Nos Domínios da Mediunidade
005 – Assmilação das Correntes Mentais
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
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Sala Virtual de Estudos Nosso Lar
Estudo das obras de André Luiz
Livro em estudo: Nos domínios da mediunidade
Tema: Capítulo 5 - Assimilação de correntes mentais
RESUMO DO CAPÍTULO
(...)
Nosso orientador articulou a apresentação. O irmão Clementino abraçou-nos, acolhedor.
(...)
A essa altura, diversas entidades do nosso plano colocaram-se junto dos médiuns que estariam de serviço.
Clementino avançou em direção a Raul Silva, perto de quem se postou em muda reflexão.
Logo após, Áulus convidou-me ao psicoscópio e, graduando-o sob nova modalidade, recomendou-nos acurado exame.
Foquei os companheiros encarnados em concentração mental, identificando-os sob aspecto diferente.
Dessa vez, os veículos físicos apareciam quais se fossem correntes electromagnéticas em elevada tensão.
O sistema nervoso, os núcleos glandulares e os plexos emitiam luminescência particular. E, justapondo-se ao cérebro, a mente surgia como esfera de luz característica, oferecendo em cada companheiro determinado potencial de radiação.
Assinalando-nos a curiosidade, o Assistente explicou:
- Em qualquer estudo mediúnico, não podemos esquecer que a individualidade espiritual, na carne, mora na cidadela atômica do corpo, formado por recursos tomados de empréstimo ao ambiente do mundo. Sangue, encéfalo, nervos, óssos, pele e músculos representam materiais que se aglutinam entre si para a manifestação transitória da alma, na Terra, constituindo-lhe vestimenta temporária, segundo as condições em que a mente se acha.
Nesse instante, o irmão Clementino pousou a destra na fronte do amigo que comandava a assembléia, mostrando-se-nos, quase obscuro.
- O benfeitor espiritual que ora nos dirige - acentuou o nosso instrutor - afigura-se-nos mais pesado porque amorteceu o elevado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo à posição de Raul, tanto quanto lhe é possível, para benefício do trabalho começante. Influencia agora a vida cerebral do condutor da casa, à maneira dum musicista emérito manobrando, respeitoso, um violino de alto valor, do qual conhece a firmeza e a harmonia.
Notamos que a cabeça venerável de Clementino passou a emitir raios fulgurantes, ao mesmo tempo que o cérebro de Silva, sob os dedos do benfeitor, se nimbava de luminosidade intensa, embora diversa.
O mentor desencarnado levantou a voz comovente, suplicando a Bênção Divina com expressões que nos eram familiares, expressões essas que Silva transmitiu igualmente em alta voz, imprimindo-lhes diminutas variações.
Com a emotividade que nos invadia a todos, brando silêncio se interpôs, durante rápidos minutos.
Fios de luz brilhante ligavam os componentes da mesa, dando-nos a perceber que a prece os reunia mais fortemente entre si.
Terminada a oração, acerquei-me de Silva.
Desejava investigar mais a fundo as impressões que lhe assaltavam o campo físico, e observei-lhe, então, todo o busto, inclusive braços e mãos, sob vigorosa onda de força, a eriçar-lhe a pele, num fenômeno de doce excitação, como que "agradável calafrio". Essa onda de força descansava sobre o plexo solar, onde se transformava em luminoso estímulo, que se estendia pelos nervos até o cérebro, do qual se derramava pela boca, em forma de palavras.
Acompanhando-me a análise, o Assistente explicou:
- O jacto de forças mentais do irmão Clementino atuou sobre a organização psíquica de Silva, como a corrente dirigida para a lâmpada elétrica. Apoiando-se no plexo solar, elevou-se ao sistema neuro-cerebrino, como a energia elétrica da usina emissora que, atingindo a lâmpada, se espalha no filamento incandescente, produzindo o fenômeno da luz.
- E o problema da voltagem ? - indaguei, curioso.
- Não foi esquecido. Clementino graduou o pensamento e a expressão, de acordo com a capacidade do nosso Raul e do ambiente que o cerca, ajustando-se-lhe às possibilidades, tanto quanto o técnico de eletricidade controla a projeção de energia, segundo a rede dos elementos receptivos.
(...)
- Cada vaso recebe de conformdade com a estrutura que lhe é própria.
