Obreiros da Vida Eterna

021 – Estudo conclusivo do livro


Com esse estudo, nas próximas duas semanas, pretendemos
recapitular os ensinamentos trazidos pelo Autor Espiritual através desse livro -
Obreiros da Vida Eterna - o quarto da série, que estudamos nas últimas semanas.
O ESTUDO SERÁ FEITO EM FORMA DE QUESTÕES QUE SERÃO PROPOSTAS
PARA TROCA DE IDÉIAS.

As questões serão baseadas nos vários temas doutrinários
abordados no livro, como vida após a morte, reencarnação, situação do espírito no
mundo espiritual, zonas inferiores, eutanásia, desencarnação.

Recapitulando

Engajado no trabalho de assistência e socorro espiritual, o Autor
agora integra uma nova equipe de benfeitores, ligada a uma instituição de socorro
denominada "Casa Transitória". "Trata-se de uma grande instituição piedosa, no campo
de sofrimentos mais duros em que se reúnem almas recém-desencarnadas, nas
cercanias da Crosta Terrestre, a qual, segundo nos informou o chefe da expedição, fora
fundada por Fabiano de Cristo, devotado servo da caridade entre antigos religiosos do
Rio de Janeiro, desencarnado há muitos anos." (capítulo IV).

Nessa Instituição, ao tempo em que auxiliava no trabalho de
socorro, André Luiz prosseguiu seus estudos sobre a vida no outro mundo. Participou
de expedições nas zonas inferiores do plano espiritual e na Terra, sempre no trabalho de
socorro aos necessitados. Atendendo ao seu desejo de aprofundar seus conhecimentos,
sempre aproveitava a experiência colhida com o trabalho para desenvolver os estudos e
transmitir seus ensinamentos.

Vamos, então, às questões envolvendo os principais temas
abordados nessa obra, cujo estudo estamos concluindo.

O que é a morte. Auxílio no plano espiritual.
Reencarnações de ordem inferior (Capítulo V)

1.- Que conseqüências pode a visão distorcida da morte trazer para o espírito que
desencarna?

2.- Ao passarem para o plano espiritual, todos os espíritos recebem o mesmo auxílio?

3.- Quais as diferenças existentes entre o processo reencarnatório dos espíritos que já
possuem alguma evolução e dos que ainda se encontram em zonas inferiores, arraigados
na prática do mal e do ódio?

Sofrimento após a morte. Intercessão. Recordação
do passado. Prece. Leitura mental (Cap.VI e VII)

4.- Quais as condições necessárias para um espírito em sofrimento no mundo espiritual
receber o benefício da intercessão?

5.- Qual a importância da prece no trabalho de intercessão?

6.- O espírito readquire a recordação do passado logo após a sua desencarnação? Qual
o papel da leitura mental?

Espíritos sofredores. Socorro espiritual.
Umbral. Fogo Purificador (Cap.VIII, IX e X)

7.- Como o Espiritismo encara o sofrimento no mundo espiritual? Como sair dele?

8.- Podemos entender como sendo o "Umbral" as regiões inferiores percorridas pela
expedição de André Luiz? O que podem os benfeitores fazer para melhorar o ambiente
naqueles locais?

Dúvidas e questionamentos

9.- Se você tem alguma dúvida ou algum questionamento a fazer com relação aos temas estudados, apresente, para que possamos estudar juntos.

Desencarnação: causas perturbadoras, situação
do espírito após ela, conseqüências (Cap. XI a XX)


Questão para estudo e debate:


1. - De que forma os familiares e amigos podem prejudicar o processo desencarnatório
de um ente querido?

2. - Como o Espiritismo explica o chamado "delírio" nos momentos que antecedem a
desencarnação

3. - Eutanásia: como a doutrina espírita encara a sua prática?

4. - Como se dá a separação do espírito de seu corpo físico? Após a sua ocorrência,
o espírito mantém as mesmas sensações ou sente as mesmas necessidades?

