O Evangelho segundo o Espiritismo

060 – A Indulgência - III


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

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EESE060b - Cap. X - Item 18
Tema: A Indulgência - III
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A - Texto de Apoio:
Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. E esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso. Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cegos com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda? Crede nos vossos irmãos, os Espíritos. Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.

Espiritismo! doutrina consoladora e bendita! felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade prática, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo; numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez ele uma lei para todas as criaturas. -Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordéus.)

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que insistimos em evidenciar os erros dos outros, quando reconhecemos que somos portadores de graves erros também?

2 - De que modo a indulgência se constitui uma forma de se praticar a caridade?

3 - Os espíritos nos recomendam a praticar a caridade, tanto para o próximo como para nós mesmos. De que forma podemos ser caridosos para conosco?

Conclusão


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EESE060b - Cap. X - Item 18
Tema: A Indulgência - III
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A - Conclusão do Estudo:
É impossível amar a Deus sem praticar a caridade, e não se pode pensar em caridade esquecendo-se de ser indulgente para com os defeitos dos outros. A prática dessa virtude nos leva a considerar com mais rigor os nossos defeitos e a enaltecer as virtudes do próximo.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que insistimos em evidenciar os erros dos outros, quando reconhecemos que somos portadores de graves erros também?

Porque o nosso comportamento é ainda sedimentado no orgulho, que nos faz alimentar a pretensão inútil de nos colocar em posição de vantagem e de superioridade, rebaixando o nosso irmão, sempre, ao nível de alguém menor ou pior que nós.

Enquanto o orgulho ainda estiver ditando as regras de nosso comportamento, só teremos olhos para exaltar os erros alheios, fingindo não lhes anotar as qualidades, porquanto estas, certamente, tendem a nos colocar em posição inferior, ferindo-nos o amor próprio.

2 - De que modo a indulgência se constitui uma forma de se praticar a caridade?

A indulgência, tendo por objetivo a prática de atitudes que visam à promoção do bem-estar do próximo, consitui-se, por isso, em uma das sublimes maneiras de se expressar a caridade.

"O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso!"

3 - Os espíritos nos recomendam a praticar a caridade, tanto para o próximo como para nós mesmos. De que forma podemos ser caridosos para conosco?

Reconhecendo os nossos próprios defeitos e corrigindo-os enquanto é tempo, poupando-nos, assim, de dores e sofrimentos maiores.

O Espiritismo vem nos lembrar da obrigação que temos de nos corrigir, consoante nos recomenda o Evangelho. Essa responsabilidade, contudo, é bem maior para aquele que já tem noção desse dever.