O Céu e o Inferno
032 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. VI Doutrina das Penas Eternas-Item 10-12
Período de estudo: 07/01/2013 - 14/01/2013
Reflexões:
1) Qual o argumento de que o Espiritismo lança mão para refutar a doutrina das penas eternas? Por quê?
2) Podemos utilizar esse mesmo critério para analisar e compreender os acontecimentos corriqueiros da nossa vida na Terra? Dê um exemplo.
3) Qual a noção de Deus (ou o conceito de Deus) que nos é passado pela doutrina das penas eternas?
Conclusão
CONCLUSÃO
1) O argumento diz respeito aos atributo de Deus. Se Deus é infinitamente justo - para citar apenas um atributo - penas eternas não atendem a esse critério, pois não está sendo levado em conta o arrependimento da criatura que pode alcançá-lo já na espiritualidade.
"Os tribunais da justiça humana, apesar de imperfeitos, por vezes não comutam as penas e não beneficiam os delinquentes com o “sursis”? A inflexibilidade e a dureza não existem para a misericórdia divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode dispensar na lei, em benefício do homem, quando a sua existência já demonstre certas expressões do amor que cobre a multidão dos pecados" (Emmanuel em O Consolador).
2) Certamente. Se levarmos em conta os atributos de Deus e que sem um só deles já não seria Deus, podemos compreender, por exemplo, a morte prematura, às vezes logo ao nascer, de alguns espíritos. Por esse critério sabemos que a causa só pode ser justa, mesmo que não as conheçamos - esse pensamento pode nos levar ao consolo pelas perdas que sofremos.
3) Seria um Deus vingativo e cruel, muito pior em severidade (e mesmo maldade) do que um pai carnal que perdoa e acolhe seu filho rebelde, por exemplo.
Nos ensina Emmanuel em O consolador:: "Considerando a penitência em sua feição expiatória, existem numerosos lugares de provações na esfera para vós invisível, destinados à regeneração e preparo de entidades perversas ou renitentes no crime, a fim de conhecerem as primeiras manifestações do remorso e do arrependimento, etapas iniciais da obra de redenção. Quanto à ideia do sofrimento eterno, se houvesse Espíritos eternamente inveterados no crime, haveria para eles um sofrimento continuado, como o seu próprio erro. O Pastor, porém, não quer se perca uma só de suas ovelhas. Dia virá em que a consciência mais denegrida experimentará, no íntimo, a luz radiosa da alvorada de Seu amor".