Evolução em Dois Mundos

004 – Automatismo e corpo espiritual

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
(www.cvdee.org.br)

Sala de Estudos André Luiz


Livro em estudo: Evolução em dois mundos

Primeira parte

Capítulo IV - Automatismo e corpo espiritual

Comentários: Eurípides Kühl

IV

Automatismo e corpo espiritual

Comentário: O conteúdo deste capítulo nos leva a refletir num fato sublime: como os Arquitetos Espirituais, cumprindo orientação divina, cumularam cada ser vivo com diversos automatismos biológicos.
A biogenética nos dá pálida idéia do que seja isso: examinando o homem, ser vivo situado no mais alto grau da escala evolutiva do reino animal verificamos que ele:

- na fecundação (enquanto zigoto _ célula viva, _ativa_, ainda não dividida) é praticamente monocelular;

- na fase adulta tem mais de três trilhões de células, agrupadas em aproximadamente duzentas espécies, as quais, agindo automaticamente, formam o corpo físico;

- é graças aos vários automatismos inseridos pela Engenharia Divina no corpo humano (metabolismo) que ele se mantém vivo, desempenhando intensas e permanentes atividades durante toda a vida, independentes da nossa vontade, do nosso comando e até mesmo do nosso conhecimento(!).



AUTOMATISMO FISIOLÓGICO _ Compreensível salientar que o princípio inteligente, no decurso dos evos, plasmou em seu próprio veículo de exteriorização as conquistas que lhe alicerçariam o crescimento para maiores afirmações nos horizontes evolutivos.


Dominando as células vivas, de natureza física e espiritual, como que empalmando-as a seu próprio serviço, de modo a

senhorear possibilidades mais amplas de expansão e progresso, sofre no plano terrestre e no plano extraterrestre as profundas experiências que lhe facultarão, no bojo do tempo, o automatismo fisiológico, pelo qual, sem qualquer obstáculo, executa todos os atos primários de manutenção, preservação e renovação da própria vida.


Comentário: O princípio inteligente, ao longo dos tempos, por multiplicadas experiências terrenas e espirituais, em esticados tempos formou seu veículo de exteriorização, dominando células vivas _ terrenas e espirituais _, para poder se manter, preservar e renovar a própria vida.

ATIVIDADES REFLEXAS DO INCONSCIENTE _ Sabemos que, em nos propondo aprender a ler e escrever, antes de tudo nos consagramos à empresa difícil de assimilação do alfabeto e da escrita, consumindo energia cerebral e coordenando o movimento dos olhos, dos lábios e das mãos, em múltiplas fases de atenção e trabalho, de maneira a superar nossas próprias inibições, para, depois, conseguirmos ler e escrever, mecanicamente, sem qualquer esforço, a não ser aquele que se refere à absorção, comunicação ou materialização do pensamento lido ou escrito, porquanto a leitura e a grafia ter-se-ão tornado automáticas na esfera de nossa atividade mental.



Nessa base de incessante repetição dos atos indispensáveis ao seu próprio desenvolvimento, vestindo-se de matéria densa no plano físico e desnudando-se dela no fenômeno da morte, para revestir-se de matéria sutil no plano extrafísico e renascer de novo na Crosta da Terra, em inumeráveis estações de aprendizado, é que o princípio espiritual incorporou todos os cabedais da inteligência que lhe brilhariam no cérebro do futuro, pelas chamadas atividades reflexas do inconsciente.



Comentário: Para se aprender a ler e escrever é preciso esforço na assimilação do alfabeto e da escrita. Para isso dirigimos nossa atenção ao uso dos olhos, lábios e mãos. É assim que aprendemos a ler e a escrever, fazendo-o mecanicamente, no emprego apenas de registrar, na mente ou no papel, a verdade daquilo que o pensamento formulou.

Nesse ponto deduzimos que, conquanto automática, leitura e escrita passam a ser automáticas, mas seu entendimento exige esforço.

De posse dessas conquistas é que as vidas sucessivas dão ao princípio inteligente as chamadas _atividades reflexas do inconsciente_

(Vamos nos esforçar para só daqui a alguns capítulos repetir que milênios e milênios transcorreram até a chegada neste ponto... Perdoem-nos).