Os confrontos de Áulus sugeriam belas indagações. A ligação elétrica gera luz na lâmpada. e ali ? O contato espiritual, decerto, segundo inferíamos, improvisava forças igualmente a se derramarem do cérebro e da boca de Silva, na feição de palavras e raios luminosos...
O instrutor percebeu-nos a muda inquirição e apressou-se a aclarar:
- A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no "espaço físico", através dos movimentos que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e multipla do pensamento, princípios esses com que influímos no "espaço mental". Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem.
A palavra serena e precisa do orientador compelia-nos à meditação, embora rápida.
Os claros apontamentos em torno da energia mental, conduziam-me a preciosas reflexões.
Então, o pensamento não escapava às realidades do mundo corpuscular, ponderei de mim para comigo.
Assim como possuímos na Terra valiosas observações alusivas à quimica da matéria densa, relacionando-lhes as unidades atômicas, o campo da mente oferecia largas ensanchas ao estudo de suas combinações... Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a além de lhe definirem as qualidades magnéticas... A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita...
Compreendia, desse modo, mais uma vez, e sem qualquer obscuridade, que somos naturalmente vítimas ou beneficiários de nossas próprias criações, segundo as correntes mentais que projetamos, escravizando-nos a compromissos com a retaguarda de nossas experiências ou libertando-nos para a vanguarda do progresso, conforme nossas deliberações e atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis Eternas...
(...)
Nosso orientador, atento aos objetivos de nossa permanência na casa, chamou-me a novas observações:
- Repararam na comunhão entre Clementino e Silva, no momento da prece ?
E ante a nossa expectação de aprendizagem, continou:
- Vimos aqui o fenômeno da perfeita assimilação de correntes mentais que preside habitualmente a quase todos os fatos mediúnicos. Para clareza de raciocínio, comparemos a organização de Silva, nosso companheiro encarnado, a um aparelho receptor, quais os que conhecemos na Terra, nos domínios da radiofonia. A emissão mental de Clementino, condensando-lhe o pensamento e a vontade, envolve Raul Silva em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas sobre as quais essa emissão adquire o aspecto de impressões fracas e indecisas. Essas impressões apóiam-se nos centros do corpo espiritual, que funcionam à guisa de condensadores, atingem, de imediato os cabos do sistema nervoso, a desempenharem o papel de preciosas bobinas de indução, acumulando-se aí num átimo e reconstituindo-se, automaticamente, no cérebro, onde possuímos centenas de centros motores, semelhantes a milagroso teclado de eletroímãs, ligados uns aos outros e em cujos fulcros dinâmicos se processam as ações e as reações mentais, que determinam vibrações criativas, através do pensamento ou da palavra, considerando-se o encéfalo como poderosa estação emissora e receptora e a boca por valioso alto-falante. Tais estímulos se expressam ainda pelo mecanismo das mãos e dos pés ou pelas impressões dos sentidos e dos órgãos, que trabalham na feição de guindastes e condutores, transformadores e analistas, sob o comando direto da mente.
A elucidação não podeia ser mais simples, contudo oferecia oportunidade a mais amplas indagações.
- Temos então aqui a técnica do próprio pensamento ? - perguntou Hilário, com interesse.
- Não tanto - adiantou o interlocutor -; o pensamento que nos é exclusivo flui incessantemente de nosso campo cerebral, tanto quanto as ondas magnéticas e caloríficas que nos são particulares, e usamo-lo normalmente, acionando os recursos de que dispomos.
- Não será, porém, tão fácil estabelecer a diferença entre a criação mental que nos pertence daquela que se nos incorpora à cabeça... - ponderou meu colega intrigado.
- Sua afirmativa carece de base - exclamou o Assistente. - Qualquer pessoa que saiba manejar a própria atenção observará a mudança, de vez que o nosso pensamento vibra em certo grau de frequência, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares.
(...)
Em assuntos dessa ordem, é imprescindível muito cuidado no julgar, porque, enquanto afinamos o critério pela craveira terrena, possuímos uma vida mental quase sempre parasitária, de vez que ocultamos a onda de pensamento que nos é própria, para refletir e agir com os preconceitos consagrados ou com a pragmática dos costumes preestabelecidos, que são cristalizações mentais no tempo, ou com as modas do dia e as opiniões dos afeiçoados que constituem fácil acomodação com o menor esforço. Basta, no entanto, nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao estudo edificante e ao hábito de discernir para compreendermos onde senos situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espirituais que passamos a assimilar.
(...)
