O Evangelho segundo o Espiritismo

108 – O Dever

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

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EESE108b - Cap. XVII - Item 7
Tema: O Dever
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A - Texto de Apoio:
O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.

Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. E a um tempo juiz e escravo em causa própria.

O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos. - Lázaro. (Paris, 1863.)

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Qual o verdadeiro sentido do dever?

2 - Por que é tão difícil para nós o cumprimento do dever?

3 - Onde começa e termina o dever?

Conclusão

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EESE108b - Cap. XVII - Item 7
Tema: O Dever
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A - Conclusão do Estudo:
Dever é a obrigação moral da criatura para com Deus, consigo mesma e com o próximo. Consiste na prática do bem, de maneira permanente e progressiva.


B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Qual o verdadeiro sentido do dever?

Dever é a obrigação moral da criatura para com Deus, consigo mesma e com o próximo. O dever está presente, tanto nos atos mais simples da vida, como nos mais elevados.

"O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em segundo, para com os outros."

2 - Por que é tão difícil para nós o cumprimento do dever?

Porque, devido às nossas imperfeições, somos atraídos para os nossos interesses e desejos e nos esquecemos dos deveres.

"Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração."

3 - Onde começa e termina o dever?

"O dever principia sempre, para cada um de vós, do ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém tranponha com relação a vós."

O direito de cada um termina onde começa o do próximo.