O Céu e o Inferno

005 – PARTE 1 – Doutrina-Cap. I O Porvir e o Nada-Itens 7 a 9

Reflexão:

1. Qual a diferença entre a doutrina da absorção no todo universal e o panteísmo?

2. Que consequências essa crença pode ter na sociedade?

3. Que argumentos usarias para justificar a inconsistência dessa doutrina?

Conclusão

CONCLUSÃO

1. Qual a diferença entre a doutrina da absorção no todo universal e o panteísmo?
Conforme Kardec apresenta, "é uma diferença mínima, e se dá mais a sutilezas de pensamento. Para a absorção no Todo Universal, as almas são pequenas emanações de uma inteligência universal, tanto quanto gotas do oceano; Deus seria, portanto, o oceano. Para o Panteísmo, propriamente dito, o conjunto de almas, o conjunto de mundos e a natureza como um todo formaria Deus; neste caso, ele seria o produto e não a causa. No primeiro sistema, temos Deus causa e almas consequência, no segundo, Deus é o resultado e não a causa".
No LE (q. 14), os Espíritos nos elucidam: "Se fosse assim, Deus não existiria, porquanto seria efeito e não causa. Ele não pode ser ao mesmo tempo uma e outra coisa. [...]."

2. Que consequências essa crença pode ter na sociedade?
Da mesma forma que para a doutrina da absorção no todo universal, as conseqüências morais dessa doutrina são semelhantes às do materialismo, pois ir para o todo, sem individualidade e sem consciência de si, é como não existir.

3. Que argumentos usarias para justificar a inconsistência dessa doutrina?
Além das objeções morais, o Panteísmo esbarra na realidade dos fatos. Ora, sendo o Universo regido pelo conjunto de criaturas, todas imperfeitas, não se responde, por exemplo, como encontramos nele leis tão perfeitas e previdentes. Quem as criou? Se o conjunto de espíritos – que seria Deus - está em progresso, segue-se que, no passado, foi mais imperfeito, e no futuro será perfeito. Então, Deus, para este sistema, foi imperfeito no passado e será perfeito no futuro. Como então conceber um Deus em progresso? Se está progredindo, ele não é Deus; se não há Deus, o Universo é, como afirma o Codificador, uma República sem leis, sem justiça e mutável. O sistema panteísta comparativamente afirma que homens primitivos produziram as leis civis aperfeiçoadas de hoje, o que é obviamente impossível.