O Evangelho segundo o Espiritismo

099 – Parábola do Mau Rico

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

-------------------------------------------------------------------
EESE099b - Cap. XVI - Item 5
Tema: Parábola do Mau Rico
-------------------------------------------------------------------

A - Texto de Apoio:
Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. - Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, - que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.

- Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.

Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, -onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Como explicar que duas criaturas, filhas do mesmo Deus de amor, possam experimentar situações tão opostas?

2 - Que devemos entender pela palavra "inferno" usada por Jesus nesta passagem?

3 - Por que, na parábola contada por Jesus, Abraão não atendeu ao pedido do rico, para que Lázaro desse testemunho do seu sofrimento a seus irmãos?

Conclusão

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

-------------------------------------------------------------------
EESE099b - Cap. XVI - Item 5
Tema: Parábola do Mau Rico
-------------------------------------------------------------------

A - Conclusão do Estudo:
O progresso espiritual é tarefa individual e intransferível. O sofrimento daquele que, na Terra, se afastou das leis divinas e retardou, assim, sua caminhada evolutiva, deve pode ser abrandado por ele próprio, pelo retorno ao Pai, através da prática do bem.

B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Como explicar que duas criaturas, filhas do mesmo Deus de amor, possam experimentar situações tão opostas?

Deus, em sua justiça, trata cada um conforme sua ações e concede a todos oportunidades de progresso: o rico recebeu a prova da fortuna para desenvolver a solidariedade; o mendigo recebeu a prova da miséria para recobrar a humildade e a resignação.

O sofrimento de hoje nos aponta as faltas do passado e constitui oportunidade de alegrias futuras.

2 - Que devemos entender pela palavra "inferno" usada por Jesus nesta passagem?

O sofrimento que acomete o espírito, quando este, percebendo o mal que praticou, debate-se no remorso e padece terríveis aflições pela impossibilidade de aproximar-se de Deus.

"Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e viu de longe Abraão e Lázaro em seu seio."

3 - Por que, na parábola contada por Jesus, Abraão não atendeu ao pedido do rico, para que Lázaro desse testemunho do seu sofrimento a seus irmãos?

Porque sabia que a incredulidade dos homens não é vencida nem por manifestações nem por revelações de qualquer natureza, mas pela reflexão sincera acerca das leis divinas, embora elas estejam em nossa consciência.

O esclarecimento íntimo é tarefa reservada a cada um. Os meios que auxiliam o esclarecimento estão sempre ao nosso alcance: o Evangelho de Jesus, a prece, os exemplos edificantes de nosso irmãos. Basta que os busquemos para recobrarmos a consciência das leis divinas.