O Céu e o Inferno

022 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. IV O Inferno-Item 11-12 parte 1

Período de estudo: 24/09/2012 - 01/10/2012

Reflexões:

1) Qual a diferença entre o inferno pagão e o cristão?

2) Como você descreveria o inferno a partir desse texto?

3) Extraia do texto o que mais lhe chamou a atenção.

Conclusão

CONCLUSÃO

1) A comparação do inferno pagão com o inferno cristão, segundo José Herculano Pires (na sua introdução de O Céu e o Inferno), é um dos mais eficazes trabalhos de mitologia comparada que se conhece. A mitologia cristã se revela mais grosseira e cruel que a pagã.
Assim como os pagãos, os cristãos têm o seu rei que é Satanás, com a diferença de que Plutão (Hades) se limitava a governar o império sombrio que havia recebido, mas sem praticar maldades. Ele retinha nesse império os que haviam praticado o mal, porque essa era a sua missão, mas não procurava induzir os homens ao mal pelo prazer de os submeter ao sofrimento. Satanás recruta as suas vítimas por toda parte e se alegra atormentando-as.

2) No inferno pagão os sofrimentos são morais onde o pecador é obrigado a vivenciar constantemente o mal que praticou e o tempo que desperdiçou, assim como as pessoas que prejudicou; também são obrigados a se arrependerem dos males praticados ao desprezarem a solicitude dos deuses.
No inferno cristão, as consequências são materiais, pois o condenado é consumido por um fogo eterno (ou um lago de enxofre), e os vermes corroem seus corpos sob as acusações de demônios, sofrendo, assim, uma dor física constante, sem tréguas.

3) Aqui, separamos a citação do Manuel, nosso facilitador:
Sobre os dois textos, o do inferno pagão e o cristão, é bastante interessante observar a conectividade com a Doutrina Espírita nas descrições que esta apresenta sobre o Umbral.
O sonho de Santa Tereza (ou o pesadelo!) não é muito diferente das narrações de cidades localizadas em regiões de tormento - espíritos misturam-se à paisagem de ruas e vilas, e outros espíritos, pela ideoplastia, assumem a forma de lagartos, arrastando-se pelo lugar; provavelmente, a santa fora conduzida a estes lugares por benfeitores interessados em a instruírem.
Mais impressionante, é a figura dos vermes corroendo as carnes narradas pelo profeta Isaías! é dispensável citar que este tormento é sempre citado na literatura mediúnica entre aqueles que se deixaram aprisionar, durante a vida material, pelos vícios variados e pela loucura do suicídio. Em sentido paralelo, os demônios impingindo esta ou aquela condenação narrados por tantas fontes inspiradas não são diferentes dos juízes e seus sequazes distribuindo dores e sofrimentos aos que lhes caem nas garras nas regiões umbralinas, descritos por tantos autores espirituais!
E as descrições de Telêmaco, sobre os sofrimentos morais, sobre a perseguição que o rei sofria dos seus súditos e escravos injustiçados, sobre os incrédulos que amargavam o erro e o tempo perdido e sobre os hipócritas constrangidos a se mostrarem tal qual eram, são quase idênticas às narrações mediúnicas atuais!
Com efeito, como exposto em LE, a Verdade está distribuída em todas as religiões, e entre todos os homens que a buscaram, porém mais ou menos deturpada conforme as limitações cognitivas, os preconceitos e as superstições de cada grupo e de cada tempo - neste campo, portanto, podemos citar os conhecimentos científicos (geográficos, fisiológicos, astronômicos, entre outros) do período, o desenvolvimento e a sensibilidade moral do povo, os interesses escusos dos sacerdotes, etc.