5. - O que vem a ser "moratória" e "espírito completista"?

Conclusão


O que é a morte. Auxílio no plano espiritual.
Reencarnações de ordem inferior (Capítulo V)

1.- Que conseqüências pode a visão distorcida da morte trazer para o espírito que
desencarna?

É de grande valia para nós uma correta idéia do que seja a chamada "morte". O
conhecimento do que representa essa nossa passagem terrena e o nosso posterior
retorno ao plano espiritual exerce grande influência no complexo momento da
desencarnação.
Após deixar o corpo físico, é regra o espírito ser tomado por um estado de
perturbação. O tempo em que permanecerá nesse estado, porém, vai depender de
várias circunstâncias, dentre elas a informação que o espírito tenha a respeito da
"morte" e da sobrevivência após a sua ocorrência.
Quando recebe educação religiosa que não esclarece corretamente sobre o que
pode vir acontecer, o espírito tem uma grande decepção ao chegar no mundo espiritual.
Como nos exemplos citados por André Luiz, há os que esperam encontrar um céu
contemplativo, onde possam gozar de uma tranqüilidade eterna, sem as tribulações
da vida que prossegue. Constatando que não é assim, experimenta a decepção sentida
pelo Irmão Gotuzo, narrada pelo próprio no capítulo V, o que agrava o estado de
perturbação natural.


2.- Ao passarem para o plano espiritual, todos os espíritos recebem o mesmo auxílio?

O auxílio prestado pelos benfeitores espirituais depende das condições em que o
espírito desencarna. O seu grau de evolução, o modo como ocorreu a morte de seu
corpo físico, a maneira como se portou na existência que se finda, tudo isso vai ditar o
tipo de auxílio e de companhia que o espírito vai receber ao desencarnar. Os que se
portaram de conformidade com o que manda a Lei de Deus, vão encontrar benfeitores
que os guiarão nos primeiros momentos do novo modo de vida. Poderão, inclusive, ser
recebidos por familiares e amigos que tenham partido antes.
Os que, ao contrário, encontram-se desequilibrados, por não terem se portado de
acordo com os mandamentos do Criador, certamente não terão o mesmo merecimento
e, embora os benfeitores desejem auxiliá-los, não se encontram aptos a receberem
o auxílio. Por vezes, sequer conseguem perceber a presença desses benfeitores.
Noutras, são recebidos por entidades trevosas, com as quais se sintonizam.


3.- Quais as diferenças existentes entre o processo reencarnatório dos espíritos que já
possuem alguma evolução e dos que ainda se encontram em zonas inferiores, arraigados
na prática do mal e do ódio?

No primeiro caso, em que o espírito reencarnante demonstra alguma conquista
evolutiva, tem ele merecimento à assistência de benfeitores espirituais, que o auxiliam
no ato reencarnatório. A compreensão que tem de todo o processo também o ajuda
nos atos necessários à concretização da ligação ao novo corpo de carne. O espírito
nessa condição pode usar de seu livre-arbítrio na escolha das provas a que deverá se
submeter na nova existência. A reencarnação para ele é uma bênção divina para um
aprendizado que o propulsionará à evolução.
Quanto aos espíritos ainda persistentes no ódio e que se encontram em estado de
desequilíbrio, a reencarnação é uma imposição necessária, que lhes é compulsoriamente
determinada para expiarem suas faltas. São compelidos a aceitarem a programação que
lhes é traçada pelos espíritos superiores, sem direito à escolha das provas. Em muitos
dos casos, sequer têm consciência de que estão reencarnando, tal o seu nível de
ignorância. Chegam ao novo corpo num ambiente impregnado de ódio e de vibrações
negativas.

Sofrimento após a morte. Intercessão. Recordação
do passado. Prece. Leitura mental (Cap.VI e VII)

4.- Quais as condições necessárias para um espírito em sofrimento no mundo espiritual
receber o benefício da intercessão?

