Obreiros da Vida Eterna

001 – Convite ao bem

Vamos dar início ao estudo de um novo livro: Obreiros da Vida Eterna. É o quarto livro
da série de obras que nos foi trazida pelo Espírito André Luiz, através da psicografia de
Chico Xavier. Por essa grandiosa obra, André Luiz ganhou o apelido de "Repórter do Além",
por ter feito verdadeiras revelações sobre a vida no plano espiritual. No livro que ora
começamos a estudar, o Autor nos relata novas experiências no trabalho de socorro
espiritual a necessitados, integrando uma nova equipe de socorristas. Do seu relato podemos
extrair preciosos ensinamentos doutrinários.
Vamos ao estudo.

Texto para estudo:

Após as experiências que estudamos através do livro "Missionários da Luz", André Luiz
se prepara para o início de nova expedição socorrista, agora integrando uma nova equipe,
chefiada pelo assistente Jerônimo.
Antes de iniciá-la, foi realizado um trabalho preparatório, mediante educativa palestra
proferida por um destacado Instrutor superior, num local denominado "Templo da Paz".
Vamos ao relato de André Luiz:

< Antes de iniciar os trabalhos de nossa expedição socorrista, o Assistente Jerônimo
conduziu-nos ao Templo da Paz, na zona consagrada ao serviço de auxílio, onde
esclarecido Instrutor comentaria as necessidades de cooperação junto às entidades
infelizes, nos círculos mais baixos da vida espiritual, que rodeiam a Crosta da Terra. >

< Seguíamos, o Assistente Jerônimo, o padre Hipólito, a enfermeira Luciana e eu,
constituindo pequena equipe de trabalho, incumbida de operar na Crosta Planetária,
durante trinta dias, aproximadamente, em caráter de auxílio e estudo, com vistas ao
nosso desenvolvimento espiritual. >

< Jerônimo, o orientador de nossas atividades ... explicou, gentil:
- Admito que a quase totalidade dos interessados e estudiosos que afluem à casa
integram comissões e agrupamentos de socorro nas regiões menos evolvidas. ...
- A palavra do Instrutor Albano Metelo merece a consideração excepcional da noite.
Trata-se dum campeão das tarefas de auxílio aos ignorantes e sofredores dos círculos
imediatos à Crosta Terrestre. ... >

< Alguns instantes agradabilíssimos de espera e o emissário apareceu na tribuna simples,
magnificamente iluminada. Era um ancião de porte respeitável, cujos cabelos lhe teciam
uma coroa de neve luminosa. ... Depois de estender sobre nós a mão amiga, num gesto
de quem abençoa, ouviu-se o coro do Templo entoando o hino "Gloria aos Servos Fiéis. >

< - Não mereço, amigos, o preito de carinho desta noite. Não tenho servido fielmente
Àquele que nos ama desde o princípio e, por isso, vosso hino confunde-me. Mero soldado
das lides evangélicas, trabalho ainda no campo da própria redenção. ... >

Trechos da palestra do Instrutor Albano Metelo:

< - ... a minha personalidade não interessa. Venho falar-vos de nossos trabalhos
singelos, nas regiões espirituais ligadas à Crosta da Terra. As zonas purgatoriais
multiplicam-s, assustadoramente, em derredor dos homens encarnados. ... nem sempre
formulamos uma idéia exata da ignorância e da dor que atormentam a mente humana,
quanto aos problemas da morte. >

< - Mas ... e os nossos irmãos que ainda ignoram a luz? subiríamos até Deus, num
círculo fechado? como operar o insulamento egoístico e partir, a caminho do Pai amoroso
e Leal que acende o Sol para os santos e os criminosos, para os justos e injustos? >

< - Nós, que procuramos a santidade e a justiça, alcançaríamos, acaso, semelhante
orientação, se outras fossem as circunstâncias que nos regeram até aqui? Construtores
de nossos próprios destinos, por delegação natural do Criador, onde permaneceríamos
agora sem os favores da oportunidade e o obséquio da proteção de benfeitores desvelados?
... Seria completo o nosso regozijo, havendo lágrimas atrás de nossos passos? Entre os
júbilos de alguns, identificaríamos a ruína e a miséria de multidões incalculáveis!... >