TEORIA DE DESCARTES _ Atento a isso e espantado diante do gigantesco patrimônio da mente humana é que Descartes,

no século XVII, indagando de si mesmo sobre a complexidade dos nervos, formulou a _teoria dos espíritos animais_ que estariam encerrados no cérebro, perpassando nas redes nervosas para atender aos movimentos da respiração, dos humores e da defesa orgânica, sem participação consciente da vontade, chegando o filósofo a asseverar que esses _espíritos se conjugavam necessariamente refletidos_, aplicando semelhante regra notadamente aos animais que ele classificava por máquinas desprovidas de pensamento.



Descartes não logrou apreender toda a amplitude dos caminhos que se descerram à evolução na esteira dos séculos, mas abordou a verdade do ato reflexo que obedece ao influxo nervoso, no automatismo em que a alma evolui para mais altos planos de consciência, através do nascimento, morte, experiência e renascimento na vida física e extrafísica, em avanço inevitável para a vida superior.



Comentário: [René Descartes (1596-1560) _ filósofo e matemático francês, autor de várias obras literárias consagradas, fundador do método que permite ao homem acesso ao conhecimento claro e distinto, aquele cuja veracidade situa-se em Deus. Sua obra Discurso sobre o método, afirmando que a verdade está em Deus, reforça a ligação entre experiência e conhecimento. Dizia: _pode-se duvidar de tudo, menos da própria dúvida, pois há uma evidência no ato de pensar_ _ o cogito, do célebre _cogito ergo sum_ (penso, logo existo)].

Descartes, espantado e refletindo sobre a complexidade dos nervos criou a _teoria dos espíritos animais_ que

vivem no cérebro e promovem a vida vegetativa (os vários automatismos), por atos reflexos, independentes da vontade.

OBS: Pena que não tenha incluído as vidas sucessivas (reencarnação) em suas reflexões.



AUTOMATISMO E HERANÇA _ Assim como na coletividade humana o indivíduo trabalha para a comunidade a que pertence, entregando-lhe o produto das próprias aquisições, e a sociedade opera em favor do indivíduo que a compõe, protegendo-Ihe a existência, no impositivo do aperfeiçoamento constante, nos reinos menores o ser inferior serve à espécie a que se ajusta, confiando-lhe, maquinalmente, o fruto das próprias conquistas, e a espécie labora em benefício dele, amparando-o com todos os valores por ela assimilados, a fim de que a ascensão da vida não sofra qualquer solução de continuidade.

Se, no círculo humano, a inteligência é seguida pela razão e a razão pela responsabilidade, nas linhas da Civilização, sob os signos da cultura, observamos que, na retaguarda do transformismo, o reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a atividade refletida, que é base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milênios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo angélico.



Desse modo, em qualquer estudo acerca do corpo espiritual, não podemos esquecer a função preponderante do automatismo

e da herança na formação da individualidade responsável, para compreendermos a inexeqüibilidade de qualquer separação entre

a Fisiologia e a Psicologia, porquanto ao longo da atração no mineral, da sensação no vegetal e do instinto no animal, vemos

a crisálida de consciência construindo as suas faculdades de organização, sensibilidade e inteligência, transformando, gradativamente, toda a atividade nervosa em vida psíquica.



Comentário: O indivíduo trabalha para a coletividade e esta, em contrapartida, opera em favor do indivíduo. É assim que ele vai se ajustando na espécie em que vive, sem solução de continuidade.

No homem, a inteligência gera razão, que gera responsabilidade.

Na escalada da Civilização há o reflexo, depois o instinto, depois o conhecimento.

Pelos milhares de anos é que esses conhecimentos levaram o princípio espiritual, de forma em forma, a homem.

Com a evolução, que é incessante, chegará à angelitude.

Nessa sublime escalada não podemos esquecer que tudo se deveu ao surgimento do automatismo, como herança.

Assim, temos que a Fisiologia não se separa da Psicologia:

a. atração no mineral

b. sensação no vegetal

c. instinto no animal.