É necessário, em primeiro lugar, que o espírito em desequilíbrio esteja receptivo ao
auxílio intercessório. Caso contrário, faz-se preciso um trabalho preliminar através da
prece, rogando a assistência de Deus para que o socorrido se reequilibre, deixando as
influências negativas de forças perturbadoras.


5.- Qual a importância da prece no trabalho de intercessão?

A prece tem um papel fundamental nesse tipo de trabalho. Ela reequilibra o espírito
socorrido, fazendo-o abandonar as vibrações de ressentimento e ódio em que se encontre mergulhado. Reencontrando-se com si mesmo, coloca-se em condições de refletir sobre
seus atos no passado, que o levaram a tão penosa situação. É o primeiro passo para se
receber o auxílio interesseiro.


6.- O espírito readquire a recordação do passado logo após a sua desencarnação? Qual
o papel da leitura mental?

Somente aos poucos o espírito recobrando a recordação de suas existências
pretéritas. O grau evolutivo em que se encontre é que vai determinar o ritmo dessa
recuperação. Quanto mais adiantado estiver, mais rapidamente readquirirá a lembrança
do passado. O recurso da leitura mental serve para que o espírito faltoso, recordando-se
de seus atos, adquira a consciência dos erros praticados e manifeste o arrependimento,
primeiro passo para o seu refazimento espiritual.


Espíritos sofredores. Socorro espiritual.
Umbral. Fogo Purificador (Cap.VIII, IX e X)

7.- Como o Espiritismo encara o sofrimento no mundo espiritual? Como sair dele?

O Espiritismo nos ensina que o sofrimento não é provocado por Deus, como um
"castigo" devido aos nossos erros, como muitos pensam. O sofrimento é a reação natural
devido a um comportamento, pensamento ou ação que estejam contrários às leis naturais
ou divinas. Ele é responsabilidade de cada Espírito, que responde perante as leis, escritas
na própria consciência, pelo erros cometidos. Assim, da mesma forma que cair em
sofrimento corre por nossa responsabilidade, libertar-se deste sofrimento também é nossa responsabilidade.
Para tanto, poderemos ser auxiliados pelos amigos, pelos Espíritos Bons, que aliviam
nosso fardo. Mas a completa libertação depende da mudança de postura íntima, da
reestruturação interior, que é tarefa de cada um. A Proteção Divina nunca falta, como
vimos nesse livro, mas a sintonia necessária para percebê-la ao nosso redor depende exclusivamente de nós.



8.- Podemos entender como sendo o "Umbral" as regiões inferiores percorridas pela
expedição de André Luiz? O que podem os benfeitores fazer para melhorar o ambiente
naqueles locais?

O Umbral, de que nos deu notícia André Luiz no livro "Nos Lar", é a denominação que
se dá a zonas do mundo espiritual onde imperem vibrações inferiores. Podemos incluir
nessa denominação as regiões percorridas pela equipe de benfeitores cujo trabalho é
narrado nessa obra. Como se viu, são regiões habitadas por espíritos em estado de
perturbação e sofrimentos dos mais variados tipos, dominados por entidades perseverantes
na prática do mal.
Um dos recursos utilizados pelos benfeitores para a limpeza do ambiente é a
passagem pelo local do "fogo purificador". Com efeito, nessas zonas de vibrações mais
inferiores, vez por outra se faz necessário a limpeza na atmosfera. Assim, no capítulo IV,
André Luiz já relatava que, ante os ataques de nossos irmãos ainda estagnados na
escuridão, necessário se faria, com maior urgência, uma limpeza . O "fogo purificador"
tem caráter etérico, queimando os resíduos mentais deletérios que predominam nessas
regiões.

Desencarnação: causas perturbadoras, situação
do espírito após ela, conseqüências (Cap. XI a XX)


Questões para estudo e debate:


1. - De que forma os familiares e amigos podem prejudicar o processo desencarnatório
de um ente querido?

