O Evangelho segundo o Espiritismo
132 – Ação da Prece - Transmissão do Pensamento - II
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho
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EESE132b - Cap. XXVII - Itens 13 a 15
Tema: Ação da Prece - Transmissão do
Pensamento
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A - Texto de Apoio:
Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder. Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se quer recomendar às preces de outrem fá-lo de preferência às daqueles cujo proceder, sente-se, há de ser mais agradável a Deus, pois que são mais prontamente ouvidos.
Por exercer a prece uma como ação magnética, poder-se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica. Assim, entretanto, não é. Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, em sendo preciso, suprem a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa.
O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influencia, não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a idéia de que não é digno de ser escutado. A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima. Seu fervor e sua confiança são um primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se sentem ditosos em incentivar. Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.
Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. Mas, que importa seja grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e por conta própria?! Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma mesma aspiração, orarão quais verdadeiros irmãos em Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras. (Cap. XXVIII, nº 4 e nº 5.)
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Por que a prece do egoísta não é tão eficaz quanto a do homem de bem?
2 - Deus ignora a prece que lhe dirige um homem de má vida?
3 - É correto alguém abster-se de orar por outrem, sob o pretexto de que, não sendo bom, é indigno de ser ouvido por Deus?
Conclusão
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EESE132b - Cap. XXVII - Itens 13 a 15
Tema: Ação da Prece - Transmissão do
Pensamento
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A - Conclusão do Estudo:
O poder de prece está no pensamento, independendo, da sua forma, das palavras utiliizadas e do lugar e momento em que a proferimos. Os espíritos nos suprem a energia que porventura nos falte, para dar eficácia àquela, quando nos julgam merecedores dessa graça.
B - Questões para estudo e diálogo virtual:
1 - Por que a prece do egoísta não é tão eficaz quanto a do homem de bem?
Porque a prece terá mais eficácia quando parte de um coração puro.
"Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca ímpetos de caridade que dão onipotência à prece."
2 - Deus ignora a prece que lhe dirige um homem de má vida?
Não, porquanto Deus ouve e acolhe a todos os seus filhos, indistintamente. Ademais, não poderá esse homem, através da prece, estar procurando obter forças para lutar contra o que nele há de ruim? Assim, se o fizer com fervor, certamente Deus o ouvirá e o ajudará.
Acreditar que Deus ignore a prece sincera que um filho seu lhe faça, só porque esse filho temporariamente se encontra desviado da trilha do bem, é o mesmo que negar os atributos da Divindade.
3 - É correto alguém abster-se de orar por outrem, sob o pretexto de que, não sendo bom, é indigno de ser ouvido por Deus?
Não, pois só uma condição é necessária para ajudar alguém: a nossa boa vontade para fazê-lo. Não importa se somos perfeitos ou não. Além disso, quando nos reconhecemos imperfeitos, demonstramos humildade, atitude sempre bem vista aos olhos de Deus.
"Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.