- Agora percebo como podem surgir fenômenos mediúnicos em comezinhas situações da vida, tanto nos feitos notáveis da genialidade, como nos dramas cotidianos...
- Sim, sim... - acentuou o orientador, agora preocupado com o tempo que a nossa palestração consumia - a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, e cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais sintoniza. Por isso mesmo, o Divino Mestre recomendou-nos oração e vigilância para não cairmos nas sugestões do mal, porque a tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, captando os elementos que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma espessa rede de impulsos, por vezes irresistíveis.
E, buscando o lugar que lhe competia nos trabalhos em andamento, ajuntou:
- Estudemos trabalhando. O tempo utilizado a serviço do próximo é bênção que entesouramos em nosso próprio favor, para sempre.
QUESTÕES PARA ESTUDO
1) O que fez com que os componentes encarnados emitissem tanta luz, conforme a descrição de A.L., antes do início da reunião ? Todas as pessoas tem essa mesma capacidade ? Explique.
2) Qual a dedução que podemos tirar da seguinte explicação do Assistente: "Em qualquer estudo mediúnico, não podemos esquecer que a individualidade espiritual, na carne, mora na cidadela atômica do corpo, formado por recursos tomados de empréstimo ao ambiente do mundo. Sangue, encéfalo, nervos, óssos, pele e músculos representam materiais que se aglutinam entre si para a manifestação transitória da alma, na Terra, constituindo-lhe vestimenta temporária, segundo as condições em que a mente se acha."
3) Como é possível aos espíritos desencarnados amortecer o seu tom vibratório, como fez o irmão Clementino, e com que finalidade fazem isso ?
4) Porque os espíritos desencarnados necessitam dos encarnados para socorrer os necessitados ? Não poderiam por eles mesmos efetuar esse socorro ?
5) Pode um espírito desencarnado comunicar-se através de qualquer um dos médiuns ? O que é necessário para que haja tal comunicação ?
6) O que é o "plexo solar" e qual a sua importância e finalidade ?
7) Quais os fatores que podem influenciar na eficácia de um grupo de trabalhos mediúnicos ?
8) Comente as seguintes assertivas:
8 -a) "A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no "espaço físico", através dos movimentos que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e multipla do pensamento, princípios esses com que influímos no "espaço mental". Os mundos atuam uns sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos agentes mentais que produzem."
8 -b) "(...) ... Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a além de lhe definirem as qualidades magnéticas... A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita...
Compreendia, desse modo, mais uma vez, e sem qualquer obscuridade, que somos naturalmente vítimas ou beneficiários de nossas próprias criações, segundo as correntes mentais que projetamos, escravizando-nos a compromissos com a retaguarda de nossas experiências ou libertando-nos para a vanguarda do progresso, conforme nossas deliberações e atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis Eternas..."
9) Como poderá um médium distinguir se um pensamento é seu ou de um espírito ?
Bom estudo a todos.
Abraços,
Vera
Bibliografia de apoio sugerida:
LM - LE
Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda
Conclusão
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Estudo das obras de André Luiz
Livro em estudo: Nos domínios da mediunidade
Tema: Capítulo V - Assimilação de correntes mentais - Conclusão
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
1) O que fez com que os componentes encarnados emitissem tanta luz, conforme a descrição de André Luiz., antes
do início da reunião ? Todas as pessoas têm essa mesma capacidade?
Conforme a explicação do assistente Áulus, a luz identificada por André Luiz emitida pelos médiuns participantes da
reunião foi gerada pelas forças mentais do benfeitor Clementino, dirigente espiritual do trabalho. Segundo explicou,
essas forças atuaram sobre a organização psíquica do irmão Silva, dirigente encarnado do trabalho, como uma
corrente elétrica em direção a uma lâmpada. Apoiando-se no plexo solar, que é a região do abdome, atingiu o sistema
neuro-cerebral, espalhando-se e produzindo o fenômeno da luz.
Nem todas as pessoas, porém, têm essa capacidade. Somente a possuem os que levam uma existência dedicada
ao bem, à busca do auto-aprefeiçoamento e do atendimento aos ensinamentos evangélicos. Como vimos no capítulo
I, o grupo que ali se encontrava reunido, embora ainda longe da angelitude a que somos destinados, longe de serem
grandes missionários, já possuíam consideráveis conquistas evolutivas. Suas mentes estavam voltadas aos ideais
superiores de fé e ao amor pelo próximo. Pautavam-se pela disciplina e esforço na prática do bem e se conduziam
com espírito de renúncia e dedicação ao estudo doutrinário. Com esse comportamento, emanavam de suas mentes
radiações de elevado teor vibratório, permitindo-lhes captar as luzes emanadas de Clementino.