EVOLUÇÃO E PRINCÍPIOS COSMOCINÉTICOS _ Os dias da Criação, assinalados nos livros de Moisés, equivalem a épocas imensas no tempo e no espaço, porque o corpo espiritual que modela o corpo físico e o corpo físico que representa o corpo espiritual constituem a obra de séculos numerosos, pacientemente elaborada em duas esferas diferentes da vida, a se retomarem no berço e no túmulo com a orientação dos Instrutores Divinos que supervisionam a evolução terrestre.

Com semelhante enunciado não diligenciamos, de modo algum, explicar a gênese do espírito, porque isso, por enquanto, implicaria arrogante e pretensiosa definição do próprio Deus.



Propomo-nos simplesmente salientar que a lei da evolução prevalece para todos os seres do Universo, tanto quanto os princípios cosmocinéticos, que determinam o equilíbrio dos astros, são, na origem, os mesmos que regulam a vida orgânica, na estrutura e movimento dos átomos.



O veículo do espírito, além do sepulcro, no plano extrafísico ou quando reconstituído no berço, é a soma de experiências infinitamente repetidas, avançando vagarosamente da obscuridade para a luz. Neles situamos a individualidade espiritual, que se vale das vidas menores para afirmar-se, - das vidas menores que lhe prestam serviço, dela recolhendo preciosa cooperação para crescerem a seu turno, conforme os inelutáveis objetivos do progresso.



Comentário: (Princípios cosmocinéticos = forças que mantêm o movimento dos astros.)

Os dias mosaicos da Criação, na verdade, compreendem épocas imensas!

A modelagem do corpo físico e do corpo espiritual atual demandaram incontáveis milênios (como vimos no n° 3.7 do Capítulo anterior: 1,5 bilhão de anos). Os Instrutores Divinos, presentes sempre, orientam e supervisionam a evolução terrestre.

Como os Espíritos são criados é questão atribuída apenas a Deus, mas a evolução, como Lei Divina, é a mesma para todos no Universo. Aliás, é pelo fato da Lei da Evolução ser para tudo e para todos que há o equilíbrio tanto na vida dos seres, quanto na rotina cósmica dos astros!

O perispírito, capeando a individualidade espiritual, com ela progride desde as _vidas menores_, além do sepulcro ou na reconstituição do berço.



GÊNESE DOS ÓRGÃOS PSICOSSOMÁTICOS _ Todos os órgãos do corpo espiritual e, conseqüentemente, do corpo físico foram, portanto, construídos com lentidão, atendendo-se à necessidade do campo mental em seu condicionamento e exteriorização no meio terrestre.



É assim que o tato nasceu no princípio inteligente, na sua passagem pelas células nucleares em seus impulsos amebóides; que a visão principiou pela sensibilidade do plasma nos flagelados monocelulares expostos ao clarão solar; que o olfato começou nos animais aquáticos de expressão mais simples, por excitações do ambiente em que evolviam; que o gosto surgiu nas plantas, muitas delas armadas de pelos viscosos destilando sucos digestivos, e que as primeiras sensações do sexo apareceram com algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas que nadam, atraídas umas para as outras, mas também de um esboço de epiderme sensível, que podemos definir como região secundária de simpatias genésicas.



Comentário: Os órgãos do corpo espiritual (perispírito), como forma aos do corpo físico, foram sendo construídos e progredindo de acordo com a qualidade de vida do ser no campo terrestre:

a. tato: adquirido na passagem pelas células nucleares (dos protozoários) com seus movimentos semelhantes aos das amebas;

b. visão: principiou pela sensibilidade do plasma (massa formadora) nos flagelados (filamentos que servem de órgãos locomotores _ os flagelos) expostos à luminosidade do Sol;

c. olfato: começou nos animais aquáticos mais simples:

d. gosto: surgiu nas plantas, armadas de pelos viscosos, destilando sucos digestivos;

e. primeiras sensações sexuais: algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas, com atração mútua, mas também num esboço de epiderme sensível _ geneticamente simpáticas.



TRABALHO DA INTELIGÊNCIA _ Examinando, pois, o fenômeno da reflexão sistemática, gerando o automatismo que assinala a inteligência de todas as ações espontâneas do corpo espiritual, reconhecemos sem dificuldade que a marcha do princípio inteligente para o reino humano e que a viagem da consciência humana para o reino angélico simbolizam a expansão multimilenar da criatura de Deus que, por força da Lei Divina, deve merecer, com o trabalho de si mesma, a auréola da imortalidade em pleno Céu.



