O Evangelho segundo o Espiritismo

057 – Perdão das ofensas - II


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

-------------------------------------------------------------------
EESE057b - Cap. X - Item 15
Tema: Perdão das ofensas - II
-------------------------------------------------------------------

A - Texto de Apoio:
Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: "Nunca perdoarei", pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tomardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos clementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.

Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe perdôo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: "Perdôo" e acrescentam. "mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. - Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Como a atitude de perdoar ou não reflete em nossa vida?

2 - Perdoar é simplesmente afastar-se do agressor?

3 - Como podemos vivenciar este ensinamento no dia-a-dia?

Conclusão


Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

-------------------------------------------------------------------
EESE057b - Cap. X - Item 15
Tema: Perdão das ofensas - II
-------------------------------------------------------------------

A - Conclusão do Estudo:
Perdoemos sempre, para que Deus nos perdoe; pois o rigor que usarmos para com o próximo será igualmente usado para conosco.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Como a atitude de perdoar ou não reflete em nossa vida?

Se perdoarmos, também seremos perdoados. Se, ao contrário, formos duros, exigentes, inflexíveis e usarmos de rigor até por uma ofensa leve, o mesmo tratamento receberemos.

"Como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?"

Ai daquele que diz: 'Nunca perdoarei'; pois pronuncia a sua própria condenação."

2 - Perdoar é simplesmente afastar-se do agressor?

Não. Aquele que diz perdoar desde que jamais se aproxime do inimigo não perdoou verdadeiramente: guarda ainda no coração ódio e ressentimento.

"O rancor é sempre sinal de baixeza e inferioridade."

3 - Como podemos vivenciar este ensinamento no dia-a-dia?

Buscando libertar-nos dos sentimentos de ódio e mágoa que guardamos do nosso próximo, através do perdão sincero; e, paralelamente, evitando que simples dissensões derivem para malquerenças e inimizades, pela vivência constante da fraternidade, ensinada no Evangelho de Jesus.

"Quando transportamos para a vida prática os luminososo ensinamentos do Cristo, preferindo perdoar a usar de represálias, retribuindo ao mal com o bem, a paz e a alegria farão morada permanente em nossos corações." (R. Calligaris / As Leis Morais - A Pena de Talião).