< - Também eu tive noutro tempo a obcecação de buscar apressado a montanha. ...
Consegui vencer os óbices imediatos e ganhei, jubiloso, pequenina eminência. Em me
voltando, todavia, espantou-me a visão terrífica do vale: o sofrimento e a ignorância
dominavam em plena treva. Desencarnados e encarnados lutavam uns contra os outros,
em combates gigantescos, disputando gratificações dos sentidos animalizados. O ódio
criava moléstias repugnantes, o egoísmo abafava impulsos nobres, a vaidade operava
horrenda cegueira ... Cheguei a sentir-me feliz, diante da posição que me distanciava de
tamanhas angústias. Contudo, quando mais me vangloriava, dentro de mim mesmo, ...
notei que o vale se represava de fulgente luz. Que sol misericordioso visitava o antro
sombrio da dor? Seres angélicos desciam, céleres, de radiosos pináculos, acorrendo às
zonas mais baixas. ... >

< - Urgia descer para colaborar com o Mestre de Amor, diminuindo os desastres das
quedas morais, amenizando padecimentos, pensando feridas, decaindo lágrimas, atenuando
o mal e, sobretudo, abrindo horizontes novos à Ciência e à Religião, de modo a desfazer
a multimilenária noite da ignorância. >

< - por que enojar-me, ante o vale, se o próprio Jesus, que me centralizava as aspirações,
trabalhava, solícito, para que a Luz de Cima penetrasse as entranhas da Terra? ... como
subir sozinho, organizando um céu exclusivo para minhalma, lastimavelmente abstraído dos
valores da cooperação que o mundo me prodigalizava com generosidade e abundância?
Detive-me, então - continuou - e voltei. >

< - Outrora, quando nos envolvíamos ainda nos fluidos da carne terrestre, supúnhamos
com desacerto que a vaidade e o egoísmo somente poderiam vitimar os homens encarnados....
Nossas idéias alusivas à morte confinavam-se a essas ridículas limitações. Hoje, porém,
sabemos que, depois do túmulo, há simplesmente continuação da vida. Céu e inferno
residem dentro de nós mesmos. A virtude e o defeito, a manifestação sublime e o impulso
animal, o equilíbrio e a desarmonia, o esforço de elevação e a probabilidade da queda
perseveram aqui, após o trânsito do sepulcro, compelindo-nos à serenidade e à prudência.
Não nos encontramos senão em outro campo de matéria variada, noutros domínios vibratórios
do próprio planeta em cuja Crosta tivemos experiências quase inumeráveis. >

< - De nossos amigos encarnados não podemos esperar, por enquanto, concurso maior e
mais eficiente nesse sentido. ... As criaturas atravessam breve período de existência no
mundo carnal. A maioria demora-se nas estações expiatórias do resgate difícil e confunde-se
nas vibrações perturbadoras do sofrimento do medo. Fazem da morte uma deusa sinistra.
Apresentam o fenômeno natural da renovação com as mais negras cores. Agarradas às
sensações do dia que passa, ignoram como dilatar a esperança e transforma a separação
provisória numa terrível noite de amarguroso adeus. ... Unamo-nos portanto, auxiliando-as,
segundo os preceitos evangélicos, descortinando-lhes novos horizontes e aclarando-lhes os
caminhos evolutivos. >

< Transcorridos alguns momentos de meditação, Metelo fez exibir num grande globo de
substância leitosa, situado na parte central do Templo, vários quadros vivos do seu campo de
ação nas zonas inferiores. ...
Infelizes desencarnados, em despenhadeiros de dor, imploravam piedade. Monstros de
variadas espécies, desafiando as antigas descrições mitológicas, compareciam horripilantes,
ao pé de vítimas desventuradas. >

< Diante do quadro extremamente doloroso, exclamou em voz firme:
- Muitos de vós sabeis que tenho nesses centros expiatórios os que me foram pais
bem-amados na derradeira experiência vivida na carne, prisioneiros ainda de torturantes
recordações; no entanto, crede, não nos move qualquer propósito egoístico nas tarefas de
auxílio, porque temos aprendido com o Senhor que a nossa família se encontra em toda a
parte. >