Comentário: A reflexão permanente _ inteligência contínua _ gera o automatismo inteligente no corpo espiritual, com ações espontâneas, levando o princípio inteligente de homem a Anjo, segundo Lei Divina do merecimento, isto é, ganhar a imortalidade no Céu com o trabalho de si mesmo.

OBS: Como vimos, os automatismos biológicos e perispirituais foram todos elaborados e implantados no homem pelos Arquitetos Siderais.

Nossa parte, no processo evolutivo, consiste em igualmente elaborarmos e implantarmos no Espírito automatismos morais, consubstanciados nas diversas virtudes: a moral cristã!



QUESTÕES PARA ESTUDO

1 - Como podemos entender as chamadas "atividades reflexas do inconsciente", incorporadas pelo princípio inteligente ao
longo das existências sucessivas?

2 - Faça uma análise comparativa entre os ensinamentos de André Luiz acerca das "atividades reflexas do inconsciente"
e a _teoria dos espíritos animais_, de Descartes.

3 - Qual a importância do automatismo e da herança na evolução do ser espiritual?

4 - Que ensinamento importante você apontaria no ítem "evolução e princípios cosmocinéticos"?

5 - Como se deu o surgimento dos nossos órgãos psicossomáticos?

6 - Qual o papel da lei de causa e efeito, diante dos ensinamentos contidos no item "trabalho da inteligência"?

Muita paz e bom estudo para todos

Equipe CVDEE
Sala André Luiz

Conclusão

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Sala de Estudos André Luiz


Livro em estudo: Evolução em dois mundos

Primeira parte

Capítulo IV - Automatismo e corpo espiritual (Conclusão)



QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1 - Como podemos entender as chamadas "atividades reflexas do inconsciente", incorporadas pelo
princípio inteligente ao longo das existências sucessivas?

R - O automatismo divino é implantado no corpo material pelos Arquitetos do Espaço e se expressa desde a concepção, fazendo com que as trilhões de células que o formam sejam renovadas, inconscientemente e independente da nossa vontade, sem o que ele não se manteria vivo. Este automatismo divino é que possibilita ao espírito imortal incorporar, através da repetição incessante praticada ao longo das reencarnações sucessivas e no mundo espiritual, os atos indispensáveis ao processo evolutivo. A estes atos incorporados, como o de ler e escrever, conforme exemplo citado no capítulo, é que André Luiz denominou "atividades reflexas do inconsciente", pois, uma vez agregados à nossa atividade mental, são executados mecanicamente.

2 - Faça uma análise comparativa entre os ensinamentos de André Luiz acerca das "atividades reflexas
do inconsciente" e a "teoria dos espíritos animais", de Descartes.

R - Em suas reflexões sobre a complexidade do sistema nervoso, Descarte formulou teoria afirmando a existência, no cérebro, de um comando, que, através da rede de nervos, possibilita os movimentos orgânicos, mecanicamente manifestados, que são indispensáveis à manutenção da vida do corpo humano. A este comando o célebre filósofo denominou "espíritos animais", numa alusão aos animais, que ele considerava máquinas desprovidas de pensamento. Esta teoria coincide com a demonstrada por André Luiz, que denominou esses atos automáticos de "atividades reflexas do inconsciente". Uma diferença fundamental, no entanto, constata-se entre as duas teorias: Descartes, embora tivesse conhecimento da realidade da existência de um princípio espiritual independente da matéria, não esclareceu o modo de aquisição desses automatismos. A teoria de André Luiz, mais completa, confirma a existência dos automatismos constatados por Descartes e explica a sua formação, que se dá ao longo da trajetória milenar do princípio espiritual, ora no corpo físico, ora no plano invisível.

3 - Qual a importância do automatismo e da herança na evolução do ser espiritual?