Como o pensamento se irradia, projetando-se no ambiente mental, tem ele força
para prender o espírito prestes a desencarnar na mesma vibração de quem o está
emitindo. Assim, se os familiares e amigos estiverem projetando pensamentos que
irradiem o desejo de o desencarnante permanecer materialmente junto deles, certamente
irão dificultar o processo desencarnatório, mantendo a ligação do desencarnante com
o seu corpo físico, sem conseguir, assim, desvencilhar-se da família terrena.



2. - Como o Espiritismo explica o chamado "delírio" nos momentos que antecedem a
desencarnação?

Pelo exemplo descrito no capítulo XIII por André Luiz, vemos que, nos últimos
instantes, quando já se encontra mais fora da matéria do que a ela preso, mesmo estando
apegado ao corpo físico, começa o espírito a vivenciar a vida espiritual que se aproxima.
É o que comumente se chama de "delírio final". Os que desconhecem a vida espiritual
consideram que o desencarnante está delirando e que as visões ou conversas que relata
são fruto do delírio. Na realidade, são os primeiros contatos com a nova vida.


3. - Eutanásia: como a doutrina espírita encara a sua prática?

A doutrina espírita rejeita categoricamente a prática de eutanásia. Numa ótica
exclusivamente materialista, pessoas há que decidem abreviar sua existência física ou
de outrem, como forma de aliviar o sofrimento. Esse procedimento, porém, contraria
frontalmente a lei de Deus, de quem o homem não pode prejulgar os desígnios. Em
"O Evangelho Segundo o Espiritismo", no capítulo V, há uma instrução do Espírito S. Luís,
em que ele ensina que se deve minorar "...os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes;
mas guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar
muitas lágrimas no futuro."


4. - Como se dá a separação do espírito de seu corpo físico? Após a sua ocorrência,
o espírito mantém as mesmas sensações ou sente as mesmas necessidades?

A separação do espírito de seu corpo carnal se dá gradativamente. O que vai ditar
o ritmo dessa gradação é o estado evolutivo do desencarnante. Quanto mais evoluído,
mais rápido se processa o desate. Nos casos narrados por André Luiz, vemos situações
de espíritos com alguma conquista evolutiva, com conhecimento da vida espiritual, cuja
separação se deu algumas horas após a falência de seu corpo físico, tendo logo retomado
a consciência e até acompanhado o enterro do corpo.
Vimos, no entanto, que o mesmo não aconteceu com os espíritos ainda atrasados
em sua evolução, muito ligados à matéria e às questões da vida carnal. Para esses, o
desprendimento se mostrara difícil, pois encontravam-se, ainda, ligados ao corpo físico,
alguns, até, já enterrados, através de um cordão fluídico que os ligava ao envoltório carnal.
Quanto às sensações e necessidades, uma vez desencarnado, o espírito ainda pode experimentar as mesmas necessidades e sofrimentos que sentia na vida material. Contudo,
essas necessidades e sofrimentos não são mais de ordem material, mas, sim, de ordem
moral. À medida que vai evoluindo, vão sendo minimizados, até desaparecerem. Por
exemplo: a fome e a sede que o espírito sente, não é mais de ordem material, pois, sem
o corpo físico, não necessita de comida nem de bebida. Mas subsiste uma necessidade
moral, fruto das sensações que mantém, que vai desaparecendo conforme adquire melhores
condições para se desvencilhar mais rapidamente da vida material.


5. - O que vem a ser "moratória" e "espírito completista"?

"Moratória", segundo nos ensina o Autor espiritual, é uma dilatação do tempo de
permanência do espírito no corpo de carne, sempre motivada por questão relevante, que
possa trazer algum benefício à causa do bem. Por sua vez, "completista" se considera
o espírito que cumpriu todas a sua programação reencarnatória, tanto no que concerne
ao tempo de permanência na vida material, quanto às provas ou expiações assumidas no
plano espiritual antes do retorno à carne.