O Céu e o Inferno

112 – PARTE 2 – Exemplos-Cap. IV- Espíritos sofredores - Novel

Reflexões:

1. Por que os laços que unem o espírito ao corpo são tão fortes aos 21 anos?

2. Isto sempre ocorre em mortes supostamente prematuras?

3. Por que, mesmo tendo consciência da morte física, o espírito não pode fugir da influência e do arrastamento da matéria?

Conclusão

CONCLUSÃO

1. Em geral, aos 21 anos vive-se o auge da atividade orgânica, pois o corpo já venceu a adolescência e inicia a vida adulta. Então, reúnem-se ali a saúde, os sonhos de uma vida feliz, a vontade de trabalhar e vencer… Tudo isso são laços que irão prender o espírito ao corpo: afinal nos sonhos, geralmente, planejam-se conquistas para a vida material (trabalho, estudo, família, etc) e o espírito preocupa-se pouco com a vida futura – é um fato natural e muito comum. Além disso, a saúde, a força e a vitalidade, inclusive, colaboram para esta sensação de plenitude material, de que nada lhe poderá tolher a liberdade. Mais uma vez, o espírito concentra suas atenções para a vida material.
Ora, em uma desencarnação que aconteça neste período, é certo esperar que o espírito encontre um desligamento mais doloroso, pela quebra brusca de expectativas e ilusões. Aliás, todos nós nos comovemos com mais intensidade à desencarnação de um jovem, “com uma vida toda pela frente”, do que a de um velho.

2. Em geral sim. Mas, como em toda regra, há exceções. Há jovens que, mesmo vivenciando o auge de suas capacidades orgânicas, não se despreocupam das questões espirituais. Aliás, elas se tornam um bom complemento para a vida daquele momento: é o combustível para o sujeito estudar, constituir família, construir valores que se perpetuarão. Nestes, embora possíveis dificuldades em uma eventual desencarnação, não sofrerão quebras tão intensas de expectativas.

3. Porque não se preparou para isso! Isto é, viveu a vida material como se ela fosse a única e real; viveu como se as questões espirituais fossem problemas de segunda ordem, ainda distantes. Ora, a morte chega a todos nós, e temos a ilusão de relacioná-la apenas com a velhice, enquanto os fatos mostram que não. Assim, quando ela chega para o espírito imaturo, é compreensível que não a aceite, que se negue a aceitá-la – daí os arrastamentos que o corpo produz ao espírito afinado com ele.