O Céu e o Inferno

042 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. VII As penas futuras segundo o espiritismo-3/2

Período de estudo: 23/04/2013 - 30/04/2013

Código penal da vida futura - Parte 2

Reflexões:

1) O que é levado em conta para determinar um gênero de expiação?

2) Porque se pode dizer que "o Espírito é sempre o árbitro da própria sorte"?

3) O que se pode inferir sobre a condição de um espírito que acredita que sua pena será eterna?

4) Quais são "condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências"?

Conclusão

CONCLUSÃO

Reflexões:

1) A natureza e a gravidade da falta são sempre determinantes, assim como a circunstâncias em que foi cometida, trazendo atenuante ou agravantes para situação do indivíduo. Como nos ensina André Luiz em Ação e Reação, "E assim como já podemos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinquentes na recuperação, através do livramento condicional e das prisões-escolas, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, aqui [na espiritualidade] também os representantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração".

2) Por causa do livre-arbítrio - por maior que seja o arrastamento o espírito sempre pode escolher entre o bem e o mal, cujos parâmetros estão na sua consciência. Ainda no livro citado acima se pode ver que "Mesmo nas piores posições expiatórias a consciência goza dos direitos inerentes ao livre arbítrio. Imaginemos um delinquente monstruoso, segregado na penitenciária. Acusado de vários crimes, permanece privado de toda e qualquer liberdade na enxovia comum. Ainda assim, na hipótese de aproveitar o tempo no cárcere, para servir espontaneamente à ordem e ao bem estar das autoridades e dos companheiros, acatando com humildade e respeito as disposições da lei que o corrige, atitude essa que resulta de seu livre arbítrio para ajudar ou desajudar a si mesmo, a breve tempo esse prisioneiro começa por atrair a simpatia daqueles que o cercam, avançando com segurança para a recuperação de si mesmo".

3) Que ainda é bastante atrasado.
Em Os Domínios da Mediunidade, o mesmo autor espiritual, nos esclarece: "E quando a morte nos surpreende nessas condições, acentuando-se-nos então a experiência subjetiva, se a alma não se dispõe ao esforço heroico da suprema renúncia, com facilidade emaranha-se nos problemas da fixação, atravessando anos e anos, e por vezes séculos na repetição de reminiscências desagradáveis, das quais se nutre e vive. Não se interessando por outro assunto a não ser o da própria dor, da própria ociosidade ou do próprio ódio, a criatura desencarnada, ensimesmando-se, é semelhante ao animal no sono letárgico da hibernação. Isola-se do mundo externo, vibrando tão-somente ao redor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma".

4) A reparação da falta, cujo processo se inicia no reconhecimento dela e o consequente arrependimento. Em O Consolador, Emmanuel ensina que "O remorso é a força que prepara o arrependimento, como este é a energia que precede o esforço regenerador. Choque espiritual nas suas características profundas, o remorso é o interstício para a luz, através do qual recebe o homem a cooperação indireta de seus amigos do Invisível, a fim de retificar seus desvios e renovar seus valores maiores, na jornada para Deus".