O Céu e o Inferno

012 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. III O Céu-Itens 5 a 9

Reflexão:

1. Onde está o plano espiritual segundo o Espiritismo?

2. Para o Espiritismo, estar em um lugar feliz é suficiente para que o espírito seja feliz? Por quê?

3. Como os espíritos progridem?

4. No que a encarnação se relaciona com o progresso do espírito? Por que a unicidade da existência prejudica o progresso do espírito?

Conclusão

CONCLUSÃO

1. O Espiritismo ensina que o plano espiritual não é uma região fixa e determinado no Espaço, mas sim um plano que envolve completamente o plano material e se estende para além dos limites desse. Assim, não há uma fronteira que delimita um e outro plano, pois ambos estão sobrepostos; em verdade, há uma fronteira vibratória, isto é, desde que o espírito desencarne, ou o encarnado médium expanda o perispírito ele acessa o plano espiritual.

2. Não. Para a Doutrina Espírita o céu, digamos assim, é um estado de consciência, definido, segundo o LE, como a consciência tranquila e a fé no futuro. Nestas condições, a localização geográfica é indiferente para que o espírito experimente a felicidade celeste. Um espírito atrasado pode até frequentar os lugares celestes, todavia, devido às suas imperfeições, ele não poderá acessar as maravilhas daquele lugar como outros espíritos já avançados moralmente. Tanto quanto, em termos de comparação, um analfabeto em uma biblioteca - neste lugar ele não se instruirá, por mais que tenha acesso aos livros do lugar.

3. Os espíritos progridem pelos próprios esforços. Allan Kardec afirma que o progresso intelectual se dá pelo trabalho a que a vida material nos obriga, e o progresso moral, pela vida de relação com outros espíritos dividindo obrigações e multiplicando conquistas. A vida solitária, por outro lado, não conduziria o espírito a avançar, e suas potencialidades não se desenvolveriam.

4. A encarnação, isto é, a introdução do espírito no mundo material, se relaciona profundamente com o progresso, porquanto será nesta situação que o espírito será obrigado a trabalhar e a conviver com outros homens. Ela preenche as necessidades primeiras do desenvolvimento espiritual e moral. Caso o espírito nunca encarnasse, nunca experimentaria necessidades, por conseguinte, nunca exercitaria sua potencialidades diversas.
A unicidade da existência prejudica o progresso do espírito pois ela interrompe ou não permite o desenvolvimento completo da inteligência e da moral. Se o espírito encarnasse apenas uma vez, seu progresso estaria limitado às pequenas ou microscópicas conquistas espirituais de uma única experiência material - sem levantarmos aqui as inúmeras diferenças de oportunidades a que cada alma se sujeita na vida material. Somente a reencarnação explica como o processo de progresso espiritual se dá completamente.