2) Qual a dedução que podemos tirar da seguinte explicação do Assistente: "Em qualquer estudo mediúnico, não
podemos esquecer que a individualidade espiritual, na carne, mora na cidadela atômica do corpo, formado por
recursos tomados de empréstimo ao ambiente do mundo. Sangue, encéfalo, nervos, óssos, pele e músculos
representam materiais que se aglutinam entre si para a manifestação transitória da alma, na Terra, constituindo-lhe
vestimenta temporária, segundo as condições em que a mente se acha."
Podemos concluir que, enquanto encarnado, o espírito reflete a sua realidade espiritual no corpo físico. Este é o
veículo que nos é disponibilizado pela bondade de Deus para buscarmos a perfeição possível. Reflete o estágio
evolutivo em que se encontra o espírito, espelhando suas conquistas e as viciações das quais ainda não conseguiu
se despojar. A individualidade espiritual daqueles trabalhadores lhes permitia a recepção dos raios luminosos
emanados do benfeitor, refletindo em seus veículos físicos.
3) Como é possível aos espíritos desencarnados amortecer o seu tom vibratório, como fez o irmão Clementino e
com que finalidade fazem isso?
Um espírito que já tenha alcançado um nível evolutivo elevado, como no caso narrado por André Luiz, pode, através
de sua força mental, tornar denso seu perispírito, graduando sua densidade conforme a necessidade. Sendo matéria
plasticizada, o perispírito pode ser moldado pela simples manifestação de vontade do espírito. É claro que a força
dessa manifestação de vontade depende da evolução do espírito. Um espírito pouco evoluído não tem essa mesma
capacidade. Seu corpo perispiritual é plasmado conforme o direcionamento dado por seu psiquismo, independente
de qualquer manifestação de vontade.
Os espíritos superiores assim procedem quando desejam transmitir suas comunicações a médiuns encarnados
que se encontram em grau de evolução inferior ou para inspirá-los em seus trabalhos mediúnicos ou nos estudos
doutrinários.
4) Por que os espíritos desencarnados necessitam dos encarnados para socorrer os necessitados? Não poderiam
por eles mesmos efetuar esse socorro?
O plano espiritual pode executar esse tipo de trabalho, independentemente da participação de encarnados. E o faz
com frequência, como vimos em relatos do próprio André Luiz, principalmente nos livros "Libertação" e "Entre a Terra
e o Céu". No entanto, casos há em que a cooperação de trabalhadores encarnados se faz necessária, pois o
magnetismo humano pode auxiliar na doutrinação do espírito em perturbação. É comum essa prática no caso de
tratamento de espíritos que se encontram ainda muito presos às sensações da matéria, que ainda não conseguiram
se despojar inteiramente das influências do corpo físico. Esses espíritos, para melhor recepcionarem a doutrinação,
precisam que esta lhes seja ministrada por intermédio de um instrutor encarnado, que podem manter com eles uma
sintonia mais apropriada. Para o trabalhador, o auxílio prestado constitui uma importante oportunidade não só de
trabalho, mas, também, de aprendizado
5) Pode um espírito desencarnado comunicar-se através de qualquer um dos médiuns ? O que é necessário para
que haja tal comunicação?
Nem todos os espíritos encontram-se em condições de se comunicarem com o plano terreno. Os que o podem
fazer, contudo, necessitam de um médium cujo padrão vibratório seja compatível com o seu. É a questão da
sintonia, das vibrações compensadas, da afinidade, que temos estudado e que criam uma ressonância psíquica
entre dois seres que nutrem pensamentos da mesma natureza. Sintonizados psiquicamente, dois ou mais seres
alimentam mutuamente suas mentes.
Na comunicação mediúnica, a sintonia é fator de grande relevância. Em geral, um espírito não pode se comunicar
senão através de um médium com quem mantenha relativa identidade de pensamento e que possa assimilar suas
idéias. Os Espirítos Superiores, porém, como vimos acima, possuem a capacidade de adaptar seu padrão vibratório
ao do médium que servirá de intermediário, se entender necessária a comunicação e que o medianeiro está apto a
recebê-la. Por isso, o exercício da mediunidade não prescinde da reforma íntima, para que o médium esteja em
condições de recepcionar espíritos que tragam mensagens construtivas.
