O Livro dos Médiuns
084 – SEGUNDA PARTE-Capítulo XXVI–Das evocações-item 291
Reflexões:
1) Na sua opinião quem são "os que simulam pedir a luz e se comprazem nas trevas"?
2) O que faz com que bons espíritos se afastem de nós quando pedimos alguma ajuda?
3) O que não é conveniente pedirmos aos nossos espíritos familiares? Por quê?
Conclusão
CONCLUSÃO
1) Os que simulam são fáceis de reconhecer, pois suas palavras não são coerentes com suas ações - são os túmulos caiados por fora... os hipócritas, os quais mostram-se, em geral, afáveis, com voz macia, parecendo evoluídos, capazes de transmitir grandes ensinamentos para os seus iludidos ouvintes. São adeptos daquele conhecido princípio: faz o que eu mando, mas não faças o que eu faço, quer dizer, perdão, fraternidade, igualdade, caridade, humildade e decência são somente para os outros... Sim, suas pretensões os cegam de uma forma tal que, no momento em que levantam a voz, transformam-se em talentosos atores, a ponto de representarem um personagem imaculado, de uma impressionante e comovente dramaticidade.
2) O desrespeito pela função dos espíritos, crendo que estarão sempre às nossas ordens.
Também o que pedimos e a intenção que temos, por serem vulgares ou pueris, os afastam de nós.
"Para progredir, precisa o homem, muitas vezes, adquirir experiência à sua própria custa. Por isso é que os Espíritos ponderados nos aconselham, mas quase sempre nos deixam entregues às nossas próprias forças, como faz o educador hábil, com seus alunos. Nas circunstâncias ordinárias da vida, eles nos aconselham pela inspiração, deixando-nos assim todo o mérito do bem que façamos, como toda a responsabilidade do mal que pratiquemos".
3) Muitas vezes esses espíritos familiares ainda estão em recuperação, ou não têm condições "físicas" pra se ocuparem de nossas ansiedades, ou não têm interesse ou a permissão de se ocuparem dos negócios deixados na Terra. "Se um homem, por incúria durante a vida, deixou seus negócios em desordem, não é de crer que, depois da morte, tenha com eles mais cuidados, porquanto feliz deve sentir-se de estar livre dos aborrecimentos que tais negócios lhe causavam e, por pouco elevado que seja, ainda menos importância lhes ligará como Espírito do que como homem".