O Céu e o Inferno

025 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. IV O Inferno-Item 14-15

Período de estudo: 29/10/2012 - 05/11/2012

Reflexões

1) Porque, diz o codificador, o inferno dos cristãos veio a ser mais terrível que o dos pagãos?

2) Que analogia se poderia fazer entre o inferno pagão e o umbral descrito na literatura espírita?

3) Se poderia dizer que as visões que alguns indivíduos tiveram do inferno, como Santa Teresa, refletiam seus medos mais íntimos, já que o que viram não existe de fato?

Conclusão

CONCLUSÃO

1) Os cristão se esforçaram para tornar o inferno ainda mais terrível, mais apavorante: no inferno pagão "não se vê os homens retomarem o corpo carnal para sofrer materialmente, com fogo a penetrar-lhes a pele, saturando-os até à medula dos ossos. Tampouco se vê o requinte das torturas que constituem o fundo do inferno cristão. Juízes inflexíveis, porém justos, proferem a sentença proporcional ao delito, ao passo que no império de Satã são todos confundidos nas mesmas torturas, com a materialidade por base, e banida toda e qualquer equidade".

2) No inferno cristão a alma faltosa recebe a sentença eterna de sofrer nas chamas do inferno para todo o sempre, sem chances de se arrepender; o umbral é a região onde o espírito desregrado permanece temporariamente, até que lhe seja permitida uma nova encarnação para que possa, sob o jugo da matéria, resgatar melhor suas dívidas para com Deus ou expiar para que possa continuar caminhando para frente, rumo a sua evolução. O Espiritismo esclarece que não existe uma lei de Deus que condene ou felicite um espírito eternamente, o que existe é a Lei de causa ou efeito - a cada um conforme suas obras.

3) Conforme explica Manuel Ferreira, certamente, e o Codificador elucida a questão explicando que estas visões podem ser experiências espirituais chamadas êxtases. Nestes, segundo a teoria apresentada em LE, o perispírito expande-se para além dos limites do corpo físico, e alarga suas percepções sensoriais. No entanto, as impressões pessoais, os preconceitos cultivados, as imagens mentais construídas, etc misturam-se às sensações do espírito, criando, portanto, falsas imagens ao sujeito; desta forma, ele poderá tomar equivocadamente por realidade o que, em verdade, são pequenas parcelas de verdade misturadas a muitas de construções pessoais. Daí, o Codificador afirmar que a vidência e outras propriedades anímicas da alma nem sempre estão isentas de mistificações