6) O que é o "plexo solar" e qual a sua importância e finalidade?
Plexo é uma denominação que se dá aos múltiplos sistemas de componentes que permitem o funcionamento dos
órgãos vitais do nosso corpo físico. O plexo solar é um desses sistemas. É relativo ao ventre, ao abdome, onde
funciona o sistema gástrico. Responsabiliza-se pelo processamento dos alimentos ingeridos e, como descreve
Áulus, também assimila as forças fluídicas com as quais nos identificamos.
7) Quais os fatores que podem influenciar na eficácia de um grupo de trabalhos mediúnicos?
São os fatores que irão determinar o caráter homogêneo do grupo, indispensável a um resultado positivo do trabalho
mediúnico. Podemos citar, dentre esses fatores, a identidade de propósitos, a disciplina, o conhecimento doutrinário,
a elevação moral e, principalmente, o amor e a vontade de servir.
8) Comente as seguintes assertivas:
a) "A lâmpada em cujo bojo se faz luz arroja de si mesma os fotônios que são elementos vivos da Natureza a
vibrarem no "espaço físico", através dos movimentos que lhes são peculiares, e nossa alma, em cuja intimidade
se processa a idéia irradiante, lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável
e multipla do pensamento, princípios esses com que influímos no "espaço mental". Os mundos atuam uns
sobre os outros pelas irradiações que despedem e as almas influenciam-se mutuamente, por intermédio dos
agentes mentais que produzem."
O instrutor está comparando a alma humana a uma lâmpada. Do mesmo modo que a lâmpada irradia a luz elétrica,
o espírito também irradia os principíos espirituais próprios de cada um. Essas irradiações vão influir no ambiente
exterior, formando uma psicosfera que a todos influencia e cuja natureza será conforme a qualidade dos nossos
pensamentos. O mesmo ocorre com os incontáveis planetas que compõem o Universo, uns influenciando os outros
pelas irradiações que externam, oriundas de sua humanidade.
b) " (...) ... Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, compreensão, esperança ou alegria teriam natureza
diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a além de lhe definirem as
qualidades magnéticas... A onda mental possuiria determinados coeficientes de força na concentração silenciosa,
no verbo exteriorizado ou na palavra escrita...
Compreendia, desse modo, mais uma vez, e sem qualquer obscuridade, que somos naturalmente vítimas ou
beneficiários de nossas próprias criações, segundo as correntes mentais que projetamos, escravizando-nos a
compromissos com a retaguarda de nossas experiências ou libertando-nos para a vanguarda do progresso,
conforme nossas deliberações e atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis Eternas..."
O pensamento é uma energia que transporta a criação mental através de ondas magnéticas que se propagam pelo
espaço como raios, sendo o fluido cósmico universal o seu veículo. A palavra escrita ou falada e até mesmo o
pensamento silencioso, não externado, possuem características e pesos próprios, como disse o André Luiz, que
influenciam no estado mental do espírito e na formação do seu perispírito e do corpo físico, quando encarnado. A
conseqüência é o nosso adiantamento espiritual ou o nosso aprisionamento aos vícios do passado, conforme
estejam em harmonia ou em desarmonia com as Leis Naturais.
9) Como poderá um médium distinguir se um pensamento é seu ou de um espírito?
A Doutrina Espírita não traz uma fórmula pronta e acabada para se fazer o reconhecimento quanto ao fenômeno
anímico, ou seja, o proveniente do próprio espírito encarnado e o mediúnico. Áulus esclarece que os nossos
pensamentos são intrínsecos, isto é, fluiem de dentro para fora, vêm do nosso cérebro. O pensamento do espírito
é extrínseco, vindo de fora para dentro. Os nossos estão sempre de acordo com o grau de evolução que já
alcançamos, traduzindo nossas inclinações e têm sempre o mesmo conteúdo mroa e intelectual. Já os pensamentos
vindos do plano espiritual são diferentes quanto à forma e ao conteúdo, variando conforme o espírito que se comunica.
A maneira do médium adquirir a capacidade de distinguir se o pensamento é seu ou do espírito é estudar a doutrina
e manter um padrão comportamental compatível com os seus ensinamentos morais, que são os do Cristo.
Muita paz a todos.
Equipe CVDEE
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