Conclusão do Capítulo

< Findos os trabalhos ... tive a impressão de que a assembléia em sua feição quase
integral na constituída de legítimos interessados nos trabalhos espontâneos de ajuda ao
próximo ... Consagravam-se alguns ao amparo de criminosos desencarnados, outros ao
socorro de mães aflitas, colhidas inesperadamente pelas renovações da morte, outros, ainda,
interessavam-se pelos ateus, pelas consciências encarceradas no remorso, pelos enfermos
na carne, pelos agonizantes na Crosta, pelos dementes sem corpo físico, pelas crianças em
dificuldade no plano invisível aos homens, pelas almas desanimadas e tristes, pelos
desequilibrados de todos os matizes, ...
Para todos, possuía o mentor uma sentença generosa de estímulo e admiração. >

< Abraçou-nos, com simplicidade, e perguntou:
- Partem com obrigação especializada?
- Sim - esclareceu nosso orientador - devemos atender, nos próximos trinta dias, a cinco
dedicados colaboradores nossos, prestes a desencarnarem na Crosta. Trabalharam, fiéis a
causa do bem, e as nossas autoridades encarregaram-nos de atender-lhes aos casos
pessoais. ...
- Que o Mestre os ilumine e conduza.
Eram as palavras de despedida. ... >


Bibliografia:

- O Livro dos Espíritos, questões 149 a 165 e Parte quarta,
capítulo II;
- O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulos XIII, 1 a 3; XIV, 1 a 7;
XV e XXIV, 8 a 10;
- O Céu e o Inferno, 1a. parte, capítulos I a V;
- Depois da Morte, Léon Denis, parte quarta.


Questões para estudo e participação:

1 - É possível atingirmos a felicidade sozinhos, cuidando tão somente da nossa própria
evolução?

2 - O que vem a ser a caridade, de acordo com os ensinamentos do Instrutor Metelo?

3 - O que são o céu e o inferno na visão da doutrina espirita?

4 - Como devemos entender o conceito cristão de família?

5 - Como se portar diante da morte, segundo orientações contidas na palestra em
estudo? O que acontece depois dela? Que transformações morais ou intelectuais
sofre o espírito?

6 - O trabalho das equipes de auxílio dirigem-se apenas aos que tiveram mérito para tanto
em sua última existência ou a todos indiscriminadamente?

7 - Qual (ais) a (s) principal (ais) lição (ões) que podemos extrair da palestra do Instrutor
Albano Metelo?

Conclusão

1 - É possível atingirmos a felicidade sozinhos, cuidando tão somente da nossa própria
evolução?

Colocações postas durante o estudo: - Jesus diz que cada um deve pegar a sua cruz.
Portanto, nossa evolução é individual, é própria. Contudo, Ele mesmo deu o exemplo ao
carregar a Sua própria cruz, trazendo junto a cruz de todo o mundo.
- Quando alguém caminha só, pode ser detido por
qualquer obstáculo no caminho, por menor que ele seja. Mas se nos acompanham outros
companheiros de caminhada, seremos fortes o bastante para remover ou superar grandes
desafios.
Assim, é necessário sim que cuidemos de nossa evolução e o resultado dela se fará em
felicidade real e verdadeira, quando dentro dela - evolução - estivermos procurando o conjunto,
sem egoísmo, no exercício do estender as mãos em fraternidade, solidariedade, compreensão
para ajudar todos ao nosso redor.

Comentário: É certo que a evolução é individual e que os Espíritos nos ensinam que cada
um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou desgraça (questão 1.012 de O Livro dos
Espíritos). Todavia, também é certo que ninguém conseguirá ser feliz tendo à sua volta uma
multidão de sofredores. Nesse sentido o ensinamento do instrutor Metelo, ao indagar se " ...
seria completo nosso regozijo, havendo lágrimas atrás de nossos passos? Entre os júbilos
de alguns, identificaríamos a ruína e a miséria de multidões incalculáveis. ..." E prossegue:
" ... como subir sozinho, organizando um céu exclusivo para minhalma, lastimavelmente
abstraído dos valores da cooperação que o mundo me prodigalizava com generosidade e
abundância?".
Podemos, pois, concluir, que, embora a evolução rumo à perfeição relativa e à felicidade seja
individual e de responsabilidade de cada um, não podemos descuidar dos que se encontram
abaixo de nós, sendo nosso dever dar-lhes as mãos para que subam conosco.


