O Evangelho segundo o Espiritismo

059 – A Indulgência - II


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

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EESE059b - Cap. X - Item 17
Tema: A Indulgência - II
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A - Texto de Apoio:
Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: "Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido." Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação. - João, bispo de Bordéus. (1862.)

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que devemos ser indulgentes para com os outros?

2 - Que efeito produzirá nossa indulgência no próximo?

3 - Perdoar é suficiente para nos libertar?

Conclusão


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EESE059b - Cap. X - Item 17
Tema: A Indulgência - II
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A - Conclusão do Estudo:
A indulgência é remédio salutar que ministramos ao nosso próximo e que tem por efeito clarear-lhe o raciocínio, renovar-lhe o modo de pensar, amparar-lhe na sua caminhada. Ela se reverte em benefício de nós mesmos, através da indulgência que Deus e nossos semelhantes têm para conosco.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que devemos ser indulgentes para com os outros?

Porque precisamos igualmente de indulgência, já que não somos perfeitos. Ademais, o nosso Pai, pela sua infinita bondade, usa constantemente de indulgência para conosco.

A indulgência de que Deus se utiliza para conosco constitui o efeito reversivo da indulgência que usamos para com os nossos semelhantes.

2 - Que efeito produzirá nossa indulgência no próximo?

A nossa reação pacífica e compreensiva diante de suas faltas poderá contribuir para sensibilizar-lhe o coração, concitando-o a corrigir-se e a trilhar o caminho do bem.

A indulgência para com o próximo tem como função clarear-lhe o raciocínio, renovar-lhe o modo de pensar e de ser e amparar-lhe na caminhada.

3 - Perdoar é suficiente para nos libertar?

Não. É um grande passo, porém não suficiente. A lei de Deus, que é de amor, nos impõe o dever de não só perdoar, mas, acima de tudo, de auxiliar os nossos inimigos, através da oração, de pensamentos fraternos e de atos que lhe ajudem a encontrar a felicidade.

Muitos criminosos se regeneram sob o amparo e a orientação caridosa de suas ex-vítimas, movidos que são pelo influxo da lei de amor.