de inteligência, que também não guarda proporcionalidade com a quantidade de saliências existentes no cérebro. O Espiritismo demonstra isto claramente, ao comprovar que a inteligência independe da matéria e a esta subsiste.


2 - Que conclusão podemos inferir das palavras seguintes do autor espiritual, referente ao surgimento do homem na Terra: "À
maneira de crianças tenras, internadas em jardim de infância para aprendizados rudimentares, animais nobres desencarnados,
a se destacarem dos núcleos de evolução fisiopsíquica em que se agrupam por simbiose, acolhem a intervenção de instrutores
celestes, em regiões especiais, exercitando os centros nervosos".

R - Trata-se de uma importante informação trazida por André Luiz, confirmando que a transformação do princípio inteligente do estágio animal para espírito não se opera no mundo material, mas no mundo espiritual. Como observa Eurípides Kühl, está aí explicado o que a ciência chama de "elo perdido". Não pode a ciência materialista identificá-lo, posto que a transição da fase animal para a fase hominal se dá no mundo espiritual e não na Terra. Confirma, assim, André Luiz, a informação de Emmanuel, contida no livro "A Caminho da Luz", de que essa transição definitiva de um estágio a outro opera-se mediante a intervenção de Entidades Superiores no corpo perispiritual das espécies preliminares da espécie humana, nos intervalos entre as sucessivas reencarnações.

3 - Como podemos definir o que no mundo espiritual é conhecido como "fator de fixação" e qual a sua importância para o
homem?

R - "Fator de fixação" é o nome dado, no mundo espiritual, ao pigmento ocre observado no núcleo do cérebro, que envolve os neurônios e que está estreitamente relacionado com o corpo espiritual, de função muito importante na vida do pensamento. Encontrado em maior quantidade na madureza e na velhice, como que encerra a mente em si mesma, tornando-se mais denso ou mais rarefeito conforme a atitude mental do espírito na vida encarnada.

Os neurônios são células diferenciadas, pertencentes ao sistema nervoso, do qual são as unidades funcionais. Nas múltiplas existências do ser espiritual, eles nascem e se renovam, milhões de vezes, tanto no plano espiritual, como no material. Sua relação com o perispírito é intensa e são eles que sustentam a formação do pensamento.

4 - Qual a função dos diversos tipos de reflexos de que é dotado o nosso organismo físico?

R - Nesta fase da evolução, ainda no reino animal, os Construtores Siderais fixam no princípio inteligente os centros nervosos, responsáveis pela recepção do que André Luiz denomina "reflexos-tipos", que nada mais são do que as diversas formas de
sinais interiores e exteriores que o organismo físico recebe. É através deles que o cérebro registra excitações internas e, principalmente, externas, que nos impelem a raciocinar e escolher a atitude a tomar em relação ao estímulo observado. O cérebro recebe estes sinais, decodifica e demanda uma reação reflexa, fruto da decisão daqueles centros nervosos, que definem a ação-tipo que será sempre a mais adequada.

5 - De que maneira se dá a formação do tato, do olfato e do paladar?

R - Prosseguindo nesta obra de construção divina, os Arquitetos Espirituais fixam os sentidos, cada um com uma organização especial, formada de vários aparelhos, já, então, com o princípio inteligente estagiando em corpos dos animais superiores. Surge o tato espalhando-se por toda a pele, que funciona como a superfície receptora, através de suas variadas e complexas terminações nervosas que se localizam na derme, em comunicação com o cérebro e funcionando como um importante auxiliar na defesa da vida do corpo.

O olfato e o paladar são introduzidos através da elaboração de várias substâncias, por atividades reflexas, que lhe excitam os centros receptivos, definindo estes dois sentidos químicos. Associados, definem o gosto das substâncias, elegendo as agradáveis e as indesejáveis. O sistema olfatório fornece uma secreção que possibilita a distinção dos elementos que exalam odor. O paladar é percebido por meio de corpúsculos gustativos em comunhão com as glândulas salivares, operando o registro das substâncias ingeridas.

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6 - E da visão e audição?


R - O sentido da visão é fixado pelos Instrutores Siderais através de um sistema especial de aperfeiçoamento das células receptoras da luz, cujo impulso nervoso alcança as vias ópticas e transporta as imagens captadas até a profundeza do cérebro, onde a mente processa as interpretações que lhe são próprias e analisa-as, plasmando observações para o arquivo da memória e
da experiência. A audição é fixada no ouvido interno, que vai encontrar as células auditivas, captadoras das ondas sonoras e as fibras nervosas encarregadas de transmitir as vibrações sonoras em direção à mente. Esta, por sua vez, realiza a seleção dos valores referentes às sensações de tom, intensidade e timbre, estabelecendo vasta rede de reflexos condicionados

E a audição, alicerçando-se em órgão complexo, consolida-se no ouvido interno (protegido pelo ouvido externo e pelo ouvido médio), em que o tubo coclear, a dividir-se em três compartimentos, vai encontrar as células evoluídas dos órgãos de Corti e as fibras nervosas do acústico encarregadas de transmitir as vibrações sonoras que atingem o ouvido médio, em estímulos nervosos, a saírem através do nervo auditivo na direção da mente, que realiza a seleção dos valores atinentes às sensações de tom, intensidade e timbre, interpretando as ações que vão auxiliar o ser na administração da vida.

7 - De que forma André Luiz explica o mecanismo através do qual o espírito comanda suas ações e pensamentos?

R - Após determinado decurso de tempo, os Construtores Espirituais conseguem organizar o sistema nervoso autônomo, regulando e coordenando as funções das vísceras (órgãos alojados na cavidade craniana, na torácica e na abdominal). Pelos nervos, correm em direção ao cérebro os impulsos captados pelos sentidos e chegam aos músculos as respectivas respostas, como reação reflexa. Nervos especiais captam e emitem a energia projetada ou recolhida pela mente. Células especiais permanecem sob o controle do espírito, assimilando-lhe os desejos e executando-lhe as ordens no automatismo que a evolução lhe confere, através de um processo eletromagnético de comunicação entre o espírito e a organização física.
O centro coronário, que está ligado diretamente com o perispírito e é o responsável pelo funcionamento de todo o sistema nervoso central, associa-se ao centro cerebral, donde resulta a sede de onde o espírito comandará a relação espírito-corpo físico. Desse modo, no cérebro, o espírito encontra ferramentas para comandar e disciplinar as energias (sentimentos e emoções) que se manifestam através do corpo físico no convívio e nos relacionamentos, refletindo as escolhas responsáveis, ou não, que fizer ao longo de sua jornada e que formarão seu caminho à Deus. O espírito captará sentimentos e controlará as reações emocionais, dispensando-lhes a respectiva cota de energia mental necessária. Usando do livre-arbítrio, construirá o seu futuro.

Com a colaboração de DAndréa Dore

Paz a todos e muita prosperidade espiritual no Novo Ano que se inicia.

Equipe CVDEE
Sala André Luiz