2 - O que vem a ser a caridade, de acordo com os ensinamentos do Instrutor Metelo?

Colocações postas durante o estudo: - É o amor no seu mais alto grau. É a doação do que
mais valioso possuímos: os tesouros da alma.
- Caridade é o amor ao próximo, benevolência, bondade,
compaixão. Allan Kardec, em nota à resposta da questão 886 dada pelos Espíritos diz que
a "a caridade, segundo Jesus, não se restringe somente à esmola, mas abrange todas as
relações com os nossos semelhantes". Podemos entender, então, que caridade é um ato
de relação, de doação total, para com os nossos semelhantes.
Assim, a caridade é o ato pelo qual deixamos fluir o Amor que abrange todas as relações com
com os nossos semelhantes, ou seja, a doação natural e total sem constrangimento nenhum
para com o próximo.

Comentário: Podemos completar o conceito de caridade dado pelos Espíritos a Kardec, com
o ensinamento do benfeitor Metelo: " ... colaborar com o Mestre de Amor, diminuindo os
desastres das quedas morais, amenizando padecimentos, pensando feridas, decaindo
lágrimas, atenuando o mal e, sobretudo, abrindo horizontes novos à Ciência e à Religião, de
modo a desfazer multimilenária noite da ignorância.".


3 - O que são o céu e o inferno na visão da doutrina espírita?

Colocações postas durante o estudo: - São, simplesmente, o reflexo de nossa consciência no
espelho da alma. Teremos o "Céu" de acordo com o bem que fizermos. Ou o "Inferno" de
acordo com o mal que fizermos ou o bem que deixarmos de fazer.

Comentário: O céu e o inferno são estados conscienciais ou, como ensina o benfeitor Metelo,
" ... residem dentro de nós mesmos.". Não são regiões circunscritas, geograficamente
demarcadas, como querem algumas religiões. Kardec comenta que " a localização absoluta
das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe."
Segundo os Espíritos, " são simples alegorias: por toda parte há espíritos ditosos e inditosos."
(questão 1.012 de O Livro dos Espíritos). E completam na resposta à questão 1.016: céu " é
o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos o mundos superiores, os Espíritos
gozam plenamente de suas faculdades, sem as tribulações da vida material, nem as angústias
peculiares à inferioridade". Quanto ao inferno, ensinam que " ... se pode traduzir por uma vida
de provações, extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor ...".


4 - Como devemos entender o conceito cristão de família?

Colocações postas durante o estudo: - Jesus, em um de seus lindos ensinamentos deixados
a nós, bem explicou a diferença existente entre o parentesco do corpo físico e o parentesco
espiritual.
Os laços de sangue não criam forçosamente uma união familiar; essa união familiar é mais
forte e durável quando há os laços espirituais, ou seja, os laços familiares terrenos do corpo
podem se acabar nessa mesma existência, mas o laços espirituais permanecerão.
Assim, o conceito de família cristã deve ser o de que somos todos, independentemente de
raça, religião, sexo, família, nome, endereço; mas sim na visão de como espíritos imortais
que somos formamos uma família maior e mais permanente.

Comentário: Ensina o benfeitor cuja palestra estamos estudando, que " ... temos aprendido
com o Senhor que a nossa família se encontra em toda a parte."
Efetivamente, foi o que ensinou Jesus, conforme nos relata Marcos, quando vieram lhe avisar
que sua mãe e seus irmãos o procuravam. Ensinou Jesus: < "Quem é minha mãe, e quem
são meus irmãos?", perguntou ele. Então olhou para os que estavam assentados ao seu
redor e disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, este é
meu irmão, minha irmã e minha mãe."> (Marcos, cap. III, v. 31 a 35)
Em "O Evangelho segundo o Espiritismo", Kardec explica que há " ... duas espécies de
família: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as
primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através
das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o
tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual."
Podemos, pois, concluir, que a família, de acordo com o conceito cristão, é formada por todos
os que seguem as leis de Deus, tão bem exemplificadas pelo Cristo.


5 - Como se portar diante da morte, segundo orientações contidas na palestra em estudo?
O que acontece depois dela? Que transformações morais ou intelectuais sofre o espírito?