R - Deus fez o homem para viver em sociedade. Para tanto, deu-lhe a palavra e as faculdades necessárias à vida de relação. O insulamento o embrutece e impede o seu desenvolvimento, por lhe faltar o contacto com outros homens. Na vida em coletividade é que o homem se completa, uns auxiliando os outros no aperfeiçoamento de suas aquisições e todos trabalhando em prol da comunidade. Nos reinos inferiores não é diferente. O princípio espiritual serve à espécie em que se situa, doando-lhe, mecanicamente, o fruto de suas aquisições e dela recebendo os benefícios de que necessita para a sua ascensão. Primeiro,
há o reflexo; depois o instinto. Por fim, mediante a recapitulação e a transmissão por herança, ao longo dos milênios, vem o conhecimento, já na forma humana. A atividade nervosa se transforma em vida psíquica. É o automatismo e a herança funcionando em favor do prosseguimento da vida e da evolução contínua do princípio espiritual, a caminho da angelitude a que se destina.

4 - Que ensinamento importante você apontaria no item "evolução e princípios cosmocinéticos"?

R - André Luiz nos mostra neste item que a lei de evolução é única, tanto para o macro quanto para o microcosmo. A mesma lei que rege o equilíbrio dos astros regula a vida orgânica do nosso organismo físico. Os dias da Criação a que se refere a gênese mosaica equivalem a épocas imensas no tempo e no espaço. O surgimento do homem na Terra é uma construção que levou milhões de anos para se consumar, sob a orientação dos Instrutores Celestiais que supervisionam a evolução terrestre. Tanto o corpo espiritual que serve de modelo organizador do corpo físico como este próprio, que reflete o corpo espiritual, são resultados de experiências repetidas incontáveis vezes, ora no plano físico, através das reencarnações, ora no mundo espiritual.

5 - Como se deu o surgimento dos nossos órgãos psicossomáticos?

R - Como temos visto no decorrer do estudo, o princípio espiritual foi construindo o corpo psicossomático (perisírito), que dá forma ao corpo físico, ao longo de milênios, progredindo de acordo com as condições de vida oferecidas pelo Planeta e através do mecanismo de automatismo e herança que vimos acima.

Segundo a explicação de André Luiz, podemos resumir desta forma o surgimento dos sentidos que se expressam pelos nossos órgãos psicossomáticos:
a. tato: adquirido na passagem pelas células nucleares (dos protozoários) com seus movimentos semelhantes aos das amebas;
b. visão: pela sensibilidade do plasma (massa formadora) nos flagelados (filamentos que servem de órgãos locomotores -

os flagelos) expostos à luminosidade do Sol;

c. olfato: começou nos animais aquáticos mais simples:

d. gosto: surgiu nas plantas, armadas de pelos viscosos, destilando sucos digestivos;

e. primeiras sensações sexuais: algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas, com atração mútua, mas também num esboço de epiderme sensível, geneticamente simpáticas.



Para um aprofundamento no tema, recomendamos o estudo do livro "A Evolução Anímica", de Gabriel Delane, editado pela FEB.



6 - Qual o papel da lei de causa e efeito, diante dos ensinamentos contidos no item "trabalho da inteligência"?


R - Ao lado do automatismo e da herança que impulsionam a evolução do princípio espiritual rumo à sua destinação angelical há um automatismo moral, que é acionado pela lei de causa e efeito. Esta lei, também conhecida como "lei de ação e reação", é acionada conforme os atos, pensamentos e sentimentos que o espírito pratica em sua romagem pela eternidade, no plano físico ou no espiritual, utilizando-se do livre-arbítrio de que é dotado. Quando adota práticas que violam as Leis Naturais, o espírito provoca uma desarmonia no Universo, o que não é admitido pela Natureza, que reage a fim de corrigí-la; quando, ao contrário, dedica-se ao cumprimento das Leis Divinas, que Jesus resumiu em "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", o espírito é recompensado com o seu adiantamento na escala evolutiva. O trabalho da inteligência a que se refere André Luiz, portanto, deve ser direcionado para a aquisição de virtudes e despojamento dos vícios e das imperfeições, pois é a parte que nos toca no processo evolutivo. O mecanismo instituído por Deus para esse fim é a lei de causa e efeito.

Um grande abraço a todos

Equipe CVDEE
Sala André Luiz