O Evangelho segundo o Espiritismo

078 – O Óbulo da Viúva

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual Evangelho

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EESE078b - Cap. XIII - Itens 5 e 6
Tema: O Óbulo da Viúva
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A - Texto de Apoio:

Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, a observar de que modo o povo lançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em abundância. - Nisso, veio também uma pobre que apenas deitou duas pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. - Chamando então seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; - por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento. (SÃO MARCOS, cap. XII, vv. 41 a 44. - S. LUCAS, cap. XXI. vv. 1 a 4.)
Multa gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação. E sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera. Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos? Não haverá quem, desejando fazer bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir de um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto?

Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles os perscrutassem, anula o mérito do intento, visto que, com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos. Haveria nisso o sacrifício que mais agrada ao Senhor.

infelizmente, a maioria vive a sonhar com os meios de mais facilmente se enriquecer de súbito e sem esforço, correndo atrás de quimeras, quais a descoberta de tesouros, de uma favorável ensancha aleatória, do recebimento de inesperadas heranças, etc. Que dizer dos que esperam encontrar nos Espíritos auxiliares que os secundem na consecução de tais objetivos? Certamente não conhecem, nem compreendem a sagrada finalidade do Espiritismo e, ainda menos, a missão dos Espíritos a quem Deus permite se comuniquem com os homens. Daí vem o serem punidos pelas decepções. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, nº 294 e nº 295.)

Aqueles cuja intenção está isenta de qualquer idéia pessoal, devem consolar-se da impossibilidade em que se vêem de fazer todo o bem que desejariam, lembrando-se de que o óbolo do pobre, do que dá privando-se do necessário, pesa mais na balança de Deus do que o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma. Grande seria realmente a satisfação do primeiro, se pudesse socorrer, em larga escala, a indigência; mas, se essa satisfação lhe é negada, submeta-se e se limite a fazer o que possa. Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro? Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva.



B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que Jesus valorizou o óbulo da viúva?

2 - A falta de recursos materiais constitui impedimento para a prática da caridade?

Conclusão

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EESE078b - Cap. XIII - Itens 5 e 6
Tema: O Óbulo da Viúva
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A - Conclusão do Estudo:

Todos somo chamados e sempre dispomos de meios para servir nosso próximo. O mérito da nossa ajuda, entretanto, não tem qualquer relação com o seu valor material, mas com a generosidade e o desprendimento que acompanham o gesto.


B - Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Por que Jesus valorizou o óbulo da viúva?

Porque sua dádiva, aparentemente de pequeno valor, foi retirada, com sacrifício e amor, do pouco que possuía; enquanto que os ricos davam com abundância do muito que lhes sobrava.

"... ela deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para o seu sustento."

2 - A falta de recursos materiais constitui impedimento para a prática da caridade?

Certamente que não. Aquele que dispõe de poucos recursos deve procurar no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os meios de que carece para realizar seus generosos propósitos.

Muitas vezes, sob a desculpa de não possuir bens, cultivamos a indiferença e o egoísmo, voltando as costas aos irmãos necessitados.