Colocações postas durante o estudo: - Devemos nos portar com tranqüilidade, sendo que a
morte é um fenômeno natural da renovação.
- Devemos nos portar com naturalidade, sabendo que
levaremos para o "outro lado" os mesmos sentimentos que carregamos em nossos corações
quando encarnados, bem como os mesmos atributos intelectuais.
- Deveríamos nos portar com tranqüilidade, posto que
se trata de mera inversão do nascimento terreno, ou seja, fazemos nosso renascimento à real
morada do espírito que é a do Plano Espiritual. Quanto ao que acontece, dependerá da
evolução em que se encontra o espírito, sendo difícil relatar o que acontece depois dela; mas
sabemos que quando lá retornamos, estaremos sem as máscaras que muitas vezes utilizamos
no nosso estágio terreno; lá estaremos reais com aquilo que realmente é nosso espírito. O
espírito é o mesmo, tal qual aqui na terra, sofrerá as lições pertinentes ao seu grau evolutivo
e à sua real vontade de crescer.

Comentário: Como ensina o Instrutor, " ... depois do túmulo, há simplesmente a continuação
da vida". Por isso mesmo, devemos encarar a morte com naturalidade, até porque ela só
atinge o corpo físico. Depois dela, o espírito passa a viver a vida espiritual, em outro plano
vibratório. Contudo, sabemos que, no nosso atual estágio evolutivo, nem sempre é fácil ter
essa compreensão. Como disse o benfeitor, fazemos da morte " ... uma deusa sinistra.
Apresentam o fenômeno natural da renovação com as mais negras cores."
As reações vão variar de conformidade com a evolução do espírito. Alguns, logo
compreendem a nova situação; outros, permanecem longo tempo em estado de perturbação.
A passagem para o novo plano, por si só, não opera qualquer transformação moral ou
intelectual, que só vem com a nossa evolução.


6 - O trabalho das equipes de auxílio dirigem-se apenas aos que tiveram mérito para
tanto em sua última existência ou a todos indiscriminadamente?

Colocações postas durante o estudo: A fraternidade e a caridade são estendidas a todos
indiscriminadamente, conforme André Luiz nos narra.

Comentário: Pelo relato de André Luiz, reproduzindo os ensinamentos do instrutor Metelo,
todos são merecedores da ação dos benfeitores espirituais. Os criminosos desencarnados,
os ateus, os que têm as consciências encarceradas no remorso, os enfermos na carne, os
dementes sem corpo físico, enfim, todos os que se encontram em desequilíbrio espiritual.
Aliás, não foi outro o ensinamento de Jesus, quando afirmou: "Não são os que gozam saúde
que precisam de médico." (Mateus, cap. IX, v. 12)

7 - Qual (ais) a (s) principal (ais) lição (ões) que podemos extrair da palestra do Instrutor
Albano Metelo?

Colocações postas durante o estudo: - Que a nossa felicidade existe na razão direta da
felicidade do nosso próximo.
- Que nunca estamos sozinhos e desamparados. por
piores que sejamos, por maiores que sejam os nossos sofrimentos, angustias. Mesmo em
lugares trevosos da vida espiritual, haverá sempre dedicados Amigos de Luz a nos ajudar,
orientar e nos guiar para o Bem.
- A felicidade está ao alcance de nossas próprias
mãos, somos nós os maiores responsáveis por ela própria, através do exercício do deixar de
ser egoísta, do deixar de tentar nos ver como foco principal dentro de um todo, de um conjunto.

Comentário: A palestra em estudo é rica em ensinamentos. Um dos principais males da
humanidade é atacado pelo brilhante Instrutor Metelo: o egoísmo. Quando ensina que não
devemos nos preocupar unicamente com a nossa felicidade. Que ninguém pode caminhar
deixando seus irmãos para trás. Que a máxima de Kardec - "fora da caridade não há salvação" -
deve ser o norte de nossa vida.
Seus ensinamentos sobre o céu e o inferno, a morte, a família, a caridade, mostram como os
ensinamentos da doutrina espírita são aplicados no plano espiritual. Sua lição de que não
existe várias vidas, mas uma única, que tão somente muda de estado vibratório a cada
período, embora bem conhecida pelos que estudam a doutrina, nem sempre é considerada
quando estamos na matéria. E a palestra serve para nos lembrar desses ensinamentos.